Poemas Góticos
As vezes sinto como se meu coração fosse feito de vidro, que a muito tempo foi quebrado. Ainda hoje junto cacos na esperança de um dia senti-lo completo novamente.
Semblante de ovelha
um lobo interno o seduz
o mal calmamente o espreita
reduzindo aos poucos a luz
em seu intimo uma guerra de feras
prevalecendo o lobo
primeira vitoria do mal em eras.
CHORO
Cachoeira salgada
Delicado declínio
Se forma pingada
Me afoga em fascínio.
Cada alma que escorre
Na saliência do rosto
Num lenço se morre
Cada uma a seu gosto.
São almas que saem
É corpo que fica
Na mente que moro.
Lágrimas caem
Lembrança é rica
E por isso choro.
Sempre foi por você;
Por seus olhos lindos e tristes como uma poesia de Castro Alves;
Por seu olhar aleatório para qualquer lugar, a fim de disfarçar sua timidez;
Por seu jeito doce de tratar as pessoas.
Por sua fé e sua paz que deixa qualquer lugar mais leve;
Por seu sorriso lindo que se mostra mais lindo quando está ao encontro do meu.
Linda Livia...
desculpa por não ter,
te dado o devido valor,
no início era imaturo,
agora sofro no escuro.
Penso em ti todo dia,
manhã tarde e noite,
as vezes pouco... Ás vezes muito.
Agora sofro, e você, coerente,
não dá mais valor
para aquele jovem que achava
bonito e inteligente.
Penso em você tem 12 meses,
seu lindo rosto, calma,
me traz calma... Sua vontade
de se expressar e mostrar sua alma.
Dia 21 virei só mais um
dos(as) que não olharam, para o
grande amor, que estava ao lado
Uma noite irá
lembrar dos momentos
bobos que passamos,
uma noite qualquer,
mas não hoje.
Até tentei, mas a covardia...
Ah... A covardia... Me impediu
de ser feliz com você, Livia,
desculpa por ser um covarde
e esquisito.
Sufocante
Gostaria de dizer tantas coisas, dizer o que eu sinto
Mas a chave foi perdida, sou um quadro vazio
Sinto falta dos sorrisos sinceros e do brilho no olhar
De olhar para a Lua e se encantar
Quando paro e tento lembrar, o cerco se fecha e a angustia domina
Quero ser real, sair da neblina
Se eu pudesse falar, isso que eu diria
Mas estou na pior prisão, que se chama minha vida
Sufocante
Gostaria de dizer tantas coisas, dizer o que eu sinto
Mas a chave foi perdida, sou um quadro vazio
Sinto falta dos sorrisos sinceros e do brilho no olhar
De olhar para a Lua e se encantar
Quando paro e tento lembrar, o cerco se fecha e a angustia domina
Quero ser real, sair da neblina
Se eu pudesse falar, isso que eu diria
Mas estou na pior prisão, que se chama minha vida
E eu passo, tão calado como a Morte,
Nesta velha cidade tão sombria
Chorando aflitamente a minha sorte
A morte é o ponto de fuga da raça humana. Quando ela vem, todos esquecem de seus problemas, esquecem que se odeiam, e ficam em paz... Deixamos para trás tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.
"Ultimamente a morte vem me cercando...
Rondando a minha vida.
A dor, tristeza, angustia, problemas...
Tudo isso a minha volta.
Sinto-me como em um baile, antecipando o meu fim,
E nesse baile uma lamina é o ingresso que carrego em minhas mãos.
Hoje pretendo ficar com ela; a morte."
(Trecho de - A dama de preto - GustavoAleixo)
O falso amor dos poetas
Aprendi a me forçar para engolir a dor
Quantas vezes já desejei a morte?
Não vivo a procura do amor
Pois nunca tive muita sorte
Minha mente insiste em me aprisionar
Não acho o mapa do meu corpo
Quando tudo isso vai acabar?
Será a morte o meu conforto?
Eu me perco muito rápido
E demoro pra me achar
Viver é quase que um delapido
Sem chorar, sem reclamar
Não sei se vivo pra morrer
Ou se me mato pra viver
Se digo o que eu queria dizer
Ou se me lembro de esquecer
Sei que não sou a melhor pessoa
Mas a pior também não sou
Minha mente vive muito atoa
Mas em paz sinto que estou
E você até tentou me amar
Vivia dizendo que sou linda
Que é fofo o meu jeito de andar
E que quando sorrio, fico mais linda ainda
Eu não posso te julgar
Na verdade, te compreendo
Não é fácil me amar
Nem eu mesma amar-me tento
E ai se eu pudesse...
Se eu pudesse pegar um machado, abrir minha cabeça e tirar você de dentro
Se eu pudesse estar no mesmo lugar que você e fingir não ter sentimento
Se eu pudesse não me matar, só matar o que está aqui dentro
Se eu pudesse virar pó e ser levada pelo vento
Mas quem sou eu para poder. Ou para tentar?
Quem fala de amor, raramente sabe amar.
Tudo é questão de perspectiva
A morte é resultante da vida;
As mais vazias palavras
Podem se tornar poesias.
Meu ermo sagrado I
Procuro por tua presença e não me respondes.
Abrigo sob a sombra de um pinheiro
presumo um silêncio pleno de ti,
encontro meu ermo sagrado.
basta-me uma noite, porém, tudo se esvai.
Eu apelo à letra, a palavra dita;
elas me traem.
Tenho a mente turva e os afetos soberbos.
De ti, tenho um silêncio
longo e tortuoso
quando o que desejo hoje, somente,
é tê-lo por primeiro.
Há uma sombra no palco,
os olhos vazios, o corpo de pedra,
repete as palavras como quem mastiga silêncio,
e a multidão segue, sem ver o caminho.
Há música no ar,
não de flautas,
mas de cordas gastas que rangem,
e eles dançam,
dançam como folhas no vento,
sem perguntar para onde os leva a corrente.
O abismo espera.
As bocas sorriem, as mãos caem,
há corpos que já se foram,
mas ainda seguem os outros,
com o brilho de uma fé cega
ou de um desespero antigo.
Quem os ouve, quem os vê?
Só o vento, que leva tudo
antes da queda final.
"A Sombra do Que Somos"
Sentam-se
como quem deseja paz,
mas nas costas
o velho instinto
abre a boca.
Não é o que se diz,
nem o que se cala,
mas o que se traz escondido
que constrói o ruído.
Ser amigo
não é sorrir de frente
com o punhal por trás.
É sabermos que em nós
também há serpentes,
mas que podemos escolher
não lhes dar voz.
A sombra é apenas
o que não soubemos iluminar.
E amar, talvez,
seja aprender a conversar
com o que ainda nos morde por dentro.
Nos corredores da escola, meu olhar te segue,
Como uma sombra tímida que ao longe se esconde.
Teu sorriso é sol, minha alma se apega,
Mas o medo me cala, e o silêncio responde.
Te vejo na fila, no intervalo, na quadra,
E meu coração bate acelerado,
Mas quando tento falar, as palavras se perdem,
Como um eco distante, num espaço calado.
Penso que você talvez nunca perceba,
Que meu mundo gira ao som do teu nome.
Na verdade, me assusta imaginar,
Que em teu olhar, eu não seja mais que um homem comum.
Será que existe um lugar no teu pensamento,
Onde eu possa habitar, nem que seja por um instante?
Ou será que sou só um reflexo, um pensamento,
Que jamais tocará teu coração distante?
E então, fico aqui, guardando o segredo,
Dessa paixão que cresce em meu peito,
Mas que nunca sai, nunca se revela,
Porque tenho medo que meu amor seja só um defeito.
Tão rápido, quase não senti os anos passarem, não senti o frio na pele, desde então o coração virou pedra, não sangrou mais, dor incurável, mistério irremediável.
Meus olhos fecham querendo voltar, meu corpo pede um ultimo abraço, uma última palavra não dita. Viraria todos os corpos por não ter dito a gratidão. Valores jogados ao lixo, a vida tratada na miséria. O remorso corroendo a alma e a fazendo gritar eternamente.
Putrefação, sangue, ossos, vermes. Cadaverina. Olhando para a escuridão mais profunda do céu e tentando achar o foco. Lutas perdidas, porém certificadas do aprendizado. Infelicidade mutua, mas valorizando o pouco que tinha. A vida mudada, o exemplo citado, a inspiração contida e a personalidade moldada uma vida escura, uma vida de morte.Tentando escolher o correto. Se prontificando dos erros, regenerando a carne, amaldiçoando a estrada da morte e por fim entendendo o ultimo adeus não dado.
Preferir o silêncio
"Se quiserem que as palavras ditas sobre Deus signifiquem algo, vibrem de zelo pela sua glória. Pois, se os ouvintes perceberem que falamos apenas para nosso próprio agrado, acusarão o nosso Deus de ser somente uma sombra. Se se ama a glória de Deus, é essa transcendência que se procurará, e é no silêncio que ela se encontra. Não procuremos, pois, conforto numa certeza de sermos bons. Saibamos somente que só Deus é santo, só Ele é bom.
Não é raro que o nosso silêncio e as nossas orações levem mais ao conhecimento de Deus, do que tudo que dissermos sobre Ele. O simples fato de querermos glorificar a Deus falando Dele não prova que o conseguiremos. Que importa, se Ele prefere o meu silêncio? Não ouviram dizer que o silêncio Lhe dá glória? "
Homem algum é uma ilha, Thomas Merton (Editora Agir), 1968, pág. 207
A Palavra e o Silêncio
Falo—e a palavra corta o ar
como lâmina sem rosto,
como flecha sem alvo.
Quem a escuta? Quem a sente?
Quem lhe dá forma dentro do peito?
Dizê-las é rasgar o silêncio,
como quem fere a pele da água
e espera que o mundo responda.
Mas o mundo nem sempre escuta.
Ou escuta mal,
como um espelho partido
onde o rosto já não se reconhece.
Escrevo—e a tinta sangra no papel,
mas o que digo não é o que fica,
o que fica não é o que sou.
Entre mim e o outro há um abismo,
uma distância que a voz não vence,
um eco que se perde na sombra.
Às vezes são lâminas,
abrem sulcos na carne do tempo,
fazem sangrar quem as ouve.
Outras vezes, são leves demais,
tocam, mas não ficam,
morrem antes de nascer.
Quisera eu que a palavra fosse ponte,
mas tantas vezes é muro,
ferro, pedra, ruína.
Tantas vezes, o que fere não é o grito,
mas o silêncio depois dele,
o vazio onde o sentido se afoga.
E no entanto, insisto.
Porque dizer é resistir à solidão,
é lutar contra o escuro do não-entendimento,
é desafiar a noite com um nome,
mesmo que ninguém o repita.
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