Poemas de Vida Soneto

Cerca de 356 poemas de Vida Soneto

Sonetos

passaste como a estrela matutina
Da vida so viveste aquela hora
Em que a existencia em flor luz sem neblina.

Ver-te e Perder-te!De tão triste sina
Não passa a magoa em mim,antes piora
Sem ver-te ja, minha'alma ainda te adora
Em trste culto que a saudade ensina

Não vivo aqui,a vida em ti so ponho,
Na fé,de cristo filha,a dor abrigo
Futuro em ti no céu vejo risonho!

Neste mundo,meu mundo é teu jazigo;
Dizem que a vida é triste e falaz sonho;
se é sonho a vida,sonharei contigo

Inserida por taynaguedes

VISÃO

No cerrado vi um peão a toda brida
Pelos cascalhados da árida estrada
Do meu sonho não entendia nada
Se eu estava na morte ou na vida

Entre folhas ressequidas, adormecida
Uma caliandra, sendo colhida por fada
Em cachos, no beiral da lua prateada
Numa tal tenra pálida beleza já vencida

E nesta ilusão a ele fiz uma chamada
Vós estás de chegada ou de partida?
O tal peão, O Tempo, de sua cruzada

Respondeu: não tenho alguma parada
Levo comigo o podão de toda a vida
A caliandra colhida, é tua infância perdida.

My parallel universe

No caos do dia a dia,
Você me abraça e não me aflijo,
Meu peito anseia por teu Beijo.
Você é a melhor companhia.

Para mim é imenso privilégio
Ter você ao meu lado,
Sentir meu corpo no teu colado,
Distante de qualquer tédio.

O teu olhar me convida
A sussurros noturnos,
Amar e curtir a vida.

Ao teu lado tudo é belo,
Tudo se encaixa.
Você é meu universo paralelo.

Inserida por JEduardoSoaresA

Quando eu te vi chegar

Quando eu te vi chegar
E tomar um café com a gente,
Senti algo diferente,
Boas vibrações no ar.

Então, fique um pouco mais?
A gente faz um macarrão,
Eu seguro a tua mão
E a gente fica em paz.

Uma prosa boa sobre vários assuntos.
Deixa a noite passar,
Amanhã vamos perder a hora juntos.

Deixa que fale, o povo.
Vamos rindo pelo caminho,
A tarde a gente se vê de novo...

Inserida por JEduardoSoaresA

⁠TRAGÉDIA

É a tragédia, bardo, desta vida
neblina que na manhã embaça
solidão com desleixo sem graça
que na agonia sem dó é erguida

É gemido que na dor favorecida
por tristuras n’alma em carcaça
um choro, um sonho de fumaça
sulca ufana, e devora destemida

É reza, enfim, que na pobreza
da fé, numa carência generosa
olha aos céus com certa frieza

Mas ter desilusão, tão gulosa
na alegria, é prosa sem defesa
ao fado traz frustação furiosa

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/ outubro, 2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Anos vividos

Da vida, eu fui mais que se está vendo
Da felicidade eu fiz parada e repouso
E nem mais sei se fui tolo ou penoso
Nas trilhas de estar feliz ou sofrendo

Se estou enganado, ou fico glorioso
Não posso medir apenas no sendo
Sou fausto, e da paz eu vou vivendo
Tentando buscar só o bem precioso

Agora que a velhice é um havendo
Nada sei, eu persisto, e pouco ouso
Pois o fado não é claro no referendo

Disso, amei sem ter sido enganoso
Fui além, dum olhar, do só querendo
Na morte, vou do viver ser saudoso

Luciano Spagnol
20/06/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Aware

Não sei como explicar,
E talvez nem preciso,
Todos podem ver isso.
Meus olhos brilham ao te encontrar.

E nem de longe consigo disfarçar.
Que toda tarde te espero
Que em cada abraço eu te quero
Mais e mais e sinto o tempo parar.

Me atraso pra te esperar
Crio mil pretextos: café, pastel, gatos...
Só pra te ver chegar.

E para estar sempre contigo,
Te transformei em poema
E pra aonde eu for te levarei comigo.

Inserida por JEduardoSoaresA

⁠NEOWISE
(Dedicatória ao cometa que passa nos céus)

Passei a noite vendo o cometa.
Sentado bem no topo do monte,
olhei para a linha do horizonte,
e vi o Neowise de minha luneta.

Aos dez anos, criança espoleta,
vi o Halley por alguns instantes.
Como eles, somos só visitantes
por tempo certo nesse planeta.

Como era linda a cauda brilhando!
Nem acredito que era só de poeira!
No alto do céu lembro dele voando!

Mas é triste e dói na alma inteira
sentir todo o mundo ir passando...
Tal qual cometa, vida é passageira!

Inserida por RomuloBourbon

⁠Noutro dia...

Num verso sentido, na poética, figura
Sussurrado da emoção em um talvez
A saudade que sente a dor sem cura
De outrem. Uma sensação de nudez
Enquanto na prosa ao acaso procura
O otimista verso suspirado, e que fez
Dantes a poesia sem aquela tristura
Incessante agrura e sem ter a rudez

Então, surge a madrugada, ritmada
A ilusão, sobre o chão, desfolhada
Guiando a trova, criando-a especial
Ó esperança de atraente formosura
E, ante ao escrito vazio de aventura
Traz noutro dia, inspiração virginal...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 agosto, 2023, 13’26” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Passarinhar

No céu aberto voam, leves, pássaros,
De galho em galho, em dança sem razão.
Trazendo à mente alívios tão escassos,
Silenciam o ruído da tensão.

A ciência diz: faz bem contemplar
O voo calmo, o trino sem pesar.
Jesus já disse, ao mundo a escutar:
“Por que, ansiosos, vivem a penar?”

Ali, na rama, habita a paz divina,
O instante puro, o tempo que se inclina
Ao simples ser, sem ter, nem pretensão.

Se queres cura, basta te entregar:
Vai para o campo, aprende a passarinhar
—Com alma leve e livre da aflição.


Edson Luiz ELO
São Paulo, 24 de Maio de 2025

Inserida por ProfessorEdson

⁠INSATISFEITO

Cerrado, vivo tão só, na solidão
Aflige o peito, o peito em pranto
Distante ide o tempo, o encanto
Preso na tristura e na desilusão

Tão longe ando de ti, ó emoção
De ter-te no fado meu, no canto
Da prosa, amando tanto e tanto
Multiplicando, assim, a sensação

Ando calado, e inquieta a poesia
Desses desejos de mim ausente
Pelejo com o silêncio de cor fria

E nada me diz, nem o sol poente
Tudo é cinza e apagada a fantasia
Se sente querer, a força não sente.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/12/2020, 17’54” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠IMORTAL

Olhar, envelhecendo, vendo a ruína perto
reconhecendo vãs as palavras passageiras
lacrimejou, enxugou as ilusões traiçoeiras
e me avançou na prosa com o feito liberto

Meu viver tendo sonhado e o afeto oferto
a uma ventura e mais gentis alvissareiras
emoções, onde grafei poéticas fagueiras
ao coração, foi mais romântico, por certo!

Então, se já velho e jovial o pensamento
permiti mais poesias floridas, o portento
romantismo, o que torna o amor eternal

Devaneei na literária, fiz um soneto alado
me dizendo que o momento era chegado
envelheci! Porém, sorri, o verso é imortal!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 30/2021, 09’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AGRADO ..

Quando a saudade me aperta o passado
de quando nostálgico me acho perdido
vejo que de tudo pouco me foi temido
e que todo o afeto me foi bem amado

Sempre no mais valioso e mais cuidado
tudo que a emoção valia me era podido
os desenganos, as venturas, tudo válido
tudo querido, um tanto e mais arrojado

Os sonhos que solevava o pensamento
no ponto supremo do prazer os erguia
chorava, ria, mas vivia cada momento

Que diversas somas nos faz a fantasia:
alegria, tristura, vida e morte. Sustento
de ternura, agrado e o saciar na poesia! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 14’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DIMENSÃO

Foi a poesia, bem sei. Sua alquimia
A cadência de chegadas e partidas
Que me trouxe, aos poucos, a valia
E a certeza das emoções sentidas
Foi a saudade, bem sei, a nostalgia
Nos versos de pesadas despedidas
Que deixou a minha alma toda fria
E o coração com sensações doridas

Foi a prosa, alada, formosa, curiosa
O toque, o cheiro, e um tal momento
Que encheu de causos e razão nova
Foi a vida, bem sei, ao viver preciosa
Uma dor chorada naquele sofrimento
Que deu cada dimensão a minha trova...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 dezembro, 2023, 19’28” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠OCASO DA VIDA

Vai, folha seca, vai, desgarrada
Ao vento em fascinante magia
Vai, que o outono, já evidencia
No fatal balé, de poética toada
Cumpre o destino, meta sagrada
Mudada: sem cor, árida sinfonia
Sem viço, sem a gala da energia
E, a tua pálida força, já crestada

No tempo, a tua mocidade palia
Deixando-te no calor da saudade
Vai, folha delicada, doce poesia
Baila pelo ar desta final liberdade
Realizou a sua crucial biografia...
Ímpar e, cada um de nós há-de.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOBRE A VIDA

Abri o meu sonho ao raiar do alvor
E ideei, veio a sorte, então, segui-a
Na ilusão, maciça de colorido vigor
E tão mais venturosa e, com poesia
Fui criando momentos e alquimia
Aos pés da emoção, no tom maior
Assim, no jogo do fado, robusto ia
No sentimento, caminho, no louvor

A gente é realidade, fantasia: lança
Avança, recua e vai na imensidade
Dentro da incerteza e da confiança
No viver tem uma vasta diversidade
Larga vitalidade, tão cheia de dança
Já o passado, uma estreita saudade...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01/09/2024, 14’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠" VIDA PLENA "

Libertação: da morte para a vida!
É Páscoa a ser, pra sempre, festejada
e, assim, se ter a história recordada
na graça eterna aqui nos concedida!

Ao anjo, a morte a todos, ordenada
traria, por juízo sem medida,
condenação cruel ali estendida
onde a corrupção fôra instalada.

Mas um cordeiro a ser, pois, abatido
teria sangue, às portas, aspergido
trazendo o livramento e a salvação…

Se sai, assim, da morte obrigatória
pra vida plena, dada por vitória
ao se acolher o Cristo ao coração!

⁠FATAL

Ao assistir-te, pétala, da rosa desprendida
Em devoluta queda, no ciclo em conclusão
Deixando-se ir arrematada, fatal condição
Me vi, semelhante, no ser, em despedida
Tempo idos, e a quimera do sonho parida
Remindo todos os arroubos meus, sanção
Vou em subida, com a versada imaginação
Seca, ocorrida, suspirante, no chão caída

Agora só, e a escrever a solidão a vagar
Numa saudade que do peito dá pra ouvir
Traçando conto, sem capricho no contar
Olhando a rosa, sempre formosa, a sorrir
Por que o despetalar? Sina, que faz chorar
A dor do verso, de quem, mais, quer ficar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/10/2022, 14”45” – Araguari, MG
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

⁠De zero a amém

Nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que tem chifre é touro
Os fluidos passeiam pelos estados da matéria
Na proporção com átomos, somos gigantes em relação aos astros bactérias
Universal ou microscópico? Focar no Gepeto ou se contentar com o Pinochio

Julguei a Eva pelo erro, Adão pelo deslize e a serpente pela mentira
Logo eu com o mesmo erro, provo do próprio veneno sem nenhuma armadilha
Armadilha, cativeiro animal que tem sido cárcere da minha própria filosofia
Alma quente ou vida fria? Viver no enredo ou na alegoria?

Mas ora, minha vida foi uma mentira, convivendo com ratos, foi tanto desafeto
Que eu considero desacato, me trouxeram a fome e sempre negaram o prato
Mas agora eu estou liberto, estou livre de fato, vou me embora de casa, que seja o último ato.

Logo eu que nunca venço, no máximo empato, logo eu que só apanho e quase nunca bato
Fui deixado no mato, negaram-me o tato, me confundiram com cachorro quase que lato,
Mas lavei as mãos, me juntei com Pilatos, agora ando correndo e voando, me chamem de pato.

Inserida por Daniel_Vito

⁠O GIGANTE SENTIMENTO
(Renata Guimarães Lima e Edson Nelson Soares Botelho)


Amor a magia que nos faz sonhar
Uma heroica flecha lançada para o nada
Ou a mais certeira das flechas disparada para a alma
Então sigo na caminhada rumo a maturidade


Com a chave do estreito caminho da felicidade
Na privacidade do espelho esperando a receptividade
Na busca incansável para alcançar minha alma gêmea
Na infindável trajetória de um caminho absurdo


Do ato de ser cega ao resvalar dos espinhos
E o perdão da vida no abraço dos anjos
A atitude de amar a vida e subir feito um raio


Na transparência de todos os sentimentos alcançados
Pela força do destino fazendo a silhueta da lua
Na última flecha lançada de uma batalha perdida

Inserida por ellenketlen2014