Poemas de Amor de Fernando Verissimo
Sou pedra bruta e busco o vento para erodir.
Com suavidade e paciência
Minhas arestas esculpir.
Para toda eternidade, assim
seus feitos em mim perpetuar.
Vagando em uma quarta-feira qualquer,
separada pelo abismo de outros dias de feira, que, desprezíveis, prefiro nem citar, vejo aquele ônibus que, aos domingos, me transporta por entre realidades,
onde embarcam sonhos e saudades que amadurecem durante a viagem e desembarcam como vontades.
Esse ânimo que me dá de largar tudo e pegar esse ônibus pra te amar. Seja nas quartas, ou em todos os outros dias que houver, serei sempre meio, partido, inteiro apenas quando nós.
Outrora você foi um sonho que,
com o passar do tempo, fez-se concreto. Vislumbrei-te como um pretexto para que eu pudesse ser feliz. Tornaste-te platônico, tornaste-te plausível. Tornaste-te real.
Outrora você foi um sonho do qual eu preferia não ter despertado,
para continuar idealizando um ser perfeito. Amei-te enquanto sonho e pretexto, mas, quando real, percebi que a minha felicidade estava bem longe dali.
Devo dizer que não me sinto capaz de um dia me acostumar à maneira como você vai,
sem nunca olhar pra trás.
Te observo até perder-te de vista, e,
quando não mais te vejo,
a vista embaça, pinga.
Aquece em mim toda essa dor,
faz ferver o que necessário for,
para que em mim evapore a angústia.
E faz-te chover, ácida, em algum jardim de indiferenças,
para que se torne estéril o solo onde germinam más emoções.
E dá-se a partida, o motor ligado vibra.
E meu corpo, junto, se alegra:
parto agora dessa odiosa rotina e deixo pra trás esse lugar onde não há você.
Parto-me pra junto de ti, onde volto a me montar, dessa vez, feliz.
Um dia a janela pisca;
Um sol nublado,
farol fazendo a curva.
Uma mensagem descuidada.
Um dia alguém lembra;
da risada desvelada,
do abraço que encaixa
no vazio umbilical.
Um dia ainda vale a pena.
Olhar o outro,
ao invés do espelho,
e ver.
Não faz muito tempo,
senti saudades de alguma coisa.
Pensei em escrever a respeito.
Mas,não escrevi.
Mudaram os dias, e me esqueci da saudade.
E nunca mais lembrei.
Esse poema não é a respeito
da saudade (que esqueci)
mas sobre o poema que nunca
existiu (apesar da saudade).
Em não me desperdiçar narrando,
perdi uma memória.
Uma lembrança que chegou
a doer por um momento,
e inspirou um verso que nunca rimou.
Me perdi em não me desperdiçar.
Alma perdida
Às vezes sinto-me tão vazia
Como se nada mais pudesse sair de mim
Eu abro e fecho portas
Acendo e apago cigarros
Abro e fecho as mãos
Acendo e apago desejos
Nada mais sai de mim
Nem mesmo essas palavras
Elas saem do vazio
Que tomou posse do que fui
E quando é assim e nada sai de mim
Não vejo o início, não vejo o meio
E isso me acende o desejo do fim
Talvez eu tenha saído ou sido retirada
Por isso nada mais sai de mim
Seria um anjo caído?
Um andarilho sem rumo na estrada?
Alguém viu minha alma?
Acho que ela foi roubada
Quero senti-la de novo
Mesmo se estiver quebrada
Busco ser atemporal
Em ciclos onde se medem
A vida com ponteiros
E calendários construídos
pelo próprio ser humano
Que inventou o tempo para
Medir sua própria finitude.
Sou eterna em cada dia
Que rompo o anoitecer.
garoto do olhar profundo
por que me olhava assim?
começou com troca de olhares por instantes
você sempre passava por mim e
olhava no fundo dos meus olhos
por que me olhava assim?
de uma coisa eu sei
você teve interesse… mas eu
não tinha certeza sobre o que eu sentia.
BEM NATURAL
Quisera a vida
E suas quimeras.
Feito flor de primavera
Quisera encontrar um canto
Num canto guardado
Só para eu achar e ouvir
Nas entrelinhas das canções
Um sorrir desenhado
__Tudo imaginação.
Quisera esse pensamento
Ser feito de vento que toca as folhas
E as fazes nas árvores dançar
Como filho pequeno que quer nos braços
De sua mãe baloiçar.
Eu seria essa flor de primavera
Pintada, as vezes de amarelo
Qual o girassol.
Ou mesmo esse canto
Saído de um piano secular
__Alguém está dentro dele
Parece um precioso lar
Eu quisera lá guardar, nossos segredos.
Moldar nossos medos.
Ou mesmo, ser aquelas folhas que dançam
Sem cor e sem nenhum pudor,
Sem nenhum poder sobrenatural
Mas naturalmente
Bem natural!
As estrelas, testemunhas silenciosas, piscam como lágrimas no firmamento, e o coração, em sua solitude profunda, sussurra segredos ao vento noturno, onde o silêncio é mais denso que o abismo, e a alma se perde em sua própria escuridão.
Nas ruas desertas, os passos ecoam, como memórias perdidas em um livro antigo, e o olhar solitário busca nos rostos anônimos a promessa de um encontro que nunca virá.
O mundo, um palco de sombras e ilusões, nos afasta uns dos outros, como náufragos solitários. E o desejo de conexão se transforma em saudade, uma ânsia inextinguível por algo que não sabemos nomear. Na promessa de um amanhã que nunca envelhece, apenas um refúgio contra a indiferença do universo.
Na névoa dos meus devaneios soturnos, sou o eco vazio dos risos noturnos. Marionete, sim, fui um dia, em gestos incertos, mas agora sou tempestade, em meus próprios desertos.
Rebeldia com causa, na alma se entrelaça, ergo meu ser, em desafio ao absurdo, não temo sofrer. Na escuridão profunda, vou além do plano. Sou o vazio, a negação encarnada, em meio ao caos, minha alma desolada. A marionete que um dia se libertou, do controle do destino, enfim se encontrou, despertou, se revoltou, é meu dedo do meio erguiado para o gepeto.
Leviatã indomável, grito corrosivo, nas profudenzas do meu ser. Anos passam, e ainda persigo. Nos mares da existência, desprezo os levianos, que ousem me deter.
Eu vou alcançar o lugar que almejo, mesmo que isso me leve anos. Você pensa que me matou, mas só me causaram leves danos.
Minha busca é insaciável, implacável, ferido, mas não derrotado. Eu sou como a cena do Thor chegando em Wakanda. Então, leve-me a Thanos. Na suposta arrogância insana, que venham os desafios, eu vou e mostro que sou a própria chama, pois sou imparável. Anos podem passar, mas eu persistirei, na busca incansável pelo que desejei. Alcançarei meu destino, a despeito do que inclusive pensei. Desafiando a esperança, dançando na dor, pensaram que eu sucumbia, que desvanecia, enquanto a cada dia só florescia. Aprendi com meu fardo, sou libertado, não estava rendido, dos escombros, renascido.
Pensaram que eu tombava, que estava condenado, mas apenas feriram a superfície.
Na escuridão do abismo encontrei meu refúgio, onde o mundo treme e outros temem entrar, é lá que encontro minha verdade. Onde outros não ousam eu vagueio, minha liberdade floresce, enquanto outros se perdem, minha alma engrandece. Assim como Harry, no sussurro das cobras, nas estranhezas do mundo, encontro minhas obras.
A liberdade reside onde outros não ousam pisar, eu escolhi o caminho da serpente, foi no abismo que encontrei a força para criar.
A morte é o fim de tudo, ou o começo de nada?
Não há resposta, só silêncio, e o vazio que nos devora.
O vazio é a essência da vida, ou a negação do ser? Não há sentido, só angústia, e o vazio que nos consome
O vazio é o destino final, ou o eterno retorno?
Não há saída, só abismo, e o vazio que nos espera.O existir é um erro?
Não há sentido na vida, por que teria esperança na morte?
Somos apenas sombras errantes em um mundo sem luz, buscando um alívio ilusório em um abismo sem fundo.
Nada nos salva da angústia; nem a fé, nem a razão, nem o amor. Somos condenados ao sofrimento e à insignificância do ser. Alguns contentam-se com verdades que não são mais que sombras, afogando-se na superficialidade de explicações tolas. No fundo, a busca por respostas vazias é uma fuga desesperada da angústia que nos consome. Eles são os cegos da luz e os surdos da paixão. Não conhecem a si mesmos, nem o mundo em que vivem. Eles não sofrem, nem gozam, eles apenas sobrevivem.
A única saída é o silêncio. O silêncio da alma e da mente. O silêncio que precede a morte, e que sucede o vazio.
Lei de Murphy é uma lei informal e universal que, em tom de humor, fala da probabilidade e capacidade que as coisas têm de dar errado. Sendo assim, se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará errado. A lei estaria atrelada a leis de probabilidade. Fique muito atento:
Ocorre muitos acidentes em virtude de você não obedecer está lei: Os PEDREIROS, MECÂNICOS, JOVENS, IDOSOS E TANTOS OUTROS QUE NÃO AVALIAM OS RISCOS DE OCORRER ACIDENTES.
Exemplo: aquele idoso que não mantém dentro de casa aquela escadinha de mil utilidades e ao trocar a lâmpada usam a cadeira para se apoiar, muitos deles acabam se desequilibrando e caem; acarretando inúmeras conseguencias. Quem obedece a lei de Murphy, vive mais e sem sequelas.
Quem nasceu pra ser rocha pode ate sentir o tremor do terremoto mas a estrutura permanece firme.
Weder Henrique de Freitas.
Solidão:
Baby, me sinto solitário.
Ahh, sim, quem diria né.
Recém casado e mais abandonado doque um pobre coitado deitado na beira da estrada.
Uma vez um sábio me contou que: Sempre apontamos nos relacionamentos acabados erros que nós mesmo cometemos o tempo inteiro.
Talvez o Nelson Rodrigues estava certo quando disse: "Não existe família sem adúltera."
O TEMPO
O algoz e o herói
Nos prende até nos preencher do necessário
Ou talvez nos comprime até nos esvaziar
Para assim estreitos, sermos a própria chave que adentrará a fechadura
Deixando para trás a prisão
Na liberdade, agora sem porta, paredes, fechaduras...
Sem barreiras
Sendo o Nada e o Tudo
(C.F.S)
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp
