Poemas de Comedia
EU SOU A ÁGUA
Eu sou água, fluindo livremente,
Nas veias da terra, em cada corrente.
Transbordo de emoções, um oceano a navegar,
Nas profundezas da alma, eu vou mergulhar.
Sou o pranto silencioso da chuva no telhado,
O frescor das cachoeiras em seu brado.
Sou a calmaria de um lago paciente,
Refletindo a beleza do céu, quiescente.
Eu sou a maré que acaricia a praia,
Lavando as tristezas, trazendo alegria.
Nas ondas revoltas, sou força e vigor,
Desbravando o mundo, sem medo, sem pudor.
Sou a gota que alimenta a semente,
Dando vida e esperança, incandescente.
Sou a nascente que brota na montanha,
Canção da natureza, melodia tamanha.
Eu sou água, a essência da vida,
Fluindo eternamente, sem medida.
Em cada gota, um universo a se revelar,
Em cada poesia, minha alma a ecoar.
ISOLADO
As vezes tudo o que eu queria era poder gritar, alto o suficiente pra poder ser escutado, mas acabo buscando refúgio no silêncio, e na reflexão, sei que não pode parecer mas eu perdi minha comunicação, mesmo assim, vivo em uma solitude parcial, nem se eu tentasse, conseguiria me isolar completamente, por isso eu não busco um espaço infinito só para mim, eu busco algo para poder viver, e para acreditar, mas isso se torna cada vez mais difícil.
O amor platônico, tão complexo e profundo,
Um caminho de dualidades que nos confunde.
Na espera, encontramos a felicidade pura,
Mas também a tristeza que nos perdura.
Dizem entender o amor, mas será verdade?
Acredito que é algo além da realidade.
Pois o amor não se compreende, se sente,
É uma jornada individual e envolvente.
Se me cativas, então te amarei intensamente,
Mas será que em seu coração deixei uma semente?
Ah, o dilema do amor platônico persiste,
Sua incerteza me consome e me assiste.
Tu me fascinas, intrigas e dominas,
Em meus pensamentos, tuas pegadas são divinas.
Será que sou teu tanto quanto és minha?
Essa incerteza em mim se aninha.
No meu coração, na minha mente, é tua morada,
Vagando pela minha alma, sem rumo ou estrada.
Até quando essa paixão indecisa persistirá?
Quero descobrir, ou libertar-me desse lugar.
A Vida é malandra
Igual o coração
Te faz sorrir à bessa
Ou chorar aos prantos
E por falar nas almas
Que se escondem nos recantos
Da sociedade, ou da vida?
Não sei te dizer, mas como um poeta sei te sentir
Você sai na rua
Como um lobo solitário
Fora de seu habitat
Com um amor e uns quebrados
Você ainda vê esperança
No que não parecia existir
E passa a enxergar a alma
Que sempre quis.
Às vezes, as palavras são como notas soltas, melodias que flutuam no ar, sem destino certo.
Elas sussurram segredos e desejos, como o vento que acaricia as folhas das árvores.
Nossos suspiros são versos não escritos poemas que se perdem na vastidão do tempo. Eles ecoam nas paredes do coração, como o eco de uma canção antiga e esquecida.
E assim, entre ais e uis, dançamos na vida, cada passo uma estrofe, cada olhar um verso. Somos poetas da existência, compondo nossa história nas entrelinhas do destino.
poema:Relógio atrasado fora dos sonhos.
O tempo passa,passou, e o relógio continuou contando suas horas atrasado como sempre assim como a mulher que deixou o belo homem esperando em uma mesa em um restaurante.
Sussurros tomavam conta do lugar mas o homem nem se importou apenas
esperou e sonhou.
O que sou?
Sou a pena a voar no vento sem rumo...
sem destino..
E sem saber a onde pousar.
Sou o sol sem luz que não clareia terra.
Sou a noite na escuridão com apenas o brilho das estrelas.
Sou a água sem mar que correu para as geleiras e escoou no deserto.
Sou terra, sou mar, sou Espaco, sou luz.
Sou a fusão da atmosfera que transformar-se no todo para ser compreendido.
Sou como a pena que voa pra lugar incerto.
Sou a água da chuva que transborda pela cidade.
Enfim! Sou a natureza que procura o seu lugar de volta destruído pela mão do homem.
Eu descobri,
que nós somos como o preto e o branco,
diferentes e iguais ao mesmo tempo,
estranho, mas nos completamos,
e isso me deixa louco,
mas nunca vai mudar,
esse laço entre nós está perpetuado nas rés do destino e assim continuará até a eternidade,
por mais que pareçamos errados aos olhos de terceiros, aos nossos olhos parecemos exatamente o contrário,
eu vejo-te como a peça que faltava no meu ser,
e o que sinto por ti chegou e absorveu tudo o que encontrou como um buraco negro supermassivo;
desconheço o que sentes ao olhar para mim,
sinto que seja o mesmo, mas, tu não exteriorizas,
bem, nem eu,
e isso que faz com que pareçamos iguais,
como o preto e branco,
um anula o outro, mas nós decidimos nos abraçar.
Me perdi,
No abismo profundo da escuridão,
Te vi em meu lado,
Te faço sorrir,
Te deixo feliz,
Te ajudo a saí,
Você consegue, mais, ainda estou lá,
Tu esquece que a escuridão me persegui,
Até que uma hora fico, Cada vez mais feliz com você no meu lado,
E toda a escuridão se vai,
Me apaixono por ti cada vez mais,
Fico completamente fascinada pelo teu sorriso,
Fascinada por ti,
Fascinada pelo seu jeito de pensar,
Por se encaixa completamente em mim,
Te abro o meu coração a ti, e denovo entro na escuridão profunda,
E você está lá em meu lado,
E denovo quero ti deixar feliz,
E denovo me machuco.
Um sentimento único, que vemos em dois corações abraçados na
eternidade do sempre e na felicidade que Deus à criou.
Ela cresceu na cidade e ele no deserto da solidão, quem diria e quem dirá o amor em construção, o imperfeito que habitava, já fugiu com a solidão.
Antes de tudo “Ela chorava e chorava” Mas tanto quis ser feliz e clamava, e num beijo a mágica da vida aqui acontece.
E Ela sorriu tanto, sim sorriu. Agora são um só coração, uma só carne e um agradecimento ao Pai, que gratidão.
JUBILA CANÇÃO (soneto)
Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu
Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão
Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu
E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
VOCÊ...
A falta de sua presença, machuca.
Meu coração numa cumbuca.
A saudade é sentida.
Na alma reprimida.
A solidão no íntimo.
Sinto falta do mimo,
hoje está mais apertada, dolorida ,
ferida...
Ouvi Bethânia, tomei vinho, fiz uma massa.
A emoção numa arruaça.
Queria você aqui.
Está saudade deflui,
na saudade de você!!!
Agridoce...
É estritor.
Com amor!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
SONETO DO AMADOR
Amador é o desejo do ser amado
Vive desejando mil formas pra achar
Se no amor não tem o que imaginar
Pois é virtude no ato de ser desejado
Se nele se tem o ser transformado
Onde mais o amador quer desejar?
Pois só assim o bem irá conquistar
E o afeto na alma então será liado
Mas se pouco for o desejo no olhar
Pouco o amador terá encontrado
Aí por ele, o amor, então vai passar
Se ao amador o amor é cobiçado
Então deixe o amor lhe alcançar
Pois o verbo dum amador é amar
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
POEMA PARA UM BOM DIA
Um novo dia vai se formando
É o raiar do sol num novo amanhecer
Que a gratidão e alegria estejam no comando
Pois é a vida nos convidando pra viver...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
CERRADO SECO (soneto)
Ah! plangente cerrado, quente, sequioso
Ventos abafados, denodados, e ao vento
Dormente melancolia, e tão portentoso
Murmurejante e, navegante de lamento
Sol queimoso, unguinoso, tal moroso
Que no seu firmamento vagar é lento
Inventando no tempo variegado iroso
Parindo nuvens dum cinzento natento
Securas secas, e que secam ardoroso
Veludos galhos, veludosos e poeirento
Que racham sedentos num ardor ditoso
Ah! cerrado seco, de ávido encantamento
De um luar num esplendor esplendoroso
Da lua de contornos, no céu monumento
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
ÁRIDO, MUITO ÁRIDO, SECO
Árido, seco, muito árido
O vento do cerrado leve passa
Contigo leva o sonho parido
E vai-se entre tortos galhos, arruaça
Assoprando na melancolia alarido...
E eu sentado no banco da praça
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Amo a poesia do vento,
As rosas do mar !
Amo o cheiro da mata
os rios a falar
Vem das folhas o verde
Vem nos versos teu cantar
Vejo pássaros quando te sinto
Encontro o sol, o luar...
Sonhos dançam na minha mente
Poemas me fazem girar
Giro giro na melodia
Viajo no teu olhar !
Disforia..
Maldita disforia, você tem uma crise e não pode fazer nada, tudo te incomoda, você tem medo de estar marcando os intrusos.
Não se sentir suficiente, usar uma blusa de frio num calor imenso, e não poder sentir a camisa na pele pois vc não tem a porra de um corpo masculino totalmente, querendo poder nascer de novo e dessa vez.. " certo" ...
A História prefere Lendas do que homens e mulheres.
O homem e a mulher caminha na terra por pouco tempo, mas daquilo que aconteceu antes da sua vida ou do que virá a seguir, não sabemos nada.
A lenda de um rei e homem incomparável de um poeta aventureiro e romântico inesquecível e lendário.
De todas as perdas o tempo é o mais irrecuperável porque nunca se pode reaver.