Poemas de Flores
Flores do Jardim
Renê Góis
O amor não nasce em vão.
Paixão ou solidão dentro do peito
Palavras lá no chão, são frases
feito rosas no jardim.
Se eu não abro mão
das coisas que criei
aqui por dentro.
Razões pra chorar;
Razões pra sorrir;
São coisas que o coração faz.
Momentos assim...
Pra mim são sem fim.
São coisas que o coração faz.
O Sol se renova ao Amanhecer,
Na Primavera, As Flores Desabrocham,
Fatos que ajudam a compreender
Que todas as fases importam.
Na escuridão,
uma luz de simplicidade
na essência de lindas flores
semelhante a um amor de verdade
em meio a alguns desamores.
Fragmentos da natureza
na singeleza das flores
que trazem aprazíveis sentimentos
por estes divinos primores.
Uma imagem serena
nas pétalas de pequenas flores
de cores vivas, de agradável essência,
uma amostra de vida
como um toque de gentileza.
Iluminada entre as flores
com sua presença marcante
de uma essência viva
com intensas cores,
sendo bastante atrevida
como uma rainha da noite
que exige que suas vontades
sejam atendidas.
Num jardim resplandecente
de flores radiantes
onde a fé está presente
com uma felicidade constante
trazendo um refrigério pra mente
contido numa paz abundante.
Nas suas cicatrizes, surgiram vívidas constelações, das suas feridas, brotaram lindas flores, composição divina, o seu próprio jardim sob as estrelas, tem sido uma fênix persistente, renascendo das suas cinzas, mostrando na fraqueza a sua força e às vezes, demonstrando a perseverança expressiva de um lobo solitário que precisou se afastar da alcateia, já sentiu um misto variável de muitas emoções entre constatações de muitos significados.
Como se estivesse fazendo parte da formação minimalista de um lindo quadro, realista e imperfeito, texturas, traços e camadas aos poucos ganhando sentindo, formas características, primorosas, momentos de ressignificações precisas, o poder da resiliência genuína em meio às imperfeições, graças a Deus e a sua sábia, distinta Providência, que está permitindo o desfrute de uma fase tão transformadora e ordeira.
O sabor do secar de lágrimas de lamentações, das compensações valiosas após as ocasiões árduas, da percepção das conquistas desde as pequenas, vivendo o agora de cada instante, os que importam de fato, evitando algumas contendas consigo e com os outros, entendendo que o viver é bem raro, o tempo não volta, por isso que é profusamente precioso, esquecer pode custar muito caro, portanto, lembrar sempre é oportuno, deve ser um lembre diário ou pelo menos, o máximo viável.
Consequentemente, não é sem motivos que o seu sorriso merece tanto apreço, sendo uma representação imensurável do seu equilíbrio, da sua notável determinação, o esplendor do seu espírito, o amor divino que fortalece o seu coração, o brilho de um renascimento contínuo que mediante a vontade do Senhor, tem insistido em brilhar, apesar de sua imperfeição, das suas instabilidades, sentindo uma grande satisfação particular, capaz de iluminar muitos olhares.
No jardim dos sonhos, onde as flores dançam ao luar,
Raphael e Jaqueline, em amor a se encontrar.
Raphael, o trovador, com seu coração a pulsar,
Jaqueline sua musa inspiradora, com seu olhar a encantar.
Entre suspiros e carícias, suas almas se entrelaçam,
Em cada beijo trocado, juras de amor se enlaçam.
No livro da vida, suas páginas se escrevem em poesia,
Raphael declama versos, e Jaqueline é sua melodia.
Que o destino os guie juntos por caminhos de felicidade,
Onde o amor de Raphael e Jaqueline seja eterna verdade.
Que o tempo, como cúmplice, os una com ternura,
E que a história desse amor seja eterna, e pura.
Por: Raphael Denizart
MODO
Se com todo carinho, colocares uma barra de ouro em um jardim; ainda assim, muitas flores morrerão.
Um jato d'água numa borboleta, pode ser fatal.
Acariciar leões, pode ser seu último ato.
Para entender que, conquistas tem lá suas formas, pesos e métodos.
Por isso, a natureza rejeita os primeiros dentes.
Onde há beleza, que haja também estrutura.
Pois até a ternura, precisa ser dosada, evitando assim, que o sonho vire tragédia.
Sérgio Júnior
PEGA E LEVA.
Pega e leva, não um bouquet de flores,
chocolate, presente, amores.
Toma, segura o que é teu troféu.
A honra, a paz, a força de um quartel.
Pega de volta a coragem que me deu de enfrentar a tempestade.
A determinação de completar o percurso e não desistir na metade. Se bem que era grande a vontade.
Pega, esse ânimo, isso sempre foi teu,
embora inocentemente, muita gente acha que é meu.
Que nada, na noite gelada, na queda da escada, nos pesadelos da madrugada.
Na nota baixa, na doença inesperada, você estava lá comigo na estrada.
Se hoje alguma coisa mereço
sei de quem é, conheço o endereço.
Toma de volta o que me emprestou
Ficou tanto comigo, mas hoje retornou.
O brilho, a voz, o foco, o olhar de conquista.
Toma o volante, o carro, a estrada e essa lista.
Tem muita coisa que não vais lembrar, mas guardei na memória.
O livro é meu, mas as letras, você me ensinou a escrever, você é a dona da história.
Vitória, glória, memória,
Ouça, Senhora, Moça
Que em todo tempo, Deus te ouça.
Meu símbolo, orgulho, guia, minha força.
Pega e leva, vai tranquila, o filhote cresceu.
Agora, um homem, com cicatrizes da vida, que só uma leoa lambeu.
Na solidão da despedida,
mesmo que tenhas ido embora,
Ainda te deixarei flores.
Nos rastros da memória,
mesmo que seja tarde,
Ainda te deixarei flores.
Nos anseios do perdão,
mesmo que tenha falhado,
Ainda te deixarei flores.
No caminho da redenção,
mesmo que tudo pareça vazio,
Ainda te deixarei flores.
Em cada verso que possa escrever,
Nos momentos bons e nos piores,
Mesmo que queira me
esquecer,
Ainda te deixarei flores...
Pintei num quadro
um bouquet de flores,
para dar-lhe com candura.
Adicionei ao fundo teu sorriso,
e agora resplandece em
Formosura.
Há almas que nascem flores,
noutras desamores...
Há almas imersas na completa escuridão,
há almas que irradiam amores,
e compaixão!
Depende da gente embelezar o nosso jardim com as mais belas e cheirosas flores, sem ervas daninhas.
Depende só da gente trazer para perto os pássaros, as borboletas, as libélulas e as joaninhas.
Depende de nós, onde há Paz e o Bem a vida se aninha.
Não teve flores
Não teve velas
Não teve missa
Caixão também...
Foi enterrado
Junto à maré
Por operários
Mesmos do trem...
A flor de orvalho
Pendeu da nuvem
E pelo chão
Despetalou...
O céu ergueu
A hóstia do sol
E o mar em ondas
Se ajoelhou...
Cortejo lindo
Maior não houve
Do que o da morte
Desse amiguinho:
Iam vestidas
Com a lã das nuvens
Todas as almas
Dos carneirinhos!
Os gaturamos
Trinaram hinos
No altar esplêndido
Da madrugada;
E o vento brando
Desfeito em rimas
Foi badalando
Pelas estradas!
“Ando devagar,
Tentando aspirar,
Em cada pétala ,
O perfume das flores
Que o vento do tempo
Espalhou ao longo
do meu caminho.”
Maria do Socorro Domingos