Poemas de quem Deu um Fora
Apaguei todas as minhas lembranças...
joguei fora todas as histórias que vivi.
Decidi fazer grandes mudanças...
E comecei dentro de mim!
Maçã
Fora há lição melhor da minha experiência
Ou talvez o pior...
Agonia e acalento
Com tudo cega subi ao firmamento
Por nada fui perdida, pelas infernais descidas!
Desapareceu
E o meu desejo nem te lia
Ferve-me há mente
Eclode-me no sonhar
E dou te, gosto amargo
E me alimento
E todos os infernos conhecidos
Rogo-te boca maldita
Que tu és
Um doce fim para minha alma perdida...
Eu nunca me senti tão fora de mim quanto agora. Queria saber pra onde foi aquele espírito jovem, alegre, espontâneo. Juro que já tentei encontrar, porém acho que deve está nos escombros daquilo que já fui um dia.
Os olhos marejam, almejam, pelejam, esbravejam por algo que um dia pulsou radiantemente como um lindo nascer do sol.
Hoje, olho para trás e tento perceber quais caminhos percorri para chegar ao marco que me encontro. Não obtenho respostas, a não ser lutar e relutar com os monstros que pairam sobre uma mente coberta por um oásis criado por mim e para mim.
Enquanto durmo fora da caixinha, tento encontrar o espelho para eu me despir daquilo que ainda consigo, tento encontrar a porta que me levará a outra direção.
Percebo que a porta está fechada, e não conseguirei abri-la sozinho, a chave está comigo, mas preciso de um feitor para acabá-la para mim, para poder funcionar.
Enquanto durmo fora da caixinha, tento encontrar-me; está difícil, sei que está difícil, mas consigo.
Enquanto durmo fora da caixinha, tento descobrir que fase da minha vida estou a jogar, espero encontrar um coringa no meio deste jogo.
Enquanto durmo fora da caixinha, eu perco-me para me encontrar; eu encontro-me para poder me perder; eu acho-me para poder saber que reflexo de mim estou a olhar no espelho; eu sinto-me sem o prazer do toque.
Enquanto eu durmo fora da caixinha, eu me encontro, me renovo, me fortaleço, me entrego, me acho.
Queria devir, devir eu, devir a mim!
No ritmo da chuva
A chuva cai lá fora
pingos de água intermitentes
que envolvem transparentes,
o vidro da minha janela...
Arrebatadoras vão descendo,
molhando, vão acontecendo
caídas, rolando no chão
pequenas enxurradas de emoção...
Chuva que cai transbordante
molha a alma do poeta errante
que em lágrimas tende a escrever
o que da vida não pode conter...
Anjopoesia
No silêncio da alma
Lá fora o som da vida me convida a acordar,
A abrir os olhos para admirar a beleza que me cerca,
Ao pensar na beleza da vida, me vem você ao pensamento,
Simples como um piscar de olhos,
E complexo como universo,
Assim tento explicar para mim mesmo o que sinto,
Um mesclado de todas as coisas boas da vida,
Como se fosse à receita da felicidade eterna,
Felicidade essa que só poderei encontrar ao seu lado,
Companhia que aguardo ansioso a todo o momento,
Chega ser até involuntário, esse ato de pensar...
Que me leva mais além... Leva-me a sonhar,
Esses sonhos que são a rotinas para um apaixonado,
Destemido do medo do sofrer,
Encorajado pela verdadeira busca do amor,
Amor esse que vai além das traduções escritas...
Que só pode ser relatado pelas traduções sentidas,
Lá no fundo da alma,
Onde palavras não são bem-vindas,
Onde a maior declaração se diz calada,
No silêncio do coração,
Na profundidade dos olhares,
Na breve eternidade de um abraço,
Lá te espero todos os dias, momentos...
Tendo a certeza que um dia te encontrarei.
Essência
Prestes a entrar em erupção
Em chamas ardentes
Estou queimando!
Fora do compasso,
fora do ritmo;
totalmente entregue!
Não me prendo,
não pertenço,
não habito em nada.
Não sou de ninguém!
POEMA O VENTO LEVOU
Há chuva caia lá fora, eu olhando pela
janela, tinha tanto medo de molhar que o
tempo passou, a chuva cessou!
Com o vento ela toma outro rumo,
ou quem sabe foi molhar flores com
aroma diferente!
Despertando
algo avassalador!
Para ser feliz... e entender o que é amar.
De dentro para fora
é estar em paz consigo mesmo.
Viver sem culpas, se perdoar,
saber seu valor, do que é capaz,
orgulhar-se de si mesmo e se bastar para ser FELIZ.
De fora para dentro é
ter alguém ao lado,
alguém que te deixe completamente à vontade.
Alguém que sinta uma vontade absurda
de estar com você e "comprar" os seus sonhos,
por olharem juntos na mesma direção.
Alguém que leve tudo de ti para si, você inteira,
passado, presente e futuro,
malas, bagagens e "pacotinhos".
Que vocês possam rir juntos, ou não.
Pode ser que apenas ao se olharem,
num simples gesto de carinho se sintam plenos,
inteiros, completamente entregues um ao outro.
Que seja de verdade, maduro, porto seguro..
Que seja fiel, sagrado, pedacinho de céu, estrelado.
Que nada mais ao redor importe tanto,
porque a vida dentro e em torno de vocês
vai estar maravilhosa demais de se viver...
Você inteiro, ela inteira, se presenteando em reciprocidade,
por convicção, por vontade, afim de eternizar...
Assim será...
E então vocês vão perceber finalmente o que é AMAR...
AMOR FORA DAS LINHAS É POESIA
É preciso saber lidar com as vírgulas nos relacionamentos para conhecer o que é o amor. O amor pode estar no final do parágrafo e ser assunto de um texto inteiro. O amor faz do homem um grande escritor. Então, escreva, mas com amor.
A tua história de amor também é poesia, mas feita para rimar fora das linhas. Tua identidade singular nessa arte pode ser reconhecida pelo abraço que contagia, pela palavra usada com sabedoria, pelo sorriso que decora o rosto em perfeita harmonia, pelo olhar que também sorri e reflete a magia de um amor que nos toca a alma e, não inesperadamente, arrepia.
Vai escrever sua história de amor, poeta. Põe amor no teu caminho, pois de nada vale as melhores coisas da vida apenas entre linhas. Quem sabe assim, para o escritor que ainda não foi descoberto, surge o leitor(da vida) - aquele que valoriza o escritor tanto quanto a obra, que percebe o sentimento por traz de cada palavra, que por conhecer e admirar nos detalhes, quer se arriscar a escrever contigo uma história de amor fora das linhas. Isso é poesia, para quem sabe o valor do amor fora das linhas.
Vem, vê se não demora
Já consigo vê tudo lá fora
As tuas amoras
Ora
Já está dando a hora
Não chora
Estou indo embora
Ora
Não implora
Colabora
É chegada a hora
Ora
Não chora, ora
Ora, implora
Pede, pede agora
Ora
A chuva cai lá fora e aqui dentro me lembra vc.
Queria poder estar deitada no seu peito ouvindo o bater do seu coração e o cair da chuva
Queria poder me aquecer em seus braços enquanto o frio tenta me fazer arrepiar, mas é em vão
Queria sim estar arrepiada, mas do seu toque
Queria sentir o gosto do seu beijo que é mais doce como o mel
Queria ouvir o som do seu gemido meio rouco enquanto fazemos amor
Queria sua cama ou a minha bagunçada e o suor escorrer nas minhas costas enquanto vc passa as mãos p sentir o desejo que sinto por vc.
Queria não, eu quero ter todas essas sensações de volta...
PS: Te desejo
ERMA
23/04/2020
Bom dia raio de sol
Dessa vez o próprio
Que não vem de fora
Que vai longe e faz morada
De sentir só
De querer
De esperar
De ser seu
De ser meu
De deixar
Paz pra vir
Amor pra ir
Calor pra voltar
De brilhar pra si
Me encontrar enfim
E outra vez, tudo começar
Nada fora de nós deve nos superar, ou nos surpreender, pois nossas atitudes refletem somente o que conseguimos conhecer em nós. Com a maturidade aprende-se que é bobagem tentar punir quem não nos tem bem querer, pois tem pessoas que vivem em constante mediocridade, e pode levar tempo, mas a face escondida sempre se revela. E então você supera e não se importa, percebe que mágoas são insignificantes diante da magnitude da vida, e simplesmente enxerga que as razões das angústias e tristezas ficaram vazias porque você cresceu e evoluiu. Mudanças são inevitáveis, certas renúncias também, e muito da felicidade depende da humildade de saber conviver com pessoas adversas, e para tanto a paz da consciência é um frutífero caminho que nos dá equilíbrio para evitar o temor dos fantasmas dos erros. E quando plantamos paz conseguimos cultivar harmonia e, assim, os equilíbrios vão brotando em nossa mente mostrando bons sentidos para nossa vida, pois uma das lições que o equilíbrio nos mostra é saber conciliar extremos e aproximar paralelos. Apenas alcançamos harmonia e paz se formos capazes de buscar e manter o equilíbrio indispensável para nossas próprias transformações, e quando os sentidos se harmonizam e se equilibram dentro de nós, então a vida nos sorri desmedidanente. O que queremos como felicidade tem que contemplar harmonias e serenidades, para desenvolver uma consciência transformadora, com a finalidade de nos tornar capazes de engrandecer nossa espiritualidade, e assim desfrutarmos da paz da alma.
John Pablo de La Mancha
O filho vem.
O tempo passa.
Ele nasceu pro mundo —
do ventre pra fora,
de dentro do peito.
A vida pulsa na rua.
Preparar, educar,
deixar voar,
ensinando a abrir as asas
e a entender a direção do vento.
Todo filhote tem seu próprio destino.
Todo pai tem seus dias contados —
na vida e na tutela.
É tempo de deixar crescer.
É tempo de deixar que ele
faça seu próprio caminho.
Nas décadas de 1960 e 1970, as mulheres de classe média começaram a assumir funções fora do ambiente doméstico, adotando posturas mais proativas e executivas, em detrimento do tradicional papel de "pastora do lar".
Esse fenômeno resultou na terceirização dos cuidados infantis para babás, avós, televisão e, posteriormente, a Internet, comportamento singular ao ser humano. Simultaneamente, emergiu a figura dos "pais camaradas".
Lá fora passarão civilizações, escacharão revoltas, turbilhonarão festas, correrão mansos quotidianos povos.. E nós, ó meu amor irreal, teremos sempre o mesmo gesto inútil, a mesma existência falsa.
O que é que uma pessoa diz à outra? Fora “como vai?” Se desse a loucura da franqueza, que diriam as pessoas às outras?
Não se prenda a mim, não se limite, não pare de olhar para fora. Daqui a pouco vai ser muito tarde, eu sei que é assim porque eu sinto isso.