Poemas Imaginação
Meu Baú
Guardo em um baú velho
tesouros escritos em papeis soltos
coisas tão íntimas e internas
como estar nua diante de um espelho
você pode me conhecer
em cada linha que escrevo
se com atenção você ler,
logo vai perceber
que este é um baú de sentimentos
e nesse baú antigo
guardei poesia e segredos escondidos
Nas entrelinhas,
amores vividos ou não
ou quem sabe só fruto da minha imaginação
com esses papéis soltos
posso tocar sua alma
e até seu coração!
___________________ Juliana de Almeida Rossi Cordeiro
11/03/2020
" (E tudo é tão diferente
do que em saudade imaginas!
Onde estão os teus amigos?
Quem te ampara, quem te salva?...)"
A vida é sobre o que a gente está disposto a dar de nós para outra pessoa, e especialmente sobre como vamos lidar com essas coisas que as pessoas quiseram dar pra gente.
Levando em consideração que somos pessoas diferentes, em lugares diferente, criações diferentes e convicções diferente.
Basicamente várias peças aleatórias de uma quebra-cabeça imaginário. Tentando encaixar seus erros uns nos outros.
Nem só de realidades conseguimos viver.
Aliás, pode até nos faltar realidade, se tivermos nossa mente aguçada para a imaginação.
É na imaginação que reside aqueles devaneios que faz mais leves nossas adversidades.
È verdade que temos que ter nossos pés no chão, mas isto não quer dizer que nossas mentes também tenham que estar tão sobrecarregadas que às vezes não possam alçar alguns voos para se livrarem das coisas terrenas.
Mesclar realidade com imaginação, eis ai a receita básica para se alcançar a verdadeira satisfação de viver.
(Teorilang)
Após a lida...
Supero com a força de minha raça
Cicatrizes e feridas que trago nas mãos
Restadas da lida diária em incerto destino
Ais ecoam reiterados nos dias inglórios
Mas, meu sustento vem do canavial
A paga é parca, mas é a que resta
Só e exausto, a noite corre a me socorrer
Me entregando a lua sobre o fruto que semeei
Viajo livre e solto em minha imaginação
Onde não cabem limites: corro e brinco
Reparo uma estrelinha saliente a piscar
Retribuo silente, como a brincar de amar
Tem horas que é preciso desligar geral de tudo, focar unicamente naquilo que acredita, reunir toda sua fé na crença positiva de que tudo já deu certo... e entregar!
Como crianças é que devemos ser, soltar a imaginação, não nos preocuparmos com o amanhã, sonhar os mais lindos sonhos, ter pureza no coração e brincar diariamente com as experiências da vida.
Fé é você crer e imaginar, trazendo pra existência aquilo que já está nos sonhos de Deus.
Vento, pássaros cantando, brisa do mar, folhas verdes, céu azul e uma janela - janela da alma? vidraça? um simples vão no imaginário?
Cachorro latindo, caminhão passando, coração a pulsar;
Teclas sendo pressionadas, respiração ofegante (ansiedade?);
Pequeno momento de percepção e reflexão na solidão criativa.
AQUELA IDEIA
Uma ideia que germina na mente é altamente contagiosa
Pode crescer para te definir ou, simplesmente, te destruir
Destruir sua noção de realidade ou imaginação
Pode tornar seu pijama ao alcance das minhas mãos
Seria a realidade um sonho?
Onde te encontro ao sentir as batidas do teu coração
E ao acordar pra vida tenho essa sensação
Que basta uma ideia absorvida com profusão
Para moldar toda minha realidade em ficção
Em meio a esse misto de realidade e sonho te vejo aproximar-se
Cada vez mais perto te percebo distante, e no calar-se
Tento correr ao teu encontro, mas me perco no caminho.
Buscando incansavelmente minha sanidade
Tento fugir, mas quando vejo já me aconchego em teu seio
Sem saber se foi real todo o desejo, a intensidade daqueles beijos.
Estávamos assim, frente a frente,
Eu e o meu eu lírico,
foi um intrigante discussão...
Há tempos que ele me cobra,
me intimida, incomoda.
Sua primeira pergunta...
Que tal transformar a dor em flor?
Eu cego, no meu ego, franzi a testa e respondi...
Não consigo falar, sem a mim observar.
Só sei falar de mim,
da minha própria dor, do meu desamor...
Meu eu lírico, triste, decepcionado,
Colocou-me contra a parede e propôs-me um desafio...
Tente, ao menos tente, seja o que vier na mente.
Aprenda a flutuar, ao escrever sejas tudo. Permita-se.
Antes que eu lhe perguntasse, nem mesmo deixou que eu falasse,
Transportou-me de mim mesma, a ser outras coisas,
a ter outros olhares. Olhe em volta! Veja os versos!
Dos poetas que admiras. Eu, o eu lírico, sempre estou.
Num poema sejas flor, no outro, um gato
ou qualquer outro bicho…
Seja uma dama recatada…
Em outro uma amante debochada…
Fale como se fosses um nobre Cavalheiro,
ou quem sabe sejas, um bêbado na estrada…
Criança, adulto ou idade avançada,
liberte-se e escreva sobre tudo!
Seja o que desejares, o que na escrita te inspirares!
Na natureza sejas tudo!
Fogo, água, ar, tempestade!
Sinta e seja todos os sentimentos,
para uma escrita intensa, fundamentada.
Fale de fé, com cuidado e respeito,
fale do bem e fale do mal.
Eu já sem fôlego, entusiasmada e o eu lírico?
Não parava, pois, era infinito o seu ser,
e queria a minha escrita ampliada!
Enquanto ele falava, eu fechava os olhos
e tudo imaginava.
Desejando que ele nunca mais se calasse.
E segui caminhado na imaginação da minha estrada,
passando por eles, todos os personagens,
que na caminho me esperavam.
À medida que eu andava, percebi,
eu e o eu lírico éramos um,
ele era tudoo que eu internamente desejava.
E todos os meus futuros poemas,
há tempos moravam em mim.
Infância
O quintal de casa era o meu paraíso; sempre foi aquele mesmo lugar, mas nunca em minha imaginação, isso já fazia valer a pena cada segundo ali.
Imaginações imaginadas
Pouco tempo antes;
Havia informações, mas uma quantidade inferior as de agora.
Parte, ficava por imaginar, adecorar, a esperar, a enfeitar.
Idealizações tamanhas.
Que não cabia na cabeça e explodia de felicidade, e alegria da espera.
Cingia a Vida, cheia de esperança.
Para os mortais comuns podia ser algo a mais, mas para outros não.
É pouco, muito pouco. Com suas próprias verdades não precisou descobrir, degustar.
Viver suas próprias verdades. Errar, lamentar, cair começar novamente.
Para aprender vivenciando.Essa parte do cérebro, que era a fabrica de ilusões, fantasias, esperança.
Não foi utilizado. Parte da alegria de estar vivendo.Perdeu a graça.
Como deixar escapar a graça pela vida, se a graça alimenta a vida.
Foi uma troca injusta. Se alimente de tudo, omais rápido que puder.
Para perder o seu próprio sentido do que é a Vida.
Tornou-se mais um vazio qualquer nesse vasto mundo de desilusões e sofrimento.
Por pequenos passos passamos pelo passado perdido em memórias passadas. Choros e sorrisos, abraços e carinhos que naquele exato momento foi nossa grande fortaleza.
Brincadeiras antigas nos tornavam reis e rainhas, polícia ou ladrão. Em um passe de mágica meu cachorro se tornava um gigante dragão.
Minhas pernas corriam livremente sem destino ou perigo, meus joelhos ralados eram símbolos do meu ser de criança.
Passado perdido por telas brilhantes e um padrão que impõe e determina que imaginação vem de crianças, e para os adultos só cabem família, trabalho e dinheiro na mão.
Cabeça nas nuvens
De longe aqui tudo estou
Pensando na vida
Sentada nas nuvens
Em sua quietude
O vento farfalha no meu rosto
Com suavidade, sem inimizade
Apenas se divertindo,
Passeando e me levando...
O sol escaldante se exibe
Orgulhoso e radiante
Já a lua tímida se aguarda
Simpática e brilhante
Galos cacarejam ao amanhecer
Corujas piam ao anoitecer
Crianças brincam ao ensolarar
Crianças sonham ao luar
A imaginação vai além
Com mentes nobres e juvenis
Gosto de inventar agora
Pensamentos alegres e gentis
Está na hora de ir embora
Deste lugar deslumbre
Ha ha! E eu aqui novamente
Com a cabeça nas nuvens
eu mergulho tão fundo em minha cabeça
que me entrelaço e prendo-me entre cordas imaginárias
criei um mundo em minha cabeça
no qual não consigo mais escapar
acho que penso demais.
A procura.
Ela procurava algo que não havia,
e talvez por isto sofria,
intencionava descobrir o que não existia,
e na sua imaginação se perdia.
Na busca alucinada que desanimava,
a cada luminosa manhã,
onde nenhuma palavra consolava,
desorientada e persistente procura vã.
Roda da Vida
Quando estabelecermos o exercício da criatividade para o bem comum, abriremos as portas da imaginação saudável com pensamentos e ações pertinentes de uma nova sociedade autoconsciente.
Peças da mente
— O Sol levou seus raios cintilantes, dando espaço pra Lua brilhar.
Observo o silêncio, minha mente fantasia obras de arte no céu. Telas perfeitas. Gigantes.
Em poucos minutos, o clima muda!
Me deito em busca do sono restaurador, ele não vem, nada dele chegar!
O vento que chega do sudeste, vem veloz, atroz, chega assoviar.
Lá fora, ouço cães ladrarem, mas na minha mente são lobos a uivar.
A cama muito confortável, mas o meu eu, não.
Me ponho alerta, fico desperta.
— Observo através do vitral da claraboia em uma das muitas alcovas do antigo casarão!
— Casarão com muitas histórias, algumas escabrosas, incluindo até assombração.
As nuvens chegam, cinzentas, escuras, impedindo as estrelas de cintilarem!
Sinto meu corpo ouriçar.
A habitação parece gelar
Será que preciso me preocupar?
“Fantasma” ou só imaginação?
Ouço passos no corredor,
Ai que medo, que pavor!
Vagarosamente e trêmula, abro a porta.
Ui… Que alívio, era só o zelador.
Nossa mente é campo fértil, sementes plantadas por um caso escutado, trazem pânico e terror em uma situação cotidiana, julgamos ver até aparição.
“Uma ave vira um dragão!
Um gatinho vira um leão"!
Rosely Meirelles
🌹
Assim como a beleza
É subjetiva,
Depende da luz
Que brilha nos olhos
Daquele que olha
E enxerga a alma,
E contempla
Com sutileza
O que há no coração,
Assim também,
É ver e enxergar
A sensualidade
Quando enxergo
No outro e vejo
A mim mesmo,
Refletindo tudo
O que a minha alma
Tanto necessita e deseja,
E o corpo, muito anseia noutro corpo,
E a pele arrepia,
Se aquece,
Se esquece,
Fica leve, e vai...
Voa nas asas da poesia
Com a magia
Da sedução.
Trago nos olhos
O brilho do sol
de verão.
A sombra nos tijolos
forma no muro
algo sem tradução.
A imaginação colore
com jatos férteis
vindos do coração.
A lenda do pedacinho.
Num mundo de sentimentos bons, existia um alegre Pedacinho que habitava uma ilha encantada, na costa leste da imaginação, não me lembro bem o seu nome; me parece que razão ou coração, algo assim.
Pedacinho era muito diferente. Até que o pequenino, tocava muito bem seu violino…
Certa feita, fez uma festa a fantasia nas nuvens, com o tradicional karaokê das formigas e os mais belos passarinhos e vagalumes…
No grande dia, subiu ao céus com seu melhor amigo,“Sonhos”, que tinha duas asas reserva e o emprestou. No caminho, o nanico confiou-lhe seu segredo de amor:
com os olhos brilhando disse em seu ouvido:
- Eu sou apaixonado pela página mais bonita do livro!
Então, Sonhos entusiasmado respondeu;
- E eu amo uma poesia que toda noite guarda estrelas debaixo do meu travesseiro.
Dizem que depois da festa Pedacinho embarcou com as asas de Sonhos, para a biblioteca da cidade, onde foi visto pela última vez, e nunca mais voltou.
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