Poemas e Poesias
Surpreso a quanta terra
não me pertence, que
engraçado descobrir (mais
uma vez) que trocar de país
não significa trocar de corpo
e a mudança
de língua
é acompanhada pela permanência
da produção da
mesma saliva.
a terra está para o satélite
como a água para a atmosfera
tudo gravita – a vida – equi
libra-se ainda que se esquive
Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano
quantas cidades para chegarmos a esta cidade
e quantas mães, todas mortas, até tua mãe
quantas línguas até que a língua fosse esta
e quantos verões até precisamente este verão
este em que nos encontramos neste sítio
exato
à beira de um mar rigorosamente igual
a única coisa que não muda porque muda sempre
quantas tardes e praias vazias foram necessárias para chegarmos ao vazio
desta praia nesta tarde
quantas palavras até esta palavra, esta
Frente ao mar, embevecida,
rogo que marés logo venham
em ondas de total calmaria,
e que espumas brancas tenham
Na mansidão desse mar,
recolho ternuras e o abraço,
mergulhando nele sem medo,
até que venha o cansaço
Na luz do radiante dia
que o coração em novos toques
renove-se em alegria
colorindo-se de rosa
Sejam leves os momentos
sempre a um modo especial
seguindo a vida no que se há
pois viver é o principal
Que a claridade difusa
envolva e aqueça a todos
e que amor os induza
sempre à felicidade
Amor sem fim...
Sim, são para ti os versos que nascem
Silenciosos, simples, quietos, atentos
Sentidos, mas, cada vez mais desejados
Versos não declamados, vindos amados
Sim, é a ti, menina, estrela de meu céu
A quem dedico cada letra, palavra, frase
Que, mesmo no silêncio que me é avesso
Em vontade de expô-los... coisas de apreço
Sim, é a ti, jovem, feminina de sorriso pronto
Cabelos negros, vestido em chita em remendo
Alma sem males, coração e atitude de moça rica
Em detalhes, em costumes, talhados pela vida
Sim, é por ti que meu mundo ganhou cores, se abriu
Não nego, meu jeito de homem a deseja pelo olhar
Bem mais que além do abraço, num eterno querer
Suporta a impaciência sã, nascida casta, velada
Sim, te encontro morando em mim
Olhos rasgados, corpo de menina mulher
Voz em falas moderadamente suaves e pausadas
Que sabe contar estrelas, sonhos, encantos que cria
Sim, nada explica tamanho desatino e desejo
De tê-la em meus braços, do nascer ao findar do dia
Mas a mudez prevalece quando em sua presença
Me acolhes, segura, amada em silente destino
Sim, em mim pulsa a paz, jamais sabida
Somente sinto, inquieto, aspiro sua atenção
E de tudo, nada sabes, nada que sinto a alcança
Quiçá, restou trazer em mim, um amor sem fim
Minha arte surge do bem pensar
Do bem querer
Do bem agir.
Do bem amar,
Do bem viver,
Do bem sentir.
Arte por arte surge do bem
Pensamento nobre ao escritor.
Flutua da mente, cadente
Expressa o bem e a dor.
É latente, expressão ardente,
Céu do amanhecer.
Aflora e com coragem explora
A dimensão do ser.
Eu não sei se é amor
Eu não sei é paixão
Mas de uma coisa eu tenho certeza
Algo aflige meu coração
Não sei se devo ter esperanças
Não sei se posso acreditar
E nem se devo
Mas sei que quando estou com você, eu me perco.
Quero te beijar
Quero te abraçar
Mas parece que me ignora
E finge não notar
Isso me entristece
Com toda certeza
Já pensei em me afastar
Mas talvez isso seja uma besteira
Eu quero estar com você
Talvez já tenha notado
Uma coisa que eu quero
É estar ao seu lado
Eu não sei se é atração
Muito menos se é só desejo
Mas uma coisa que eu sei
Eu quero muito é ter seu beijo
Quero muito estar com você
Eu não sei se devo persistir
Mas quando paro e penso
Às vezes dá vontade de desistir
Eu te olho
Eu te admiro
Uma coisa que eu quero
É estar contigo
Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva
Agônicas raízes com a chuva da primavera.
Eu sou isso, ou aquilo.
Sou doce, as vezes amarga.
Sou um poço de ilusão, um ralo caldo de realidade.
As vezes tento me entender, outras vezes me esqueço.
Aja tantas metades para mim, tantos conflitos.
De ser, de ter: Ter paz, buscar tranquilidade.
Dividida em dois lados, uma durona outra sensível.
Todos esses adjetivos serão poucos diante de tanta descrição.
Que eu tento fazer, dessa confusão do meu ser.
Então começo a rimar, mas é melhor parar.
Talvez por mais que eu fale não adiantará.
Você nunca irá me visualizar, me imaginar.
Distopia Abstrata
Sejam bem vindos agora embarcaremos em uma viagem arriscada, apertem os cintos se preferir ou podem ter a vida arrastada
Se preparem a caravana já está saindo, para um lugar tenebroso agora estamos indo
Aqui estamos olhem ao seu redor o sofrimento está em toda parte, se você pintar um quadro com seu sangue é arte
Aqui ninguém é igual, todos são diferentes e serão condenados no final
Olhem a sua direita aquelas são as pessoas que fizeram o bem, e agora estão sendo condenadas sem olhar a quem
Aqui o carrasco são os padres mas não se espante, eles fizeram sua boa ação mas aqui é relevante
Tem coragem de olhar a sua esquerda? Olhe pessoas que fazem o mal na terra sendo idolatrados, aqui os maus governantes é quem governa e são reverenciados
Aqui as drogas servem como calmante porque todos preferem não ver o que acontece, se você olhar pela janela já te aborrece
Aqui é normal maridos que traíram suas esposas terem mais de 5 mulheres, já que é assim que eles preferes
E as esposas traídas são livres para escolher também, mas jamais amarão de novo alguém
A comida aqui é estragada isso serve de lição para todos que desperdiçou, muitos que arriscam muito mal passou
Não entenda mal aqui é o lugar parecido com seu mundo,aqui pode parecer imundo mas no fundo você sabe, aqui está ficando cada vez mais cheio muitos aqui já não cabe
Quem sabe eu já não seja o mesmo
Quem sabe eu já não ligue para feridas
Quem sabe eu já esteja acostumado
a ser calado e fingir que nada machuca
Eu sei o que me faz bem
Eu sei que você não se preocupa
Eu sei que um dia isso acaba
e eu deixo de lado essa culpa.
Muitas vezes nada mais sou
do que uma pequena nota solta,
duetanto com o vento,
tentando ser canção...
E muitas vezes nada fui,
a não ser um acorde sem afinação,
que você quase nem ouviu,
nem acolheu em seu coração...
não deixe que comparem amor
com abuso ou controle
porque são coisas diferentes
enquanto o amor constrói
o abuso quebra e te deixa aos cacos
Existem dois momentos onde a inspiração me abandona.
Quando estou extremamente feliz e quando a dor me invade.
Em ambas situações, eu não observo e nem analiso. Apenas sinto.
A dor e a extrema felicidade, não resultam em poesia.
A tristeza e a saudade sim!
Tristeza e saudade são pérolas da melancólica e do entusiasmo.
A tristeza é o que fica, depois que a dor passa... e saudade é o que fica depois que a felicidade termina.
Sorte tem, quem não se inspira por estar ocupado demais, sendo apenas feliz.
(Inpiração / Fernandha Franklin)
⁀⋱‿❀🌼ჱܓ Te amar me faz bem...
Fico tão a vontade diante desse amor...
Que até sonho acordada...
Pensando em você...
A toda hora...
A todo momento...
Me sinto leve...
A flutuar na intensidade desse amor...
Parece que o vejo sempre em minha frente...
Mas são só coisas do coração...
Iva Rodrigues ❤
Ai dos homens que errôneos por natureza e desgraçados pela vida idealizam para além de si mesmos.
Eis vossa maior angustia ,a ânsia pela gloria que crava com seus afincos o egoísmo impertinente e sedutor.
Eis de vossa fúnebre reflexão que a tona traz o homem que infeliz pelos erros encontra-se o seu conforto nas ilusórias crenças que lhe desabrocham um amargo sorriso
Ai de vossa imaginação avassaladora que nos guia ao abismo com sua sua aura sinistra oculta em vossa alma que nos oferece tal como uma oferenda as trevas ,conforto tão ilusório capaz de desvanecer-se sendo constituído apenas de seus esboços ,ademais abismos negros que famintos anseiam por outras ilusões e desgraçados pela fome insaciável ,destroem-se a si mesmos.
