Poemas de Amor que Chega Arrepia
A VAIDADE DO VERBO
Vaidade, vaidade, maldita vaidade
que não deixa a verdade aparecer,
quando digo que não quero estou querendo
quando nego, sou refém a te perder
Quem me dera poeta eu não fosse
para expor de modo simples o meu querer
só assim, talvez entenderias o que sinto
se as palavras fossem síntese do que sou
.
Mas o verbo me embriaga e não atinjo
o que falo ao teu ouvido não chegou
vou calar, doravante fico mudo
vou esquecer por um tempo a vaidade!
Vou ser simples, concordar com o ser comum.
quem me dera entendas o que desejo
com um olhar descuidado vejas tudo
o que meu ego em desespero não enxergou!
Evan do Carmo 27/07/2018
Se sentir flutuar...
Voar sobre as nuvens
no céu de alguém.
Passear pelas belezas que há.
Avistar um sorriso... de canto talvez.
Já é uma dádiva.
E por fim, acampar no abraço
de quem te faz bem!
E ENTÃO…
Então me vi sem norte
Sem porte
Sem porto
Ambíguo e quase menos vivo
Então ouvi seus olhos
Cheirei tua boca
Afaguei teu sorriso
Beijei sua nuvem
Então sorri teu pranto
Uma vida chegando
Duas estrelas, um ventre
Fecundo e tenaz
Então cataclismas - breve torpor de nossas almas.
Então movimentos
Circulares
Círculos de Plotino
Círculos de Hipátia
Círculos de Dante
Universo ensimesmado
Infindáveis questionamentos...
Não caíste em desmantelo
Naquele ano do nosso senhor - tempo
Que o vento não levou e brisa sorridente
Nos gracious com choros enfantes sem dentes
Então chorei teu sorriso
Reguei seu jardim
Então a luz chegou
Poderosa e ofuscante
Então sorrimos o choro...
É bacana essa coisa de se reconhecer em alguém, e o como a vida sempre dá um jeitinho das pessoas se encontrarem pelo mundo afora. Não tem dia, não tem hora, não tem motivo nenhum aparente, e de repente, elas se acham. Qualquer encontro desastrado no meio de uma banca de livros usados, qualquer amor perdido numa mensagem sem eira nem beira escrita numa nota de dois reais, qualquer sorriso exposto na janela de um trem que te leve à outro lugar qualquer, mas que seja reconhecido quando os olhos de quem te vê saiba que você estava ali. Não se foge do que o coração detecta, pode ser aqui, pode ser numa praia de Porto Rico, pode ser em Londres, Amsterdã ou em Tiradentes, em cima de uma maria fumaça com um sorriso arregalado pra você, quando as pessoas se acham, elas jamais se perdem.
Ricardo F.
É que quando não está aqui, falta sempre uma estrela no céu. A noite é a mesma, o silêncio é o mesmo, os sonhos são os de sempre, mas a sua estrela não está lá. O firmamento, sempre cheio de luzes, continua seduzindo, enchendo de cores a minha vida, mas a sua estrela sempre me faz falta, muita falta.
Ricardo F.
Em desespero noturno
busquei a minha alma
que um dia perdi
sem perceber
numa noite fria
quando ouvia Wagner
as notas valquirianas
embriagavam-me
depois de duas taças de Merlot
soube que esta é a sua cota diária
então, quando a poesia não mais me queria
soube que a musa de apolo me olhava
pelas frestas dos buracos de Einstein
de outra dimensão, surgiu o fio de ariadne
assim a poesia se fez verbo em mim
eu, que outrora mudo não sabia
que no amor platônico de amigo
a mante de fato existia.
ESCULTURA DO ACASO
Somos escultura do acaso,
forjada pelo vento
feita à imagem de Deus
de barro, em fogo, em combustão.
Se Deus não existisse
nós o criaríamos
para garantir um pouco de razão
para termos paz e esperança.
Somos escultura do acaso,
forjada pelo vento
em fuga, em desespero
feita de medo e ilusão.
Somos escultura do acaso,
feita à mão, de sonho,
de angústia e de contradição.
Somos escultura do acaso,
forjada pelo vento
feita à mão do desejo
de vida, de eternidade.
Mesmo sendo impossível.
Se fosse possível veres o que meus olhos veem
E sentisse dentro de si o que sinto.
Talvez, a história seria outra.
Cada dia que passa,
Vai ficando pior!
Vai ficando distante;
Aos poucos desaparecendo…
Estou eu aqui, sobrevivendo.
ǫᴜᴇsᴛᴏ è ʀᴇᴀʟᴇ?
Ah, inofensiva borboleta
presa a seus desejos
em sua teia ardilosa, você à fez crente do fascínio da atração
beijando-a mostrou-lhe o paraíso e, em seu repentino partir
lhe apresentou o inferno.
sᴜʀʀᴇᴀʟᴇ
Eu era sua borboleta, e você fora meu equivoco
Fui uma amarga salvação para o amante do mais doce pecado.
nos perdemos da realidade.
ᴛᴏʀɴᴀ ᴀʟʟᴀ ʀᴇᴀʟᴛà
Na chuva fria, você prometeu não soltar minha mão e me fez
descobrir da pior maneira que a felicidade era um narcótico.
De efeito, limitado.
"Se tiver música,
vinho e poesia,
com você,
até inferno eu iria.
Uma vez lá,
juntos construiríamos
o nosso próprio paraíso...
Não se feche para boas lembranças;
com medo de chorar por saudade.
chorar faz bem! Alivia a alma e faz lembrar de alguém.
Seja gente boa, seja amigo de alguém;
semeie coisas boas, faça sempre o bem;
pois, mais na frente, o tempo cobra, e não perdoa um vintém.
DIFÍCIL DE ENTENDER
De uma chance
Rola um romance .
De um pequeno beijo
Rola tanto desejo.
Palavra te amo
Não tem como explicar
O sentimento imenso
De amar .
Conhecemos pessoas ,
Algumas fazem você bem
Outras fazem você mal
Isso tudo é tao normal.
Incrível o jeito delas
Agem como se fossem belas.
Apenas viva nesse mundo
Sem bobeiar por um segundo
Conheci pessoas erradas,
Me arrependi .
De tudo que fiz
Eu esqueci
Das pessoas eu as fiz mais belas.
João era só,
até encontrar rosa,
João Se entregou a rosa,
ele esqueceu os espinhos,
Se feriu João,
e rosa chorou,
pálida ficou rosa,
Branca que só ela,
limpou as feridas de João,
e João se curou,
com a rosa branca,
que se tornara vermelha,
a cor branca da rosa ficou,
estampada no sorriso de João.
Antes era o Sol
Nem choveu no jardim
Quando você chegou
E hoje que fazia calor
Amanhã fará frio
E a lua será testemunha
Do nosso amor
E de sono caí no chão gelado
Mas estou protegido
Nos teus braçinhos de lã
_Você gosta muito dela, né?
_Gosto. Mas eu nunca disse nada, é tão evidente assim?
_ Às vezes as evidências ficam naquilo que você não diz.
Ricardo F.
UMA BRISA
Parece-me, que no fim de tudo,
o que de fato buscamos é aumentar o prazer
sempre mais prazer.
Queremos o prato feito, perfeito
com mais gordura, mais azeite e vinho.
Queremos o ponto final na obra-prima
o fim do capítulo, resolver o conflito
do nosso mal fadado enrendo.
Queremos o epílogo, um posfácio honroso
como uma lápide escrita em ouro.
Contudo, ao contemplar tudo isso
o que temos é apenas um prefácio
da obra que almejamos escrever.
Queremos o fim da temporada
a plateia animada, em êxtase
com o fim da comédia
ou da tragédia que engendramos.
Ensaiamos tantos atos,
e nunca conseguimos chegar ao fim do espetáculo
à última cena, ao aplauso derradeiro.
Somos só estreia, iniciantes,
aprendizes desse viver comum
sem honra ou gloria imortal.
As cortinas se abrem
e nós nos apresentamos
como digníssimos palhaços
doutores, advogados,
escritores, poetas, artistas,
pintores, cantores, alfaiates,
políticos, prostitutas,
pai ou mãe de família abnegados,
alcoólatras inveterados.
Mas em um belo dia, num fatídico dia
as cortinas se fecham, antes que a temporada se acabe
então nos encontramos com o nosso verdadeiro eu,
é quando tudo termina, e a existência se finda
e a nossa personagem se despe do natural disfarce
assim, o homem não conclui seu último ato
não põe o ponto final na obra-prima,
não resolve o conflito, não escreve o posfácio.
Em vez de eternidade, fatalidade,
estrela cadente,
uma brisa,
sutil e distraída.
Evan do Carmo 30/12/2018
Prisioneiro
Aquilo te faz mal
Tão mal que sentes como um animal em cativeiro
Porque não tens o direito de escolher
Não tens liberdade assim como um escravo
Se foges
Vais para bem longe
Se fores pego
O corretivo é certo, rápido e caro.
Mas o que é correção para quem já não tens noção.
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