Poemas de Mario Quintana sobre Maes

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Nada devemos fazer que não seja razoável; mas nada também de fazermos todas as coisas que o são.

A vida, quando é miserável, custa a suportar; se é feliz, é horrível perdê-la. Uma coisa equivale à outra.

Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

Nas revoluções dos povos a insignificância é a maior garantia de segurança pessoal.

Um versificador não considera ninguém digno de ser juiz dos seus versos; se alguém não faz versos, não sabe nada do assunto; se faz, é seu rival.

O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.

Os escolares preocupam-se em segredo com o mesmo que preocupa as raparigas nos internatos; faça-se o que se fizer, elas falarão sempre do amor, aqueles das mulheres.

Censuram-se severamente defeitos à virtude, ao passo que se não poupa indulgência para as qualidades do vício.

O mistério em que envolvemos os nossos desígnios revela muitas vezes mais fraqueza do que discrição, e com frequência prejudica-nos mais.

Quando um pensamento é fraco demais para vestir uma expressão simples, isso é o sinal para rejeitá-lo.

O remorso é no moral o que a dor é no físico da nossa individualidade: advertência de desordens que se devem reparar.

A opinião pública é sempre respeitável, não pelo seu racionalismo, mas pela sua omnipotência muscular.

A democracia é como a tesoura do jardineiro, que decota para igualar; a mediocridade é o seu elemento.

É verdade que, por vezes, os militares, exagerando da impotência relativa da inteligência, descuram servir-se dela.

Se a vida é um mal, por que tememos morrer; e se um bem, por que a abreviamos com os nossos vícios?

Há muitas ocasiões em que os ricos e poderosos invejam a condição dos pobres e insignificantes.

A maior parte dos desgostos só chegam tão depressa porque nós fazemos metade do caminho.

A maior parte dos males e misérias dos homens provêm, não da falta de liberdade, mas do seu abuso e demasia.

Os bens que a ambição promete são como os do amor, melhores imaginados que conseguidos.

Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.