Poemas Góticos
Não existe mais silêncio
Tudo grita.
A vontade de ir, de ficar,
De poder numa mais lembrar
Da tua pele que contrasta
Com a minha, que me molha
Sem me tocar...
Dona de mim és tu e, onde quer
Que eu vá, lá estás.
Quanto mais eu fujo e corro,
Mais me aproximo de ti.
Quanto mais eu nego te querer,
Te quero, como se eu necessitasse disso.
Me dissolvo, me derramo,
Mesmo com toda firmeza
De quem sou e do que quero.
Eu não sei parar de pensar no teu rosto
Avermelhado de emoção ou na tua pele
Que arrepia só de pensar em quantas
Loucuras poderíamos fazer entre quatro paredes.
Não consigo parar de pensar no teu colo,
No teu jeito, no teu beijo, nos afagos
Que nunca ganhei...
Mas no fundo me pergunto por quem estou lutando tanto? Por que tudo isso agora?
Eu nunca soube dividir o que eu achava
Que era meu e, mesmo depois de ter crescido
E entendido que não pertencemos a nada ou
Alguém, eu ainda cuido de você como se fosse minha.
Mas nunca tivemos nada.
- Não somos nada.
Deixe-me.
Preciso resolver algumas coisas comigo mesma.
Ouvir o silêncio, conversar sem dizer nada...
Assim que o sol vai se pondo
reina um respeitoso silêncio
É uma reverência da natureza
para com a noite que vai chegando
melanialudwig
O silêncio da madrugada é contraposto pelos graves de pensamentos que tanto ecoam em mim! Meus neurônios eufóricos de tanto laudar as dores e egocentrismos.
Voz aprisionada e atitudes repetitivas, o hoje assemelha-se ao ontem e ao dia antes deste! A madrugada é pois o loop de graves que ecoam e de dores que precedem a exteriorização de meu medo, insuficiência e ódio.
É só mais um verso, é só mais uma ideia , é só mais uma madrugada!
O silêncio da madrugada faz tudo parecer possível.
Planos e mais planos alavancados por sonhos e desejos são construídos.
Mas, basta o dia para tudo não deixar de ser apenas um sonho impossível.
Saudade de quando tudo era possível com você.
Não tem como dizer adeus para o silêncio
nem até breve para a solidão
mas tem como dizer ao amor próprio que ele é tudo
e por ele, somente por ele, mudar a direção...
ESTDO DE QUEM SE CALA
Em um silêncio na profundeza
Fomos arrebatados para opaco;
Tudo nos leva a um desvario;
A vida está em quarentena.
A nossa felicidade foi desbotada
Aí vem tendência que desvaira
Solidão, disparidade e espanto.
O homem virou gafeiro
Não podemos com o vírus na atmosfera
Sem alegria, ficamos exposto a gagueira.
No moribundo não funciona sua sabichão;
O homem é a medida da construção;
O vírus é a medida da destruição.
SAUDADE SUPREMA
Silêncio, tarar, ideia envolta na solidão, murmura
Nos versos sussurrantes do meu versejar sombrio
Eu, agoniado, privado, numa poética de amargura
Velo a minha angústia com cântico insosso e frio
De onde? quem? Essa sensação de uma clausura
E está dor, um acaso demente, um talvez doentio
Que deixa meu sabor com aquela amarga doçura
Apertando o peito, e a emoção sem o suave feitio
E vai a madrugada a meio, nostálgica, importuna
Nos rogos de minh’alma, e tão repleto de lacuna
Divagando falta no pesar de outrora, triste tema!
E eu quisera, outro ponto, nesta pontual sofrência
Na aflição de cada rima ter aquela muita existência
Na suprema ausência de uma saudade suprema! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30, julho de 2022, 03’23’ – Araguari, MG
Quando ela chega, emudeço
é o silêncio sagrado da criação
rasga o véu de qualquer distância
rouba-me da própria distração
cinge seus lábios em meu peito
ancora-se sem pudores em mim
e tudo o que vejo, escrevo
quando ela chega enfim…
ajusta o silêncio
à tua percepção
sintoniza teus sentidos
e morre por um minuto
nada em vida supera
um renascimento
Ama - se no silêncio.
Ama - se no olhar.
Ama - se ao cuidar,
ao orar.
Deixe o coração falar,
sentir a alma serenar
e a esperança raiz fincar.
"Me recolho em silêncio,
enredado em seu laço,
entre pernas e coxas,
entre lábios e braços,
e não sou mais eu,
nem sei o que faço,
exceto,
o silêncio,
e o laço."
A Árvore
" E no silêncio da noite,
sussurrou - me
seus segredos,
sabia dos meus medos...
Um suspiro profundo,
lhe sorri.
Com coragem
meu destino segui.
Ela sabia que eu seria feliz..."
A cura
" A alma cansada,
em silêncio
lhe sorriu.
O amor retribuiu,
seguiram cúmplices...
Pelo caminho,
foi deixando
pra trás suas 'bagagens'...
Recebeu sorrisos e flores.
Gentilezas que o coração
acolheu e assim
dentro de si
um novo dia nasceu.
Recomeço...
O sol resplandeceu!
O amor foi o bálsamo
para a alma,
que não mais tristezas sentiu.
Mas muito amou e
muito foi amada
por aquele que lá atrás
um dia lhe sorriu,
segurou as suas mãos
e nunca mais partiu. "
Saberia eu viver em paz sem a ausência da perturbação que cria vontade pelo silêncio ou seria um tédio, saber perturturbar perturbar e não fazer alardear.
FILÓSOFO
NILO DEYSON MONTEIRO
Sou tecnicamente um homem morto.
Não vibro com bobagens; sou seletivo, gosto do meu silêncio, da minha resiliência.
Nada me chama atenção!!!
Apesas esperando partir...
Filosofia Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Silêncio
Quero o silêncio
onde se cria o impossível
quero o silêncio
onde se esconde o medo.
Quero o silêncio,
onde tudo é calma
onde tudo é alma,
e sem Deus e sem culpa.
Quero o silêncio
onde o vinho é doce
e o sangue esfria
e o trabalho é livre
sem suor nem lágrimas.
Quero silêncio
pois estou cansado
de ouvir mentiras
de um oráculo errado.
Quero o silêncio
do desassossego
do amor perdido
do perdão negado.
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