Poemas de Mario Quintana sobre Maes
ALUCINAÇÃO (soneto)
Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te
Meu coração anda nu por te querer
Minh'alma te tens na razão pra valer
Pois, tu és no meu soneto dor e arte
Os meus olhos alucinam sem te ver
Nada vejo e, estás em qualquer parte
Nos meus desejos tornas-te encarte
De uma repetida narrativa, sem ser
A saudade faz loucuras que reparte
A alucinação de um mesmo sofrer
Pois tudo passa, e nada é descarte
E nestes rastros, sois o meu render
Frágil e também tão forte, dessarte!
Que me tem vivo neste túrbido viver...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
SONETO DO ENCONTRO
De repente ali, eu e tu, numa colisão 
O coração disparado tal doce jornada
Os olhos então calados, a mão suada
E o peito sussurrando toda a emoção
Aí uma voz fez saber da tua chegada
E neste silêncio seco, uma explosão
De um olá! Então me vi num turbilhão 
Pouco se fez o tempo, na veloz toada
Busquei descerrar minh'alma fechada
Para devorar-te numa franca devoção
Tal qual a paixão no cerne encarnada
E então neste soneto a minha canção
Pra celebrar a quimera aqui cantada
De amor, que é possível, que é razão...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
SONETO DA PAIXÃO 
Há que bom seria, poder tocar-te
Enrolar as minhas mãos no carinho
Entrelaçar o meu olhar no teu linho
Das carícias, assim, então amar-te
Há se eu pudesse trilhar o caminho
Dos sonhos que te fazem à parte
Dos ardentes desejos, ó doce arte
Bebida no afago, em taça de vinho
Onde andas tu ó cálida paixão baluarte
Venha e da solidão arranque o espinho
No vitral do sentimento és estandarte
Te quero no peito, coração, no verde ninho
Te espero no tempo que a demora reparte
Qualquer hora, não seja tarde, aqui sozinho!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
Desvia-te teus olhos dos lugares
Onde pode enxergar,
Eleva-te teu espírito para que
O vento possa te tocar,
Alimenta-te o teu vazio de sentimentos 
que possa te salvar,
Liberta-te da terrível escuridão
Que imunda este lugar,
Blinda-te o teu valor, 
que o próximo Irá implorar 
o teu amar.
FIM DA VOLTA (soneto)
E pelo cerrado eu fui, prosseguia
No coração só saudades e medo
No olhar lembranças em segredo
O vento pálido em prece reluzia
Longínquo o horizonte, romaria
Espesso e truncado o arvoredo
Rasteiro, estava mudo e quedo
Nenhum pio ao derredor ouvia
Parca aragem, alma em degredo
Ferindo-me no silêncio aí eu ia
No peito a dor velava o enredo
Fim da volta, para ti eu partia
As mãos tomando-me um aedo
Tive que aprender nova alegria...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
SONETO DO CORAÇÃO
Ah, coração de sentimento involuntário
Pulsa avido quando quer e, bate forte
Se otário, apenas ingênuo num importe
És continuamente um aprendiz estagiário
Na saudade, aperta, da dor, faz reporte
Mas também alivia no correto itinerário
Porém, urgi quando o fluxo é o contrário
Porque é liberdade e do afeto transporte
Se apressado, pode ficar sem destinatário
Se incontrolado, o fado é sempre a morte
Assim caminha, assim atua no seu cenário 
Sábio foi quem disse que o coração é sorte
Na desilusão, e suporte sempre necessário 
No amor, pois vai além de ser só consorte
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
TAL PROBLEMA (soneto)
Está paralela entre nós é tal problema
O silêncio do teu olhar é dor em mim
A falta do teu cheiro me tira do coxim
Sonhar-te solitário, não é esquema
Qualquer distância entre nós, é assim
Meu peito uiva em um estranho dilema
De ter-te numa canção ou num poema
Quando a saudade só escreve folhetim
Fico te esperando em um telefonema
E o minuto é mais que a hora, enfim,
Se mudas de quimera, vira pocema
Então venha para perto, saia do motim
Se tudo está incerto, o certo não é lema
E o nosso amor desconhece querer o fim
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
DESVIO (soneto)
Hoje nada quero, nem se a paixão quiser
Estou em silêncio, lá fora o alvo me errou
Acontece que meu coração de ti cansou
Nada quero, mesmo se ainda afeto tiver
E assim, nesta emoção, então, eu vou
Deixe a ilusão de lado, não sou qualquer
No meu sentimento não meta a colher
Vai em frente, siga, pois em outra estou
Se livra de mim, nada em mim vai acender
Não pense em mim, a estação já chegou
Desça, pegue o desvio, não vou render
Estou machucado, você na dor acertou
É o fim, entenda, não vamos mais sofrer
Agora só recordação, de quem te amou!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro, 2017
Cerrado goiano
Alegria Triste
Brinquei 
com o  tempo  
Já 
nada sou /
Apenas 
um resíduo /
De 
muitas gotas amargas / 
Derramadas 
em pingos de fel /
De bom: 
Nada  me restou /
...Apenas dor !!!
Travesseiros macios /
Lençóis 
brancos de algodão e seda /
Portas fechadas /
Dê 
nada valem /
Sem o amor... 
Triste foi 
O meu iludir /
Desenhando 
um mundo /
Com 
lápis de amor /
Esquecendo-me da tinta / 
Para colorir... 
Caminhei 
pôr tempo 
a passos longos /
Acreditando 
em um caminho ao sol /
Mas 
Duro foi a minha chegada /
Quando 
descobri que me encontrava 
completamente 
só  !!!
Jmal
em algum lugar  de meu coração
24/02/2017
Incertezas
Reafirmas o jogo do malmequer. 
Lanças as pétalas da paixão em uma estrada deserta, 
deixas as sementes do sentir
em um terreno pedregoso, 
causas um excesso de lagrimas
apodrecendo as raízes desse amor, 
provocas ventania lançando as folhas do carinho. 
Mesmo quando estás presente. 
O silêncio invade como cupins 
destruindo o caule da União. 
Com o inseticida das incertezas, 
que pairam sob teus passos, 
a árvore do nosso amor irá fenecer.
Quando não havia brilho no olhar
as lágrimas tentaram me afogar.
Todo amor decidi naufragar
e nos braços do tempo me curar.
Escombros
Nossos beijos coexistem das lembranças. 
Amplitudes de carinhos cessaram. 
Mágoas por palavras mal colocadas 
ceifam a aproximação. 
Lampejos de orgasmos surgem apagados. 
As bases do amor ruem na indiferença. 
Sentimentos bons desaparecem 
como o sol no céu nublado. 
Lanço minha revolta diante de ti em um sorriso pálido. 
Entre nós escombros se formam 
em cada pedra que a rotina nos atira.
Amor Imperfeito
Meu amor não tem nenhum grau de evolução. 
Pega a razão e lança ao chão. 
Se der sinais de evolução, 
não vou amar assim, querendo 
pedaços de você grudados em mim... 
Não posso me trair e, 
Todo sentir que há em mim 
não é possível definir... 
Só sei amar assim se sucumbir, 
submergir sem consentir... 
Percebo o efeito do meu amor imperfeito 
sem conceito ou preconceito. 
Por favor, jamais me peça 
um amor-perfeito, 
não me peça nada perfeito.
Tudo em mim é defeito...
Sem Reservas
Invadiu-me, profano,
com mãos inquietas e toques famintos.
Cobriu-me de um desejo insano
à mercê do teu domínio
minhas forças ruíram. Entreguei-me.
Minha pele vibrou no comando dos teus beijos.
O silêncio ensurdeceu com meus gemidos.
Rasgamos os lençóis do pudor
e nos fundimos sem reservas
abrindo portas pro nosso prazer.
Amores Destrutivos
Amores destrutivos são como roseiras!
Te atraem por mostrar uma beleza encantadora,
com seu perfume te entorpecem e sufocam,
com seus agudos espinhos te ferem,
com suas raízes sugam lágrimas como se fosse Água,
Por sua fragilidade,
te atacam com fungos que te Adoecem,
te lançam ao chão como pétalas murchas
tirando Suas esperanças.
Madrugadas Infindas
No silêncio estrondoso das noites 
grito palavras Indizíveis, 
o frio em erupção me desperta de sonhos insones. 
Resquícios de saudades atrozes 
tornam as madrugadas infindas. 
Delírios que adormecem meus devaneios 
logo despertam As dores de um amor mal vivido. 
Exaurida em cada amanhecer visto cores e flores 
e flutuo Nas dores. 
Liberto-me das noites que me atormentam
Dissabor 
Meu amor resistiu ao tempo. 
Percorreu nas diretriz de grandes espinhos, 
chocou-se nas inclinas de nossas vidas, 
tropeçou na solidão, 
e estacionou na rotina. 
Debateu-se na indiferença, 
nadou em pedras ferozes dia após dia. 
Foi do sorriso a dor, 
da alegria ao dissabor. 
Em um mar negro deságuo, 
por não ter mais forças 
naufragou.
Quando O Amor É Cego E Surdo
Entre minhas paredes,
mais um dia, todos os dias,
dia após dia,
já não sei onde tudo se perdeu,
onde encontrar meu eu depois do seu adeus.
Tomei um cego amor que me extasiou,
me embriagou, viciei e me desesperei,
suas roupas rasguei, os versos queimei,
livros joguei e o celular molhei,
te expulsei e te busquei. 
Quando o amor é cego e surdo se torna tudo.
se eu soubesse amar, o amor não me cegaria.
ceguei-me de paixão
e me ensurdeci de solidão quando bateu o portão
e foi segurar outra mão.
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