Poemas de palavras
Um escritor se quiser, pode ser um bom ator. Não é tarefa difícil para ele simular um sentimento e convencer o público que de fato o sente.
Mas um ator, não basta somente querer para ser um bom escritor.
Afinal, o dom da expressão escrita, não costuma ser um produto muito abundante.
Que a poesia seja celebrada com bela musica e uma bela interpretação!
E o poeta escreve o que seja visto ou previsto,vivido com o tempo.
As frases brotam como as pingos das nuvens que desgruda ao cair no chão, como o momento que passa.
Tantas pessoas que passam e o tempo leva tão distantes o agora.
Que o tempo não leva tão longe meu presente para fora.
Nas poesias, os finais tão lindo que não seja só para rimar com o circulo do inicio da frase
Mas sim para ser real com vivido uma redonda vida do ser.
Inserir ar nos pulmões, inspirar o ar e saber que estamos assim vivos e tantas recordações que passam,passado agora.
Prelúdios necessita uma parada para escrever, Desfecho das palavras agora,bonita alegre comece nossa historia.
[...] foram dias
e dias...
rabiscando versos.
Palavras de amor...
Tentando uma poesia,
ou quem sabe,
uma melodia,
para te encantar.
Queria com meus versos
poder te conquistar.
Ainda não foi dessa vez,
que o amor em mim se fez...
Encantou-se tanto comigo.
Tanto...tanto!
Que estourou...
Talvez fosse apenas
um amor de sonhos.
De fantasias.
De bolha de sabão.
Preciso de versos
mais fortes...
que cheguem ao coração
daquele que se fará
eterno em mim!
O que são as palavras?
"O que são as palavras se realmente não sente o que diz? O que são as palavras se quando se mais necessita delas, elas faltam? O que são palavras se não forem brotadas do coração?"
Palavras
Palavras, todas são essenciais para a nossa vida, umas alegram e outras simplesmente destroem, umas palavras são leves e renovam a alma e enche o coração de esperança e amor, já outras palavras do mesmo jeito que se tornou amor em fração de segundos se desfaz...
Há palavras, palavras que devem e precisam ser ditas e outras que corroem a alma, palavras não devem ser jogadas ao vento, palavras que são jogadas ao vento o vento leva e desfaz com um segundo.
É preciso saber o momento, há um momento para tudo e há um momento para dizer determinadas palavras. Nunca jogue palavras ao vento, pois para quem acredita nelas elas podem vir a ferir e magoar um coração.
Um Oi!
Vou
apenas lhe
mandar um "oi",
para não te encher
de palavras.
Mas saiba,
que esse "oi",
significa:
_estou lembrando-me
de você.
Você vai estar em
meus pensamentos.
Sempre que eu estiver
acordada ou dormindo.
E lembra-se,
que esse "oi",
tem a força
do " eu te amo".
Porque é o que sinto
em relação a você,
nesse momento!
Bordoadas na vida
de equívocos presentes
atitudes iludistas
esperando ingenuamente
Tentando
insistindo
tanto, tanto
coexistindo
Olhos lacrimados
não enganavam mais ninguém
coração solitário
recordando um passado outrem
Palavras fáceis
conquistaram a carência
gestos irrefutáveis
admirável eloquência
O que foi real
onde se escondeu a integridade
mentir é tão bestial
de extrema inutilidade
Mas nessas linhas retas
a unica torta foi você
vou seguindo sem indiretas
pois sei que essas agridoces palavras
irá enfim entender
LOUVADO NÓ
Louvado seja o meu tormento
Ao remo livre atado onde ardia
Deste meu cansado sofrimento
Que se instala na parede já seca
Do coração sem brigo, sem fluxo
Inverno deixado no tempo manso
De um ser vivo em triste espanto
Procissão de uma qualquer solidão
Paciência, sentimento de mal-estar
Na incerteza, do viver das esperas
O calendário na esperada primavera
Chuva onde húmida cai em cada dia
E chega, a tua voz parte o silêncio
Chove amor nos meus pensamentos
Neblina perturbada da tua ausência
Pobre asseio de uma alma abandonada
Desata o nó da voz muda, marcada
Gotas, choro das pálpebras fechadas
Louvado seja este doloroso tormento
Deste meu cansado triste sofrimento.
SONHO MAL LIDO
Apenas um sonho voa mais alto
Numa viagem talvez inesquecível
Que sempre desfruta o sentimento
Talvez no suave sussurro da alma
Gostaria de ser um bom poeta, mas
Não tenho argumentos para a escrita
Muito menos o sabor ou a sabedoria
A vida é uma maré de pontos, vírgulas
Letras minúsculas, maiúsculas de dor
Sei que a vida é bela, é repleta de voos
Mas a palavra morre na amarga solidão
Entre a degustação da ruína em decepção
A escrita reaparece invisível sobre a folha
De uma história mal amada, mal contada
Mal lida, mal escrita sem alma, sem corpo
Um presente na ausência de um belo sonho.
PERDA
- A solidão quanto é...
Sofrida, vivida, sentida
Por nós próprios permite
Que toda a roupa que seja
- Engomada por nós esteja
Vazia do nada ela apodera-se
- Do coração da nossa alma
A solidão acompanha-nos
- Na vida ela é muda, surda, cega
Em forma de roupa suja de cor
- Mas trás um vestido negro de cetim.
AH!! PALAVRAS!!..
Como nuvens tempestuosas tem o poder de formar até um tornado de destruição,quando ditas nas más intenções da alma...
Só tem o sabor doce quando as verdadeiras se formam no coração antes de serem sopradas em direção de outros corações.....
A confiança nasce
e cresce de pequenos detalhes:
Da gentileza nas palavras;
De cumprir o que se promete...
De viver dentro da verdade.
✿•*•*✿ LOVE
A minha dor é infinita
Quando me recordo de ti
Sinto ainda com muita saudade
O sabor dos teus lábios
Ao encontro dos meus
Da forma como as ondas do mar
Rompem com força a tua pálida nudez.
CORPO DE UM POEMA
Sente o gosto, o aroma da canela
É como percorrer um poema
Onde cada sílaba, é uma sílaba
No aroma de alecrim quando te toco
Quero-te no gosto da lavanda
E mordo-te como uma manga suculenta
Desejando-te, amando o teu poema
Quando me prendes a ti em desejos
Sente o gosto perfumado dos oregãos
São como as palavras que abrem amor
É como percorrer um lindo poema
O teu corpo, percorrendo o meu com as tuas mãos
Elas são as carícias que crescem no sabor
Quando tocam o meu rosto de romãs vermelhas
Preenchem o teu corpo, que pulsa em mim
Sente o aroma da fruta fresca do pomar
São os versos feitos que tocam a nossa carne
Envolve-me e toca-me nos meus seios
São como se tratasse de figos suculentos maduros
Que amam e ganham vida na alma, no corpo
A tua boca sabe a morangos com chocolate
De beijos suculentos de mim em ti, para ti
Sente o perfume do açafrão das índias
É como escrever todas as palavras de amor
Sente o meu corpo à procura do teu
Arranca do meu corpo, todo o meu desejo
Que sente na água de coco fresca
Para que sintas que o meu poema é teu
Sentes amor como te percorro o corpo num poema.
TRANSPARENTE
Andamos talvez a morder as palavras
No dia a dia, desfeito tédio das noites
Em tempestades particulares já nossas
Grito nos escombros em verdes sulcos
Ramos inclinados escondidos esticados
De joelhos sozinha, parece já assustador
Banho solitário no toque suave do vento
A harmonia dorme o pensamento abatido
Deleito-me nas palavras, escritas na pele
Procurando um abrigo para a minha solidão
Desnudo-me no meu intenso sentimento
Zelando o mar repleto de muitas emoções
De um ser que vive na felicidade do amor
Andamos a morder as palavras no dia a dia
Sentimento tão transparente aos teus olhos
Tu consegues desnudar-me o corpo, a alma.╰☆╮
Em meus escritos, tens você.
Pois, sem você,
as palavras não encaixariam,
a concordância não teria furos,
amar seria vago.
Escrevo para ti que és a razão de tudo.
FRÁGIL CORPO
Apesar da nossa morte em ruínas
No peito acabou a ilusão na exaltação
Onde o meu frágil corpo ficou vazio
Preciso voltar escrever um poema
Antes que a noite escura chegue
E me faça um relatório de todas
As recordações que guardo na mente
Antes que o sono da morte cale para
Sempre a minha boca e meu meigo olhar
Preciso escrever o poema da minha vida
Antes que seja tarde e que a escuridão chegue
E que a morte venha e o meu corpo fique frio.
ÁGUIA NO PARQUE
A águia prossegue o seu voo
Exibe os seus braços esfacelados
Voa entre a nossa Bandeira no parque
Gira em círculos, no seu espaço
Com agitação da dor entre as asas
Voa entre as arvores do parque
Eduardo Sétimo na cidade de Lisboa
Lentamente volta para o ninho
Danificado pelo bicho homem
O aroma intenso no parque no verão
Que esta a morrer, as horas a encolher
Sente-se já frio nos pés, como as folhas
Secas no chão os sentimentos congelam
De tanta nostalgia, nas memórias de infância
A águia voa, como é bom, olhar para ela
Navega através das nuvens, das arvores
No encanto dos meus cabelos brancos
Num declínio infeliz dos meus olhos
Já se sente o aroma das castanhas
Das florestas, dos nossos castanheiros
De repente senti-me num pomar
Cheias de belas maçãs de varias as cores
O tempo é interrompido pela nossa calçada
A Portuguesa adornada com musgo
Os dias passam, as estações do ano também
Permanecendo as memórias no vento
Do voo da águia ferida pelo bicho homem
No parque Eduardo Sétimo em Lisboa.
TEIA DO DESTINO
Já enfrentei o meu sol talvez divino
Olhar sagrado onde o corpo arde
Despida com o tempo que cansa
O sino que vem desta pobre alma
Onde o vento leva no ar as cortinas
Rasga as paredes como teia do destino
Por temor impede que brote o sangue
Envolto nas chamas de um belo sonho
Perdi o rastro de alguém que cortasse
Desatasse o orgulho de um ser covarde
Com muita sutileza desarma o coração
Dessa nudez que o cego não vê e teme
Sobre uma estante de medos de sangue
Que se revela ao toque do sino da igreja
Pecado de um passado aparece mais forte
Invencível teia em qualquer época do ano.
VERBOS
Os sentidos verbos escondiam-se entre a erva
Espessa, alta, fresca e verde, do nosso jardim
As pétalas das rosas brancas escondiam-se entre
As letras das palavras da velha escondida casa
Os pontos escondiam-se entre as vírgulas dadas
Pelas gotas da chuva que já caiam intensamente
Os porquês, escondiam-se entre perguntas feitas
Pelas crianças de tão inocentes que ainda eram.
