Poemas de Loucura
Noite oca
Na noite oca
Um grito dizia
A vida é louca
E nem se ouvia.
O eco furou
O grito ficou descontente,
Certo é quem errou
Ao morrer da semente.
DESIGUAL (soneto)
No passo, tateio a loucura que figa
Vagando na rígida profundidade
Duma lucidez de só ver a metade
Onde se díspar e muito se intriga
Não há ilusão sem a tal suavidade
Que agora me traga n'alma fadiga
Ou tão pouco no horizonte ortiga
Amargando o hoje de infelicidade
E, não mais me escondo pela vida
Nem abandono mais a dor rapariga
Quero apenas, precioso, poder ser
Sem o normal, abismal, sem ferida
Afinal, ter harmonia na ação parida
É ser desigual, mas o amor, haver!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
Foi por uma ardente paixão que minha máscara retirei
Foi por um louco amor que o mais belo sorriso libertei
Planejei meus sonhos com a cor do arco-íris
Mas um dia todo sonho tem seu fim
Hoje sou a mesma mascarada que um dia conheceste
Ferozmente enfrento a solidão da madrugada
E para você amado sonho restou apenas lembranças do meu sorriso
Saudades são águas passadas que acumula em nossos corações
Inundam nossos pensamentos transportarão por nossos olhos
Deslizam em gotas que por fim morrem na realidade dos nossos lábios
Meus poemas vagueiam nas lembranças mas como diz um especial amigo
Sentimento e um útil que não tem fim mas aprofunda cada dia, mas
Sei que está longe, meu anjo amado triste, não é isso
Mas não é a distância que nos separa, pois ela não é tão grande assim
Apenas em pensamento seria eu apenas uma imortal um amor proibido
E se além do horizonte encontrar alguém que te deseja e sonho impossível
Contigo vivi momentos maravilhosos
Hoje me bastaria ver você chegar, sentir teu perfume e olhar no teu olhar
Dos sonhos que tive na vida você foi o mais intenso, o mais real
O mais profundo que eu podia um dia encontrar
Mas como era sonho, amanheceu e eu acordei...
O que eu sinto os anseios as angustias
as manias as loucuras
o fel e a doçura
são coisas que são só minhas.
Não serão as intempéries do tempo
As loucuras dos ventos
A terra molhada e escorregadia
que farão com que meus passos
sigam, jamais, pelos caminhos
dos lamaçais!
"Tem vezes que lutar é preciso, e até indispensável. Mas o essencial não é corrermos como loucos em direção a guerra. Primeiro é preciso escolhermos as armas certas é a direção certa para não sermos massacrados a caminho da guerra."
Lenilson Xavier (lexgrafia - 08/05/2017)
Nós
Somos iguais
Sonhamos os mesmos sonhos
Deliramos as mesmas loucuras
Ocupamos o mesmo universo!
Você é meu verso
Eu sua estrofe
Nós, somos poesia.
Me encaixo em ti
Tu me preenches
Imensamente
Plenamente.
Seus braços, meu descanso
Teu acalento, meu colo
Dançamos a dança da intimidade do tempo
E nada precisa ser dito
Nada a explicar
nada mais a entender.
Aceitamos nossa verdade
Tu e eu. Nós.
Eternidade.
A loucura preside ao ato sexual:
“Antes de tudo, dizei-me: haverá no mundo coisa mais doce e mais preciosa do que a vida? E quem, mais do que eu, contribui para a concepção dos mortais?”
“Vejamos, agora, os bobalhões dos estoicos, que se reputam tão próximos e afins dos deuses. Mostrai-me apenas um, dentre eles, que, mesmo sendo mil vezes estoico, nunca tendo feito a barba, distintivo da sabedoria (se bem que tal distintivo seja também comum aos bodes): não precisará deixar o seu ar cheio de orgulho, assumir uns ares de fidalgo, abandonar a sua moral austera e inflexível, fazer asneiras e loucuras. Em suma, será forçoso que esse filósofo se dirija a mim e se recomende, se quiser tornar-se pai”.
(Elogio da Loucura)
Não voltes a dizer que sou louca
Você não sabe quantas vezes tive que deixar de chorar e sair a viver com um sorriso que não era meu..!!
.
Cogites.
Reflitas.
Penses e desencantes.
O amor precisa.
Às vezes necessita; de loucura e dor.
Sábia é a flor; embriagas de perfume,
quem nela só ver espinhos e pudor.
Agites.
Excogites.
Sem amor; a vida não tem valor.
Além do que penso...
Vejo
Me faço de louca
Me escondo
Pra fugir dos teus olhos
Risos
É como cobra que mete medo
Frios
Segredo
É desatino no meu corpo
Febre
É perigo que ronda
Que segue meus passos
Abraços
É coisa de louco
Tua pele
Tua boca
É me jogar num abismo
Em ondas...
10/05/2017
MULHER EMANCIPADA ◖ ◗ ◘ ◙ ◚ ◛ ◜ ◝
Gosto desta vida de sanidades loucas...
Não ousem questionar minhas atitudes
Meus motivos vem de longe, meu bem,
Então eu sei que as vezes pareço depravada aos teus olhos
Uma doida desvairada à vagar pelas madrugadas...
Ouço meu rock in rol , Rod Stewart - Baby Jane, delícia
Bebo meu Whisky, ( sem absinto) quando tem, se não
desce o que tiver__ A velha vodca cai bem...
Me deixem viver a poção que me coube.
E não tem essa de melancolia ou culpas descabidas
O que foi na noite passada... Foi.
Os dias seguem meu querido!
Prá curar a ressaca, um novo trago, um banho frio...
Olhar o Rio...Ouvir chorinho. Noel rosa, verso e prosa
E assim, vou sambando ao sabor do vento e do fel
A vida já foi muito dura comigo, me cobrou caro e pesado
Recebi o extrato do cheque que não passei
Já paguei minha conta...
Com juros e correções
...Não à você.
Não há Deus.
Mais à minha liberdade.
Sou mulher de verdade, banco minha sexualidade
Não tenho preconceitos, cada um vive como escolher
Se tiver carinho e ternura a gente mistura a cultura
e os fluídos
E viva a mulher emancipada da era moderna.
VIDA LOUCA, LOUCA PELA VIDA
❖ ❘ ❙ ❚ ❛ ❜ ❝ ❞ ❡
Adoro ser como sou
Apaixonada pela vida
e por tudo que nela há
Gosto das extravagâncias
Das gargalhadas desmedidas
Dos choros inconsoláveis
Vestidos rasgados
Paixões ensandecidas,
incontidas
Porres de vinho
Bocas mordidas
Mãos amordaçadas
Barras forçadas
( sem ser forçada)
Se é que me entende.
Batidas nas portas de madrugadas
Beijos desavisados
Transas sem palavras
para mim é tudo ou nada!
Tudo que seja quente
Nada que seja indiferente
Frio de congelar
Ou quente de pelar
( o morno me enoja)
Busco os amores possessivos
Transloucados
De sangrar, sorrir, chorar
Poesias que me comovam
Mecham com meu eu
Me transporte
Me translade
Me dê raiva, que seja!
Mas que me dê algo!
Você pensa que sou louca?
Sei lá!
Talvez seja mesmo.
Mas não sou uma louca qualquer
Sou louca pela vida
Pelo que der e vier
Pelos temporais
Pelos vendavais
Pelas calmarias
Do resto, meu amor...
Tudo é resto.
nada mais!
Quisera sentir amor
Quisera me apaixonar loucamente outra vez...
Quisera amolecer meu coração...
Quisera amar...
Quisera tirar esse luto...
Esse vazio que me assombra todas as noites...
Essa dor sem a menor razão...
Esse olhar triste escondido atrás do meu sorriso amarelo e desconfiado....
Quisera amar!
Dor
Caos
Escuridão...
Seria esse o prefácio do fim?
Loucura
Devaneio
Pesadelos...
Existiria um purgatório antes de lançar-me ao vácuo?
Preocupações
Amores
Dessabores...
Monstros me perseguem enquanto durmo e quando acordo, torço para que apareçam e me sinta viva.
Sinto mãos me tocarem a noite... Mãos inexistentes. Sei que precisarei me decidir uma hora, mas falta-me algo.
Não me atormentam enquanto estou acordada e isso me mata aos poucos. Por que esse silêncio ronda-me como nunca?
Teriam eles cumprido seu propósito e agora só esperam minha decisão?
Mãos quentes apertam-me o peito e estrangulam-me aos poucos me deixando agonizar esperando ansiosamente algo que não sei o que é
Segue-me a todo o momento
Sinto feridas se abrirem e nem sei como elas vieram, apenas sinto brotarem de mim e se derramarem pelo meu ser... Feridas visíveis e invisíveis
O silêncio cresce
Os amores desaparecem
As feridas aumentam
Tudo parece escorrer entre meus dedos.
Luzes de um farol alto que ofuscam a visão.
São como gotas de orvalho expostas ao sol.
Meu amor...
Meu dia é uma loucura... Reuniões, relatórios, e-mails, planilhas, entre outras coisas... porém eu consigo definir o meu dia em uma palavra... "Você"
Por que em meio que tanta loucura, você não sai dos meus pensamentos, você não sai da minha mente, você não sai de mim...
Te amor meu amor...
É pele, coração...
Bate
Se entrega
Se joga
Olhos que cantam
Festa
No corpo loucuras
Tocam
Músicas dançam...
É sempre assim
Se te vejo
Quero risos, rosas...
Vem vontade
Tô querendo
Beijos, abraços...
Vem desejos
No ar !
17/05/2017
A água cai do olho do poeta.
Que sempre faz o papel de pateta.
Cansado dessa loucura.
O poeta pateta se despede em uma noite escura.
Mas pensado na doçura da vida.
O poeta perdura com toda sua bravura.
E Jura perante a criatura que o cura.
Que se porventura a amargura o consumir.
Ele não irá sucumbir.
