Poemas sobre saudade
ENGANO FATAL
Eu deveria saber, mas me enganei,
Pensei que você voltou por saudade,
Mas vi que era só vontade
De ter alguém para te amar.
O ser humano é fraco e falho,
E eu caí de novo no teu laço,
Voltando aos teus braços
Mesmo sabendo que era um trapaço.
Agora aprendi a lição,
De seguir em frente, sem ilusão,
E deixar para trás a tua ilusão,
Pois o meu coração merece mais atenção.
Saudades
Saudades de uma sensação que não lembro e nem sei o que é, mas eu sei que ela existe.
Gil Rocha
Numa profunda angústia
perco-me na imensidão
a tinta flui a minha ausência
e o sono a minha própria negação
mas nesse mundo sem sentido
quanto tempo levara para a celebração
Caminho profundo no abismo
As quatro cadeiras da sala estão prontas para oração
desbotadas as suas fissuras irão ecoar os números
sobre o seu proprietário de coração
numa dança eterna, onde me consolo com a solidão.
Uma luz então surge
e ingenuidade que fica
e o que se reflete no espelho?
Lembrança me traz
cores púrpuras e lilás amarelado brilham em tom fantasiado
parece conseguir cortar o crepúsculo
ressoa então a sentimentalidade
aguardando a verdade que no fundo você sabe.
Anseio pelo dia em que essa dor irá sumir, o choro acabará e a saudade não mais existirá. Anseio pelo dia em que Jeová irá curar todo coração partido, destruído.
A morte destrói e maltrata quem ficou vivo, mas é Jeová quem cura.
(ver Apocalipse 21:3-4)
Lembranças de Infância
Ah, que saudade da rua encantada,
Onde o tempo corria sem pressa ou temor,
Nos pés descalços, a poeira dourada,
E no peito, a alegria em seu mais puro ardor.
Bolas de gude brilhavam no chão,
Como estrelas num céu de cimento,
Pipas no alto, riscando o azul,
Guiadas por sonhos ao sabor do vento.
O futebol era a lei do momento,
Traves marcadas com chinelos jogados,
Um grito de gol rasgava o silêncio,
E o mundo parava, nossos olhos brilhados.
Brincadeiras sem fim, risos soltos no ar,
Amigos, irmãos de uma vida inventada,
Cada esquina guardava um lugar,
Onde a infância deixava sua marca sagrada.
Hoje, adulto, caminho sozinho,
Levando comigo o que ficou pra trás,
Mas no coração ainda há um cantinho
Que guarda pra sempre aquele tempo de paz.
Saudade de você
Dentro da van a sua falta senti:
De segurar suas mãos
Macias como algodão
Que meu coração faz rir.
Os dedos entrelaçarem em ti
Com afeto seu calor sentir.
Desejei voltasse do Piauí
Para comigo sorrir.
Olhei para o lado não te vi...
Nas conversas sua voz não ouvi..
Vazio TAmbém por TY
TAlvez eu possa me diverTYr.
Saudade: O Abraço do Tempo
Saudade é como o vento: você não vê, mas sente profundamente. É o coração buscando o que ficou no passado. Ela chega de mansinho, como uma música antiga, trazendo de volta o que foi lindo, mas já passou.
É a presença de algo ausente, um pedaço do passado que insiste em viver no presente. É sentir o abraço que ficou, o sorriso que se foi, e a certeza de que aquilo era amor. Saudade é o jeito que o coração encontrou para guardar o que foi inesquecível.
Ela dói, mas também aquece, porque nos lembra que vivemos momentos que valem ser lembrados. É fechar os olhos e, de repente, estar lá de novo, naquele instante que marcou a alma.
Ela não avisa quando vem. Basta um cheiro, uma música, e o coração já está preso no passado. Saudade é um silêncio que grita por dentro, clamando pelo que já não está.
Sentir saudade é carregar no peito o reflexo de algo tão bonito que nunca se apaga.
Saudade: O Amor Que Nunca Vai Embora
A saudade é como um amor silencioso, que não exige palavras, mas que nunca nos abandona. Ela fica ali, guardada no peito, no fundo da alma, lembrando-nos constantemente de algo ou alguém que já não está mais ao alcance das mãos. Ela não é apenas falta, mas uma presença sutil que se manifesta a cada lembrança, a cada suspiro.
É o sorriso que ficou guardado na memória, o toque que não se esquece, a risada que ainda ecoa nos cantos do coração. A saudade não é uma dor permanente, mas uma doce lembrança de que o que foi vivido foi real, foi intenso, e, de alguma forma, permanece vivo em nós.
Ela nos ensina que o amor, quando verdadeiro, nunca se apaga. Ele pode mudar de forma, pode se distanciar com o tempo, mas sempre estará ali, imortalizado na saudade. Porque quando amamos de verdade, carregamos a essência dessa pessoa, desse momento, para onde quer que vamos.
A saudade não é um vazio; é um espaço preenchido por memórias, por sentimentos que resistem ao tempo. E, no fim, ela é o testemunho de que, mesmo distantes, aqueles que amamos nunca vão embora. Eles permanecem, eternos, nos pedaços de nós que guardamos com carinho.
Saudade: O Reflexo do Inesquecível
A saudade é o reflexo de tudo o que foi inesquecível, uma marca indelével que o tempo não consegue apagar. Ela é uma presença silenciosa, que se instala em nosso peito e nos lembra constantemente daquilo que não conseguimos deixar para trás. O que foi vivido, o que foi amado, fica guardado de forma única, como se o próprio coração fosse um espelho refletindo o que mais tocou nossa alma.
A saudade não é simplesmente falta; ela é a demonstração de que algo foi tão profundo, tão verdadeiro, que ainda existe em nós, embora já tenha partido. Cada lembrança que ela traz à tona é como uma chama que aquece e ilumina o escuro, mas também nos lembra de que aquele momento não pode ser revivido.
É como olhar para o passado e perceber que, apesar da distância, a essência do que foi vivido permanece intacta. A saudade é o reflexo de uma história que ficou marcada, de uma presença que, mesmo ausente, nunca deixou de fazer parte de quem somos.
Ela é a certeza de que o inesquecível não se perde, mas se transforma em algo mais profundo, mais significativo. E, por mais que a dor da ausência seja presente, a saudade também nos ensina a valorizar o que realmente importa: o que foi vivido, o que foi sentido, e o que sempre será um reflexo no espelho do nosso coração.
Saudade: Um Silêncio Que Grita
A saudade é um silêncio profundo, mas que grita em nossa alma. Não há palavras, mas há um vazio que preenche cada espaço do coração, uma ausência que se faz tão presente que, às vezes, quase podemos tocá-la. Ela é a sensação de que algo está faltando, mesmo quando tudo parece estar em seu lugar. Um grito abafado, que ecoa dentro de nós, lembrando-nos do que foi, do que poderia ter sido, do que já não está mais.
Ela não precisa de som para se fazer ouvir. Sua presença é sentida em cada olhar distante, em cada momento de quietude. É como se o coração, em silêncio, clamasse por aquilo que foi perdido, por aquilo que não pode mais voltar. E, mesmo sem palavras, a saudade se torna um dos sentimentos mais fortes, mais profundos, que existe dentro de nós.
A saudade é esse paradoxo: um silêncio que reverbera, que se faz ouvido, que grita por dentro, mas que não pode ser compartilhado completamente. Porque, às vezes, apenas quem sente entende a intensidade dessa falta, que é ao mesmo tempo doce e amarga, tranquila e turbulenta.
Saudade é o eco de algo que se foi, mas que jamais será esquecido. Ela grita no silêncio, nos lembrando de que o que foi vivido permanece, mesmo quando a presença se vai.
"Ausência do Bem"
Talvez seja simples enxergar o mal,
Na dor, na perda, no final fatal.
No amor quebrado, casamento arruinado,
Na sombra escura de um mundo desolado.
O que é o mal? Me pergunto em silêncio,
É mais que dor, é ausência de um alento.
Não é matéria, não tem forma ou cor,
É o eco vazio, o oposto do amor.
O mal é a ausência do bem,
Um vazio que nos prende também.
Escolhas livres, um risco que Deus deu,
A liberdade que o homem escolheu.
Agostinho sabia, Aquino também,
O mal é o caos quando falta o bem.
Não tem rosto, não tem mãos, nem chão,
É o fruto amargo da nossa decisão.
Deus sabia, mas nos deu a licença,
De errar, de cair, sem resistência.
Na liberdade, o bem se expõe,
Mas o mal também surge onde o amor não compõe.
O mal é a ausência do bem,
Um vazio que nos prende também.
Escolhas livres, um risco que Deus deu,
A liberdade que o homem escolheu.
É o desequilíbrio, a falta de luz,
A sombra que cresce quando o amor se reduz.
É a desordem, o afastar do Criador,
A porta aberta pra tudo que é dor.
O mal é a ausência do bem,
Um vazio que nos prende também.
Mas no amor há um caminho, uma razão,
Pra voltar ao que é santo, à nossa missão.
Escolhas livres, mas há redenção,
Na luz do Criador, a nova direção.
O mal não tem força onde o bem é total,
Voltemos à origem, ao amor essencial.
JMJ
**Poema da Ex Querida (ou não)**
Oh, minha ex, que saudade eu não sinto,
De cada briga e de cada labirinto.
Você dizia: "Eu sou sua fada encantada!"
Mas, no fundo, era uma bomba disfarçada.
Lembro das promessas, doces como mel,
E da conta de luz, que eu pagava por um céu.
"Vamos dividir tudo," você dizia com amor,
Mas o que sobrou pra mim foi só a dor!
A panela de pressão? Você levou.
O meu cachorro? Nem ele escapou.
Mas a TV ficou, ô, alegria!
Pelo menos posso maratonar na calmaria.
Agora eu rio, com um toque de humor,
Das suas manias e do seu fervor.
No fim das contas, aprendi uma lição:
Nem todo "eu te amo" é pra guardar no coração. 😄
Só saudades
Tô com saudade de você,
Faz falta não te ver.
Agora vivo devagar,
Porque sozinha, não me acostumei a andar .
É difícil respirar,
Sinto-me a falir,
Ao saber que te amar
É, principalmente, te ver partir.
Estou acabada por dentro,
E por fora, mais ainda,
Eu tô perdida no centro
Dessa loucura infinda.
Tô tentando sobreviver,
Mas não dá pra viver de choro.
Tô tentando esquecer,
Mas sua voz em mim faz coro.
Tô tentando,
Porque conseguir é impossível;
E amando,
Continuo sofrendo pelo inadmissível.
- Elinha Poetisa
SONETO DA SAUDADE - (soneto II)
Repete, no soneto saudoso, por mim, a versejar
O outrora, as histórias, os sentimentos amados
O vazio de uma solidão, por ti, a me espezinhar
As marcas do penar da dor no âmago gravados
Que possa o poema, do dilema plural, lembrar
Da sensação e da prosa, dos olhares intrigados
Do amor, ser amador e os encantos a acautelar
Todos, na impressão, recordação, enfileirados
Redigidos, tão só, pelo carinho e a docilidade
Cá no cerrado, sentado à beira dessa saudade
Própria de quem viveu a sedução da emoção
Aspiro à singeleza e a constância poder atingir
Ouvir, e narrar, qual sentido, esse meu existir
Poetizando a vós toda poética do meu coração!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro, 2021, 05’48” – Araguari, MG
SEMPRE VEM
A saudade do meu passado
Sem vaidades, nem tecnologia
Do lampião a gaz, do rádio de pilha
O que nunca faltava era alegria.
Saudades do amanhecer
Do cheiro de café coando
Do canto dos passarinhos
E do galo se adiantando.
Daquele cheiro de terra molhada
Dos passeios pela natureza
Chupar umbú no pé
Tudo era uma grandeza.
Sempre me pego nessa nostalgia
Não posso fugir de tão doce lembrança
Saudades do que não volta mais
Tempo bom de ser criança.
Irá Rodrigues.
Quero que você
escute a gente
batendo palmas
neste Bambá,
Não quero ficar com
a saudade que aqui está
APENAS
Que eu trove, somente, a minha saudade
Como se fosse o suspiro em mais um verso
A rima perdida na recordação, no disperso
Enfim, a sensação de liberdade e de vontade
Que eu liberte uma qualquer imaginação:
Olhares meigos e aquela aprazível alegria
Inspirada pra você, com a ventura luzidia
Inteira, pelos vários sentidos duma emoção
Que me tenhas teu, só teu, a todo momento
E seja o sentimento, a tua boca o meu alento
Ousadia, companhia e tão cheio de fantasia
E que, apenas, sinta, sussurre á minha prosa
Agrados, emoções, aquela ternura carinhosa
Na poética saudosa com porção de nostalgia.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 dezembro, 2021, 21’04” – Araguari, MG
ausência do querer
não quero ficar sozinho
mas também não quero estar com ninguém
não quero fazer as coisas que gostava de fazer
mas também não quero fazer coisas novas
não quero ser quem já fui
mas também não quero ser diferente
um sentimento cinza que me corrói
me faz não querer nada.
pois o sentimento que tenho são sempre a
Ansiedade do futuro
Angustia no presente
Tristeza do passado
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