Poemas de Memória
“eu tenho uma memória recorrente. Meu cabelo balançando com o vento. Ele pilotando. Eu na garupa, segurando forte a sua cintura como se ele fosse o meu porto seguro. Meus olhos fechados. O pôr do sol, a brisa fria, os capacetes de lente escura e a paisagem que passava como um filme de curta metragem. Meu cabelo balançando com o vento. Jack pilotando a moto.”
A felicidade é o seu estado natural de Ser.Não é um destino a ser alcançado, é uma memória à ser ativada.
Escrevemos as nossas vitórias na memória dos que ficam, mas, partem conosco, as alegrias de uma dor não partilhada com o mundo que nos julga e que nos condena sem contraditório.
Vergarmos-nos perante a memória dos mártires desta terra que hoje conhecemos, como descolonizada e independente, configura um dever patriótico de todos os angolanos.
a gente se apega aos bons momentos porque eles nunca mudam em nossa memória. o contrário das pessoas.
a saudade é compassiva e ruim de memória: ela não quer saber se o outro ainda pensa em você ou se as mágoas ainda ressaem.ela não quer saber da última briga ou se o outro não liga.ela só faz o trabalho de sentir tudo em silêncio, sem esperar nada em troca.
Pelas ruelas de minha cidade, a memória quando criança. Vêm um furacão na mente, recordando boas lembranças. Retomo ao meu passado, em Sobral com seus sobrados. Um jovial mundo da esperança.
Quando temos informações enraizadas em nosso cérebro pela memória, fortalecidas através da repetição e da afetividade, tendemos a ver o mundo dentro desse prisma.
A memória é um demagogo: não nos deixa escolher o que vemos; alimenta-se da tentação de fazermos menos do que não fomos.
Trazer na memória e no coração as lembranças daqueles que amamos é a forma de tê-los sempre presentes.
O passado define o que você foi e o que você terá guardado na memória. Não precisa ser um definidor de caráter, valores e configuração mental eterno. Ainda que eu pudesse apontar mudanças, você não entenderia a complexidade do que somos.
