Poemas de Karl Marx sobre I Homem
INSÓNIAS
Toda a prava madrugada
Libertina e devassada
Sem assentar olho no sono
Que não me quer como amante,
Talvez por eu ser tão distante
Das carícias de tal mono.
Sono, meu repouso sem esperança
Em vez de me trazeres bonança
Vais-te vingando de mim,
E assim:
Fazes-me sonhar acordado
Com tristes e murchas flores,
Ossos em desalinho,
Velas sem chama, a arder.
Fica descansado, podes crer:
Os ossos, sou eu a crescer
Até morrer
Velhinho,
As flores,
São os meus amores,
Vou regá-los com carinho,
As velas, são a luz do meu caminho.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 12-02-2023)
INSPIRAÇÃO
Quando tu queres,
Eu fujo...
Quando eu entro,
Tu sais.
Isto, é triste, é demais!
É casamento desfeito
Sem reconciliação
Ou perdão,
Nem jeito
De nos tornarmos a amar.
A voltar
A acertar
O tempo certo
No nosso relógio de vida,
Neste destino tão incerto
Da minha relação
Vivida,
Trágica,
Quase autofágica,
Com a minha inspiração.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-02-2023)
e a vida é assim:
o homem (egoísta) x a humanidade
o homem destruidor x o derrotado
o homem ganancioso x a natureza
o homem branco x todas as demais raças
o homem descrente x o desconfiado
o homem indiferente x o indigente
o homem ignorante x a minoria
o homem político x a nação
o homem com poder x a maioria
o homem sem noção x o impensante
o homem analfabeto x o que lê e não entende
o homem violento x o conivente
o homem com o rei na barriga x o peão mal educado
o homem que se acha x o que se esconde (de si mesmo)
o homem viciado x o fraco espiritualmente
o homem sem moral x o sem palavras
e em meio a tanto homem desigual
e a tanto rótulo sem cabimento
tanta desconexão intelectual
somos na maioria todos iguais
apesar das diferentes imperfeições!!!
"O que ninguém quer enxergar é que não há Marx nem Mises que salve a humanidade." - em Aforismos de Alberto Parlatore
Meu pé de laranja lima
Confesso que chorei...
Olhando em seus olhos pude rever me pueril...
A infância se refez nos versos de seu texto...
E assim ao avesso virado me vi...
Menino traquino, sapeca de outrora...
Agora me via ali outra vez....
O saudosismo imperante envolvia-me todo...
Então minha vida eu vivi e revivi...
Meus heróis de infância, meus medos e angustias...
Meus amores, pudores e anseios mils...
Me vi tão menino ingênuo e tão frágil...
Que idoso me sinto vivendo o agora...
Lembrei Garcia Maquez com sua agudez...
Trazendo as fraquezas da idade humana...
Minhas putas velhas memórias perdidas...
Meu pé de laranja lima, jorrando emoções...
Minha vida tão jovem tão velha tão breve...
O lento respirar e a letargia cardíaca...
Vencendo o tempo e a débil razão...
Só pude fazer me silêncio e soluço...
De um pranto vívido vivido assim...
Eu hoje um homem, me vendo menino...
Um velho menino tentando ser eu
Solidão é quando a mente esta cheia
Mais o coração está vazio
É conversar consigo mesmo
É se isolar em meio a multidão de pensamentos
Dissipar
Um dia angustiante pensamentos frustantes...
Queria não acordar...
Pois sua ausência insisti em me acompanhar...
Não sei se faz algum sentindo me preocupar...mais sinto vontade de chorar quando em ti estou à pensar...
Queria saber os motivos desse sumiço repentino...Será que a culpa é minha??Será que quer sair da minha vida?
Lhe digo...não me sinto confortável com isso...
Mais se queres assim vou concordar enfim e tentar mais uma vez "tirar você de mim"...
Um amor impossível que insisti em me perseguir...
E que só em meus livros terá um final Feliz...
*Before I die*
"Eu estive aqui"
Poucos puderam me ver
Poucos puderam me ouvir
Porém "eu estive aqui"
Ora triste ora feliz
Tento reescrever a história que eu mesmo fiz
Rótulos demais, sobrecarga na mente
Nos intitulam sem saber como a gente se sente
Uma aberração talvez sim... talvez não
Antes de morrer
Quero ser alguém além da minha citação
Antes de morrer
Quero ser mais que uma simples canção
Eu não quero nunca parar de correr
Da luz do luar, até o sol nascer
Quero ir mais rápido pra lembrar que vivo
Quero ir mais profundo até achar o mundo escondido
Vou ficar desperto
Não posso apagar
Mas sei que o fim está perto
Sei que vou fracassar
Violeta virou uma cor marcante
Momentos viraram histórias
Atravesso pontes em um instante
Lugares Incríveis ficaram em minhas memórias
Um lago quente no inverno
Mil capacidades brotam em seu interior
O riso não te levará pro inferno
Mas eu reconheço essa dor
Ainda não me entendeu?
Eu sou uma aberração!
Ainda não percebeu?
Meu destino é a solidão!
Talvez não adiante fugir
Acho que voltarei a dormir
Pra sempre
Espero ter te ajudado a seguir em frente
*Before I die: I want to be someone!*
Sem pressa
Sou devassa
Me devora
Aqui e agora
Sem pressa
Devagar
Não precisa
Se apavorar
Isso, bem devagar
Que a hora não passa
ESTOU GRÁVIDA
De livros abortados
De leituras interrompidas
De contos inacabados
De remédios ingeridos
De poemas iniciados
De amores mal resolvidos
De palavras mal pronunciadas
De versos não construídos
De rascunhos rasgados
De noites mal dormidas
De crônicas não anunciadas
De acrósticos obstruídos –
Sinto-me enjoada, pesada,
Preciso parir.
RENASCER...
Tudo o que me é morto, ou podre, ou indecifrável,
Tudo o que me é de pecados ou de incensos afrodisíacos,
Tudo o que me é de destruir nas impurezas dos sentimentos,
O que me fere o coração, e o corpo, e o espírito,
O que não me alça em voo sobre os amores de fogo,
Tudo o que não me é de cumprir os mandamentos e a justiça,
Os poderes, e a calma, e as glórias do firmamento,
O que me é de tormento, o que me é sem razão, em vão
O que me é simplesmente incompatível a memória
Por insanidades entre os mortais, e os anjos,
Tudo o que não me faz perdurar no amor e na bondade,
Tudo o que não me é no olhar infinito,
O que não me ambiciona na conquista da eternidade,
E o que me faz de um só murmúrio fólios e mito...
Que tudo me seja de inconstâncias, e de provas absolutas;
Porque nada é intransponível ao renascer de um sol!
♡🌷...є τє єsρєrσ nσ finαℓ dσ αrcσ-íris
α nσssα нisτóriα cσnτinυα ...
nσssσ αмσr é ραrα sємρrє !
ivα rσdrigυєs❤
JANELINHAS
Na madrugada
Quando vejo janelinhas acesas
Acho que ali moram corações partidos
Insones
Penso nas histórias de amor que poderiam virar poesia.
Amor Prístino
Com atos e palavras o amor me peguei a declamar,
em grilhões vivi por anos a te invocar,
vi meu sofrimento delongar,
meu sorriso depredar
e um mar de lágrimas derribar.
Vi seu corpo em outros braços se deleitar
e os sentimentos decidi de todo meu ser decepar.
Aquele amor parei de decantar,
pois feneceu o desejo de nos unificar,
o tempo decidiu delegar,
então vi aquele amor prístino se findar.
C I D A D E
O Sol amanheceu a cidade.
A Vida respirou Liberdade.
A noite fria e escura, morreu.
Passo pelas ruas e paços,
buscando um ombro amigo,
um abraço...
em olhares que o horizonte perdeu.
A Vida me empurra pela cidade,
navego neste mar de ansiedade
atrás do tempo...
atrás das horas...
Mãos que se apertam e não se tocam,
olhos que se veem e não se olham,
ombros lado a lado, em solidão!
Não sei quem morreu de verdade...
se a noite, ou o dia-cidade...
Se o ar que respiro é, assaz, Liberdade...
Se o Sol que ilumina estas ruas desertas
de amor, compaixão,
aqueceu, afinal, algum solitário...
coração.
I L U S Ã O
Quero comer tudo o que vai me matar,
Quero beber tudo o que vai me afogar,
Quero ficar na chuva, no sol,
na escuridão da noite fria,
até desbotar!
Quero sair do meu corpo e flutuar,
no mar etéreo de tua visão.
Quero me libertar desta prisão.
Quero ser o outro lado do teu avesso,
Quero ser o começo de tua revolução.
Quero viver sem perdão
e morrer no fogo de tua paixão.
Quero tudo o que for proibido,
o Universo vertido em versos sofridos,
consumidos pelo desamor!
Quero ser a flor amanhecida
no cemitério da dor.
Quero pensar que encontrei teu amor...
o abraço invisível,
o beijo impossível,
a carícia irreal...
Quero ser adorno em teu funeral,
sem corpo, sem alma...
melodia serena, apenas...
som das estrelas...Ilusão final.
“Cozinhando”
Tinha cheiro perfumado
de cardamomo moído
no ar
nosso jeito de amar
Vermelho
Rubro
Intencional
Despido
Tomates descascados
despelados
refogados
sufocados no azeite
ferviam
esparramando desejos
Não dava para esperar
ervas benziam
alecrim
tomilho
mangericão
coentro
hortelã
para acalmar o mar de dentro
Esperei...
Abri um vinho...
Ele não chegou
MEU DEUS !...
Para AMAR
COZINHAR
Basta o Sal
do mar
e das lágrimas
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
I
A luz se confundiu,
A hora sucumbiu,
Dos pássaros escuto os assobios
E a natureza os arrepios.
II
Vi passar a fala que reluzia,
Mas a minha mente te conduzia
Tudo fiz, mas no final, se desfazia.
Onde está a paz que trazia?
III
Aquela que foi atropelada pelo destino
Aquela que morava naquele cantinho
Aquela, que cuidava como um filinho
Aquela que a garra parecia de um felino.
IV
Aquela? Sim Aquela. Aquela desceu
A sua cor desapareceu
E a sua luz aos poucos enfraqueceu.
Naquele riacho onde tudo aconteceu.
V
Pena, muita pena
Pensava que que a sua luz era plena
E quando olhava parecia que valesse a pena.
Não, não, tudo era uma farsa, apenas uma milena morena.
