Poemas Eterno Namorado Outores Famosos
VERSOS SOMBRIOS
Beba, ó poeta, nessa velha caveira
O vinho da vida, a luz da mente
Beba, porque já te espera o coveiro
Em noites de sonhos tão dementes.
Ama, ó poeta, e bebe novamente:
A vida, o vinho, a mulher amada
Que vos ama e sorri tão contente
Em noites de vertigens pranteadas.
E se um dia voltares a sofrer:
Do amor, da vida tão inconsequente
Beba, ó poeta, nesta velha caveira
Beba! Porque já te espera o coveiro.
Do meu rebanho de pensamentos
Me fugiu um, maldito seja.
Seu nome? Saudade! Bendito
Seja aquele que ainda que,
Que perdido, encontra o
Caminho de volta para o coração
Daquele que o alimentou,
Mesmo que para expressar
Um mínimo de gratidão.
A noite por vezes é receada,
Por outras vezes ansiada,
Mas a noite é como o dia,
Mesmo sendo escura é clara.
Poucos conseguem perceber a sua beleza,
Muitos nem tentam percebê-la,
E aqueles que a percebem,
Mantêm-se calados ao apreciâ-la.
O que é o amor?
É a ansiedade?
A essência pura?
O valor?
O quê é estar apaixonado?
É quando ele ou ela precisar,
Você estar sempre ao seu lado?
O valor da amizade,
É ajudar,
Estar presente?
Rir junto, cuidar da gente?
O que é esse sentimento
Que eu tenho por você?
Ouvir sua voz, me derreter,
Ao sentir você, me acolher...
Afinal, o que é isso que temos?
Amor,
Na alegria e na dor,
Paixão,
Nas intrigas e união?
Amizade,
Estar juntos na eternidade?
Questionar não importa nada.
Somos o que somos.
Amigos na risada.
Amigos vendo gnomos.
Apaixonados no beijo.
Amigos brincando.
Amantes em desejo.
Malucos se amando.
►A Criatura Falsa
Estou cansado de ouvir falsas palavras
Estou cansado de ouvir mentiras claras
Por que não mostram suas verdadeiras caras?
Pessoas reais neste mundo são raras
Pessoas falsas são ladras
Roubam tua confiança e ternura
Mas o que é essa criatura?
Entre nós ela se mistura
Age como qualquer outra, encarna na figura
Sua boca provoca queimadura
Nos deixa perdido, somos dela, que tortura
Para escaparmos dela, é necessário bravura
E agora, olhando para ela, tão pura
Aparentemente, é claro, ela está a procura
Para em mais um provocar uma fratura
Ela tem o poder de nos deixar na fissura
Me tornarei uma criatura a sua altura
Para ela não existe cura.
Alguns dizem que devo aprender a confiar
Um laço, conexão, com alguém devo criar
Para que, com essa pessoa, meus problemas contar
Chamá-la para meus segredos revelar
E quem sabe, ela poderá os remediar
Vejam pelo meu lado, desconfiar
E se essa pessoa, meus erros espiar
É algo além do meu entendimento,
Não atuo neste departamento
Desculpe, pessoal, mas não lamento
Desconfiar é o que reside em meu pensamento
Ainda não vivi o suficiente
Mas agora eu já me encontro ciente
Claro, sou um jovem inexperiente
Em formar versos, em formar rimas
Mas sim, elas serão minhas vítimas
Irei abusar das minhas rimas, deixá-las legítimas
Sei bem que elas são péssimas
Mas farei delas, belíssimas.
Meu funeral será pequeno, só eu e o coveiro
Que coisa fantástica, me enterrando pelo dinheiro
Faz bastante sentido afinal, ele é solteiro
Juntar suas economias e ser um coveiro baladeiro
Essa é nova, por que não?
Mas não se esqueça de fechar meu caixão
Bem, na verdade não importa, já estou no úmido chão
Jogue a terra logo e vá procurar sua paixão
Alguém com quem compartilharás teu coração
Só posso te desejar a felicidade, e afastar a solidão
Parto pensando nas pessoas que ajudei
E agora refletindo, penso que as incomodei.
Só sou o que nasci pra ser
Quando amo o meu semelhante,
Com o mesmo amor que eu me amo,
Nesse ponto descubro a minha identidade.
Vida
Na alma prevalece
Tudo que enriquece
Aquilo que a vida perdura
Mas que um dia apodrece
Apodrecimento
Que aguarda todos nós
Como um dia sem luz
Ou primavera sem sóis
Na intensidade da vida
O que nos resta é sorrir
Em meio a escuridão
Ao clarão e ao que estar por vir
Na verdade a vida
É muita preocupação
Muito desapego, pouca união
Muito desespero, pouca agonia
Muito desvaneio, pouca harmonia
Muita história e pouca fantasia.
Cah
Nada quero
Nada sou
Nada sobre nada
O mundo se tornou
Nada,
é o tudo que corta a imensidão
É o olhar, o desejo
A minha admiração
O foco, a força
Aquilo que traz harmonia
É a boca, o beijo
A minha fantasia
O sabor do desejo
A minha idolatria
A imensidão nos espera
No futuro um dia.
Identidade perdida
Já fui tantos nesta vida,
Que nem sei mais quem sou.
Ainda pouco era amor, mas já
Fui esperança que me
Roubaram. Fui a dor de um
Parto que me trouxe
Felicidade. Fui saudade,
Que se perpetuou. Fui
Sorrisos intermináveis
Que se extraviaram e
Abraços dos quais fui
Privado pela vida num
Ato de covardia extrema.
Sou feito de memórias
E lembranças de outrora.
Do que o tempo me furtou
E não tornou a trazer.
Quem sou agora ? Sou mendigo,
Sou humilde, sou um
Catador de sentimentos
E emoções perdidas. Se
Por acaso você encontrar
Esse tal alegria por aí,
Me avise, pois, é a minha
Identidade perdida.
Linha do tempo
Nessa tênue e frágil
Linha da vida, Ora
Somos dor, ora somos
Amor. Ora somos tudo,
Ora somos nada. E quem dera
Se pudéssemos tecer
A eternidade além
Do que nos é previamente
Concebido pelo destino,
O qual ousa romper
Nossos laços sem
Aviso prévio. E colocamos
Um ponto, onde deveria
Haver continuidade.
Somos inocentes diante da
Morte, já que sábio é o
Tempo.
Poeminha do amor
De todos os olhares, no teu é onde
Me encontro e me perco.
Dentre todos os sorrisos é o teu
Que me faz prisioneiro.
De todos os meus pensamentos.
O que me foge é o que procuro.
O que me desobedece e se faz
Rebelde é o que me preocupa.
Não o culpo por tal ato. Tal delito.
Se é que amar-te é um pecado,
Que me prendam dia e noite
E me julguem a revelia, ante minha
Ausência, que me faz réu confesso
do meu amor por ti. Que me
Condenem a solidão eterna,
Pois, amar-te-ei mesmo sem
Teu consentimento. E quem é
Que manda no coração?
Ser criança
Ser criança é não saber.
Não saber sobre a dor,
Mas saber sobre o amor
Materno e paterno sem
Nem saber de onde vem
Esse sentimento que o
Alimenta desde o cordão
Umbilical até o seu fim.
É não saber que o tempo
Que ontem engatinhava,
Hoje corre. Ser criança
É sorrir com a inocência
Inerente ao seu não saber.
Não saber que a imaturidade
Logo amadurece diante da
Árvore da vida. Ser criança
É brincar com tempo e
Brindar com a vida
A juventude que logo
Tornar-se-á adolescente
E mais tarde irá se vestir
Como adulto que será.
Ser criança é olhar para
O relógio preso a parede
Sem a pressa vindoura.
Ser criança é não saber o
Que fazer com os dias que
Ficaram mais longos. Ser
Criança é um não saber
Tão cheio de dengos, mimos
E doçuras. Ser criança, quem
Dera se Deus por um descuido
Tivesse eternizado esse não
Saber que o tempo passa
Levando essa criança que
Um dia fomos sem saber.
► O Combatente
Escrevo para ser livre
Livrar da minha mente o pensamento que tive
Basta ler com atenção para se vê
Mas não é preciso entender
Talvez, entretanto, alguém irá perceber
O que nas minhas rimas tenho a dizer
Nelas os problemas que tenho e posso ter
Me sinto bem ao ver os problemas meus escrever
De uma maneira que posso compreender
E notar que posso deles esquecer
Foi essa a maneira que obtive
Para me sentir livre.
Quero usar as palavras
Elas conseguem deixar tudo a vista, são claras
E elas ainda conseguem ser, as vezes, tão vagas
Tantas palavras por mim já foram gastas
Não devo me preocupar, elas são vastas
Devem ser usadas com atenção, para não saírem caras
Palavras ferem, magoam, onerem
Portanto deve tomar cuidado,
Para que elas não causem algum machucado
Utilizá-las sem noção é um pecado
Tire um tempo com elas, seja dedicado
Para não ser, das outras pessoas, mal-amado
Delas usufruir me deixa inspirado.
Quero escrever até esvaziar a mente
Isso me deixaria um tanto quanto contente
Admito ser um pouco persistente
Por algumas vezes chamado de "Insistente"
Por outras, chamado de "Imprudente"
Mas talvez seja um defeito permanente, infelizmente
Quem sabe no fim me torne impotente
Não importa os problemas futuros
Serei resistente, o combatente.
Uma guerra diferenciada
Uma extensa caminhada
As professoras de português
Estão exaltadas
Lá no campo também o inglês
O chinês, japonês, francês
Os poetas usam seus versos como munição
Discriminadores se disfarçam na multidão
Escravos de uma mente em prisão
Se liberte e seja livre, meu irmão
Cessar a guerra com sangue em sua mão
E em sua outra segurando teu coração
Um combatente que se tornou uma piada
Uma mente discriminada!
►Meu Mar
Não me lembro quando comecei
Foi por alguém, disso eu sei
Uma nova dedicatória, não farei
Talvez pelas rimas me interessei
Penso nelas como uma forma de me livrar
Pois assim vou me ajudar
Os problemas presentes superar
Escrevo de dentro do meu lar
Assim não há o que se preocupar
Desse jeito, de suporte não devo precisar
Mesmo não tendo a quem me apoiar
Sei bem que morrerei só
Mas não fiquem com dó
Irei mudar o assunto dos versos, rimas
Mas não falarei somente de coisas minhas.
Hoje eu me encontro perdido
Procurando um sentido
Querendo me envolver em algo
Desmoronou-se o meu palco
Disse acima que não falarei sobre mim
Meus versos são para todos, isso sim
Interessante como cheguei aqui
Neste mar de solidão eu cai
Devo ter me afogado bem ali.
Acho que sempre estive em depressão
Só pode ser esta a razão
E mesmo que eu diga não
Vou sempre querer escrever
Colocando nos versos o meu sofrer
E formando rimas,irei entreter
Pelo menos devo nisso crer
Farei versos mais animados
Farei versos melhorados
Desculpem se parecem abalados
Eles foram baleados.
Rir junto com minha criadora
Esta lembrando dos tempos da locadora?
Gratifico-te por me dar lhe uma vida
Isso aqui é para dizer que é a mais querida
Não há palavras para descrever
Assim lhe coloco em mais versos, sem querer
Este aqui não poderia faltar
De você é meu dever falar
Mesmo com o temperamento que tem
Isto só te fez me criar muito bem
Restou agradecer por me tornar um alguém.
"Ignora, quem pensa o sucesso
com a competição com o próximo.
Ignora, até o tamanho da
a sujeirinha, que carrega,
no próprio umbigo."
marcos fereS
"Os papéis se revesam,
enquanto as esquinas
se encontram.
O que verdade hoje.
inverdade amanhã."
marcos fereS
"As coisas acontecem.
Quando segues o coração.
Juntamente com a razão?
Se não houver a junção dos atos.
Não se multiplica. Torna-se histério.
Não era para estar lá.
Foi mais uma ilusão.
Esperando para ser dissolvida. "
marcos fereS
Meu nordeste
Meu nordeste tem de tudo
Não à lugar nesse mundo
Nem se quer parecido
E se tem tá bem escondido
Meu nordeste é pura beleza
Onde não à tristeza
O seu povo é a maior riqueza
Meu nordeste de tudo dá
Só basta plantar
E esperar a chuva Deus mandar
Meu povo é sofrido
Mas nunca arrependido
Terra de cabra da peste
Onde o sol estremece
Mas meu povo não esmorece
Aqui não falta crença
Já vem de cedo, desde criança
Pois o amanhã é a nossa esperança
Se um dia tiver que parti
Pra longe daqui
Não quero sem saber
É aqui que eu quero morrer
Minhas raízes estão nesse chão
Bem no pedacinho do sertão
VIRADA
Começa a haver meia noite, memoração
Como se tudo no tilintar das taças finda
Calam-se os corações, os fogos falam
Abraços hão de haver, de haver ainda
E o universo inteiro sozinho...
O meu fadário calado e na berlinda
Do silêncio na inspiração d'um ninho
Ruídos da rua, passos de ida e vinda
E os festejos sussurrando baixinho
E sozinho o universo inteiro...
Felicitações me são dadas do vizinho
Pelo ar ecoam acumulação de cheiro
Então deixo ilusões na taça de vinho
E velo solenemente o meu cativeiro
E inteiro sozinho o universo...
No rés do chão ter esperanças é roteiro
Já o pensamento na saudade disperso
Esperando, escutando, leve e sorrateiro
Qualquer coisa, antes de dormir, averso
Sozinho, solitário não, romeiro...
Vou dormir! Amanhã, dia outro e diverso.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Poeta do cerrado
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