Poemas de Saudades
Era um desastre no amor e no ódio, um desastre na vida, um desastre na morte. Ela era uma fatalidade, não um garota fatal. Ela sempre agradecia, mas não era agradável, nunca foi. Era um sinônimo, mas nunca algo exato, tinha suas manias que ninguém nunca entendia, tinha uns sorrisos largados por aí, memorias guardadas numa caixa, que nem ela mesma tinha a chave. Aos 13 anos ganhou um presente chamado decepção, aos 16 tornou-se o presente. Com 21 anos, era um desastre, era um sinônimo de viver, tinha suas fatalidades, infelicidades, não era agradável, nunca foi…. Mas, se existia? Claro, e quem não gostava de com 21 anos brincar de existir?
Diziam-me que todo problema tinha uma solução… Mas, e se você é o problema? O que seria sua solução?
Maldito seja o tempo que não conspira a meu favor, malditas sejam as coisas você um dia me deu, que tem seu cheiro, e que me viciou. Malditas sejam as mensagens que um dia você me escreveu, e que agora só passam de tristes e melancólicas lembranças do que poderia ter sido. Vagas imagens de momentos felizes passaram pela minha mente, sua presença continua intacta sobre minha pele. Sua mania de sorrir cínico enquanto me fazia gritar por ficar enchendo meu saco estava intacta, suas ações perturbadoras me faziam enlouquecer, principalmente agora, que você não as fazia olhando em meus olhos. O que irei fazer? Tentar me livrar de minhas lembranças contigo? Impossível, pois agora o meu mundo já havia se convertido no seu, e nada mais podia separá-los.
Eu penso muito na minha morte. Eu penso que não posso morrer agora, não posso morrer e ser esquecida, não posso morrer sem ter escrito meu primeiro livro, ou sem ter publicado para o mundo algum dos meus sonhos. Penso que não passei a vida inteira fazendo algo que eu nem mesmo sabia o que era para morrer assim do nada, não antes sem me entender, ou deixar os outros me entenderem. Penso que não posso morrer sem pelo menos uma vez andar de balão, e ver a vida de cima. Não de baixo como eu costumo fazer. Penso que não posso morrer antes de provar café e me libertar a gostar de certas coisas que eu sempre venho evitando. Penso que morrer não será uma grande aventura, não. Morrer será o fim de uma aventura que nem começou… Penso que não posso morrer sem ao menos criar uma trilha sonora para minha vida, e chorar por algum romance que deu errado, deitar na cama e fazer mil planos, e realiza-los na manhã seguinte. Eu penso muito na minha morte, e por mais que eu viva, sem nem ao menos saber pelo que estou vivendo, e por mais que eu lute, sem saber pelo que eu estou lutando, eu quero viver. Penso que quanto mais eu vivo, mais confusa eu fico, e quer saber? Eu sempre amei uma confusão mesmo.
Ele parece estar tentando entender que tipo de pessoa eu sou, rezo para que ele nunca descubra, é bem capaz de ele se afastar de mim depois disso. É o que as pessoas normalmente fazem.
Tarde de mais para voltar atrás, não tinha jeito, jeito nenhum de eu desgostar dele agora. E é por isso e por outros motivos que tudo é muito melhor quando a gente se limita a provar e fazer certas coisas que no final sabemos que nunca vão dar certo. Não gosto de devoluções, nem mesmo quando não gosto do produto. Não é como se a gente pudesse substituir algo que esperávamos que fosse perfeito. Por isso não crio esperanças. Sei que a vida não é uma loja. Sabia que agora que eu havia escolhido ele, não haveria como troca-lo. Talvez joga-lo fora se algo desse errado. Mas esse é o problema. Saberia que ele já esteve ali um dia e isso tornaria tudo tão vazio… Então foi mergulhando em seus olhos que descobri, o que minutos depois preferia nunca ter descoberto. E se eu continuasse dessa forma, mergulhando assim, sem nenhuma proteção, alguma hora iria me afogar. Disso eu tinha certeza.
Eu suspeitava que o fato era que eu nunca tinha me entregado de verdade. Eu estava indo pelo fato de nunca ter ido. Eu estava me despedaçando. Me fragmentando. E o que eu menos queria admitir é que tive que esquecer a mim mesma, para não ter que me forçar a esquecer você.
Antes eu sentia falta de algo e não sabia o que era… Era como um vazio constante. Eu sempre saia a procura de algo…Mas como procurar por algo que não fazemos a menor ideia do que seja? E por mais que eu andasse por aí, nada parecia me completar, nada nunca deu certo. Não para mim. Mas ele apareceu, um sorriso se instalou em minha alma, e tudo pareceu se encaixar. E eu que já fui tão vazia, transbordei. Mas aí ele se foi, e desde que ele se foi, o vazio permaneceu e manifestou-se impetuosamente. Porém, pelo menos agora, eu sei de que modo posso fazer para completa-lo
Era mais desconfortável ainda olhar para cima e saber que qualquer ação minha estava sendo observada por aqueles olhos. Eu não gostava de ser observada, com o tempo eu passei a me acostumar a ser incompreendida, levei muito tempo para começar a gostar de ser assim. E ele aparece, naturalmente fazendo tudo que pode para me entender. Se eu sabia como reagir a isso? Não, mas também não sabia como reagir a noventa por cento de suas ações. Pela primeira vez em anos me vi perdida, e não foi em mim mesma, e sim, em outra pessoa.
Sei que não sou quase nada, mas se alguma parte de mim é algo, loucura está definitivamente incluso.
Porque eu era tão errada? Tão cheia de nada, enquanto todos eram tão cheios de si? Porque logo eu fui ser tão escassa?
Bom, afinal, nada melhor que traduzir a vida em morte, tudo que nasce um dia morre. E tudo que morre um dia renasce.
Sinto-me viva, eu danço com a solidão. Ele dança do outro lado do salão, não está sozinho, mas sinto que está solitário. Ele acha que não me entende, mas no fim, ele é tão louco quanto eu. Ele está sozinho, por mais que esteja acompanhado, ele se engana ele acha que normal. Ele tenta. Seus passos são tão sincronizados, ele me irrita.
Eu gostava de sentar e só pensar, mas eu adorava quando alguém achava que possuía a audácia de interromper meus pensamentos.
Gostava de ansiar por alguém, que algum dia me dissesse que me entendia, me entendia e me conhecia. Eu queria partilhar minha generosa loucura com alguém.
Nada voltará a ser o que já foi um dia, morrer querendo ou não te torna mais vivo. Estamos gradativamente morrendo. Se perdendo em partes, vivendo de escassos, caindo aos pedaços. Eu morri uma vez. Hoje nasci de novo, e amanhã voltarei a morrer. E vou continuar morrendo até levarem a ultima parte de mim. Bom, afinal, nada melhor que traduzir a vida em morte, tudo que nasce um dia morre. E tudo que morre um dia renasce. Faz parte, tudo faz parte…
Eu me perguntava qual era seu problema, você dizia que era eu, e eu não entendia, tudo que eu fiz foi fingir que existia.
“Em frente, siga em frente e enfrente. Seja e esteja. Aconteça, mude, apareça e desapareça. Ouça, fale, se lembre de esquecer, faça acontecer. Ultrapasse, seja ultrapassado, fique para trás, mas nunca seja deixado de lado. Ande, não, corra! A vida não doa tempo, nem discernimento, a cada acontecimento, permaneça correndo, seja o movimento. Esteja um passo a frente, um quilometro há distante, e se pensar em voltar para trás, esqueça do velho rapaz, foque na sua paz. Na verdade ignore a. Ignore a paz, vida é muito mais perspicaz com a loucura seguindo atrás. Seja louco, não mas não tolo. Abrace a loucura, deixe de lado a amargura, beije o amor, e o rancor? Separe-se do rancor. Sinta e se não sentir finja que esta sentindo, as maiores verdades começam das menores mentiras. Envelheça sem medo, o sábio, o segredo. Esqueça essa história de dormir, o bom da vida é estar sempre acordado. E se você cair no sono? Bom, a gente da um jeito e te acorda.
Se não preservar a natureza, o homem estará atentando contra sua própria existência, e no fim acabara lutando de forma bruta contra sua própria sobrevivência. Mas o que é existir? É estar presente de forma onisciente? Ser de fato uma pessoa consciente? Nos dias atuais, é muito fácil se ver tanta argumentação e especulação a favor da tão clamada natureza, afinal como o homem poderá resistir a tanta beleza? É normal desmatar e não devolver, matar animais inocentes, esquecer-se dos gases poluentes e jogar lixo nas ruas. É mais normal ainda, ignorar aquele lixo na calçada, fingir que passou e não viu nada. Ignorar o lixo na calçada o torna tão culpado quanto o dito cujo que jogou o lixo no lugar errado. Reciclar é só um passa tempo, para muitos até perda de tempo, e nunca vai ser uma obrigação, necessidade até então. Mas afinal para quê manter as florestas na Av. Paralela? É tudo para nossa sobrevivência, totalmente aceitável, afinal achar que está fazendo o certo, não te torna nunca errado. E o mais irônico de tudo é que o homem destrói a natureza na justificativa de garantir sua tão clamada existência, e a natureza luta para sobreviver com o objetivo de garantir ao homem a sua sobrevivência.
Perder alguém independente da forma é sempre uma tragédia... Deus esteja com todos que por este mundo passaram e deram alegria...
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