Poemas Lya Luft fim de Semana
Um gosto amargo
uma despedida
uma lágrima
estou de partida...
Agora sim,
mudo de ares
irei a outros bares...
navegarei por outros mares.
Até aqui viajamos juntos,
tiramos algumas pedras do caminho,
outras contornamos,
arrancamos os espinhos...
seguimos em linha reta,
subimos ladeiras,
quebramos barreiras...
um dia me vi esquecida num canto
o riso virou pranto.
E o riso virou pranto
um dia me vi esquecida num canto
quebramos barreiras...
subimos ladeiras,
seguimos em linha reta,
arrancamos os espinhos...
outras contornamos,
tiramos algumas pedras do caminho,
até aqui viajamos juntos.
Navegarei por outros mares...
irei a outros bares...
mudo de ares
agora sim.
Estou de partida...
uma lágrima
uma despedida
um gosto amargo
de fim.
A vida...
uma travessia,
um espaço,
um tempo...
um dia, outro dia,
um momento.
A vida...
dúvida, incerteza,
confusão, desorientação,
total escuridão.
Uma grande proeza.
A vida...
contentamento,
vencer,
perder...
ou empatar.
O mínimo,
o máximo...
o não,
o sim.
O começo,
Xeque-mate!
O fim...
"Deus, um ente sustentado
pela fé de quem nEle crê",
foi isso que outro dia li.
Agora estou aqui
a pensar com os meus botões
o que vai acontecer
no momento em que toda a fé do mundo desaparecer?
Pensamento pobre
nada de nobre...
no fim
pode ser mesmo que apenas Deus sobre.
Pobre de quem pensa assim
que triste será seu fim...
Você sabia?
Deus não precisa nem de você, nem de mim..
Final feliz... fim?
Quando o mocinho beija a mocinha
é fim? ou é começo... continuação
de algo que começou?
Ou você imagina que eles se beijam e o fim chegou?
Um acertozinho... um ou dois beijinhos..
um errinho...
tem fim feliz?
Não sei não...
é no mínimo desconfortável
o fim de qualquer coisa
vai de alívio à dor:
alívio de uma dor,
do que não era mais amor.
E dor por ver o fim
do que não se queria o fim...
dor por perder
o que até ali durou
e o que era doce acabou...
Do alívio a dor sim...
feliz fim?
Difícil dizer que sim.
Contra toda a esperança,
você espera...
e você cansa.
Mas espera,
cansado,
desesperançado...
um fio de esperança.
O que faz você assim agir?
Não consegue do que está destinado fugir?
Um caminhante... só um caminhante.
Existe coisa mais humilhante?
Sem esperança,
só e no caminho...
um simples andante.
Você segue adiante.
Uma luz no fim do túnel?
Um oásis no meio do deserto?
Fica esperto...
Se você reparar bem
não há nada por perto...
a não ser esperança
e isso é bobagem de criança.
E vamos nós cheios de medos...
Não, não me diga não que com você não é assim. É assim... bem assim... mal assim.
Passos trôpegos neste caminho que se chama vida... porque não sabemos o que vem em seguida. Não, não me diga que você anda seguro quando anda no escuro. Um passo em falso ... cadafalso.
E vamos nós perdidos na escuridão... o que nos espera... no fim... é solidão. Não, não me diga que com você não é assim... com você haverá alguém lá no fim.
No fim... será você... com você e fim.
Claro, claro... eu sei que há Alguém a quem conta vamos - você e eu - prestar... quando o fim chegar.
Mas. no fim... no fim... não estarei com você pra lhe guiar... nem você estará perto de mim... cada um seguirá sua própria eternidade até o fim...
Eu sem você...
você sem mim...
até o fim.
Sim... será bem assim.
E eu continuo insistindo: o importante mesmo é o fim.
Não, eu não destituo da caminhada a sua importância. Tem ela sim seu valor... não fosse a caminhada não se chegaria a lugar algum... não haveria nem o fim... mas tudo o que nela acontece passa... e chega ao fim... eis a importância do fim: a sua chegada... e a chegada é o fim.
E a chegada é o que permanecerá para sempre.
Na chegada vamos transpor um ou outro portão. E nessa transposição está toda a importância de uma vida... da sua... da minha.
"Céu, inferno é o que há...." diz uma canção...
Na chegada você vai estar lá... eu estarei lá...
O que vamos encontrar!? Em qual dos portões o aval de Cristo pra você... pra mim vai estar!?🤔
É só isso... e fim... o fim 😉
(Rosangela Calza)
Fim
Hoje tudo em mim é saudades.
Ponteiros sem rumo apontam uma vida fora do prumo.
Não há magia nos minutos...
Só há horas partidas em mil pedaços perdidas.
Dia e noite confabulam entre si palavras vazias...
Não há sonhos... não há alegrias..
Na verdade, não há dias...
Só noites seguidas de outras noites sempre mais frias...
A cada segundo tudo se cobre de mais e mais nostalgia...
Não há mais poesia...
Só uma vida estragada... cortada em fatias.
Nada em mim é pela metade.
Todas as situações, comigo, têm começo, meio e fim.
Em todas estou inteira.
Sou assim.
Comigo também não existe 'talvez'
Não sei viver mais ou menos
Não há começos incertos.
Não há perguntas sem respostas...
Nada em mim que não seja descoberto.
É preto no branco.
Não há tiro no escuro.
Comigo é tudo certeiro.
Não existe fins com gosto amargo na boca.
Tudo comigo é muito franco...
... mas com leveza
Fim do dia
Enfim... ontem eu entendi...
entendi o que mais me afligia...
no fim da dia:
a falta de luz me cega como a mais forte luz do dia.
Enfim... ontem eu entendi...
entendi que amar
é pra quem jogos complicados gosta de jogar...
Amar é um mero jogo de dados.
Ganha quem joga sem se importar se vai perder ou ganhar.
Um dia eu serei
poeira no ar
gota de oceano no mar
brisa da madrugada
luz apagada...
do tudo um quase nada.
Um dia serei
o que não sou mais
ausência de tudo
suave mistério
a envolver tua falta de paz.
Então, enquanto ainda sou
Aproveita tudo de mim
Suga de mim esse oceano sem fim...
enquanto ainda sou...
... um dia apenas serei
vaga lembrança de que um dia fui,
de que teu caminho atravessei.
Fim
Lágrimas brotavam dos meus olhos perdidos.
Os olhos transbordados não conseguiam mais contê-las.
O sofrimento escorria pelas mãos...
Ensina a decepção... mas machuca o coração.
Muito mais a noite se fazia noite...
O tempo era-me um eterno açoite.
Afastava-me de ti...
que eu só queria que estivesse aqui.
Mas o tempo cura... não é isso?
Dias e noites passaram...
O tempo passou...
A dor o tempo curou... e o amor acabou.
Do começo ao fim
E as coisas vão ficando para trás.
Vão sendo largadas pelo caminho.
Melhor assim…
Melhor caminhar sem pesos.
Mochila levinha.
Não, não perdes nada.
A vida é assim:
Coisas vão pasando.
Coisas novas vão chegando.
Tudo flui.
E assim do começo ao fim
Quanto nos amamos
Fim de tarde.
O sol declina no horizonte.
O ar de perfume de maresia saturado.
Tu... do meu lado.
O sol repousa seus últimos raios
sobre o mar de areia...
as ondas quebram na praia.
Nossas mãos entrelaçadas.
Teus olhos semicerrados.
Somos dois eternos apaixonados.
Relembramos quantos verões juntos passamos.
O sol numa fenda do horizonte enfim se escondeu...
Parece que faz séculos que tu és meu.
Amores...
Um dia me fizeste uma jua: irias me amar por todo o sempre...
Hoje aqui amargurada fico a pensar neste amor que não deu em nada.
Onde estás recordas-te de mim?
Onde vives, pensas um pouquinho em mim?
Por que não voltas pra mim?
O desejo por ti me tortura...
Torna minha vida tão escura.
Faltam-me teus beijos, teus abraços
Era tão bom deitar-me em teu regaço.
Estou aqui, meu amor...
Se voltares, vais encontrar o mesmo amor de sempre... aquele que jurei amar-te eternamente.
No fim
Vida que passa... tal qual fumaça.
Amanhã... quem sabe... amanhã
O tempo passe mais devagar.
Consiga eu sentir o sol me abraçar.
O perfume das flores sentir no ar...
Colocar a tristeza no seu lugar...
Bem longe de mim.
Encontrar a luz que todos dizem estar no túnel... no fim.
A outra
Voltei a ser a outra...
cansei desta que todo mundo vê...
assustada, desesperançada
da vida esperando nada.
Voltei... do meu avesso fiquei.
Nas mãos um monte de sonhos
estranhos...
esperando o dia chegar...
a noite sem fim acabar.
Voltei a ser a outra...
esperança não tenho pouca...
dessa vida... que coisa louca...
espero com uma esperança louca
que me dê não coisa pouca.
Sonhos demais?
Nunca olhe pra trás...
a vida é a vida que você faz.
Cansei de ser a outra
com as mãos vazias
esperando o dia
e ver o que ele preparou pra mim...
Esta outra encontrou seu fim.
Vida
Percurso sinuoso.
Caminho labiríntico.
Equilibrando-se em corda bamba...
Na geometria da vida...
Um ponto inicial.
Um ponto final...
No meio, uma reta nem tão reta...
Há curvas...
Há subidas...
Há descidas...
Um descuido...
Joelhos ralados.
Coração estilhaçado.
Pedaços de mim pra todo lado.
Cuidado.
Nas travessas da vida...
Muita coisa pode dar errado.
Mas...
Um dia tem fim.
Um ponto no começo.
Um meio....
Um ponto no fim.
Triste fim
Um dia vou jogar no mar minha vida.
É o mar minha única saída...
Tentei viver uma vida normal...
Mas estou tão imersa em minha dor
Que mato todo sinal de amor...
que de mim se aproxima.
Triste mesmo esta minha sina.
Tenho meus segredos.
Tenho meus planos.
Tento viver meu lado mais humano...
mas meus atos são sempre tão desumanos.
Hoje não está nada bem.
Trovões e solidão povoam meu coração.
Um dia eu mato essa dor.
quem não me conhece, talvez vá chorar...
vai pensar: 'por que será que ninguém fez nada pra ajudar?'
É... ninguém fez...
ou... fez sim...
quem podia ajudar me empurrou ainda mais para esse triste fim.
E fim!
Sempre é fim
É sempre assim
Encurta-se o tempo.
Que chegue logo o fim da história.
Afinal, é sempre a mesma história.
Começo. Meio. E fim.
Diz pra mim...
Alguma vez foi diferente?
Há alguma coisa que dure pra sempre?
É o peso dos dias que nos quebra.
Força-nos aos erros.
Não, não me diga que você se importa.
É sempre a mesma história:
alguém abre a porta.
Entra a luz.
De repente... vales obscuros.
Alguém sai e bate a porta.
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