Poemas de Ilusão
Você foi minha maior queda
O que mais me fez acreditar que algo finalmente iria acontecer
Você me deixou voar em um infinito
Me deixou mergulhar em um mar de ilusão
Conseguiu despertar em mim um desejo ardente
Me fez criar cenários inimagináveis
Eu realmente não sei como pude me deixar me perder nesse delírio
Fiz coisas para você que neguei para pessoas muito mais próximas
Hoje esse sentimento está apagado, eu nem sei se realmente existiu algo a se sentir
Mas existiu algo, nem que ao menos um desejo carnal, mas existiu.
Já não temos mais tempo. É preciso cada vez mais, falar a real. Poucos serão salvos, porque poucos são os que buscam o bem, o belo e o justo. Pratique a reflexão para que surja a solução. A ignorância corrói a alma humana. 33% despertos? Não nessa geração. Estão completamente dominados, atordoados com a vida que lhes foi vendida. (Ilusão)
Seus corpos doentes estão colapsando rapidamente. Precoce... Continuam buscando o amor fora! São cegos
espirituais. Enquanto você, não caminhar pela terra como um "sol de pernas" nada em sua vida frutificará.
- Sweet ignorantia
Amor meu, dê-me um beijo e,
me leve novamente para a doce ignorância.
Pois o excesso de lucidez quer me engolir!
Preciso sonhar um pouco,
assim como os sonhadores o fazem.
Pois assim vivem todas as coisas;
até os confins do universo sabemos que,
por regra há de ter equilíbrio em tudo.
Precisamos da noite, e depois do dia.
Ansiamos o verão para logo depois,
esperar o inverno.
O caos só é caos pois existe a ordem.
Me deleito então em seus braços,
braços esses que busco com sede insaciável;
pois sei que meu âmago não suportaria,
uma vida em total lucidez. Necessito...
Necessito de ti amor meu! Me resgate!
Me embebede com as ilusões, faz-me crer que,
nesse mundo há segurança, há sentido, há amor..!
E viveremos eternamente: outrora nos puxando,
outrora nos empurrando.
Pois vê-se a ambivalência, hora lhe faço bem,
hora lhe faço mal. E num sonho vou me arrastando,
nessa doce ignorância. Sem consciência de que,
tão miserável e sem sentido qualquer: essa sou eu!
_ACASO DE UM AMOR_
Te plantei em mim, em loucura e lucidez
Dia a após dia
No anoitecer me cobrir em lágrimas, porém, amanhecer me fez sorrir
Te acariciava com o meu pensamento
Onde você sempre esteve presente
Mesmo no oculto da tua existência
Pois lhe preocurava sem ter noção do que seria
Mais a medida em que vida foi se movendo
O destino nos uniu
A mesma rota que te trouxe, afugentou me Esse amor se
transformou em desespero
A solidão tomou conta da aquilo que a felicidade deveria
tocar
Com o tempo me reconciliei com o equilíbrio
O amor voltou a ser simples, moldou em gratidão
Pulde vê com clareza, todo aquele sentimento foi medo de estar só
E hoje sei viver com ou sem você
porém não sem mim
Preso num quadro louco e imundo
sou mais um abstrato vagabundo
feito pra enfeitar a tua sala de estar.
Fantasia insana e barata,
que te deixa mais alucinada.
Eles querem que você
se perca até esvaecer.
Abstinência de ilusão, você não se decide
se quer resistir.
Surgindo da escuridão, brutalidade no coração, acho que me fodi.
Tenho vivido em um mundo
onde tudo é fútil e inútil, acho que é melhor eu fugir daqui.
O ódio é maior que a esperança,
o homem destrói em abundância.
Acho que é melhor eu fugir daqui.
Faço parte desse mundo cão, eu não sei !?
Sou animal e vocês também.
Gosto de ver sangue jorrar pelo chão,
então não vem me chamar de irmão!
O ABANDONO DA LINDA FLOR
Fazia meses que eu não a regava, tão linda era seu brilho que gradualmente se ofuscava na seca do sol.
Ela nasceu no meu jardim! mas eu não a plantei. Certo dia, passou-se perto de minha casa um rapaz que vendo o abandono que eu fizera com a linda flor, fazia questão de rega-la dia após dia para mim. Até que chegou o tão esperado dia que com lágrimas nos olhos decidiu levá-la para sua casa, mas nem ao menos pediu-me permissão, zangando fiquei como nunca.
Ah! Tudo era puro egoísmo, tão infeliz sou eu que não cuidei da flor e não deixo que cuidem dela por mim.
Leve-a jovem rapaz, cuide-a com carinho, enxugue os pés dos teus olhos, pois essa flor já era tua antes de mim.
se esse sentimento é só vc que sente
ele sempre vai ser presente na tua mente
rodeado de cenários ilusórios indecentes.
#CAMINHO
Caminho, cade você?
Caminho, quero passar...
Caminho, se não responde...
Vou já pra outro lugar...
Um bicho quer me prender...
Um bicho quer me caçar...
Um bicho quer me comer...
É onça...
É jaguar....
Caminho...
Que vem ...
Caminho...
Que vão...
Quem adiante se esconde querendo meu coração?
É mistério é segredo...
É muito mais...
Diga...
Você me conhece?
Ou serei sua diversão?
Onça...
Quem foi que te pintou?
Quem te colocou o preto?
Quem te amarelou?
Quem te disse que sou bom de comer?
Os caminhos mudam com o tempo...
E só o tempo muda um coração...
A saga...
A sina...
Das noites perdidas...
Nada é distante...
Para mim no caminho...
Para a onça adiante...
Caminho, cade você?
Se não me responde...
Escolho outro...
Vou fugir de você...
Antes da onça me comer...
Antes de ser diversão...
Dessa ilusão...
Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
O AMOR DAS PALAVRAS
Eles eram iguais; ambos tinham três letras, uma única sílaba, também comunicavam e expressavam sentimentos, respondendo qualquer questionamento objetivo que fosse feito.
Eram tão parecidos! Tão iguais! E mesmo assim não podiam viver, o seu estrondoso amor.
Havia uma distância grotesca entre a semelhança que lhes perseguiam. Ainda que se encontrassem extremamente apaixonados, a sentença da vida fazia questão de separá-los toda vez.
Quando o "Sim" se declarava, o "Não" o rejeitava, e ao vê-lo fugir perdidamente — negado pelo seu grande amor — o "Não" se via assustado e apavorado; pedia, então, para que seu amado voltasse, e ele sempre dizia que "sim".
Acontecera tudo novamente. Outra vez se declarava e por enfim decepcionava, ao ouvir mais um "não" de quem tanto lhe amava. Não cabe aqui julgamento ao "Não"! Ele o amava tanto que lhe ofertava a única coisa que tinha na vida, o seu próprio "não".
Um dia, o "Não" entendeu que fazia mal ao "Sim", pois sabia que ele sempre aceitaria quando lhe pedisse para voltar, foi assim que fugiu descomungado! Por amor ao "Sim", negou o seu próprio amor.
Pensei;
Como seria?
E me deu saudades!
Observei;
Como é?
Me veio a realidade!
Sonhei;
Como será?
Ilusão!
"Você quer se dividir entre o seu ego e a razão.
Infelizmente, você não acresceu o mais importante, nessa equação.
O coração.
Quer viver uma vida de aparências, uma vida de solidão.
Uma vida de amores rasos, criou para si, a própria ilusão.
Verás que não se pode confundir amor, com uma simples paixão.
Toda face que você olhar, lá estarei, jamais escapará, desse grilhão.
Se tivesse pedido, haveria perdão.
Se torço por sua felicidade? Óbvio que não.
Primeiro, deves pagar a sua penitência, a sua expiação.
Depois que sua alma sangrar como a minha, cogitarei tal questão.
No jogo do amor saí e sempre sairei derrotado; no jogo da indiferença, sagrei-me campeão.
Você se afogou no seu ego, o que poderia te salvar, você abriu mão.
De mim? Não.
No pecado, não existe salvação.
Abriu mão de nós, da nossa felicidade, da sua própria razão..." - EDSON, Wikney
ECLIPSE
Sobre as nuvens da manhã, me ponho a repousar, a leveza em algodão, transparência ao teu olhar; mas, quem ver lá do chão, não consegue escutar, o barulho da evasão, do sentir sem falar.
Os ventos passeiam aos quatro cantos, as aves voam com encanto, o sol se cansa de brilhar, a lua vem a lhe buscar; pois, quem ver o amor, não consegue explicar, tamanha imensidão, ecoante no olhar.
Algumas lógicas das experiências de vida devemos observar sempre com atenção e muito cuidado, acreditar sem ter certeza, reproduzir palavras sem nenhum esclarecimento, desarmonizar o equilíbrio de um ambiente contaminando a paz, tais atitudes são reprováveis sob todos os aspectos, pois fazer o certo requer completude e não fragmentos. Para algumas situações a descoberta pode ser surpreendente porque, às vezes olhamos para o mesmo que os outros olham, mas enxergamos verdades diferentes, e isso não pode esconder nenhuma razão que seja fato irrefutável. Para aceitarmos uma realidade, ainda que seja difícil, temos de ser realistas e aprender a conviver com certas angústias, que naturalmente confrontam nossas convicções. Porém é árdua tarefa que precisa de discernimento e equilíbrio, para não criar realidades fora do que está acontecendo, do que existe, do que é real e, de nada terá proveito querer viver o que não se pode, e procurar erros na ordem dos fatos é querer encontrar luz na escuridão da ignorância. As dúvidas são compreensíveis e aceitáveis, até certo limite, pois refletem uma descrença diante do desconhecido, porém a permanente recusa leva à desconfianças que se sustentam apenas pelos sentimentos de culpa e de remorsos. Quando nos defrontamos com as contrariedades que a vida nos impõe há tempo para questionar, negar, conhecer, agir, aceitar, participar, permitir... Mas infelizmente este tempo não se recupera, pois se perde em atitudes ingênuas que provocam o distanciamento da realidade, e por mais dura que seja, ao lutarmos contra ela estamos deixando passar bem mais que o tempo, deixamos se esvairem possibilidades, de viver alegres momentos, de construir boas lembranças... Deixamos de proporcionar felicidades.
John Pablo de La Mancha
A CRIAÇÃO DA FACA
Eu inventei a faca, nutri expectativas sobre a faca, acreditei que ela seria única, e a deixei existir.
Um dia, enquanto eu caminhava pela rua, tropecei em um homem irritado, manchei toda a sua camisa de café. O homem tirou dos bolsos o que eu não esperava, o objeto era uma faca.
Ele veio em minha direção, sem que eu pudesse explicar o que havia acontecido, pegou a faca e afundou diversas vezes em meu peito, até que o barulho dos gritos ofuscasse seus atos.
Nesse dia, a faca que criei foi a responsável pela minha morte, pois do que vale o bom coração na intenção de progredir, entregar nas mãos de qualquer um, o fruto da sua criação.
Alguns dias da amputação e eu ainda levo a mão no lugar que eu costumava senti-lo. Também o procuro ao redor...
Nada.
O nome científico é síndrome do membro fantasma, mas popularizaram como saudade. Amigos dizem que foi uma fatalidade, outros dizem que não era pra ser.
Bizarro. Fez parte de mim de forma tão perfeita, tão natural, como uma extensão.
Se abrigou em meu coração como uma quinta válvula.
Como pode nos serrar ao meio e fugir com a minha metade?
Ou será que foi embora sem a própria metade?
Ainda sinto seu movimento. Sinto suas batidas. Mas logo percebo que é só minha memória recordando o passado.
Gostaria de voltar à página que eu amo. Trocaria uma metade pela outra. Talvez a metade que se foi esteja mais confortável de habitar que essa que ficou.
Queria ter tido um sinal, pressentido que seria a última vez. Mas então, me questiono se ter aproveitado mais me faria menos infeliz agora... (?!)
Acho que não.
O amor nos torna um "ególotra" sem cura. Sempre querendo mais daquilo que nos faz se sentir vivo.
Decepção de verdade é perceber que você se apaixonou pela forma como via uma pessoa e não pelo que ela realmente é.
É estar perdidamente apaixonado por alguém que só existe nas suas projeções...
"Eu te amo
Já perdir as contas
De quanto gritei
Hoje só rio
Pois muito vacilei
Hoje vejo nada valeu
E eu só me enganei
Amor nunca foi
Dificilmente será um dia
Pois tudo é dor
Nada mais "
O SONHO, O NADA E O SONHADO.
Olhares ao infinito, distinto... quem sabe me sinto importante ao encurtar tal distância. Mas não, senão um olhar de gratidão e quem sabe, um que seria a minha paz.
Ruídos que ventos trazem me fazem sentir desvelado por algo ou alguém que tanto sonho ou idealizado... Olhares se cruzam num movimento único e não se interrompem no desejo estagnado de ser um verdadeiro amor já possibilitado.
Mas a distância aumenta e esse sentir-se me aflige e me culpa: Quem sabe talvez o aventurar-se com olhar o destino o teria mudado.
Mais uma vez apenas esperar o inesperado e tentar agir como imaginado, e não deixar ir o amor amado possibilitado no olhar sonhado. Apenas estar ali...
Porque com o tempo percebi que
eu merecia mais
Mais de mim
E tudo de mim, era seu
- Porque eu fui embora