Poemas Góticos de Amor
E é no silêncio da escuridão
Que se torna impossível distrair meu coração
Que durante os dias tem sido ludibriado
E esquecido por atividades e amigos
Mas o anoitecer é inevitável, e me encurrala
Um beco sem saída, deserto intrasponível
Onde só me resta pensar em você...
Repasso mil e uma vezes em minha mente
Perco o sono tentando entender
Como pude perder antes mesmo de ter
Sina, azar ou apenas pra confirmar
Que eu não levo jeito pra amar.
Em manhãs lindas, após tempestades, é quando o guerreiro se cala para ouvir o silêncio matutino.
Agradecendo, crendo e renovando-se...
Sendo amado, já não mais apaixonado, e sim praticando um amor inventado...
"ENQUANTO"
Enquanto lês, escrevo em silêncio
Enquanto fomos um do outro
Enquanto o terço for meu no teu
Enquanto o beijo tenha o gosto meu
Enquanto fizeres o meu abraço teu
Enquanto fores um berço meu
Enquanto eu for um sorriso teu
Enquanto fores um caminho meu
Enquanto eu for um abrigo teu
Serás amor e vida, bem vindo em mim
Silêncio perverso
Ações são acontecimentos naturais,
São as previsibilidades conforme as assimetrias
Que quando passados algum tempo
Tornam-se plausíveis.
Quando a fala articula argumentos
Extravasam-se inquietudes perturbadoras
Entra-se ao final em cooperação mental
Num entendimento consensual.
A voz deve dizer o que não se quer escutar
Ao anunciar muitos dissabores
Mas, pior é o mistério e inação,
Que prepara golpes aniquiladores.
Atormenta muito, o mundano silêncio,
Feito, integro por perversão,
Porque quem cala, consente a alguém imaginação,
E nessa calada, escuta-se golfadas de intenção.
O Som do Silêncio!
Tem momentos em nossas vidas, que o silêncio fala mais que palavras,gestos ou um olhar.
Calar-se,diante de uma situação,não é covardia e sim inteligencia,saber escutar é um dom de poucos.
__Eliani Borges.
REGAÇO MEU
Meu corpo é um poema sem palavras...
A minha alma escuta o meu silêncio..
As lágrimas inundam o meu regaço.
Rezo o rosário da dor da minha alma
Onde silenciosa sepultei os meus poemas
Gosto quando me olhas com os teus sentidos
Tocas-me com os teus pensamentos....
E beijas-me com o teu silêncio...
Tango de uma alma traída quando a afastam
Um mergulho no tempo....
Feito num momento.... de um lamento
Um sofrimento num cansaço....
Pranto de um desejo, de um abraço
O grito silencioso de uma lágrima reprimida...
De uma dor aprisionada
Onde a poesia é a minha companheira...
Das madrugadas mal dormidas..
A solidão sempre foi meu caminho...
Onde sigo.....a rota do vento....
E atravesso a tempestade.
Agora enxugo minhas lágrimas cheias de saudades.
De tristeza entregue a uma dor intensa...
Onde só queria uma pausa para poder colher a lua.!!
Solidão
Em meu silêncio
Caminho pela estrada
Perdido na escuridão...
Vivo uma vida de promessas
Cansado de olhar o tempo
Passando o passado a luz da lua.
Deixo o vento me guiar
Lembrando de momentos esquecidos
Nossa historia agora é jamais.
Chego a pensar de tanto cansar
Meu espaço perdeus o compasso.
De tanto esperar por você.
Acreditei em cada palavra
Tudo era tão pra sempre no inicio.
Como se estivéssemos vivendo...
Hoje quando ligo o radio
Nossa canção não toca mais
Foi tudo tão bom...uma pena...
Me sinto sozinho
em meu quarto choro
Sem nenhuma esperança.
Acreditei realmente que ia...
Novamente lhe ter, mas não foi assim.
Sonhos nem sempre se realizam.
"MIGALHAS"
Gume da faca
Espetado no dorso...
Com dor das palavras
Gestos em silêncio gravados de amor.
Migalhas de pão em pedaços...
Pedaços nas mãos.
Ventre em sangue na terra queimada
Na alma lavrada
A desilusão petrificou no corpo.
Na mente, sozinha, perdida
Totalmente desamparada.!
"CAIXINHA DE COR"
Guardo o meu silêncio numa caixinha de cor
Que mistura-se entre o coração e a alma
Onde guardo as minhas melhores recordações
Escondidas num jardim de amor e rosas
Pintadas de desejo com vestígios do sol quente
Momentos feitos de dias, horas e minutos
Onde encontro e escrevo poemas desconcertados
Que eu escondi cheios de ternura e cumplicidade
Escritos de melodias num espaço
Onde eu escondo as alegrias, da tristeza
Tenho uma caixinha de cor...
Entre os meus lábios e os teus olhos
Onde mantenho o meu silêncio perto da minha alma
Dos poemas escritos com o coração em melodias!
Não me contento com o não, não me contento com o silêncio, não me contento com a ausência, não me contento com o nada...
Quero você e nada mudará isso!
Pode ser passageiro, mas é intenso agora, é verdadeiro, agora só você não vê, só você não enxerga! Sei que não és a última pessoa do mundo, mas queria ser a única no mundo pra você!
O SILÊNCIO DA PALAVRA
No meio da algazarra
Ecoou o silêncio da palavra.
E a forte mudez por sua vez
Destemida, calma, pacífica
Revelou-se misteriosa, audaz.
Era preciso saber calar!
Calar o que se fazia loquaz.
E o verbo como bom entendedor
Travou moderado na garganta
Por mais que quisesse
Explanar suas manifestações.
E assim todos os silêncios
Sem questionarem rumores
Ao mesmo tempo emudeceram.
Emudeceram sem se quer
Contestarem suas indagações!
E SE O SILÊNCIO...
E se o silêncio
Invadir nosso momento
Relaxe! Apenas beije-me!
Beije-me de olhos fechados
Ou se preferir que fiquem
Olhando-me bem abertos
Que é pra sentir o gosto
Do amor e do nosso pecado!
E ao sentires meu peito
Bater junto ao teu encostado
Não haveremos de estar sós
Perceberás que o amor emana
Dentro de mim, dentro de nós!
ALMA HARMONIZADA
É de silêncio
de paz, harmonia
que se preenche
a vida d'alma!
Mas, é principalmente
de afeto, de amor.
Da alma ninguém
se afasta, separa
se nasce, se vive
quando de voo livre
é a alma solicitude
nosso anjo protetor!
CRESCENDO INTIMAMENTE
Crescer intimamente, é se deixar guiar pelo silêncio
que a natureza nos proporciona para enfim,
encontrarmos paz, harmonia e felicidade dentro de nossos corações.
Se não estiver disposto a decifrar o meu silêncio durante as noites de inverno, não me procure quando ouvir os acordes do meu canto numa tarde de verão.
Não vá embora rápido demais, como as folhas no outono, pois somente se você ficar e me entender, poderá admirar o desabrochar das minhas flores na primavera.
TAL PROBLEMA (soneto)
Está paralela entre nós é tal problema
O silêncio do teu olhar é dor em mim
A falta do teu cheiro me tira do coxim
Sonhar-te solitário, não é esquema
Qualquer distância entre nós, é assim
Meu peito uiva em um estranho dilema
De ter-te numa canção ou num poema
Quando a saudade só escreve folhetim
Fico te esperando em um telefonema
E o minuto é mais que a hora, enfim,
Se mudas de quimera, vira pocema
Então venha para perto, saia do motim
Se tudo está incerto, o certo não é lema
E o nosso amor desconhece querer o fim
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
"Estar Bem"
"Quando você esta ao lado de alguém que mesmo em silencio, lhe diz algo de bom...
Quando fecha os olhos, e em seu pensamento esta fotografado o rosto desse mesmo alguém..
Quando lembra de uma coisa tão pequena, mas que lhe põe um sorriso nos lábios, mesmo que disfarçado, levando toda tristeza embora...
Quando sente-se realizado só por ver esse alguém passar...
Ah!!! Estar bem.. Se resume em pequenos detalhes, de um alguém tão especial, que te faz sentir como se o mundo só tivesse sentido se esse alguém estivesse ao seu lado, mesmo calado...
Mas preenchendo, cada parte do seu ser e irradiando seu esplendor, na beleza desse amor..."
Desaparecimento
Não deixe o silêncio te vencer
Velhice do fim deve ser ingente
Exista, concorde no mais viver
Creia, noite tem amanhecer
Respire com o olhar vivente
Tenha manhã para anoitecer
Pois, saudade, o justo é sofrer
Então, se oponha ao sol poente
Suspire, alente sem se render
Pai, o teu decesso, faz fender
O coração, é choro "sofrente"
Duma lágrima que quer ceder
Não saia do alcance... Tente!
Lute, tente pra luz não morrer!
De sua benção ficarei ausente...
Luciano Spagnol
Junho de 2014, 02'44"
Cerrado goiano
Parodiando Dylan Thomas
Do silêncio surgiu a poesia.
Quando você falava, eu não ouvia.
Só fui ouvir quando você parou de falar
E quando eu falei você já não me ouvia.
E a poesia surgiu em silêncio.
Quando você me seguia
Eu fugia.
E quando eu conduzia
Você se perdia.
E perdida ficou a poesia
Em nossa desarmonia.
NOTURNO (soneto)
O silêncio sobrou-me como alento
E o vento ressoa a última vindima
De ilusão... Desagregada da estima
No tempo noturno bem mais lento
O sino da matriz soa em pantomima
Chamando a esperança do relento
Para que se funda ao sentimento
E derrame em fé e não só lágrima
O sono evoca vinho como fomento
A solidão adentra na noite a cima
O relógio no pensamento, tormento
Me busco, e não encontro a rima
Me olho, o passado vira lamento
E o aninar na vigia não aproxima
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Último dia do mês
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