Poemas de Chuva
Samba / Canção
Sol
Esse choro que o mundo não vê
Pinga dentro de mim e faz eco
É a chuva que rega meu ser, o solo de um coração infértil
Então o sol, noutro dia vem
Arde minha vista em beleza, e eu choro pra fora também
Deixa pingar, toda chuva que há em você
E que pingue pra fora, para os lábios regar e o sorriso florescer
Essa chuva é feita de sal
Essa chuva é feita do mar
Que habita meu corpo, meu peito, ele vem o meu rosto banhar
Essa chuva é feita de sal
Essa chuva é feita do mar
Que habita meu corpo, meu peito, ele vem o meu rosto banhar
Lava, lava, mar
Meu rosto, meu corpo,
Eu vou recomeçar
Lava, lava, mar
Meu rosto, meu corpo,
Eu vou recomeçar.
VIDA
O cair da chuva é VIDA
O clarão do sol é VIDA
Passarinho, calor e céu,
Flor, abelha e mel é VIDA
O anoitecer,
Cruzando as dimensões, VIDA
A lua tocando o mar é VIDA
Eu e você,
Quando será que vamos ser
Uma única VIDA?!
Fazer amor com calma,
Transcender a alma em VIDA
Pertencer só a você, esquecer
Toda maldade viVIDA
A gratidão se torna VIDA
O prazer da carne e espírito
O sorriso, o sentir e admitir,
Cada palavra escrita é
VIDA.
Só quero ser LIVRE
Dia de chuva
Parece que tem gente que só cobra e reclama
Hoje pra mim
Vai ser dia de rolar bolas em poças d' água
E ver os cachorros lavarem as patas na rua
Aqueles dias em que não se sabe se é preciso abrir guarda chuva
Ou molhar o cabelo
Enquanto se corre atrás da carroça
Que grita lá fora :
Compro ferro velho ...
E você se lembra de se livrar de suas grades
MOSTEIRO DE SÃO BENTO
De beleza arquitetônica,
em Olinda fica o templo,
resistente a Sol e chuva,
atravessa muitos tempos,
do Brasil colonial
à missa dominical,
o Mosteiro de São Bento.
Venha chuva
deixe de ser passageira
more em mim como a uma veia que pulsa e corre a cada bater.
Dance de ante as batidas do meu coração
mostrando que dentro de nós reside uma canção
e que nada no mundo irá te fazer parar de dançar.
Pule, rodopie e se jogue, mas tudo o que te peço
é que passageira a ser tu não volte
pois mesmo sendo sua vida corriqueira
aí de mim se perder mais uma veia.
MINHA OUTRA METADE
Você veio como chuva de verão;
Me surpreendeu, encheu meus olhos de lágrimas e encharcou o meu coração de amor. De repente você foi crescendo...
E o berço já não mais lhe coube. Mas nos meus braços você ainda cabe. Assim como Deus tirou Eva da costela de Adão; você foi tirado de mim: minha outra metade. Como água; você ocupa cada espaço daqui de casa, e vai ocupando do meu peito também. Quando vejo já é noite, e você está dormindo. Nem parece aquela criança agitada de durante o dia. Você é o sonho de Deus, e eu passei a sonha-lo também.
Enquanto o mundo está se acabando lá fora, você dorme como se nada estivesse acontecendo.
Você foi crescendo e o tempo da vida foi tirando você de mim. Logo ficarei velha e voltarei a ser uma criança como tu também. E você cuidará de mim. O tempo é danado: a cada dia vai esculpindo na minha faça rugas, deixando meu cabelo da cor das nuvens. Meus olhos um dia já não mais verá você tão bem. Mas imaginarei teu sorriso gostoso sem nenhum dente...
Eu sentirei teu toque, teu cheiro, o cheiro da minha criança linda. Quero sempre ter meu rosto molhado com teu beijo...
Você se lembra
Quando a chuva caía
E você pensava que estava sozinha
Eu já está lá
Você dizia que precisava de um tempo
Mas não tinha tempo ...
Eu olhava para o mar
Você se acostumou com o medo
E te fizeram acreditar que ficaria triste
Eu eu cantava as músicas que te divertiam sozinho em algum lugar
Então você me aceitou
Mesmo sabendo que já éramos um do outro
Eu disse :
Não preciso lhe procurar
Você está em todo lugar
A densa noite cobriu-se de chuva
Que alagaram ruas e vielas
Vestido negro, assim como uma viúva
Saiu trancando portas e janelas.
Silenciosa a velar mistérios
Que na Cristalina luz do dia não existe
E vão seguindo com semblantes sérios
A chuva, a noite e o instante triste.
Somos como o início e fim do dia, tão parecidos e, ao mesmo tempo, tão distantes. Somos a chuva que outrora desfaz a seca, e por momentos causa destruição. Temos o dulçor do mel e o poder na (diabete), somos o dia chuvoso em pleno sol; o calor das cobertas no inverno; a irritação dos que anseiam o pior.
O amor nem sempre é justo, e quem disse que seria?Deveria acreditar nas improváveis da desdenha!? Aposentar-me na loucura do ser único? Deveria abraçar-te e encerrar todo esse amor, pois ele, não é justo.
O cheiro de chuva com seus artifícios
Imagens de infância
Sinetes, avisos: é preciso viver
Como vivem as luzes assim
Luzindo nos aços
Você indo lá fora pra olhar
O lugar onde tantos olhares
Cederam a vez a espaços vazios
Que deixamos ficar sem abrigo
O inimigo imaginário
A força da imaginação
O ponteiro, o vento, o calendário
O céu, que não tinha esse azul
Não era assim
Chega a ser engraçado
Mas não era assim
Tantos passos
Se forçar a vista, dá pra ver o fim da estrada
O cheiro da chuva
Um meio sorriso
A primavera que não veio
É preciso viver
Como vivem as luzes
Mais nada.
Edson Ricardo Paiva.
O vento sopra a janela do quarto.
26 de novembro marca o calendário.
Barulho da chuva que cai no telhado,
Goteiras deixam o piso molhado.
A noite foi tensa, sonhei com o passado.
Na cabeça uma dor intensa
Tem me atrapalhado.
No criado mudo, um quadro
Com nossa foto virada pra baixo.
Ao lado uma garrafa de whisky
E um maço de cigarro.
Na cozinha, a pia cheia de vasilhas.
Roupas jogadas no chão da sala.
Mas, tudo bem, não tenho esperado por visitas.
E assim os meus dias vão passando...
De casa pro trabalho,
De trabalho para casa.
Comida congelada
Pra despistar o vazio em mim.
O mesmo disco antigo
Sempre tocando no meu velho radinho.
Um bom jazz pra me acalmar.
Enquanto olho para o relógio na parede
E vejo o quanto o tempo passa devagar.
Você se foi cedo demais.
E agora falta metade de mim.
Já não me sinto inteiro.
E nem sei se algum dia voltarei a me sentir.
Não tenho sentimentos.
Vivo um The walking dead,
E ninguém entende esse meu lado sad.
Pois, minhas dores não são divididas...
É um peso que apenas eu devo carregar.
Então, antes de dormir,
Já meio baqueado
Me lembro dos nossos momentos juntos...
Dou um sorriso de lado.
E logo apago.
E assim meus dias tem se passado.
Esperando ouvir sua voz
Se despedindo de mim,
Para quem sabe assim
Me libertar do passado
E enfim, conseguir seguir em frente.
- R.V ✍🏻
Chuva, aquela que cai lá fora, transborda nas folhas, alagam as caules
Ela também cai aqui dentro, goteja no rosto, inundam as vestes, retratam as marcas
O volume não dita a beleza, a tragédia, o que mostra é a gente, e dentro da gente, o sol não se põe, só chove, só molha, aqui chove, enchente.
Desta janela, eu vejo
a imagem de um céu em névoa,
chuva molhando a terra,
árvores em roupagem de flores
já é novembro,
e ainda estamos aqui,
pegadas deixadas no tempo
o vento é apenas silêncio
uma página de meditação
chegou o frio!
vi o fio acendendo as luzes
fez-se, tarde do segundo dia
é magia, brilhante,
Oh! viajante iluminado;
em versos simples,
em solo sagrado
pastos verdejantes,
mensagem de paz
È preciso muita coragem,
para enfrentar essa estrada, esse frio, esse vento e essa chuva,
-- Pensei em voltar, disse o viajante: mas como voltar se já não sou quem eu era quando sair ?
Meu lugar é aqui, peregrino....
A chuva ainda tem brilho?
O céu está caindo lá fora, nós estamos aqui dentro. Eu quero ser sua essa noite. Só essa noite.
Quero poder sentir você de perto.
Passar as mãos pela sua pele clara e quente, sentir seu coração batendo devagar, calmo.
Quero beijar você, te saciar, escorregar minhas mãos pelas suas costas, só por uma noite.
Quero ser sua.
Me ame como se pudéssemos fazer isso pra sempre, desenhe minhas curvas, me agarre, se prenda dentro de mim e esqueça que eu vou embora.
Eu sou sua, só hoje.
A luz dos raios que iluminam a janela deixam seus olhos lindos, amor. O frio se intercala com o calor dos nossos corpos.
Você é lindo.
Não me faça sangrar, por favor.
Irei sumir ao amanhecer.
Mas por essa noite, esqueça que somos só amigos.
A chuva ainda tem brilho.
Esse céu cor de chuva azul cinzento, enfatizando o meu dia, uma terça comun em que se acorda a cinco da manhã meio desbotado, sem saber o fim da semana, o fim do mês, o fim do ano o fim da vida. Se toma um café e se envelhece mais um dia, se mistura ao cinza do dia, até que um dia azul da vida, de seu sopro e se torne o cinza do pó.
PauloRockCesar
Dia de chuva
Para refrescar as manhas ensolaradas eu me lembro,
Final da primavera, época de flores e perfume.
Nada nelhor que a chuva fina de Dezembro,
Acompanho com um café, como de costume.
Entranhas
Esse barulho de chuva poderia ser nossa trilha sonora.
Essa lágrima minha que de volúpia chora as vezes líquida, gasosa e sólida.
Que sai correndo pelas duas colinas de seu copo anunciando a flor do desejo que vigora na alma agora.
Duas aureulas no submundo do espírito
é um lindo desejo o seu peito o mel perfeito!
A alimentar meu beijo profundo são asas
a movimentar as entranhas da carne que arde
No calor do seu lindo corpo e tem o sabor de sua sedução.
E com os toques de suas mãos o amor sempre ganha e levanta a bandeira da paixão.
Toda magia e as alegriss são como chuvas misturadas com a sensação e a imaginação...
Que nesta louca e doce estação você existe
Já feitacanção que toca os lábios.
Como uma contemplação que vem lá de dentro do vulcão do coração...
Sou eu a pura irrupção quando sua respiração cola no meu ouvido...
E o infinito calor de sua boca vem com ecos do além...
E faz na minha alma também acender,
E a gente se reveste de esperança para nossa semente reviver e viver
E no calor de seu corpo eu e tudo transcender!
Pois a vida passa rápido e a gente
em um segundo tem muito para aprender...
Com seus olhos castanhos
o rio acaba dentro do azul do oceano.
E o que eu amor é eterno
como óleo da lamparina
que sustenta a luz acesa.
E a beleza de sua alma vem e navega
dentro de mim nas eternas hora da vida
Até que a morte ensista
a me levar junto dela
E talvez nem assim
o desejo por ti passa..
Convite
Segura em minhas mãos
vamos correr nos campos
banhar no mar
saltitar na chuva
matizar o céu
para escrever em mim
contornos relevantes
uma história de amor
com versos de paixão
que contemplam a alma
nos olhos utópicos
da minha existência
@zeni.poeta
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