Poemas Fortes

Cerca de 4011 poemas Fortes

O Assuntá de Assentados

⁠Um
Gostoso
De
Se sentir
Bem

Manhãs
De domingo
Na pracinha

Turma
De sempre
Reunida

Alí

Assentados
No degrau
Da porta
De aço

Um
Encostar
De corpos

Divina
Sensualidade
Contida

Céus
E terra
Se
Fundindo

Secretos
Amores
Nem tanto...

Tempos
De adolescentes
De
Outros tempos

Inserida por samuelfortes

Descarrilhado


⁠Natureza
Pra ser
Natureza

Precisa
De quatro
Estação

Trem de ferro
Esse trem

Só de uma
Só uma
E tá bão

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Muita força
Muita força
Muita força

Vou depressa
Vou correndo
Que só levo
Pouca gente

Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

Inserida por samuelfortes

Solidão Aristotélica


Armei minha solidão
Pra me defender
Do pecado da existência

Sem suprimentos
Matei-me com um sorriso
Morto pendurado de esperança

Fui acusado de ilusão
Meu Paradoxismo
Era muito radical

No final do meu surto
Ninguém sabia dizer
Se fui bom, ou era mau

Inserida por samuelfortes

⁠Assintomático Hipocondríaco


Mudei para o azul
Talvez para o idiocromático
Não lembro se antes era vermelho
Da cor do meu inexistente

Cabe ao tempo verdejante
Cabe ao viajante
Definir o tom da letra
Que já não era mais preta
De fundo branco

Nem violeta
Era sustenido
Singelo
Mas Franco

Inserida por samuelfortes

O Atendado em Capitólio



⁠Nem
O comunismo
Da
Guerra Fria

Nem
O atentado
Às
Torres Gêmeas

Foram
Tão ameaçadores
À democracia
Americana

Que
O atentado
Ao
Capitólio

Inserida por samuelfortes

Atrás da Curva



⁠De
Um tempo

Um tempo
Que
Já não mais

Dopados
De utopias
Viajavam

Viajavam
Ouvindo
Coisas

Jurava
Jura
Ainda

Ter ouvido
Cantor

Cantar
Dublando
Voz de Deus

Inserida por samuelfortes

Materialista ⁠


Ali
Sentado
Bem
Na pedra
De assuntá

Na trilha
Em que
Trilhanda

E é
Preciso
Trilhandá

No momento
Ali
Pensano

Até onde
Isso
Vai dá

Inserida por samuelfortes

Há vê Unidas


⁠Ruas
Por onde
Passa

Ali
Novamente
Passando

Vivências
De vida
Vivida

Vividas
Boas vidas
Jamais
Esquecidas

Inserida por samuelfortes

⁠Amoedo, é tipo um James Bond, cada vez um ator diferente interpreta.

-Candidato do novo, um verbo?
-privatizar

-Um objeto?
-privada

-Um programa de TV?
-Cine privê

-Onde gosta de receber mensagem?
-Privado

Inserida por samuelfortes

Erasmo e a Porta

É necessário que pela primeira vez na vida, diz Hamlet em todos longos os monólogos, que você consiga dizer apenas o que as coisas são, e para isso, Hamlet teve que se fingir de louco. Porque como escreveu Erasmo de Roterdão e, publicado em 1511, Elogio da Loucura, às vezes é necessário ser louco para dizer o óbvio. Às vezes é preciso ser louco para dizer que todos os problemas que nos são mostrados, são problemas falsos, para que nós não vejamos os reais. Que todas as festas, são um barulho alto para impedir que eu expresse a melancolia densa e profunda da minha existência, e quanto eu mais escrever, potássio, potássio, potássio! É sinal que eu estou triste, triste, triste!

Inserida por samuelfortes

O Salto Feminino⁠


Acumulador
De
Lembranças

Daqui
Dali
Dacolá

Algumas
Apenas
Lembranças

Consigo
As que valem
Carregá

Inserida por samuelfortes

⁠Paulo na Ditadura Freire

Conforme o tempo foi passando, a potência da filosofia freiriana cresceu. Seu prestígio se espalhou pelo mundo. O incômodo só aumentou, e os herdeiros da ditadura continuam o perseguindo.
A ditadura que expulsou Paulo Freire do Brasil em 1964, paradoxalmente, ajudou a espalhar sua pedagogia pelo mundo. Como um lutador de aikidô, Freire usou a energia repressiva do adversário como impulso da sua própria força.

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Branco no Preto

A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Abaixo em continuidade com a derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas serve-lhe de suporte e união com os órgãos subjacentes.
Se somos majoritariamente mestiços, aqueles lugares do poder colonizador, podem ser preservados também como recordação dos que ameaçaram e exploraram nossos ancestrais. E quem não é mestiço na epiderme, vive a mestiçagem na experiência cotidiana de alimentação, vocabulário e outras práticas culturais.
Nosso patrimônio histórico vai além de fortalezas, engenhos, salões palacianos, embora devamos preservar, estudar, conhecer esses espaços para melhor entendermos sua importância nas relações sociais. Tal patrimônio, ampliado e contextualizado socialmente, será capaz de nos abranger na complexidade de nossas experiências.
Discutir a Imprensa periódica, que surgiu tão tardiamente em nosso país, é igualmente necessário em termos gerais da História Cultural, diante do caráter ainda mais tardio de uma indústria editorial no país voltada para a produção de livros, donde jornais e revistas ainda se constituírem, naquela época, em núcleos muito importantes de debate intelectual e artístico, além de político, é claro.

Inserida por samuelfortes

Eu não sou besta pra tirar onda de herói

Você pode brincar com a morte e ganhar dela várias vezes, mas quando ela ganha, é pra sempre. Coragem sem sabedoria é tolice.

Inserida por samuelfortes

Afasta-se


Em uma rede encostada
Cheiro agreste e pés descalços
És o príncipe leão de si

Será o prazer de seu coração
Juntos somos total emoção
Quase aberto o roupão
Solto o cabelo

Jasmineiros e galhos encurvados
Era um quadro celeste

Inserida por samuelfortes

Tapete Verde

⁠Trabalhando arduamente
Para conseguir a minha fartura
Todo mundo quer uma emoção
Pagando qualquer coisa
Para lançar os dados
Só mais uma vez

Inserida por samuelfortes

Praga Bíblica


Não bastasse
O vírus
Também
O fantasma
De Herodes
Não dá
Pra acreditar

Inserida por samuelfortes

⁠Quando se é Jovem

Ternas
Eternas
Definitivas
Efêmeras
Paixões

Coisas
De morrer
Que só

Nunca
Assumidamente
Declaradas

Segredos
Supostamente
Somente seus

Na incerteza
Ao risco
De tal
Não ser

Sempre
Uma quimera

Tudo
Tão permanente
Quando
Se é jovem

Inserida por samuelfortes

Indefinido Definido


⁠Passarinho
Que come
Pedra
Sabe bem
O que
Lhe advém
Quem
ANVISA
Amigo é.

Inserida por samuelfortes

Alheio ao Passageiro Alado

Todas as vidas que só tive
Só tive em numa outrora, estive.
Livra-me deste maldito ego.
Que não é eu.
Porque eu sou.

Que não haja lama nas estradas
Minha vida em devaneio
Que não haja lama em meus pensamentos
Fiz de mim o que não soube
O que de mim, não fiz.

Quando me atirei e me vi ao espelho
Já havia envelhecido.
Que não haja nem folhas mortas
Meu coração está cansado
Que não haja cinzas nas lagoas dos meus propósitos.
Torna-me puro como a água e alto como o céu.
Fazendo meu dia involuntariamente
Seguro como o sol que natural o faz
Minha cor do meu alto céu

Mostrando tudo como um único dia.
Não aprendo a tua serenidade
Na medida que sou meu sono
Na medida que tenho sono
Não sou meu dono
E só me encontro
Quando totalmente de mim
Fujo

Inserida por samuelfortes