Poemas e Poesias

Cerca de 59516 poemas poesias Poemas e Poesias

Gratidão – Um Sonho Vivido

Sim, Senhor
quando - Eu menino
desejei navegar
por
mares altivos e ardentes
que
deliciaria e cantaria
todo seu império e vastidão...
Que
enxergaria primeiro
o nascer do sol
em
todo seu brilho e resplendor
sobre
as águas azuis salgadas
sua luz banhar
Os
humildes navegantes iluminar...
Mas
que também lacrimejaria
tristezas
E
que as aliviarias em orações
com joelhos ao chão
a Deus clamar...
E que em final de todo dia
em agradecimento
derrama toda alegria
de
braços abertos
com todo amor
ao
Criador a todos
os navegantes os abençoar.

Jmal

Poema
Gratidão – Um Sonho Vivido
by
Jmal
2017-03-22

Inserida por Jmaljamal

"ESTEPES" GOIANAS (soneto)

Mergulhei nas "estepes" goianas, por acaso
Foi um pulo no meu destino nunca imaginado
Cá vim, então, em missão para o cerrado
E aqui as quimeras ficaram fora do prazo

Um infinito onde o céu é bonito, fui abandonado
A poesia virou companhia, e o luar, com prazo
Pulsações e confusões no meu fado, um arraso
Onde amar e perdoar tornou-se hábito silenciado

A paisagem esfumou-se e confundiu-se no olhar gazo
De uma poeira fina, varrida do coração embaçado
Deixado de lado, sonhei, e com os sonhos desenhei parnaso

Assim, perdi-me nos atalhos do devaneio inquietado
Nas braçadas da saudade o ribeirão tornou-se raso
E nas "estepes" do Goiás, o meu lírico plangor foi dissipado

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DESCRENTE

Dor que amarga o ser contente
Ilusão tanta aos de expertise
Tanto, nada ou um só deslize
Para se desenhar o descrente

O legado é bom, infiel é a crise
Se no coração há brecha vertente
Que inflama a fé na crença poente
E aos sonhos leva pra uma eclise

A sós não se está sozinho, se crente
Pense com emoção, não só analise
A razão está em ser integralmente

Então, suporte, e o melhor avalize
Não se fica pior, a vida é discente
Num sobe e desce, ato e reprise

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO ESSENCIAL

Enxergamos tudo aquilo que está ao nosso alcance
"O essencial não se vê com os olhos" vai além
Duma paisagem, uma flor, um caminho, porém,
Podemos sentir com a emoção toda e qualquer chance

O que se sente não precisa ser visto, e sim, o que contém
A aridez, o calor, um perfume, o afago, que no sentido trance
E na alma desenhe o real e concreto da vida, em romance
Pois, sentir é o que captamos mesmo não vendo, também

Pode se estar vendo, mas o que julgamos é invisível
O conteúdo, a essência, ideais, aos sentidos impossível
Aparências não revelam a importância no sentir dum olhar

O olhar engana, miragem e nem sempre ao sentimentos compreensível
No entanto ver e sentir, no fado, será sempre compatível
Se ao ver e sentir, com o coração e, com ele, ter capacidade de amar...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Parafraseando Antoine de Saint-Exupéry

Inserida por LucianoSpagnol

AGORA EU QUERO IR (soneto)

A minha saudade tem saudade de crê
Me planejei, me desmoronei no sedento
Nas verdades não fui inteiro a contento
E no querer o todo, metade teve porquê

Experimentei descanso e, labuta à mercê
Confiei no silêncio, me encaixei no lamento
Precipitei no ir e na volta, foi ensinamento
Me desmanchei nos sorrisos em comitê

E na busca de me reconhecer, descanso
Afinal, as trilhas não são de vento manso
Porém, ao me refazer despertei com a dor

Se agitado ou imoto me equilibrei no balanço
Da quimera, pois sempre nos resta tal ranço
De jugo. Agora quero ir e, apreender o amor.

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 26 de março
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PEDAÇOS (soneto)

Em ti, ó saudade, acho parte de mim
São fragmentos craquelado e partido
Do meu eu que tenho então em ti sido
Eternizado numa dor que vive sem fim

O senso que faz em ti alarido saído
Em mim é silêncio, é solidão, enfim,
Vive da ilusão de lembranças carmim
Do comover sovado e não esquecido

Agora, o que faço para ouvir o clarim
Dos sons da quimera no porvir contido
Dando-me sonhos afora deste folhetim

Serei pouco, nada, de desejo desprovido
Se insistires em ficar tão presente assim
Aí, de pedaços o meu poetar será revestido

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março, 05'55"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SEDE

Tenho sede de viver
Quero o afeto beber

Saciar a infiel odisseia
Da ganância da fé ateia

Terçando o ressecado saber
Clamo o doce prazer

Olhar que nos fala
Sem o desprezo que cala

Que rasga e maltrata
Quero gratidão sem ser ingrata

Sensação, quero amor
Paixão com valor

Dignidade sem preconceito
Irmandade com preceito

Abraço com empenho
Palavras com avenho

Respeito semelhante
E a retidão de ir avante...

Luciano spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO IMAGINÁRIO

Imagino um soneto do imaginário
Que escorra da doce imaginação
Com o seu ilusório jamais solitário
E cheios de quimeras e de emoção

Que tenha na sua existência itinerário
Não só formas, nem aparência, ação
Onde os sonhos são seu mobiliário
Aduzidos dos cômodos do coração

Quero com que seja o meu amuleto
Guardado no peito tal qual a oração
Em mantra, não como simples objeto

E se, assim, brotar do tal poço secreto
Dos poetas, que venha com inspiração
Imaginando satisfação por completo

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ASSIM, O CERRADO

O cerrado, quando empoera
Ressequido o vento no ar
Chora seco folhas desespera
No azul do céu a bailar

O horizonte se põe a embaçar
Na miragem da atmosfera
Embaralhando o olhar
Na imensidão em quimera

Ah! Se o frescor assim espera
O tempo de chuva, pra se revelar
Retorcidos galhos esclera
Num cinza a cromatizar

Assim, o cerrado, se gera
Vida diversa, lato lugar
De exótica primavera
Quem te conhece, só amar...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

MOCIDADE JAZ (soneto)

Mocidade em mim, em simpatia
A sua lembrança já é sem graça
Na arena, silêncio, pouca galeria
E já tão distante, saudade, lassa

Nesta morrinha, de lado a ideologia
Pois, acima ou abaixo, tudo passa
Apressadamente, serventia é ironia
Velhice, prudente palavra: desgraça

Nos licores de prazer, só mitologia
As perdas já fazem parte da vidraça
Do fado, e o entusiasmo na periferia

Porém, nem tudo é ledice sombria
Curtir a paisagem e brindar a taça
Do viver, dizer não, fazem a alegria

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO AMOR AFETO

O afeto amor, nos faz revestido
Da jura mais atraente do fervor
Enche os dias de colorida cor
E o coração de olhar conhecido

Se dele se é um querer fingido
Aos seus apelos nenhum dispor
Culposos encantos no propor
E dor nos sonhos então parido

Pra não ter ilusão e ter sabor
Tenha poesia no doce sentido
E nas mãos uma ofertada flor

Mas, se não quiser ser querido
Jamais será dele um coautor
E de ti então, o amor, terá partido

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Nesse desajuste de realidade;
.
Nesse desajuste de adversidade;
.
Nesse desajuste de probabilidade;
.
Prosseguimos no ajuste de sensibilidade;
.
De decidir diariamente em acreditar na nossa individualidade;
.
E assim consequentemente seremos um na nossa singularidade.

Inserida por FabianoDAraujo

Numa noite perfeita
Chego em você com delicadeza


Você deitada relaxadamente
.
Dormindo lindamente
.
Chego lentamente
.
Toco seu corpo sutilmente
.
Sinto vc respirando suavemente
.
Sinto você seu calor intensamente
.
E o amor reina eternamente.

Inserida por FabianoDAraujo

Cabelos Olhos Boca Mãos Joelhos Pés
Ao vento do momento


Cabelo ao vento
.
Olhos no momento
.
Boca no respeito
.
Mãos a deriva do ponto
.
Joelhos no sentido oposto
.
Pés na direção do vento, seguindo o momento, junto com o respeito chegando ao ponto, no sentido oposto...
.
Diante de todo esse furor, longe de todo horror
.
Hoje digo o vento me levou ao momento devido no respeito, que chegou no ponto oposto.

Inserida por FabianoDAraujo

CANTIGA

Ah, se fico ou se passo, se vou no compasso
da vida, devorante no tempo, amiga e inimiga
porém, se o que intriga é todo este embaraço
de gente a gente que na maldade prossiga...

Dá um cansaço, fadiga, de ver e ouvir,
angustia, e faz da existência rapariga...
Então, me resta neste murmúrio, sorrir!
Ser, resistir e ter o amor em doce cantiga.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Entendi
onde tudo começou
quando o tempo passou
no amago da nossa dor
em um barulho ensurdecedor
gritos se aliviam
nos olhos que nos guiam
estrelas reguiadas
a um novo caminho traçado
com cordas embaraçadas
no fundo de um navio
da maldição daquele rio
os monstros corroeram
e as pessoas de mim correram
como cidadãos aterrorizados
nos cantos enquadrados
persistindo em nossos laços
um tanto elevados
engolindo a hipocrisia
meu deus mais que agonia
foi quando eu mais refletia
no fundo do meu ser
querendo transparecer
buscando algum prazer
colidido no falso lazer
que evolui monstros
em seus pontos de encontro
no medo e no risco
na luz do dia eu rabisco
São folhas e folhas
levando a informação
pro ser trancado na alienação
que vai da simplicidade
até o medo da mortalidade
em abrangências e incompetências
com a falta de veemência
virado em suas próprias dependências
como fogo que arde
na sua pele parda
os alvoroços na falta de almoço
nos desgosto nos olhos
só querem as motos
e o lucro que grita
e si próprio escandaliza
e o sangue vermelho
mostra o empecilho
no meio do caminho
de que fomos torturados como os índios
fugindo da natureza
reagindo com estranheza
e de novo a incerteza
persistindo na luta
que segue como uma gruta
ela pela queda da agua
e nós pela queda das lágrimas...

Inserida por ClasseClandestinaTV

Cadê você?

Aonde você vai?
Onde quer estar?
Está aqui do meu lado
Mas também em algum lugar

Tão perto
Tão distante
Inconstante...
Oque tenho que fazer pra te manter aqui?

Te olho mas não te vejo
Te toco mas não te beijo
Desejo,
O que passa nessa cabeça a mil?
Por onde está andando?
Com quem se vê conversando?
Não sou eu
Não é comigo
Sou só um amigo
Um conhecido...
Que te conhecia...
Mas hoje em dia
não é só a sala
que se sente vazia.

Inserida por pereiradans

Ele e eu

Ele vem...
E eu já não sei o que faço aqui
É, ele tem...
E eu só te olhei e sorri

Ele senta do meu lado,
me olha
E eu? Ah, me namora!
Ele fala seus doces, seus encantos
Eu só queria seu beijo agora

Ele vem mancinho,
chega pertinho
e sussurra
Eu só procuro uma solução,
uma cura
pra essa paixão

Ele me beija,
me abraça,
me enlaça
E eu, sem graça

Ele convida
Pede minha companhia
nessa noite tranquila
Eu? Fui

Inserida por pereiradans

Mas não

As vezes paro e penso
No quão incrível você é
E na vontade que tenho de te guardar
Amarrar com barbante, colocar num saquinho colorido e por na gaveta

Mas não
Seria muito egoísmo meu..

O mundo tem que conhecer
As pessoas têm que saber
que existe você, cheio de emoções
Elas têm que provar,
sentir o que eu senti,
o que vivi
No deleite de alegria que aflige
quando você
Só sorri

Por isso não posso lhe prender
Queria,
não nego
Queria que fosse só meu,
Inteiriço

Mas não
Seria muito egoísmo meu

Inserida por pereiradans

Arte em você


Pra que letra
Se o coração já sente
Pra que cor
Se o pincel desprende
da mão da gente
Da gente que se prende
Crente
que não vai se soltar
das cores, dos tons,
das letras, dos dons,
da arte em papel machê
Que mora nesse universo
Chamado você

Você tem esses versos complicados
Simples mas complicados
Você que vive na lua, no mar
no coração mais próximo que encontrar
Encontra o meu
Que eu
simples poeta
faço do seu coração
Minha canção

Então vem
Se aloja, se encosta,
se sente em mim
Quero conhecer esses seus mistérios
pintados em ocre e marfim
Só pra mim
Sim
Só pra mim

Inserida por pereiradans