Poemas e Poesias
Buscar transformação,
Renovação
Para o coração.
Experimentar bons sentimentos
E colher bons momentos.
Nos olhos dela, só havia o brilho da infância.
Ainda não conhecia o peso do mundo e seus sussurros.
E os desejos fáceis começaram a roubar seu brilho.
Como pode a beleza se curvar a prazeres tão vãos,
quando sua luz teria sido mais pura, se mantida intacta?
O que poderia ter sido um jardim de alegrias verdadeiras
se perdeu em sombras que o mundo sussurrou com falsos encantos.
*“O Lugar Onde o Amor se fez Mar”*
Eu andava pelas ruas da ausência —
um deserto de silêncio e de promessas,
onde o tempo escorria em pó e vento,
mas ouvia, no fundo, aquela canção:
o canto leve do rio, o sussurro da areia,
o abraço antigo da terra e do céu.
Sentei-me na margem do instante,
onde a água se dobra em espelhos de calma,
e o cansaço, esse velho amigo,
desfez-se como fumaça de cigarro na madrugada.
Ali, o mundo era só um gesto simples —
um abraço que não pede nada,
um silêncio que fala de eternidade.
Os anos, esses ladrões de lembranças,
tentaram apagar o mapa do nosso refúgio,
mas o lugar ficou — intacto, suave,
como um verso guardado na pele.
Não é só um ponto no espaço,
é o começo e o fim do nosso tempo,
o jardim secreto onde o amor germina
mesmo quando a gente esquece de regar.
Hoje procuro com os pés cansados,
mas sobretudo com o coração que sabe —
a dor que é saudade é também promessa.
Será que existe um retorno?
Um caminho feito de memórias e luz,
onde possamos reviver a primeira vez,
onde o amor não morre, só se reinventa?
Vamos, então, deixar o tempo de lado,
e abrir a porta daquela casa antiga,
onde o amor se fez mar e a vida, poema.
Porque o amor que nasce assim, tão simples,
não se perde — só se transforma,
e será sempre o nosso lar,
o lugar onde o amor se fez mar.
Perdido Dentro De Mim
Perdido dentro de mim, sem vela, sem norte,
caminho em espelhos que sangram a sorte.
Meu peito é um bosque de névoa e vazio,
onde a alma se esconde, chorando em frio.
As vozes que escuto são minhas, e não são,
sussurros antigos de outra versão.
Amores que tive — ou apenas sonhei —
flutuam no escuro, mas nunca os toquei.
Meu coração grita num canto fechado,
ecoando memórias de um tempo apagado.
O amor que me resta é sombra e punhal,
um beijo que corta, silêncio fatal.
E quando me busco, não sei o que vejo:
um vulto cansado, sem luz, sem desejo.
Se volto ao meu corpo, não sei se é meu fim.
Pois sigo perdido, perdido dentro de mim.
Copyright By Izaias Silva
Tiktok:👉izaiasmsilva
Destino e Amor
O destino traça linhas no ar,
como o vento a brincar no mar.
Cada curva, um mistério a se abrir,
cada encruzilhada, um novo sentir.
E o amor, teimoso e sereno,
segue os traços, dança ao tempo.
Às vezes brisa, às vezes furacão,
mas sempre ecoa no coração.
Se o destino nos guia sem ver,
o amor nos ensina a escolher.
Entre as rotas que a vida desenha,
só o amor faz a jornada ser plena.
Copyright By Izaias Silva
Tiktok:👉@izaiasmsilva
Meu Destino Final
Rumo ao céu, meu destino final,
ergue-se em mim um sonho celestial.
Deixo pra trás o peso do chão,
voo guiado por fé e visão.
As dores antigas se tornam canção,
eco suave no meu coração.
A noite já cede ao primeiro sinal
de um novo amanhã, puro e vital.
Vejo no alto promessas em flor,
luz que acalma, calor sem temor.
E cada estrela parece lembrar:
o fim é só forma de recomeçar.
Não é adeus, é novo portal,
rumo ao céu, meu destino final.
Ali serei paz, serei despertar,
um raio de sol voltando a brilhar.
Copyright By Izaias Silva
Tiktok:👉@izaiasmsilva
HERESIA
Te engulo como quem já morreu de fome. Com os olhos cerrados na vertigem do teu cheiro. Te tomo como anjo que escolhe cair não por pecado, mas por desejo de habitar tua alma, como quem entra sem pedir licença, nu de si mesmo.
Sou ausência que arde sob tua pele. Memória do toque mesmo sem o toque. O silêncio entre nós virou idioma. E tua respiração, confissão.
Cometemos a heresia da carne como quem reza com o corpo. Sem culpa. Sem o peso dos que condenam.
Te envolvo sendo, às vezes febre, às vezes brisa. Num abraço onde o mundo silencia e só resta esse instante: nós. Em transe. Em verdade. Em tudo que não nos cabe.
Se há uma força nisso, é aquela que dilacera e acalma. Que fere com ternura. Que transforma a heresia do desejo carnal em uma forma de permanecer, mesmo quando os corpos se afastam.
Augusto Silva
A Trindade do Eu
No centro onde o nada é proibido,
Ergue-se o trono do ser incontido.
Ali reina aquele do meio, verbo e sentença,
A mão que molda, o olhar que dispensa.
Na sombra à direita, o silêncio respira,
Frio como aço, sussurro que delira.
É a mente que nunca vacila,
Que lê o caos, destrincha e destila.
Olhos de cálculo, voz sem paixão,
Diz: “Aqui há padrão, aqui há razão.”
Nenhum suspiro escapa despercebido,
O que está à direita vê o invisível escondido.
Mas à esquerda... ah, à esquerda há fogo,
Labaredas que dançam, desejo sem rogo.
É o faminto, o ardente querer,
Que ama, que odeia, que vive pra ter.
Risos quebrados, pupilas em chamas,
Quer tudo, devora, acende mil tramas.
Se o que está à direita mede, o da esquerda quer possuir,
Transforma em fascínio até o que é porvir.
E então, no meio, aquele se ergue,
O Juiz, o Criador, aquele que segue.
Recebe dos lados o dado, o desejo,
E cria o caminho, o mundo, o ensejo.
Não ama, não teme, não sofre, não chora,
Ele escolhe quem vive, quem some, quem mora.
O da direita aponta, o da esquerda quer incendiar,
Mas é o do meio quem decide... quem faz colapsar.
Três em um. Um em três.
O da direita, o da esquerda, e o do meio a comandar,
A dança do Eu, o fluxo a pulsar.
Aqueles se ajoelham, imploram, suplicam...
Mas só o do meio… decide quem fica.
*Querida Rosemary*
Querida Rosemary,
tu me encantaste com teus elogios
e com os olhos que refletem a lua —
tão fabulosos, tão enigmáticos,
que me arrepiam a alma.
Mas, ah, como os amo...
Oh, sim, eu os amo demais.
Rosemary,
tu não me amaste
com a mesma febre que me consome,
mas sabes que sou sincero
quando sussurro que te amo.
Oh, Rosemary,
por que brincar com meu peito frágil?
Por que iludir um pobre poeta
que só queria ser teu verso favorito?
Tu és egoísta,
mas, ainda assim,
te amo com a força de mil tempestades.
*Oh, Rosemary*
Oh, Rosemary,
eu sinto a dor que te pesa,
e embora não possa carregá-la por ti,
saiba que meu amor é sincero,
tão imenso que me sufoca,
tão profundo que escapa das palavras.
Amo-te ao ponto de querer parar o tempo,
de desejar que o dia nunca acabe,
só para ouvir tua risada
ecoando em meu peito,
só para amar-te mais uma vez.
Oh, minha querida Rosemary,
se meu amor fosse feito de horas,
o relógio jamais se calaria.
Instante de Felicidade
É quando o tempo esquece do tempo,
e tudo cabe num suspiro leve:
o riso solto sem nenhum lamento,
o agora inteiro que nunca se atreve
a prometer mais do que entrega.
Felicidade não grita, sussurra.
É cheiro de pão na manhã que escura
vai se rendendo à luz que se achega.
É o toque breve, quase distraído,
mas que acende em nós o sentido.
Talvez more num olhar que entende,
num silêncio que acolhe e não fere,
numa lembrança que sempre se rende
a voltar como se nunca partisse.
É fração do dia, fragmento de tudo,
um átimo de paz no meio do mundo.
E, mesmo quando vai embora,
fica escondida na memória.
Eu soube que era amor quando senti que não precisava de ti, mas ainda assim te escolhia
não por ausência, mas por presença,
não por carência, mas por essência.
Você é meu presente raro,
Tesouro doce e valioso,
Um diamante lapidado,
Brilhante, puro e precioso.
Deus, em sua infinita bondade,
Me deu você com tanto amor,
E desde então, a felicidade
Floresce em mim com seu calor.
Tem os que passam,
como o vento discreto,
levando o tempo,
deixando o espaço.
E tem os que partem,
quebrando silêncios,
desfazendo vínculos,
partindo mais que o chão.
Mas há os que ficam,
mesmo invisíveis,
morando na ausência,
presos na memória.
E há também os que retornam,
não com os pés,
mas com o olhar que resta,
com a palavra que ecoa.
São esses que fazem morada,
não no tempo,
não no espaço…
…mas no coração
de quem os sentiu,
mesmo quando tudo
já parecia passado.
Imenso céu azul
E essas nuvens que vagueiam pelo céu a esconder o imenso e azul véu.
Olho e vejo formas.
Às vezes formas disformes que nada formam ao meu olhar.
Um amontoado a mudar de forma e posição...
Sigo entre esses sentimentos diversos.
Queria colocá-los em versos.
Mas eles vão mudando... se transformando... outras cores tomando.
Nunca chego a um porto.
Não jogo âncora ao mar.
Estou eternamente a navegar.
Ondulante respiração.
Acelerado o bater do coração.
Ondas a me jogar... daqui pra lá... de lá pra cá.
Alternância entre o alto e o baixo.
Alternância entre a paz e o desespero.
Quero um lugar de calma pra minh’alma repousar...
Do lado de lá do mar?
Em outra geografia?
Na poesia?
Escrevo por lazer
Com prazer.
Escrevo também, para sobreviver
Sem perecer
Nessa vida fútil
Assim me sinto útil.
A Boina, a Beleza e o Belo
Usar boina em Fortaleza é feito ser cristão de verdade.
Chama atenção, precisa de coragem e é lindo.
Alguns vão olhar para a beleza, querê-la para si e imitar.
Outros vão caçoar: ‘De boina no calor?’
Pena! Presos nos padrões da terra, não sabem como vale a pena suar pelo belo.
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