Poemas de Angústia
ANGÚSTIA ETÍOPE
A  minha mãe rezava pra todos os santos 
E  para alguns deles cantava
Meu irmão era umbandista e queria fazer a cabeça, 
Jogar búzios e trazer a pessoa amada... 
A minha vó,  como eu, era louca de perder a cabeça  
E guardava as estrelas que podia 
Num saco de papel crepom 
Um dia saiu de casa 
E  tomou banho de mar na praia do Leblon, 
Depois foi vista na mata do governo, 
Desde então nunca mais apareceu 
Agora  a vejo de vez em quando pelas praças 
Como vejo todos os que já morreram, 
Carrega um saco cheio de luzes cambiantes... 
Nossos destinos se perdem quando perdemos o tino 
Acho que minha avó foi vítima da paixão, 
Já que perdera o marido que um dia partiu
Meu irmão foi vitimado pelo coração
Morreu solitário, mas não sozinho
Minha mãe sempre cantou com muita afinação
As canções de amor e devoção que com ela aprendi
Herdei seus cabelos em desalinho 
O olhar perdido no vazio 
E a angústia etíope de nossos antepassados...
AÇOITE
Aglomeração
de vultos
vagam
no porão
da noite!
Há
uma
angústia
estagnada
nas metáforas
do medo!
O silêncio
é
um 
açoite!
COM DEUS VENCEREMOS
Profª Lourdes Duarte
Todos nós passamos por determinadas angústias, ansiedades e sofrimentos, pois algumas das controvérsias  da vida são imprevisíveis e inevitáveis. Mas Deus é o artesão do espírito e da alma humana e com Ele venceremos todos os sofrimentos e mazelas. Não tenha medo!
Depois da mais longa noite surgirá o mais belo amanhecer. Espere-o.
Ruas vazias
Apenas há passos
Compassos e ecos
Do pisantes vacuo escutar
Sentir angustia meu ver
Mas preciso inteiramente
Abraçar o que existe 
O que resta, dessas ruas vazias.
Kaike Machado
Chuva 
Cinza está
Horizonte escuro 
Uiva a natureza
Vasto cenário triste
Angustiante eis as lagrimas que caem
Lamentos
Lagrimas em vão
Angustias passadas 
São passados machucados
Sofrível apenas serão falta
De um sentir vazio 
Kaike Machado
MARIA
Passo a noite angustiado, 
Impaciente para raiar o dia.
Perambulo por todo lado,
Tentando encontrar Maria.
Penso ouvir sua voz no alvor do dia.
Entorpecido, ponho-me a despertar,
Os sussurros parecem aumentar,
Abro os olhos e não vejo Maria.
Disfarço com muito jeito,
A hora chegada é triste e tardia, 
Coração destroçado no peito,
Olho por todo lado e não vejo Maria.
A passos lentos e futuro incerto,
O fim da jornada não tardaria,
Olhos marejados, sorriso aberto,
Na curva da estrada acena Maria.
RETORNAR…  POR QUÊ?
As pernas andam no passo que pode
Enquanto a angústia foge do compasso
Coração acelera sem trégua
Neste panorama sono corre légua.
Mas os sonhos não adormecem
Porque o meu pensar sobressai nas palavras.
E neste emaranhado de verbetes
Como não questionar a sabedoria da natureza?
O cacto rústico cheio de espinho
Não agride a sensível  suculenta
Não há conflito com a suave rosa
Nem disputa de aroma com o jasmim.
Sua raiz pregada  no  chão
Extrai  o melhor da aridez do sertão
Não se contamina com a impureza 
E tudo converge para a perfeição da natureza.
Não sou de grupo  codinome
Nem sou conhecida por cognome
Somos José,  Maria, João, Genuzi... Sem sobrenome 
Sou ativista.  E, me apresento com  nome?
Lembrem-se: - Os direitos trabalhistas
Foram conquistas 
Não de um militante exangue
Mas a preço exorbitante   de  sangue. 
Retorno  a década de sessenta
E a memória retrata  Pietá
Que ampara uma pessoa querida
Sem o sopro de vida.
E quando a estátua se materializa
Protagoniza a própria Pietá
Nas famílias  sem brasão nem divisa
Que na sua dor não aprecia o voo da borboleta.
Sobressaiu a minha mesquinhez
E retornou a minha lucidez
Pensei nas angústias de Severino, Joana,  José, Maria...
Que não é  estátua com avaria.
Não somos oriundos do regime  teocrático
Estamos em um  regime democrático
Por que ressuscitar a ditadura
Era de sofrimento e tortura?
Veja a  junção de rosa e cacto
Que jamais fizeram pacto
Então, analise e converse sobre a história
Porque foi delineada  outra  trajetória. 
Despedem-se do verde quando chega o momento
Porque cada um tem o seu espaço
Cumprem suas funções de florir em seu tempo
Simples assim companheiro: - Dê-me um abraço.
Carrego trovões em minha vida.
Carrego angústia em meu peito.
Carrego o cinza em meu mundo.
Carrego infelicidade em meu coração.
Carrego apenas uma vida sem compaixão!..
Quando você se posiciona
frente a uma situação a qual
lhe causa medo, dor e angústia.
Você se posiciona frente a 
si mesma, quebrando assim 
um ciclo de aprisionamento.
O que a angústia nos ensina?
Ensina que precisamos sentir, pensar, agir.
Ela nos faz crescer e evoluir.
Se deixarmos que torne-se parte integrante de nós, ela será como um câncer terminal, totalmente devastador.
Não entregue-se! Dói? Sim, mas tire a maior lição de tudo isso, faça da crise oportunidade para ir além.
Não se vitimize, seja a melhor influência para a sua vida!
Tomar consciência das
nossas dores e angústias
não é fácil.
Porém o enfrentamento é
necessário para criarmos
estratégias para vence-las.
Ó almas santas e benditas do purgatório! Ó almas que passastes pelos sofrimentos e angústias da morte! Ó almas dos afogados, queimados, torturados e fuzilados na guerra! Ó almas dos meus parentes e amigos falecidos! Ó alma dos assassinados, encarcerados e injustiçados! Ó almas dos escravos e dos pagãos bem-intencionados!
Ó almas esquecidas e abandonadas! Ó almas santas e benditas do purgatório que estais sofrendo e penando para alcançardes a purificação completa para depois entrar na vida eterna! Almas santas e benditas, eu rogo e intercedo por vós diante de Jesus Cristo, o Salvador.
Ó Jesus Cristo, pelo vosso suor de sangue, pela coroa de espinhos, pelos pregos nas mãos e nos pés, pelo golpe de lança em vosso coração, pelo último suspiro na cruz, aliviar as dores e abreviar as penas das almas santas e benditas do purgatório. E vós, almas santas e benditas, vinde em meu auxílio, socorrei-me em minhas angústias. Atendei o meu pedido, ajudai-me a resolver o meu problema.
Pelo sangue de Cristo derramado na cruz, lançai-me de Deus Pai, a graça de que tanto necessito. Por Maria, a Mãe das dores e Nossa Senhora do Monte Carmelo, a qual prometeu socorrer almas e livrá-las do fogo do purgatório e atender as suas súplicas, alcançai-me a graça de que tanto necessito. Amém
O grito
A angústia morde os lábios
Árido de tanta perturbação 
A alma gretada cata os sábios
Fundamentos do terno coração
Ardendo o pedido de socorro
Sufocados no amorfo pulmão
Onde a erudição se faz forro
E manta das quedas do coração
O corpo chora as agonias 
E o alarido estridente uivo aflito
Tentando cuspir arrelias
Das entranhas num seco grito
© Luciano Spagnol 
poeta do cerrado
06/08/2012,  18’58”
Cerrado goiano
Quando a carne se angustia, o mundo tenta seduzir e o Adversário se enfurece, é sinal de que vem Grande Vitória!
Creia!
LCS
CICLO CICLO CICLO CICLO CICLO CICLO
Da angustiada nuvem o sobrepeso escorrega
para os mares e o solo, que inteiro se rega.
A terra sedenta revive, produz, alimenta
e a água devolve para a nuvem alvacenta.
O meu tempo é  o que espero.
A minha vontade o  meu sonho.
O meu fazer a minha angustia.
O meu olhar o tempo.
O amanhã o renovar.
O sentido a conjunção. 
A certeza  a alegria. 
O agradecer a felicidade.
E andar levando o vazio no peito
e a ânsia que me impulsionando vai
nas intensas angústias de não viver!...
É que de delírios preciso, e de fortes sentimentos,
e loucos pensamentos, e arrebatadoras histórias viver,
sentir-me vivo na labareda lúbrica
de um tornado em fogo!!...
Amante da tribulação
A angústia triunfa diariamente no meu peito.
Incrível tamanha fraqueza.
Quanto gula pela morte.
Meu pensar vagueia de sul a norte.
Perdoe minha franqueza.
Enfermo a vida.
A guerra de estranheza.
O coração deitado no leito.
O mistério profundo.
Entre sonho e decepção.
Os olhos ganham o mundo.
Mas no próximo segundo.
A entrega.
A frustração.
Será que tem encanto.
Nessa sensível alma.
Assassina a calma.
Aviva a preocupação.
Um Maracanã de ansiedade.
Como explicar a fé.
Como alimentar a esperança.
Incrivelmente pelo desprezo da espada.
Vai à luta desarmada.
Escudo invisível.
Ontem, agora, hoje, amanhã.
Décadas, anos.
Corriqueiramente desde a antiguidade.
A guerra é uma verdade.
É que eu não entendo.
Perco domínio.
Não entendo o coração.
Entre a flecha e o arco.
A espada, a bala e escudo.
A arma do mundo.
A tribulação.
Eu que sofro contrito.
Permaneço aflito.
Eu fui
Eu sou.
Amante da tribulação.
Não porque aprecio.
Porque não domino o equilíbrio da mente e o sentir do coração.
Giovane Silva Santos
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp
