Poemas Enxugar suas Lagrimas
Lagrimas que eu deito sao salivas que tu deitas na minha boca
Tu nunca dizes mas sei de antemao que ès por mim louca
kuando xtou longe de ti sinto me comu um parafuso sem porca
a sua beleza a mim nao encanta mas aos meus orgaos de sentido enforca.
meu sangue, de você tão distante
Era pra você limpar
Limpar minhas lágrimas, escorridas
Lágrimas que caíram
E você as julgou
meu sangue, de você tão distante
Se afaste e negue tudo
E eu negarei tudo a você
Apoia-me, julga-me
Enquanto cuida de mim
Meu sangue em minhas veias ferve
Ferve como fogo
Com sua distância, tão distante
Carregou-me em seus colos
E no pior momento sumiu
Tua, a tua distância me afeta
Como mais um trauma não resolvido
Minha cor favorita não é rosa, nem azul
É roxo
Você nem me conheces
meu sangue, de você tão distante
Minhas mãos
Secando as lágrimas do rosto
Num gesto de amor,
Dizendo que depois da tormenta
Vem a calmaria e o alívio.
VERSOS DE SAUDADE (soneto)
Vou de versos em saudade, sofrente
As trovas choram lágrimas, suspiram
Soluça. A solidão e o pesar, inspiram
Vertente. Nublando o verso da gente
O poetar de nostalgia, uma serpente
Ondeando o ritmo com um amargor
Envenenando o verso com sua dor
E na versificação uma dor clemente
Adeus, uma poesia que estrangula
Adeus, agonia que o pesar formula
Enfeitiçando a prosa tão cruelmente
Aperto, enjoo, o verso sem medida
Nesta saudade poética tão abatida
Enchendo o soneto de rima ardente.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 julho, 2025, 13’51” – Araguari, MG
Choro feito criança,
num silêncio que ninguém escuta.
As lágrimas descem mansas,
como notas perdidas de um blues sem culpa.
Há algo em mim que pesa,
mas não grita, apenas suspira.
Uma tristeza leve, quase sem pressa,
que me embala e depois se retira.
Levanto tranquilo,
como quem carrega o invisível.
Isolado no meu abrigo,
sou só eu e o som impossível.
No fundo, o choro me ensina:
mesmo adulto, ainda sou menino.
Estar só
Dar lugar à dor
Esgotar as lágrimas
E finalmente chegar à conclusão de que o que me prendia àquela pessoa era o compromisso que levo a sério de não soltar a mão, mesmo quando as coisas não estavam boas em alguns aspectos. A gente vai levando, porque dissemos “sim” de forma tão intensa e verdadeira que nos perdemos de nós mesmos.
Nos nossos princípios de ser
Na forma de viver
No que queremos para nós enquanto pessoa e família
Nas músicas que gostamos
Nos ambientes onde realmente queremos estar presentes
Nos assuntos de mesa de jantar que toleramos
E quando a pessoa vai embora, percebemos que tinha que acontecer, que já estava passando da hora, só não tínhamos coragem. Se a vida te empurrou para o novo, se entregue. Agradeça e esteja preparada para novas aventuras, com mais cautela, com mais intencionalidade, com mais consciência do que é suportável e do que é insuportável. Porque você também passa a ser estranha em um meio que é muito diferente de você.
E não se trata de ser melhor ou pior do que você, é apenas energia, experiências de vida, propósitos distintos. E tá tudo bem…
Texto de Alexsándra Duárte
Dizem que as lágrimas lavam a alma
Mas nem sempre
As vezes as lágrimas escorrem feito ácido Corroendo tudo
A alma, o coração
Acabando literalmente com o ser físico
Mental e espiritual
"Na jornada da vida, tropeçamos com dor, caímos com lágrimas, erramos com o coração em pedaços.
Mesmo assim, deixamos sinais — avisamos onde doeu, onde sangrou, onde quase não voltamos.
Gritamos pros que vêm depois: ‘Cuidado com a pedra! Atenção com o abismo!’
Mas, no fim, o caminho é deles.
E por mais que doa, alguns vão ouvir… outros só vão entender quando sentirem nos próprios passos o valor de continuar."
O Choro
Quando a gente chora,
Não estamos colocando somente lágrimas para fora,
Estamos pondo para fora o que maltrata,
E que cala a nossa voz...
Estamos colocando muito sofrimento,
Angústia, mágoa, dor...
E que possivelmente chegaram através de algo que faltou.
Jogamos lágrimas fora
Por uma série de coisas que não nos faz bem
Mas que o próximo dia chegue sem demora
Levando o que não convém.
Neste momento choro,
Por não ter-te aqui,
Por não ter seu sorriso,
Por não lhe ver sorrir.
Por não ter seu afeto,
Por não ter sua paixão,
Ou o seu amor,
Por ter um ferido coração
Preenchido somente com a dor.
Choro por não ter seu coração,
Por ter ferido sua razão,
Por te amar demais,
Por esse descontrole que é o amor,
Choro por ter levado minha paz.
Choro aqui sozinho, calado, no meu canto,
Que com tanto encanto,
Me debruçando em prantos
Me ponho somente a chorar,
Choro em não ter você aqui para amar.
Choro que me derrete,
Me enlouquece,
Entristece,
Me reviro nessas lágrimas,
Que o meu coração padece...
quando faltam palavras e sobram lágrimas, Deus ainda está ali.
quando tudo se cala, e o silêncio é ensurdecedor, Deus ainda está ali.
quando tudo perece dilacerado e fosco, Deus ainda está ali.
quando dizem "impossível, não há mais jeito" Deus ainda está ali.
quando dizem "acabou", Deus ainda está ali.
quando você diz, "não aguento mais" Deus ainda está ali
quando a tristeza é um rio, Deus é um oceano e sempre, sempre está ali.
Lágrimas da minha sociedade esquecida
que jamais será desfavorecida,
não por mim, acredito que tudo tem fim
Acorrupção inflamou o coração, deixaram de lado o povão, que vive sem direção, em busca de apoio e atenção, procurando uma solução
O tribunal é desleal
O tributo é desigual
A lei é irracional, quem tem dinheiro não passa mal
com ele compra a mídia e o jornal, o juiz e o promotor, o advogado e o doutor,
me ajude meu senhor, viver na terra é um horror.
O Eremita
Com lentes tingidas de um brilho sombrio,
Meus olhos, embotados de dor e lágrimas,
Veem o que outros não percebem, no silêncio confinado.
Com olhos que ultrapassam o véu da realidade,
Sou um estranho em minha terra, sem lugar para pertencer,
Amei com a quietude de estrelas esquecidas,
Sonhei com a vastidão de galáxias perdidas,
Mas meu coração é um relicário de esperanças defuntas,
Um navio sem ancoradouro, perdido em um oceano de solitária penúria.
Sou um homem que, em suas próprias marés, se consome e se afoga
E, nas profundezas da mente, se perdeu.
As lágrimas
Quanto tempo faz desde a última vez? Nem me lembro mais. Antes era tão mais fácil, tão mais comum. Quando caía no chão e ralava o joelho, ou ao levar uma bronca da mãe, quando brigava com o irmão, ou quando perdia algo valioso.
Elas vinham como um dia chuvoso, lavando a alma e logo depois o céu ficava azul novamente.
Mas já fazia um tempo que elas não caíam. Até que hoje choveu bastante, como nunca antes, mas o céu não ficou azul. Elas não lavaram a alma.
Elas apenas caíram...
Desertado
Lá se foi o anjo desertado
Cujas penas caiam e repartiam-se
E lágrimas eram derramadas
Matando a paisagem que, banhada por sofrimento
Perdera seu lindo verde
Dando lugar ao cinza mortífero.
Foram tantas que com a chuva as confundiram
Mal sabendo que todas pertenciam ao mais miserável ser
Que agora caíra no chão
Com espinhos presos à carne
Testemunhando a própria miséria.
Maior desgraça não haveria com as mais simples almas
Mesmo invocando a maior das blasfêmias
Jamais iriam se equiparar ao maior dos errantes
Pois, o que antes sobrevoava a terra à gabar-se de sua glória
Era agora sensível e infeliz
Incapaz de enxergar a si mesmo
Tendo as sombras como abrigo e desculpa
Para jamais confessar o quão enorme era o remorso
Por ter abandonado o Pai.
Com o tempo troquei o choro pelo medo,
engulo as lágrimas pela garganta e
puxo a saudade para os pulmões,
o medo é combatido pelas noites pinceladas de
solitude ou de toque que de longe se assemelha ao teu.
Mas a noite arrasta-se, longa e silenciosa,
sem promessa de alívio. Mesmo com o tempo eu ainda me
perco nos ecos do que já foi, que se escondem entre
as paredes frias da memória,
elas vêm como fantasmas, pálidas, distantes, mas
ainda tão vivas, lembrando-me daquilo que outrora fomos.
Como uma sombra que nunca nos abandona.
Lágrimas escorrem, já e madrugada e ainda penso em você, meu lado poeta por te clama.
Nenhuma mensagem...nenhuma ligação, meu amor por ti e enorme, mas as dores em meu coração só pioram.
O que adianta dizer que amas a mim se não vem atrás de mim, se não demonstra?
Se dependesse só de mim eu te esperaria por toda a minha vida, mas depende tanto de mim como de vc.
Eu me aproximo e vc me afasta, e quanto mais eu escalo o muro que vc criou em volta de vc, mais vc aumenta ele.
É tão difícil assim me permitir amar vc?
PRISÃO (soneto)
Ó meu verso, meu falto verso que choras
As lágrimas tão sentidas de uma saudade
Na qual as estrofes que amargam as horas
E, deixam o suspirar cheio de profanidade
Não quero sentido que o desejo imploras
O suave amparo de uma cáustica vaidade
Quero o perfume suave das ternas auroras
De outrora: o beijo, o olhar... e a vontade
Ó prisão, ah infortúnio, ah cântico pobre
Que tira o tom do coração poético e nobre
Inspirando as lembranças só com rancor
Ó solidão, junta ao enredo nostálgica cena
Sussurrando versos com sensação pequena
Onde um tempo grassou o manifesto amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 junho, 2025, 14’49” – Araguari, MG
VÉU DA NOITE
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Na noite envolta em véus, de trevas e luar,
Onde estrelas cintilam, em lágrimas a brilhar,
As ondas murmuram segredos de além-mar,
Em sombras dançantes, a alma a sussurrar.
O horizonte distante, em brilho espectral,
Reflete os mistérios de um mundo infernal,
Onde o vento frio carrega um lamento fatal,
De amores perdidos, num eco irreal.
As nuvens velam a lua, num manto de dor,
Que ilumina a praia, um palco de horror,
Onde as pedras, quais sentinelas do terror,
Guardam memórias de um antigo clamor.
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Palavras escritas por lutas
Versos escritos por lágrimas
Verdades incontestáveis neste sorriso
Lugar onde eu quero estar
Entender cada toque
Surpreender em cada olhar
Silenciar a voz que grita
Ter somente a certeza que corre além do tempo
Que tudo vai dar certo
