Poemas de Karl Marx sobre I Homem
Feito Cayo Francisquí
com corais visíveis no meio
do azul infinito do mar
e das correntes a me levar.
É assim que leio o olhar
e cada teu pausar
quando o coração parece
diante das se tranquilizar.
Nas veias tens as correntes
ideais das Pequenas Antilhas
que perfeitas para navegar.
Não vejo outra rota a ousar,
quero além do azul do mar,
e muito mais do que estrelas contar.
Carregadeira levando
grão de açúcar
para o seu coração
sempre adoçar,
É assim que a poesia
contigo fará lar.
...
Não sei cantar
a Carrasquinha,
você pode me ensinar
para a gente fazer
com alegria essa roda rodar.
...
Uma Carranca esculpi
para colocar na minha proa,
Muita gente não acredita
que a vida sempre desafia,
e ela não falha, justa e boa,
Por isso para a poesia
sempre vou dar carona.
Depois de tanto
andar a pé,
Só um pouco
de Cimé
para ficar de pé
e continuar
a seguir com fé.
...
A minha sorte tem
algo de Coaraci e Jaci
neste berço esplêndido,
Ninguém tira o meu
orgulho deste lindo
Brasil Brasileiro
que devoto pleno
o espírito e o peito.
...
Na mata ver
um levado Coatá,
Alegria igual não há.
...
Depois de dançar
Coco comer
uma boa Cocada,
Se assim for
com você não
preciso mais de nada
para levar a vida
leve e apaixonada.
...
Depois de encher
o Cocho dos animais,
Tocar Viola de Cocho
sempre alegria traz,
Tem gente que
não sabe há diferença
entre os dois
e outros que nem
se lembram disso mais,
Há quanto tempo faz
de uma vida caipira e em paz.
Fazer-te minha propriedade
privada como a Ilha Queimadas
na Baía do Babitonga é uma
ambição que não abro mão.
Algo de muito de Carijó ainda
permanece em nós e brinda,
e sei que não nada que impeça
de todo o coração e os pés na terra.
Tu haverá de ir e sempre
irá para mim regressar porque
de dentro de ti não tirará.
.
Porque não há mais como negar
a absoluta dama das tuas auroras
e a glória do amor do tamanho mar.
Quando a constelação
Cruzeiro do Sul
encontra a posição
no nosso Hemisfério,
Coloco a confiança
sob a Chakana
pelos teus olhos
que tanto enalteço,
e venero acordada
porque não te esqueço.
Cosmos das três Américas
sob o Sol da verdade,
Lembro de uma terra que
há muito tempo o seu
choro ninguém escuta
ou se interessa por sua
luta e o quanto sofre,
Tudo isso faz por um
com que pare, ore
e peça que ao Haiti
alguém traga a liberdade
e a paz que alcance com equidade.
Bumba Meu Boi Canarinho
O Capitão avança, dança
e anuncia levantando
a alegria e a festança
que com ele vem chegando
para fazer a gente sacudida.
Bumba Meu Boi Canarinho
caiu no laço do Vaqueiro,
coitado, pobrezinho,
O Bumba Meu Boi agonizou,
e depois ninguém
mais ouviu se ele suspirou.
O Pai Francisco e a Mãe Catirina
estão preocupados
com o Dono da Fazenda
porque o Bumba Meu Boi Canarinho
era dos bois o preferido.
Pares de indígenas,
eles rapazes e elas meninas,
Junto com os Caiporas
acompanham o ritmo
dos músicos e a direção
que apontam os Caboclos.
O Cazumbá mantém
a ordem entre os Brincantes
enquanto a Burrinha
chora pela perda do querido
Bumba Meu Boi Canarinho.
O Dono da Fazenda foi
com fé atrás do Pajé,
E foi assim que ressuscitou
o Bumba Meu Boi Canarinho,
e todo o mundo pela rua comemorou.
Nas mãos mais lindas ser
a Monja Blanca florescida
e a amada consentida
para alegrar os seus dias
Trazer o melhor e a alegria
e cobrir-te com beijos
a cada instante e dar-te
as primícias dos desejos
Confiar livremente tuas idas
e vindas com a firmeza
nas desejáveis constâncias
Trazer as auroras austrais
e boreais para a querência
aumentar sempre mais e mais.
O Bem-te-vi de outrora
quase não se escuta mais,
na memória o canto
não foi esquecido jamais.
Rotas que não deveriam ser
apagadas devem ser
constatemente resgatadas,
e laços igualmente refeitos.
Em nome daquilo que nunca
deveria ter sido esquecido:
caminhos devem ser restabelecidos.
Lembrar de tudo aquilo que fez
resistir para chegar até aqui é
necessário para continuar a existir.
Depende do dia
posso vir a ser
o Abebé de Oxum
ou até mesmo
o Abebé de Iemanjá,
Tudo na vida
tem um depende,
assim também
é a poesia que se sente.
Águila Harpía sobrevoando
a amada terra das origens,
o encontro que importa é
aquele nas ancestrais paragens.
Quero que a vida dê como o mais
alto prêmio os teus olhos reais,
nada neste mundo tem
o poder de ser para mim mais.
Blindados das distâncias e guerras
travadas existe em nós a confiança
que sobrevive numa etérea aliança.
Absolutos nesta invencibilidade
um dentro do outro somos a chama
de um amor indomável e de verdade.
O Torogoz pertence a duas
pátrias assim como tudo
aquilo que reciprocamente
sentimos avassaladoramente.
Para nós dois construímos
um ninho de amor seguro
no peito num mundo movido
pelo ódio, raiva e capricho.
Porque sem dizer uma
palavra até o silêncio orienta
um ao outro no meio do nada.
Quando chegar a nossa hora
só será preciso viver sem se preocupar com o quê passa lá fora.
Tomar as cicatrizes
do seu interior,
Beijar uma por
uma com amor,
Embora ainda você
esteja resistente
e me evitando,
Continuo serenamente,
embora não negue
ainda curiosa,
Para nas tuas mãos
entregar o jasmim
branco do jardim
do meu coração.
Todo mundo se esquece
que antes da saideira
tem sempre a abrideira,
Um alguém há de
amar uma vez na vida
queira ou não queira
(Poema da sexta-feira)
Colocaste um Acangatara
em mim e os teus olhos
dentro dos meus olhos,
Assim inteiro passaste
a morar nos meus sonhos.
Ver o Sol nascer e de pôr
em companhia do amor,
No alto das montanhas
onde o Tocororo faz ninho.
Mesmo sem saber quem
és e quando vens,
Percebo a sua existência
como deuses me cantassem.
Quando o Tocororo cruzar
o nosso caminho daí terei
a certeza da mensagem.
No final que não haverá,
saberemos que um ao outro amorosamente pertencerá.
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