Poemas de Mario Quintana sobre Maes
Depois de lançada, a flexa do tempo não volta, não faz
curva e nem desacelera. Aproveite o hoje e planeje o amanhã, o
tempo inevitavelmente passará.
Afinal de contas quanto tempo nós temos e quanto
tempo nos resta? Nada disso importa, somos eternos enquanto
duramos. Não tínhamos noção da nossa não existência antes
de nascermos e não teremos essa mesma percepção depois de
morrermos. Somos feitos de eternidades passageiras...
“Algumas pessoas te odeiam porque você
consegue fazer algo que elas adorariam fazer,
mas não conseguem. Algumas pessoas te amam
pelo mesmo motivo.”
A alegria é um descanso entre duras tristezas. Posso
estar triste e mesmo assim ser feliz num contexto maior. A fe-
licidade está para a alegria como o amor está para a paixão. A
paixão é passageira, já o amor é duradouro.
A hora certa
Antes de tocar no assunto do título eu quero contar uma história para vocês, acredito que muitos viveram essa situação ou conhecem alguém que já viveu. Você é criança ou adolescente, as aulas estão para começar e você compra um caderno, um caderno bonito de algum personagem ou tema que você aprecia.
Ao abrir o caderno se depara com uma folha cheia de adesivos, adesivos bonitos dos mais variados tamanhos e formas, mas, curiosamente não usa nenhum de imediato, ainda vai esperar o momento certo para usar.
Dias se passam, semanas e até meses e nenhum adesivo foi usado, a hora certa nunca chegou, a situação ideal nunca se apresentou. O ano letivo termina e você não usou um único adesivo, ou se usou foram poucos.
Você já deve ter se tocado que esse papo não é sobre cadernos ou adesivos, mas sobre a mania que temos de esperar o momento certo para fazer algo que queremos muito, seja uma viagem, um curso na faculdade ou uma grande outra decisão na nossa vida, o momento ideal nunca chegará. Não adianta esperar que os planetas se alinhem, os astros, as estrelas, o momento certo não existe. Sabendo disso apenas comece, as coisas irão se desdobrar, a situação vai se modificar e você faz o que deveria ter feito mesmo sendo o “momento errado”.
Teus lábios são o néctar
em que me perco
vida abaixo...
na busca pelo naufrágio
me entregando ao desejo
teus lábios são as fontes
em que enfio meus sonhos
meus pudores...
no deleite dos licores
me entregando a lampejos
teus lábio são pitadas exatas
em que enfio meu coração
minha felicidade...
na busca pela cumplicidade
me entregando a cortejos
teus lábios são o brilho da manhã
em que me entrego
por inteiro
no encontro de teus beijos aventureiros
me entregando a gracejos
Mario de Almeida
o poeta castanhalense
ah! Se tu viesse me encontrar agorinha,
nessa hora, a tardinha, onde o sol se põe
e a noite estrelada de lua se avizinha
seria um sonho, que contrapõe, os sentimentos
ah! quando lembro do fogo dos teus beijos
da tua boca com desejos das noites quentes
do teu toque suava, saliente
fico inerte a contemplar da tua pele os lampejos
ah! se tu viesse despida, e solta
e num ato de amor, dar-me um beijo
fazendo meu mundo sorrir
e como o sol, eu tocaria a tua boca
enquanto em teu céu corre desejos
os meu braços querem ti...
Mario de Almeida
o poeta castanhalense
Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual. Mas sim um alívio. Como quem se livra de vez em quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando assim mais próximo da natureza, mais por dentro da vida. Porque as máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.
A tarde é uma tartaruga com o casco pardacento de poeira, a arrastar-se interminavelmente. Os ponteiros estão esperando por ela. Eu só queria saber quem foi que disse que a vida é curta...
Mas se a vida é tão curta como dizes
por que é que me estás lendo até agora?
As religiões cresceram entre os humildes porque aqueles que estavam por cima já se julgavam no paraíso.
Velhice é quando um dia as moças começam a nos tratar com respeito e os rapazes sem respeito nenhum.
Há dois sinais de envelhecimento. O primeiro é desprezar os jovens. O outro é quando a gente começa a adulá-los.
Deve ser o fio de vida que vai unindo, pedaço a pedaço, essa colcha de retalhos que é a história do mundo.
O mais espantoso nos velhos é a sua falta de pressa, como se eles dispusessem de todo o tempo que teriam os moços se não tivessem tanta pressa.
Só o poeta é que tem de lidar com a ingrata linguagem alheia...
A impura linguagem dos homens!
Eles ergueram a Torre de Babel para escalar o Céu. Mas Deus não estava lá! Estava ali mesmo, entre eles, ajudando a construir a torre.
O homem é um bicho que arreganha os dentes sem necessidade, isto é, quando nos sorri.
Se alguém acha que estás escrevendo muito bem, desconfia… O crime perfeito não deixa vestígios.
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