Poemas de Escritores Famosos
Aprendi nesse pequeno entrevo que os mal-entendidos e a indolência talvez causem mais erros no mundo do que a astúcia é maldade.
Quem acredita ser necessário distanciar se da chamada plebe para angariar respeito é tão condenável quanto um covarde, que se esconde de seu inimigo por temer ser vencido.
Eu precisaria ter o talento do maior dos poetas, para conseguir ao mesmo tempo transmitir a expressão de seus gestos, a harmonia da sua voz e a ternura em sua essência.
As pessoas imaginam que alcançamos a sabedoria quando adquirimos mais idade, mas, na verdade, à medida que os anos avançam, é difícil nos mantermos tão sábios como éramos. De fato, o homem torna-se um ser distinto em diferentes etapas da vida. Mas ele não pode dizer que se tornou melhor, e, em alguns aspectos, é igualmente provável que ele esteja certo aos vinte ou aos sessenta.
Um homem deveria escutar uma pequena canção, escrever um pequeno poema, contemplar uma bela imagem todos os dias de sua vida, para que as preocupações do mundo não suprimam o senso de beleza na qual Deus implantou na alma humana.
Bem sei que não somos, nem podemos ser todos iguais; sustento, porém, que aquele que julga necessário, para se fazer respeitar, distanciar-se do que nós chamamos povo é tão digno de lástima como o covarde que se esconde à aproximação do inimigo, de medo de ser vencido
(Os sofrimentos do jovem Werther)
Infeliz! Não és um tolo? Não te enganas a ti mesmo? Porque te entregas a esta paixão desenfreada, interminável? Todas as minhas preces dirigem-se a ela; na minha imaginação não há outra figura senão a dela, e tudo que me cerca somente têm sentido quando relacionado a ela. E isso me proporciona algumas horas de felicidade – até o momento em que novamente preciso separar-me dela! Ah, Wilhelm!, quantas coisas o meu coração desejaria fazer! Depois de estar junto dela duas ou três horas, deliciando-me com sua presença, suas maneiras, a expressão celestial de suas palavras, e todos os meus sentidos pouco a pouco se tornaram tensos, de repente uma sombra turva meus olhos, mal consigo ouvir, sinto-me sufocado, como se estivesse sendo estrangulado por um assassino, meu coração bate estouvadamente, procurando acalmar os meus sentidos atormentados, mas conseguindo apenas aumentar a perturbação – Wilhelm, muitas vezes nem sei se ainda estou nesse mundo! E em outros momentos - quando a tristeza não me subjulga e Carlota me concede o pequeno conforto de dar livre curso as minhas mágoas, derramando lágrimas abundantes sobre suas mãos – tenho necessidade de afastar-me, de ir para longe, e então me ponho a errar pelos campos. Nessas horas, sinto prazer em escalar uma montanha íngreme, em abrir caminho num bosque cerrado, passando por arbustros que me ferem, por espinhos que me dilaceram a pele! Sinto-me um pouco melhor então. Um pouco! E quando então, cansado e sedento, às vezes fico prostrado no caminho, no meio da noite, a lua cheia brilhando sobre minha cabeça, quando na solidão do bosque busco repouso no tronco retorcido de uma árvore, para aliviar meus pés doloridos, e então adormeço, na meia-luz, mergulhando num sono inquieto – Ah, Wilhelm!, nessas horas de solidão de uma cela, o cilício e o cíngulo de espinhos seriam um bálsamo para minha alma sequiosa! Adeus! Somente o túmulo poderá libertar-me desses tormentos.
Vejamos então, se há outra maneira de imaginarmos como se sente o homem decidido a livrar-se do fardo da vida, que, segundo dizem, é agradável. Porque somente temos o direito de falar sobre determinada situação quando somos capazes de senti-la e compreendê-la.
Mas também na vida cotidiana é insuportável ouvir gritarem, quando alguém se comporta de maneira livre, nobre, inesperada: "Esse homem bebeu demais, está louco." Vocês homens tão sóbrios e sábios, deveriam envergonhar-se!
Os seres humanos abrigam-se em suas casinhas, aninham-se e dominam em seu espírito o vasto mundo! Pobres coitados!
Não tenho mais capacidade de raciocinar, nem sensibilidade pela natureza, e os livros me repugnam. Quando sentimos falta de nós mesmos, falta-nos tudo.
Tenho tanta coisa, e o meu sentimento por ela devora tudo; tenho tanta coisa e sem ela tudo se reduz a nada.
O amor é uma coisa ideal; o casamento, uma coisa real; a confusão do ideal com o real jamais fica impune.
Consentimos que nos apontem os nossos defeitos, aceitamos as punições que deles decorrem, sofremos pacientemente por causa desses defeitos. Mas perdemos a paciência se nos obrigam a pô-los de lado.
Aquele que depois de três milênios não é capaz de se ter na própria conta estará fadado a viver uma vida de ignorância.
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