Poemas de quem Deu um Fora
Eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
eu preciso dizer que eu te amo
te ganhar ou perder sem engano
e eu preciso dizer que eu te amo tanto
e até o tempo passa arrastado
só pra eu ficar do teu lado...
eu já nem sei se eu tô misturando
eu perco o sono...
lembrando cada riso teu...
eu preciso dizer que
eu te amo, Tanto!
As tuas mãos grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
- como são belas as tuas mãos
pelo quanto lidaram, acariciavam ou fremiam da nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai, essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam nos braços da cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo.
como quem junta gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah! Como os fizestes, arder, fulgir, como o milagre de suas mãos!
E é ainda, a vida que transfigura as tuas mãos nodosas...
essa chama de vida - que transcende a própria vida
...e que os Anjos, um dia, chamarão de alma.
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida..
Horóscopo de mulher
O carácter é um pouco egoísta, independente, teimoso e autoritário (sobretudo para os inferiores sociais), se bem que estas qualidades sejam compensadas por qualidades sociais intensas e efusivas. Há uma acentuada ambição, sobretudo social, uma forte intuição das coisas práticas, e um grande poder de dominar, uma grande força de vontade e tenacidade. Isto apesar de ser fácil de zangar, impulsiva, tendente a ir até ao exagero em tudo, tanto que muitas vezes terá de se arrepender de actos impulsivos, cujas consequências nem sempre serão agradáveis. A excitabilidade nervosa é grande e deve sempre evitar coisas que a preocupem e tudo quanto possa incidir sobre os nervos, sobretudo as emoções muito fortes, que não tem a resistência precisa para suportar. Há uma certa propensão para a tristeza, que pode às vezes chegar até à melancolia, isto muito embora haja uma grande disposição para tudo quanto representa passatempo e diversões. Em todo o caso, há muita espontaneidade e sinceridade e uma grande impressionabilidade às coisas da vida social.
O espírito é engenhoso, imaginativo, sempre irrequieto, com facilidade em arranjar soluções para as dificuldades que lhe possam surgir, e é ao mesmo tempo preocupado e instável, sendo, porém, no fundo, intenso e violento em tudo. Há uma grande dose de subtileza e diplomacia feminina.
Todo homem safado um dia se torna um homem de verdade
para a mulher que ganhar seu coração.
Mas um homem covarde é sempre um homem covarde.
Simples como um fim de tarde
Foi esperando quase nada que um quase tudo apareceu. Simples como um fim de tarde. No começo era medo, incerteza, insegurança surgindo como relâmpago no céu. Depois, uma sensação de pertencimento, de paz, de alegria por encontrar um sentimento desconhecido, mas que fazia bem. Não teve espumante, holofote, tapete vermelho. Foi simples como um fim de tarde. Algum frio na barriga, interrogações deslizando pelas mãos suadas, uma urgência em saber se aquilo era ou não pra ser. É que um dia alguém nos ensina que quando é pra ser a gente sente. Eu sempre quis que fosse pra ser, mas nunca foi. Com isso, me distanciei de mim e das minhas crenças. Mas então, o que não tinha nada, nada pra ser, foi. E eu fiquei ali, perplexa, parada, estupefata, com medo de dar certo. Porque a gente tem um medo que nos mastiga lentamente. Um medo azedo, que deixa a boca adormecida, que cutuca insistentemente. Medo da felicidade. Medo de que um sonho aconteça. Medo de enfrentar nossos sentimentos que ainda não acordaram. Então, abri os olhos. Não era sonho. Eu vivi aquilo. Eu sobrevivi ao medo. Eu encontrei o que chamam de amor.
(Posso dividir uma coisa com você? Apesar de meio bobo, às vezes chato e outras tantas maluco, ele é simples como um fim de tarde.)
Você vai envelhecer
e talvez o tempo, este invejoso, queira riscar o teu rosto
e apagar um pouco do brilho
do sorriso teu.
Talvez você já não engate tantos olhares,
nem tantos suspiros quando passar por aí,
e talvez você se olhe no espelho
e sinta saudade dos dias de tua juventude,
mas não sinta...
Você continuará linda,
porque você não é apenas uma mulher muito linda,
você é uma pessoa muito linda!
E ainda que o destino fosse cruel,
e quisesse colocar uma sombra sobre teu olhar,
eu continuaria a olhar pra você
e a te dizer o quanto você é linda, sim,
linda assim,
linda pra mim.
Esta vida é um hospital onde cada doente está possuído pelo desejo de mudar de leito. Este gostaria de sofrer em frente a um aparelho de calefação, aquele outro crê que se curaria em frente à uma janela. Parece-me que estarei sempre bem lá onde não estou, e essa questão de mudança é um assunto que discuto sem cessar com minha alma.“Diga-me, minha alma, pobre alma resfriada, que pensarias de morar em Lisboa? Lá deve fazer calor e tu te regozijarias como um lagarto. Essa cidade fica à beira-mar, diz-se que foi construída com mármore e que o povo tem um tal ódio por vegetais que arranca todas as árvores. Eis uma paisagem segundo teu gosto; uma paisagem com a luz , o mineral e o líquido para refleti-los!” Minha alma não responde.
( ... ) Estaria morta a minha alma?
“Chegaste a este ponto de entorpecimento que não te alegras senão com teu próprio mal. Se é assim, fujamos, então, para os países que são as analogias da morte. Já sei o que devemos fazer, pobre alma! Nós faremos nossas malas para Tornéo. Iremos mais longe ainda, ao extremo fim do Báltico, ainda mais longe da vida, se é possível; nos instalaremos no pólo. Lá o sol não roça senão obliquamente a terra, e as lentes alternativas da luz e da noite suprimem a variedade e aumentam a monotonia, essa metade do nada. Lá nós poderemos tomar longos banhos de trevas, enquanto que para nos divertir as auroras boreais nos enviarão, de vez em quando, seus fachos róseos, como reflexos de fogos de artifício do inferno!” Enfim, minha alma explodiu e sabiamente gritou para mim: “Não importa onde! Não importa onde! Desde que seja fora desse mundo!”
Oh bela, gera a primavera
Aciona o teu condão
Oh bela, faz da besta fera
Um príncipe cristão
Recebe o teu poeta, oh bela
Abre teu coração
Abre teu coração
Ou eu arrombo a janela...
Oásis
“O que torna belo o deserto é que ele esconde um poço em algum lugar.”
(Saint-Exupéry)
Há dias em que nada parece dar certo,
já acordamos sem saber direito porque levantar,
a luta entre o nosso querer e o dever é enorme,
a fé se perde no desânimo, a dor se espalha,
e viver é como subir uma montanha com pouco ar,
cada passo é um peso, cada dia uma luta.
Ouve alma querida:
mesmo no deserto mais terrível existem oásis,
lugares onde as árvores crescem frondosas,
onde a água tão rara é abundante,
e os homens podem se refazer da longa jornada.
Por que na nossa vida seria diferente?
Não se fixe no problema, existem mil portas,
mil caminhos para buscar, mil lugares para conhecer,
milhares de pessoas para “reconhecer”,
novos amigos, novo amor, novos sabores,
descobrir “oásis”, novos poços, eis a sua missão,
sair da tristeza e da decepção e enfrentar o caminho.
Vem, vamos juntos nessa estrada,
que pode parecer deserta e seca,
mas logo ali, logo a frente,
um oásis te espera, para fazer uma festa,
transformar a sua vida em um jardim,
onde a mais bela flor, ainda é você.
XLVIII
Dois amantes ditosos fazem um só pão,
uma só gota de lua na erva,
deixam andando duas sombras que se reúnem,
deixam um só sol vazio numa cama.
De todas as verdades escolheram o dia:
não se ataram com fios senão com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras.
A ventura é uma torre transparente.
O ar, o vinho vão com os dois amantes,
a noite lhes oferta suas ditosas pétalas,
tem direito a todos os cravos.
Dois amantes felizes não tem fim nem morte,
nascem e morrem muitas vezes enquanto vivem,
tem da natureza a eternidade.
Ser é ser além do humano. Ser homem não dá certo, ser homem tem sido um constrangimento. O desconhecido nos aguarda, mas sinto que esse desconhecido é uma totalização e será a verdadeira humanização pela qual ansiamos. Estou falando da morte? não, da vida. Não é um estado de felicidade, é um estado de contato.
Ah, não penses que tudo isso me nauseia, acho inclusive tão chato que me torna impaciente. É que se parece com o paraíso, onde nem sequer posso imaginar o que eu faria, pois só posso me imaginar pensando e sentindo, dois atributos de se ser, e não consigo me imaginar apenas sendo, e prescindindo do resto. Apenas ser – isso me daria uma falta enorme do que fazer.
Ouvi dizer que você tá bem
Que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão
Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou, mas agora eu vou
Tentei falar mas você não soube ouvir tente admitir
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim
Ah, bem mais que a mim, mais que a mim
Ouvi dizer que você tá bem
Que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão"
O Amor e o Sábio Agricultor
O Amor é um sentimento caprichoso, por vezes impaciente e temperamental demais e, por ser assim, às vezes pode ser injusto com outros sentimentos que ainda não têm a mesma intensidade que ele possui.
Às vezes, num relacionamento, é comum que uma das pessoas acabe se ressentindo por perceber, em determinado momento, que o Amor que ela sente é semelhante a um Carvalho, belo, grande e forte, enquanto que o da outra pessoa mais parece uma muda de uma árvore pequena e frágil.
Nesta hora, um relacionamento pode entrar em crise, ou mesmo desmoronar, e isto faz pensar o quão imprudente, por vezes, pode ser o Amor.
Quem ama, algumas vezes precisa ter a sabedoria de um agricultor, que sabe que nenhuma planta cresce e dá frutos da noite para o dia. É preciso muitos cuidados, dedicação e a crença de que após determinado período, caso pragas e intempéries não assolem a plantação, será feita uma boa colheita.
Para isso, o agricultor entrega todas as suas energias à lavoura, e precisa estar preparado para combater até mesmo as pragas e as intempéries mais cruéis.
Agindo assim, o que acontece no final é motivo de festa e muita felicidade para o agricultor.
Isto mostra que não se deve abandonar um sentimento por ele parecer pequeno e frágil, mas dispensar-lhe melhores cuidados e preservando-o para que ele possa crescer e, um dia, tornar-se um Amor belo e forte.
Chego em casa
Encontro apenas seu perfume
Alimento certo, nutritivo para o ciúme
Um bilhete escrito com batom me diz assim:
"Entre um take e outro eu telefono, pense em mim"
Para me relaxar ligo a televisão
Mas que tolice a minha
Triste tentativa em vão
Ela me aparece com alguém que não sou eu
Vejo noutros braços tudo aquilo que é meu.
Vejam só vocês que foi que eu fiz
Fui me apaixonar por uma atriz.
Outra vez eu tento controlar meu coração
Mas meu controle é mais remoto
Que o que eu tenho em minha mão
Fecho os olhos, tento não pensar
Mas não consigo
Com ou sem controle
É sempre nela que eu me ligo.
Vejam só vocês que foi que eu fiz
Fui me apaixonar por uma atriz.
O telefone toca, ela me chama
Me lembra que me ama
Aquela voz macia
Diz que tem ciúme e quer saber
Se nela eu pensei
Durante todo o dia.
"A PLENITUDE DO AMOR"
Todo mundo é capaz de se lembrar de um momento, que é universal, comum a todos, talvez da primeira infância, no qual desejou amar a tudo e a todos - seu pai, sua mãe, seus irmãos, os maus, os bons, um cão, um gato, a grama - , e quis que todo mundo se sentisse bem, que todo mundo se sentisse feliz; mais ainda quando quis fazer algo de especial para que todos se sentisse felizes, que mesmo com seu sacrifício pessoal, mesmo dando sua vida para que todos pudessem se sentir felizes e alegres. Este sentimento é o Sentimento do Amor, e é preciso voltar a ele, pois ele é a vida de cada um de nós.
[ "Tudo que Você Faz deve Estar Pleno de AMOR" ]
“O filósofo das ruas estava se tornando mestre de um jovem da elite social. O jovem admirou o mendigo e o mendigo se encantou com o jovem. Começaram a ser amigos. Ambos viviam em mundos distintos, mas foram aproximados pela linguagem universal da sensibilidade e da arte de pensar. Uma fascinante história seria desenhada.”
(O futuro da Humanidade. - Página: 29)
Por um momento eu tive medo de perder o teu sorriso
E ver tornar-se opaco o que é sempre colorido...
E seguir a passos solitários e sem destino
Entoando sozinho uma leva de canções apaixonadas e tristes
Resistindo à força e a esmo neste mundo
Pela simples necessidade de ter que aprender a viver
Uma vida sem sonhos
Uma vida sem motivo...
Sucesso é ter um emprego, uma vida tranquila,
meia dúzia de amigos fiéis, um pouco de lazer,
algum estudo e a cabeça no lugar.
Sonhar é bom e saudável, ler revistas é uma delícia,
imaginar cenas de novela acontecendo conosco
é permitido e indolor, mas nada nos deixa mais
vulneráveis do que cruzar a fronteira do imaginário.
Do outro lado, ninguém sabe o que há.
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