Poemas e Poesias
Dissolvida em tua água fui potável
Sem você, meu equilíbrio, coitados!
Me bebem agora amargo e indigesto
Eu gostava mais de me sentir na tua pele
De me derreter no teu suor
Eu só sabia quem era eu
Me confundindo um pouco com você
Agora imagina isso
Do rio inteiro que eu sou
Você prefere ver só a margem
Naveguei outros oceanos
Naufraguei incontáveis vezes
Nadei, nadei
E morri na tua praia.
As mãos calejadas evidenciam o árduo labor
Deveras o caminhar cansado, fadigado, mesmo em dor
Os espantos do mundo não existem, porque do meu maior medo vesti-me
Se até o fogo que aquece inflama, por que então os sentimentos são semelhantes a hologramas?
Dor, amor, desejo, todos eles só me levam a um caminho
Aquele do qual sempre se acaba sozinho
Olhaste a erva verde, contemplaste o brilho do sol
No final, das flores mais belas temos o girassol.
Sempre observei a natureza
a priori via sua estação,
não obstante, ao receber teu "oii", não imaginaria contemplar tanta superação.
Bonita, Inteligente, Amável,
tais elogios não definem o que você é em plenitude.
És tão grandiosa e meiga que esses termos são pequenos diante da tua magnitude.
Deveras vi seu choro, a princípio senti o teu luto, mas de todas as circunstâncias, mesmo sem um norte, se manteve forte, tendo a esperança como suporte e lembranças eternizadas no coração.
Aprendo muito com você, que é uma mãe amável, humana, inigualável. Quem tem você como amiga tem um grande tesouro, que não pode ser pago com prata e tampouco por ouro.
Um rosto lindo, olhos profundos e brilhantes como um céu estrelado. Um sorriso quente, que parece que estou sendo abraçado.
Forte, determinada, gentil, uma pessoa sensível.
Virtudes estas que só podiam pertencer a uma pessoa incrível.
Medo, raiva, paixão, sentimentos quentes
Sentimentos estes que nos fazem perder a razão
Anelo comigo mesmo o fim desse conflito, a busca de um abrigo, um subterfúgio, a consumação desse atrito
Anseio que minha mente e coração estejam sintonizados, mesmo que em fragmentos, que busquem uma única solução
No final das contas o ser humano luta consigo mesmo constantemente
Mesmo que ignorando esse conflito intensamente, ou levando ao extremo levianamente
Deveras estamos sozinhos por essência, todavia ser solitário não é motivo de agir sem inteligência Precisa-se do auxílio do próximo, de um conselho, de ânimo
Necessita-se da proxêmica, e reconhecer isso é algo magnânimo.
De todas as jogadas que promulguei
A de te conhecer foi a que tenho convicção que acertei
Tão direta como os raios do sol, tão espontânea como o decaimento de átomos.
Desejável e bela como o pôr do sol,
interessante como a dimensão mais essencial para a existência, o chronos.
Deveras sei que negaras meus elogios, não obstante, com afinco repito
Que és formosa, és inteligente, ardente como as chamas, és um verdadeiro amor.
Cabelos tão belos que as torrentes de águas fenecem com tal resplendor.
Na estrada árdua chamada vida
No transpor do findar dessa lida
De um amanhã incerto, de um passado imutável e de um hoje mal aproveitado
Pessoas, sentimentos, sentidos, todos parecem passageiros
A essência do ser humano, deveras é sempre querer ser o primeiro
Primícia sobre os outros, primazias demasiadas
O anseio de ser melhor que o outro é tanto que no fim não se resta mais nada
Talvez se todos sentissem o que classificamos como empatia
Quem sabe um dia, mesmo que no findar da vida, o ser humano sinta pelo outro algo diferente
Seja movido pelo espírito altruísta.
Existe uma linha tênue entre aquilo que vejo e aquilo que desejo
Existe um grande abismo entre achar e saber
Existe uma discrepância entre o estar e ser
Existem tantas coisas para se levar em conta
Que mesmo minha mente, as vezes me abandona
Deixando apenas meu coração encarregado
O mesmo, tantas vezes, foi despedaçado, a ponto de sempre querer a solidão
Desejo este que, por sua vez, deu-me uma conclusão:
se tenho razão e emoção, não deveria estes isolar, afinal o um é tudo, e tudo é um.
Que doce aroma começo a sentir
Seriam as flores, seriam as hortaliças, ou será o porvir?
De todas as possibilidades, uma me encanta
Não a que o olfato sente, mas o que meu ser suplanta
O que virá a ocorrer, isso não posso prever
Afinal são muitas variáveis para calcular
Se eu me estabelecer no presente, convicto estou que a posteriori não irei vacilar
Hesitações advém de pessoas sem confiança
Indivíduos tão apegados com o material que esgotaram suas esperanças
Já dizia Tomás de Aquino, "um erro insignificante inicial pode tornar-se grande ao final"
Deveras sei que minha finalidade é estruturada
Não por estar no papel, mas por não estar misturada
Gerar valor, estar atento, buscar ser disponível, com as pessoas estar conectado
Quem sabe assim, fazendo o meu melhor, deixo um legado.
Nos vales escuros e sombrios
Nas noites, no porvir, és comigo
O mal não temerei,
pois sei que és meu Rei
A dor que me dilacera há de me tornar mais forte
Então seja meu guia, seja meu norte
Os sentimentos não conheço, mas Tu és
És justiça, és resplendor, és benignidade, és amor
As belezas que vejo são passageiras
Então, que meus desígnios sejam teus
Tão belos e perfumados como as flores de cerejeira.
Nos Taurídeos do Sul
das noites novembrinas
e nos Leonídeos no céu
dos instantes incertos
dançando nos hemisférios;
O teu nome é a canção
que resguardo com as chaves
de mais de mil silêncios.
Em noite de eclipse lunar
parcial tentando quebrar
as resistências em nome
dos teus olhos por todas
as fronteiras dos sonhos
de um convergente destino
que nas estrelas está escrito
muito além do que pensamos.
Unida com a imigração,
nos cárceres políticos
e certa que ao seu coração
em primaveril sagração
do amor em florescimento
me tranquilizo mesmo
sem saber ao certo quando
e onde nos encontraremos.
Em todas as escalas,
alturas e potências
do amor à primeira vista
aguardo a nossa hora,
até Lua, Saturno e Júpiter
em conjunções na orbe
estão certos que não há
tempestade capaz de nos perder.
O LADRÃO E O FILÓSOFO
De João Batista do Lago
Se perceberes teu quintal invadido
e nele um ladrão afoito a furtar,
não o abatas ao chão com um tiro,
convide-o para contigo jantar.
Oferece o teu melhor vinho (e)
faze-o comer da melhor iguaria
deixa-o perceber todo o teu carinho
e fá-lo um amante da sabedoria.
Aconchega-o e fala-lhe da democracia, (e)
diz-lhe das vidas que a ditadura furtou
mas, sempre moribunda, nada logrou.
E depois de deixá-lo saciado, enfim,
convida-o para dançar sob a chuva, (e)
com a noite saudar o novo dia assim.
O céu sem estrelas
A escuridão que nos cerca
A dor que não cessa
O coração que gela
Apatia que me persegues
Os pensamentos que me envolvem
As tempestades que prosseguem
A bonança que se ergue.
Certa feita, dois astros se alinharam
Essa conexão foi tão repentina que amaram...
Amaram as qualidades do outro, vislumbram os defeitos, mas viram que a essência de cada um é como um tesouro.
Em uma data diferente, esses astros se desentenderam, ambos saíram de perto, mas no fim, perceberam que laços cortados podem ser religados.
Religaram os mesmos ainda mais fortes do que a atuação da gravidade do Sol no espaço, de laços intensos e frágeis, para verdadeiras constelações de aço.
A estrela mais esquisita desse relacionamento, encontrou um astro tão lindo e brilhante como a alva do dia. Quem diria, eclipses ocorrerem duas vezes seguidas.
A estrela mais esquisita viu que a estrela mais formosa e diferente de todas quer algo diferente, não é um astro que repudia os demais pelos defeitos, na verdade, é uma estrela tão pura e doce que, mesmo estando certa, questiona onde foi seu erro.
Sonhos de Poeta
***
- Ela vive em meus sonhos, um olhar que me fascina, com seu jeito angelical, num sorriso de menina, e ao me aproximar de ti um sentimento me domina.
***
- Um olhar da cor de cobre, e por vezes cor de mel, deixa em órbita meus pensamentos, na imensidão do céu.
***
- Sinto o cheiro de teu corpo, sinto teus lábios molhados, e atraídos como imã, já nos sentimos colados, e junto se entrelaçamos os nossos corpos suados.
***
-A tua pele morena, me instiga ao pecado, e viajo nesse sonho, sentindo-me hipnotizado.
***
- Me sinto um pássaro livre, ou como um peixe no mar, mergulhado no desejo, que eu sinto de te amar.
***
-Como a lua e as estrelas, como a abelha ama a flor, de conquista em conquista, conquistando seu amor, nunca morre a esperança deste humilde poeta sonhador.
***
Autor: Myro Lopez
(Todos os direitos autorais reservados).
Araquari
O meu coração é uma locomotiva
imparável de sonhos por ti,
A margem esquerda do Rio Parati
me encontrei e não te perdi.
Os meus sonhos fazem Stammtisch
sempre que for necessário
para fazer te sorrir, fazer feliz
e ter força para na vida prosseguir.
As mãos africanas e as lusitanas ergueram o teu destino
em terras sul-americanas
e honramos as tuas heranças.
O meu coração é um maracujá
perfumado de tanto amor
que virou festa por louvor,
e vê esperançoso o sol raiar
na Praia da Barra do Itapocu.
As mãos dos colonos e pescadores
corajosos ergueram a tua História
em belas terras catarinenses,
por ti eis estes versos perenes.
O meu coração faz ninho
de papagaio e refúgio
por ti com amor e carinho,
e também faz Ponte Pênsil
da Barra do Itapocu
correndo para os teus beijos.
As mãos da gente fervorosa
fundaram a festa por ti
em total agradecimento
ao Senhor Bom Jesus de Araquari.
O teu mangue misterioso
é fonte de todo o desejo,
é dele que se faz a festa
popular do Caranguejo,
a tua herança açoriana
desta memória jamais esqueço.
Araquari, minha adorada,
és jóia preciosa e rara
do Norte Catarinense,
e para sempre por nós será amada.
O amor surgiu
bem mais claro
que cristal puro,
Desde a primeira
vez senti que era
você o meu mundo;
Vivendo a entrega
perfeita e mútua
aqui estamos
a cada segundo.
O nublado de lágrimas
De quem lhe amou
Afogou a luz
E o som de sua risada
Foi, perdendo o volume
Dando lugar ao luto.
Rezo a xangô que tuas lembranças.
Sejam Vagalumes florescendo
O amor dentre as pessoas, descoloridas
Que perderão o matiz
Desda partida de seu astro-rei, (Preto).
Olúwa gun báabo igbó elefá l' órísá,
olúwa gun báabo igbó elefá nú ebó.
Kawó-Kabiesilé
Independente de suas histórias
Desconhecidos contextos se formaram
E andaram mutuamente indiferentes
às suas escolhas.
Araranguá Poética
Ventos do Extremo Sul erguem
as areias, as conchas e as ondas,
poesia aberta pelas patas
das heróicas mulas dos tropeiros
ergueu-se e fez Balneário
Morro dos Conventos
por beleza, por agraciada natureza
por um povo cheio de grandeza
e foi escrita a Araranguá poética.
É no rio desaguando no oceano,
nas trilhas românticas
nas dunas bailarinas,
no penhasco poético,
nas falésias contemplativas,
no mágico Balneário Ilhas,
no farol do teu olhar me encontro
e na imensidão do mar
do teu amor eu me entrego.
Inscrição perpétua e sambaqui
trago em mim a vibração guarani,
xokleng me faço intrépida
e cerâmica poética do amor
eterno que passou e se perpetua
com a fé da tua gente originária
e com fé de quem veio de longe
e fez a primeira capelinha,
assim és a Araranguá infinita.
Pelas mãos indígenas, africanas,
europeias continentais e açorianas,
encantadoras prósperas e artesãs,
que enfrentaram o mar e por ti
se fizeram herança na lavoura,
na cultura na pesca
e na memória afetiva,
e por tudo isso e muito mais:
és a minha Araranguá poética.
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