Poemas de Avô

Eu também mereço o Nobel: descobri que o meu relógio biológico é movido a corda. E o do meu avô era uma ampulheta.

⁠Se ainda tem avô, avó tem Natal de verdade, aproveitem como se fossem o último.

Minha avó sempre dizia que o tempo revelaria muitos absurdos. À medida que a vida avança, percebemos que suas palavras eram proféticas, testemunhando um mundo onde o inusitado se torna comum, e a sabedoria de gerações passadas continua a guiar-nos diante do inesperado.

⁠A minha avó sempre separava um pouco de comida, pois caso algum mendigo viesse pedir alguma esmola na porta de sua casa, pelo menos alimento ela teria para doar. O meu avô mandava todo mundo para a cucuia quando lhe cabia esse direito. A diferença é que se as duas situações estivessem ocorrendo em nossa época, a minha avó seria vista como uma heroína e o meu avô, visto como um vilão, sendo que ambos estavam praticando o que já deveria ser considerado algo nada de mais. Sociedade doentia é assim mesmo, sobrevive de radicalismo sentimental!

⁠Minha avó na cama deitada, e a Jolie parou de andar... ISSO sim é ver a carne fraquejar.

⁠Um avô e uma irmã à vista, em um dia que guarda a memória de uma tristeza nacional, não, não me senti no direito de falar qualquer palavra, o meu atrevimento tem limite que se chama respeito; então ficou apenas o olhar de presença que é de: força.