Poemas de Comedia

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O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.

Pra você que fala mal de mim pelas costas, me desculpe, mas você não é pessoa o suficiente pra vir falar na minha cara.

Não existe o esquecimento total: as pegadas impressas na alma são indestrutíveis...

Quantas palavras foram gastas para falar do silêncio. Quantos abraços foram aceitos impregnando o meu campo energético com um peso denso, e quantas vezes me protegi de uma carícia sincera. Quantas vezes suguei e fui sugada chamando isto de bondade. Quanto mais adequada eu tentava ser, mas eu me perdia do que eu era. E abafei minha loucura no peito comprimido para ser socialmente agradável. E escrevi coisas otimistas quando estava sofrendo de tanto medo. E ninguém sabia que aqui do outro lado eu estava chorando. E deixei que me julgassem sábia quando sou apenas mais uma buscadora tateando no escuro à procura da luz que pretendo beber a grandes goles.

Devolver uma pessoa a ela mesma é, quem sabe, ensinar-lhe um jeito de expulsar o que é ruim e ajudá-la a cultivar o que é bom.

"A sorte favorece os audazes." (Virgílio) E quando entrar em um negócio, entre com a seguinte posição: "Sabe quando eu vou parar? NUNCA." É assim que tem de ser.

A fruição desencanta muitos bens e prazeres sensuais, que a imaginação, os desejos e as esperanças figuravam encantadores.

Há na cultura mundial de hoje toda uma mitologia, toda uma idealização das revoluções, como se não fossem acontecimentos separados, mas sim etapas de uma caminhada em direção à liberdade crescente. Pode-se discernir, de fato, um sentido geral e unitário na sucessão de revoluções — mas ele não aponta na direção da liberdade crescente e sim no do crescimento do poder, no do aumento da distância entre o poderoso e o homem comum.

– Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

Antoine de Saint-Exupéry

Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry. Link

Sozinha não posso mudar o mundo, mas posso lançar uma pedra sobre as águas e fazer muitas ondulações.

O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida.

Dedicatória:
Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.

Quando você começa a visar a ideologia da América, a comédia se torna perigosa.

O nosso amor foi como uma comédia romântica, nós vivíamos brigando. Lembra, Stiles? Lembra quando brigamos pela primeira vez? Você foi na janela do meu quarto com um rádio, você pôs minha música favorita, e começou a cantar. Era noite de Lua Cheia, eu não aguentei e comecei a rir. Você sorriu e disse: “Me concede essa dança?”. Até então estava tudo bem, mas quando eu fui pegar na sua mão, meu pai apareceu e estragou tudo. Primeiro você riu, então percebeu que ele estava sério e se jogou da janela. Eu confesso que naquele dia fui dormir sorrindo, rezando para sonhar com você. Mas você era um pouco clichê. Era sempre a mesma coisa. Quando brigávamos você ia na casa dos meus pais, com um buquê de flores e com aqueles cartões decorados, cheio de coraçãozinhos com frases de filmes. Sim, Stiles, eu sei que você só aceitava assistir filmes românticos comigo, para ter idéias ou para me mimar, você odiava me ver zangada. Mas você se enganou, o nosso amor não era como um filme, não podia ser. O nosso amor era real, não era por trás das câmeras, não tinha roteiro. Porque era o nosso amor, era a nossa história.

Como no teatro (que reproduz o cotidiano) a vida também é feita de muita comédia e drama.

A razão mais forte que ainda me prende a vida é o fato de estar vivo;E esta é a comédia que eu vivo e a tragédia que ignoro.

O amor é um filme de comédia paradoxal, no inicio você chora por felicidade, no final a felicidade chora por você.

A vida é uma comédia pra quem vive uma tragédia pra quem morre nada pra quem não se arrisca e uma história pra quem vê de fora.

A vida é uma tragédia e uma comédia ao mesmo tempo. Depende somente do ponto de vista, se pessimista ou otimista.

Gosta de filme de comédia? Precisa nem ir ao cinema, a vida já é uma comédia, às vezes trágica, mas uma comédia.