Poemas de Menina Linda
Amor de Menina
O amor parecia
Brotar nos olhos da menina
E o clarão da noite iluminava
Seu corpo, sua fantasia
Mas a verdade
É que ela escondia
No rosto um desgosto
Que o tempo não conseguiu apagar
E o amor que então
Se revelava
No seu peito não cabia
Era pura utopia
No seu sonho de menina
Em meio a melodia
ADOLESCENDO
A menina de vestido estampado
Saltava na calçada como se pulasse estrelas,
Apontava o firmamento como se pudesse tê-las
E a saia se erguia, mostrando a intimidade
Dos seus quinze anos...
Danos em mim,
Amarelinhas nunca mexeu comigo assim...
Porque as alças também lhe caiam
Mostrando a adolescência adolescendo nos seus seios...
A menina de vestido estampado
Saltava na calçada como se pulasse estrelas
Apontava o firmamento como se pudesse tê-las...
E ela podia...
quando a luz de meus olhos se esvai com o passar do tempo
um sorriso de menina esta retido em minha mente
o meu reflexo em um olhar azul
como um anjo
suas palavras e sorrisos tatuados em minha alma
as folhas que juntamos em outonos passados
estão guardadas no livro velho com cheiro de madeira
nossas tardes desenhando nas nuvens , o algodão doce
com a cor dos seus olhos
mesmo passadas tantas estações
tudo continua aqui
posso sentir o sabor dos seus doces lábios avermelhados
eu queria ter um espelho e nele poder mergulhar
sem hora pra voltar , e dançar com você mais uma vez
com os pés descalços na chuva
poder mais uma vez ouvi-la cantar ao som do meu velho violão
as cartas e bilhetes , os lírios e o milho verde
nossas individualidades
o chocolate e a pipoca
nunca mais provei
o violão com cordas enferrujadas
no canto da sala
mesmo em silencio
ouço o canto da saudade
hoje meu nome se confunde
com o vazio que a
sei o que o girassol
sente em dias de chuva
meus olhos cinzas
não deferem o azul do amarelo
a vida se tornou
um rabisco abstrato incompleto e sem forma alguma
as letras aos poucos me abandonam..
a musica , o desenho no vidro , o chinelo velho
marcas em uma memoria cinza
de outonos passados
melodias tristes, sons e cores
tatuadas em um céu descolorido
tudo mudou com o passar dos tempos
e as dores ainda permanecem latentes
aos poucos a vivacidade abandona o castanho olhar
a fumaça substitui o respirar
a luz dos olhos dão lugar tenras a ilusões..
anestesia a dor que é retida na alma
o som do piano já não é mais tão belo..
nem o amarelo vivido de um girassol
o cheiro do milho cozido
o algodão doce azul
o sorriso espontâneo
tudo se foi..
no fim você já não sabe diferenciar os sons
as cores.. O mais grave do agudo
os sentimentos
apenas trago em mim as lembranças de um amor
juvenil
Naftalina
Vestiu-se cheirosa de naftalina
No âmago um sonho dos tempos de menina.
No toca fitas o som da ilusão
Um gosto frio de café.
Um ruído sem refrão
Cheiro mofado de cabaré.
Uma algazarra de todo lado
Lábios duplos avermelhados
Fumos da sala pelo ar espalhado.
No armário suas nove horas.
Uma voz bêbada e um trocadilho hilário.
Teve o remorso corroendo
Frustrou o sonho de ser amada
Suicidou-se tanto
Que acabou morrendo.
Um pedido
Ah, te peço
Não me deixe tão só
Sou menina
Me dê a tua mão
Viajo no teu espaço
Vivo no teu seio
Respiro no teu ar
Sem ti...sou meio
Ah, te peço
Não me deixe tão só
Um só (teu) sorriso me basta
Não desfaça os meus sonhos
Basta um (teu ) estalar de dedos
Para que meu sorriso aflore
E o meu dia mergulhe
Na claridão do sol
Ah, te peço
Só um oi, mais nada
Para que eu saiba que pensas em mim
E que nem tudo teve fim
Te esquecer é impossível
Viver sem ti, um suplício
Te ver e te saber com um outro amor
É arder no inferno sem morrer
Ah, te peço
Só um pouco de carinho
Para que eu possa sobreviver
Mesmo sabendo que nunca terei...você
sabe aquela menina,
aquela que colhia rosas no jardim
que as regava e as observava crescer...
sabe aquela menina que se machucavam com os espinhos mais nem mesmo por isso deixava de admirar as rosas.
sabe aquela menina que não parecia sentir as feridas que as rosas faziam...
ela parou que regalas..
desistiu de observá-las...
desistiu de tocá-las...
ela simplesmente desistiu de tentar.
todos admiravam o fato de ela sempre esta lá..
todos os dias observando e cuidado das rosas.
mais não sabiam que ela estava ali esperando algo..
não sabia qual era o objetivo daquela meiga menina..
ela acredita em algo imaginável...
ela acreditava que a rosa um dia deixaria de ter espinho...
ela acreditava que alguém teria feito algum mal as rosas..
e que por isso as rosas criaram espinhos para se defender de pessoas más..
a pobre menina acreditava que ao cuidar das rosas e estar sempre ao lado delas faria com que elas recolhessem os espinhos e entendessem que a pobre menina queria apenas ser amiga delas...
pobre menina não sabia que rosas não tem sentimentos..
não sabia que rosas são simplesmente rosas..
por não saber ela desistiu de cuidar delas.
e elas morreram...
quando a menina cresceu descobriu que não adianta tentar mudar a natureza, pois tudo que é belo machuca...
e tudo que machuca se torna belo, quando termina num final feliz!
Menina morena que sorte a minha em te admirar.
Passeio meus olhos por tua beleza, cabelos e curvas a me encantar.
Uma dia menina, ainda me venço, e nem que por um breve momento vou me declarar.
Direi da tua boca que me provoca em sonhos, do cheiro tão doce da tua pele de jambo a me hipnotizar.
Se mesmo assim não te conquistar, menina morena, passo vergonha, passo desejo, só não passo um dia sem te desejar.
(Menina Morena)
Cheia de manias
Toda dengosa
Menina bonita
Sabe que é gostosa
Com esse seu jeito
Faz o que quer de mim
Domina o meu coração
Eu fico sem saber o que fazer
Quero te deixar
Você não quer
A menina e o Chico
Menina bonita vestida.
De roupa de caçuá.
Mirando o rio que desce,
Chegando onde deve chega.
O tempo já não falta.
A pressa já se acaba.
E; deixa no velho Chico,
a lagrima que ficou.
De retorno as naturezas,
As águas se fazem iguais.
De tanto chorar o Sertão,
agora elas molham bem mais.
Marcos fereS
Mas nem esse mundo tão grande continha essa menina
Ela era grande demais para caber nele
Só tua alma ocupava metade da terra
E o resto de seu corpo ocupava a área tropical
E seu coração era do tamanho do universo
É de você chegar perto
E sentir sua energia e afeto
Ela era assim
E se sentia livre.
Não perca essa menina
Que carrega nos lábios de flor
No peito ainda inocente
Que não descobriu o amor
Medo?
Eu tenho poucos.
Tipo da menina do exorcista, de faca, de saci, de morto, de fantasma , de altura, de não ser o que sou hoje.
Pois sou o que eu deveria ser.
Feliz, chato, bravo, sonhador, amigo, pai, neto, sobrinho e irmão.
Sou também amigo daqueles que me oferecem sinceridade.
Sou pobre na parte financeira ou classificado como classe "C".
Digo o que penso.
Vivo cada dia pensando no que posso ser.
Vivo sendo o que sou em plenitude.
Fui adulto quando podia ser criança.
Sou criança agora e desejaria não ser adulto nesse momento.
Me encanta em uma mulher é o seu sorriso de criança, o brilho dos seus olhos, seu rosto de menina. Gosto daquelas não produzidas, tem quer ser original, usar calça jeans, camiseta rasgada, brincar descalça, correr na chuva.
Lindo mesmo é mulher sem pinturas, cabelos molhados, olhar de sapeca, sorriso fácil, que fala baixinho e adora beijinhos.
Gosto daquelas que nasceram estrelas e sabem brilhar, cantam, dançam,espalham ternura, choram, abraçam, mesmo com dor, espalham amor.
Mas para mim a mulher ideal é aquela que lê ou escreve um poema com uma lágrima nos olhos no final!
Sergio Fornasari
A arte de declamar, a arte de recitar que embalava os doces devaneios de uma menina, não esmaecera com o tempo, apenas adormecera em profundo sono, num tempo rude que suga a vida e que dela rouba a alma. Não pudera o tempo ido desencantar-lhe, nem as mazelas lhe findaram o que tinha no íntimo. Na insustentável sofreguidão do ser, busca incansável a sua maneira de ser, a sua maneira de estar no mundo, em consonância com sua essência.
Lembra-me com saudade, subir ao palco e cheia de graça e uma incontida emoção, desfilando em versos a mais pura forma de homenagear, que fazia inundar de lágrimas os olhos daqueles que viam naquela arte, a mais pura forma de demonstrar amor.
E a menina cresceu e lá se vão muitos anos passados. Não mais subiu em palcos e nem sequer mais recitou, mas lá estava ainda adormecido o gosto bom de gostar, de ver estampado em versos, na expressão da poesia, as inquietudes, anseios, amores, paixões, alegrias e tristezas do ser.
Quanto mudou o mundo, quanto as pessoas se distanciaram, quanta modernidade. O mundo que era real destoa da realidade. Não mais se encantam com a poesia, quanto outrora, com a mesma fidelidade de sentir a intensidade dos sentimentos. Mas a menina de outrora ainda se emociona ao ver que ainda sobraram aqueles que não sucumbiram ao tempo. Ainda se emociona quando no mundo virtual ou real, depara-se com as poesias que povoaram a sua alma e sua mente na infância.
Oi menina, estou aqui mais uma vez pra te perguntar:
cadê o sinal de fumaça? está ficando tarde, menina...
Será que vc se perdeu no caminho?
Será que não sabe ou não quer encontrar o caminho de volta?O brilho está se esvaindo...
O nosso mundo está escurecendo
No calor de meu cobertor
Escrevo palavras de amor
Pra uma menina que nao conheci
E quando uma amiga paracecer aqui
Nao sera o menor dos problemas
Por trocaremos poemas
E se isso acontecer
Uma certeza vou ter
Que no conforto do cobertor
Vou escrever deveras juras de amor
Era uma vez uma menina. Ela tinha sonhos, e os sonhos a tinham.
Às vezes, ela vivia sonhando, e esquecia da realidade.
Às vezes, vivia a realidade, e então esquecia dos sonhos...
Como transformar os sonhos em realidade?
O caminho sempre é esse,
mas às vezes nos perdemos do caminho...
nos perdemos em nós mesmos.
Sempre buscando algo que não sabemos direito o que é.
Se os sonhos são a realidade, já não são sonhos...
Onde entra a felicidade nisso tudo, então?
Pois é, hoje talvez eu tenha encontrado a resposta.
A felicidade não está no sonho
nem no sonhar
nem na realidade sonhada e alcançada, que vem depois.
Mas está no caminho,
nas lutas diárias
no tentar
nos esforços
na esperança
na fé em si mesmo
no simples ato de caminhar procurando chegar sempre em algum lugar
e depois em outro, e em outro...
está no movimento
na perseverança
em vencer os desafios e as dificuldades
no empenho, que faz você se sentir vivo
que torna a sua existência importante.
E quando você alcança, ah...
esse momento é simplesmente o ápice da felicidade.
Mas não é a felicidade em si.
Pois aí, a felicidade já se tornou a realidade.
Mais importante que ter um sonho,
é ter a coragem necessária para deixar de somente sonhar
é ter coragem de enfrentar não só o mundo todo
mas principalmente você mesmo, que é o primeiro que diz que não,
o primeiro que diz pra si mesmo: nunca.
No fim das contas,
a felicidade é simplesmente uma questão
sua, com você mesmo.
Como disse Platão:
"Vencer a si próprio é a maior das vitórias".
AMANTES DO LILÁS
Um corpo, uma falsidade tua!
O grito! O clamor sem piedade.
Alma menina, tuas inverdades,
despida, não sou mulher, nem sua.
Uma sombra, inseguro segredo.
Mundo diferente! De onde venho,
impossibilita-me o amor que tenho.
Incompreendido, a fúria, meu medo.
Pobre de mim! Pobre de nós,
Sou eu? Nem mesmo sei se sou.
Uma alma menina, corpo errado.
Olho-me no espelho e não me vejo
a vastidão de meus segredos, fugas.
Sou mais eu! Sou amada, sou lilás.
Poema do livro, "Amantes do Lilás"
Autor: Marcos Maluly
Em breve lançamento!