Poemas da Terra
Fecho os olhos
Tudo esquecido
Numa terra
Distante dos meus sonhos
De vontades e intenções
Tudo perdido
Num lugar
Distante de mim
Uma viagem sem volta
Num amor sem fim
Que abraça a alma
Na poesia da vida.
O lavrador espera o precioso fruto da terra aguardando-o com paciência. Assim é o líder promissor ao saber que o desempenho de sua liderança será fértil e produtivo.
José Guaracir
Mulheres de Pano e Terra
Vieram de longe, cruzaram o mar,
trouxeram a cruz, o aço e a fome,
tomaram o chão, queimaram os nomes,
fizeram o sangue da terra jorrar.
Os povos caíram, as terras sangraram,
ergueram engenhos, correntes, senzalas,
o açúcar crescia, o latifúndio mandava,
e o povo do Nordeste aprendia a lutar.
Mas quando o homem partiu sem aviso,
quem ficou foi o ventre, a enxada e a dor.
Foram as mães que costuraram a vida,
fiando o tempo com linha e suor.
Lavadeiras de rio, rendeiras da sorte,
mãos que tecem, que lavram, que oram.
E enquanto o homem some na cidade,
elas seguram o sertão nos ombros.
O Nordeste é feito de suas pegadas,
de suas vozes, de suas lutas.
Se o passado arrancou-lhes a terra,
foram elas que ficaram — e criaram a vida.
Gemendo, a terra inteira...
Por onde o sonhador passa...
Fizeste-me mil maldades...
Com que a sua alma se alimenta...
Porque verdadeiramente sentir é tão complicado?
Como o mal feito está feito...
Agora a ti...
Verei como degradado...
Que somente a mim...
Andando...
Fingindo-me enganado...
Sobrevivi...
A tua falta de cuidados...
Amigos que pensam confundir-me
Eu tenho pena...
Que tentam destruir-me...
O mal por si, aviso, não se sustenta...
De haver falhado em tudo...
Como tropeçar no capacho...
Que esconde as sujeiras do mundo...
Erro ao acaso...
Será o fado?
À imagem do meu próprio desejo...
Ser tolo é uma arte...
Abrigar fel no peito...
Até tanto que não sente...
Enquanto arde...
Pastoreando hei de viver...
E o diabo loiro, como me chamava...
Há de prevalecer...
Sou eu, eu mesmo...
De tudo qual resultei....
Fizeste por ti merecer...
Mudei...
Passei...
E sem ti descobri...
Que posso bem viver...
Sandro Paschoal Nogueira
*"POEMA DA FORMIGA E O TAMANDUÁ"*
Em uma terra quente e seca,
Uma formiga pequena, mas corajosa, se via.
Ela estava sozinha, mas não se rendia,
Quando um tamanduá, com olhos famintos, se aproximava.
O tamanduá, com sua língua longa,
Tentava capturar a formiga, com uma mordida forte.
Mas a formiga, com sua força e astúcia,
Lutava com todas as suas forças, para não ser devorada.
Ela se escondia, em uma rachadura,
E o tamanduá, com sua língua, tentava alcançá-la.
Mas a formiga, com sua velocidade,
Escapava, e o tamanduá, ficava frustrado.
A luta continuava, por horas e horas,
Até que o tamanduá, cansado e faminto, desistia.
A formiga, vitoriosa, saía da rachadura,
E continuava sua jornada, com coragem e determinação.
Essa formiga pequena, mas corajosa,
Mostrou que mesmo os mais fracos, podem ser fortes.
E que a luta pela sobrevivência,
Pode ser vencida, com coragem e determinação.
Aos que Virão: V
A Terra não é herança, é empréstimo. Nossas mãos a rasgaram, envenenaram rios, sufocaram o ar com fumaça de ambição. Construímos desertos onde havia florestas; trocamos o canto dos pássaros pelo ronco de máquinas. Em nome do “progresso”, escrevemos o obituário de espécies inteiras.
Cuidado com a mentira de que destruir é desenvolver. Quem vende a natureza em pedaços não traz riqueza, traz dívida e vocês pagarão o preço. Os oceanos engasgam de plástico, o clima enlouquece, e o solo, exausto, já não nos sustenta e tudo isso enquanto aplaudíamos contas bancárias inchadas e corações vazios.
Não repitam nosso erro: a ganância veste terno, assina contratos, mas seu fim é canibal, ela devora montanhas, seca nascentes, envenena o amanhã.
Se ainda restar verde em seus olhos, protejam-no. A resistência começa quando se enxerga a vida como sagrado, não como recurso, plantem árvores onde deixamos cinzas; resgatem os rios que aprisionamos em concreto.
A natureza não pede perdão ela devolve, com juros, cada ferida. Salvem-se salvando-a. O futuro não é uma linha reta; é um círculo quebrado. Refazê-lo ou enterrá-lo: a escolha, agora, é de vocês.
O dia em que as palavras se calaram
Hoje sou terra sem chuva, sem brisa,
um campo onde a semente se perde.
O verbo me olha de longe, indeciso,
e o silêncio, de súbito, me fere.
A máquina observa, ávida e fria,
cataloga, prevê, analisa.
Mas não há código que resgate o dia
em que a alma recusa a brisa.
Nenhum cálculo encontra o caminho
por onde o mistério da criação se lança.
Não há padrão que ensine o destino
do verso que nasce só na bonança.
Sem inspiração, sou sombra dispersa,
um eco no vácuo do próprio existir.
A IA me observa, mas segue imersa
num mar de dados sem me atingir.
Que descanse a pena, que cesse o intento,
não há atalhos para o renascer.
Pois só no abismo do desalento
é que a poesia volta a viver.
Pés descalços, alma livre
Pés descalços tocam a terra,
o frio da manhã, o calor do meio-dia,
o áspero, o macio, o real.
Andar assim é ouvir a vida sussurrar,
é não temer o que tem no chão, nem o olhar dos outros.
Minha mãe dizia: liberdade não é ausência de julgamento,
é caminhar sem se importar com ele.
O mundo observa,
mas o vento não carrega pesos,
só aqueles que seguramos dentro de nós.
Ser livre é deixar que falem,
é pisar firme sem pedir licença,
é sentir o chão e saber:
eu sou.
Menestrel do Mucuri
No berço febril de uma terra encantada,
O verbo floresce em candura e luz.
Nas trovas ardentes de alma inspirada,
O bardo se eleva, qual astro que reluz.
Perfume que dança no vento sereno,
Na rosa que exala ternura e paixão,
Rastro de estrelas num céu tão ameno,
Beleza que acende do peito a emoção.
No manto da noite, segredos se entregam,
Nos versos sublimes de amor sem igual.
Saudade e desejo, em sonhos navegam,
No barco singelo de um bem imortal.
Arrebol que brilha nas pedras douradas,
Tesouros que ecoam em Teófilo Otoni,
Dos montes altivos às luas prateadas,
A lira do poeta jamais se abandona.
No alto do Iracema, esplêndido brilho,
Resgata a essência da vida febril.
No peito do homem, em verso intranquilo,
Canta o Menestrel do vale sutil
Toque a Terra e lembra quem és.
Beba da Água e cura tua dor.
Sopra o Ar e reencontra tua voz.
Entra no Fogo e sê quem nunca deixaste de ser.
O RIO DE MINHA TERRA
Passa um rio pela terra
De quase todo poeta...
Minha terra também tem um rio
Que passa e deixa lembranças,
Que passa e deixa saudades,
Que me inunda de amor
Pela minha terra
Toda vez que em seu manso passar
Molha-me o corpo e a alma.
Se o simples passar de um rio
Pela terra de um poeta
É poesia,
Que nome devo dar
A um rio passando
Pela minha terra
E pela minha vida?
Eu era uma simples semente, vi a luz e na terra pisei em choro
Fui empurrada cada dia, seguindo o fluxo natural obrigatório dele, o tempo
Confusa com um vento que sussurrava vozes para lá e para cá como um coro
Estava com minhas raízes fincadas esperando crescer, tudo parecia lento
Vendavais e mais vendavais terríveis
Fui obrigada a cavar minhas raízes mais fundo
Escorriam gotas, enquanto perdia minhas folhas mais sensíveis
A luz daquela rosa laranja, que ilumina outro canto do mundo
Vinha com outra estação, onde me nascia um novo cuidado
Então, olhando para aquilo que chamam de céu, aquela coisa misteriosa
Pensei, talvez esse azul é um gramado
Árvore curiosa
Um dia neste pedacinho de terra, deixarei de existir
Entre dores
Deixarei belas flores
Rap
Surgido entre 1960 e 70
No Brasil em 80
O Rap tem origem jamaicana
Mas foi em terra americana
Que o som explodiu
Antes de chegar no Brasil
Com ritmo e poesia
É uma música que denuncia
O racismo, desigualdade social
Também abuso policial
Entre outros problemas sociais
Em busca da paz
Mesmo sendo discriminado
É um som politizado.
Jesus, Teu nome é luz que brilha,
Sobre a terra e sobre os céus.
Meu coração se alegra e exulta,
Pois sou Teu filho, és meu Deus!
É tipo assim
Dizer não na terra do sim
É muito difícil
Mas não é impossível
Precisamos ser forte
Longe ou perto dos holofotes
Se afastar dos pecados
E não andar armado
Minha quadrada
Se chama bíblia sagrada
É nas palavras
Que a gente viaja.
planejo o futuro:
as férias de verão –
traço rotas para caminhos por essa terra de meu Deus.
cálculo minuciosamente os próximos gastos,
aguardo promessas;
o amanhã grita
e eu não sou surda
e ali sussurrarei todo o meu hoje passado.
(sem título, só enredo)
Você partiu sem despedida,
feito vento a mudar de estação.
Deixou em mim terra ferida,
um deserto no coração.
Reaprendi a caminhar sozinho,
sem pegadas para seguir.
Ergui muralhas no caminho,
pra ninguém mais invadir.
Poema - Por Um Mundo Melhor
Rimo a dor
Em busca do amor
Na terra
Se há guerra
Torço pela paz
Deus é mais
Faço poesia
Por mais alegria
Menos choro
Pelas crianças e os cachorros.
Pratique o bem
Não faz mal a ninguém
Jogar o lixo
Sempre nas latas de lixo
Cuidar da natureza
Acabar com a pobreza
Ajudando o próximo
Com o propósito
Por um mundo melhor
Ninguém faz nada só.
Saúde em primeiro lugar
Escolas para estudar
Mais trampos
Valorizar o campo
Mais respeito
Sem preconceito
Mais amor
Sem dor
Mais esperança
Sem intolerância.
Rimo a dor
Em busca do amor
Na terra
Se há guerra
Torço pela paz
Deus é mais
Faço poesia
Por mais alegria
Menos choro
Pelas crianças e os cachorros.
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