Poemas com Rimas de minha Rua
Destino
Nas linhas da minha poesia
leio o teu olhar
com rimas cruzadas, luzidia
sinuosas a poetar.
Interferindo no meu destino.
E assim, eu pus a cantar
tal o badalar de um sino
o coração a anunciar.
E neste som divino
a vida nos seus caminhos
o meu e o seu num continuo
Desejar... íamos sozinhos
até nossas mãos entrelaçar.
E, neste poema marcado
de versos ao nosso dispor
desde então, o fado
juntos, passamos a compor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 23´21” - Cerrado goiano
Re-amar
Rimas avessas, que não param em minha cabeça, façam-me o favor, de não remar para longe, pois o amor anda revolto, e o mar não me responde. Embora estivessem no mesmo barco, as maneiras de remar podiam perfeitamente ser diferentes e o tempo se dilata sobre o aquecimento da monotonia. A vida podia ser duas, uma para ensaiar e outra pra viver à sério, e quando se aprende alguma coisa, já está na hora de ir. Quase que dizendo, a vida não possui rascunho, muito menos um ensaio prévio, vamos remando e jogando água e o que nos coloca a obrigação de sermos mais capazes, solidários e inteligentes. E, é especial dizermos, que em um mundo de diversidade, isso é um favorecimento para que não percamos a necessidade da diversidade, diversidade da compreensão, de modo que à aprender o que ainda não sabe, anotar aquilo que desconhece, fugindo da monotonia de convivência, repetição, diversidade de origem ética, religião, pensamento e formação intelectual.
Seguindo os passos de Pessoa, seja onde estiver e, a monotonia da vida cotidiana será para mim como a recordação dos amores que me não foram advindos, ou dos triunfos que não haveriam de serem meus.
Ter personalidade forte é remar contra a correnteza da ignorância.
Virou rotina ser confundida
como ativista porque
a minha mística, letras e rimas
caminham com os povos,
erguem bandeiras,
escalam fortalezas
atravessam as grades
de penitenciárias
de segurança máxima
e estão presentes nos apertos
de mãos entre tropas
de todas as fronteiras,...
Não tenho o quê esconder:
apenas sou mais uma voz
dentre tantos outros poetas
das nossas Américas,
Sou mais uma que escreve
aos ventos que
correm pelo meu país
onde as cidades
voltaram a ser feudos
e os Estados a ser capitanias;
Por aqui atiraram a nossa
sagrada unidade pela janela,
e ninguém mais sabe chegar
a um comum acordo nesta terra,
Em mil partes me divido
pelo continente para mostrar
que na Bolívia e por tantos
outros lugares vozes
podem ser silenciadas
rapidamente muito mais
que sessenta e sete vezes,...
A cada instante por cada
preso político seja no
Chile silencioso ou por
quem precisar uma
prece todo o dia elevo
e poemas para tropas
escrevo e notícias
de liberdade para um
General que foi preso
inocente ainda espero,
porque alguém
haverá de surgir
e toda esta gente libertar.
DESALENTO
Perdi meu compasso e minha régua
E minhas rimas se tornaram disformes;
Perdi meu dicionário
E minhas rimas se tornaram pobre.
Já não sou mais um poeta
(Será que algum dia eu fui?).
Nada mais me afeta
E a poesia não flui.
Minha vida é a poesia, verso em construção,
um mosaico de sonhos, costurado à mão.
Entre rimas de luta e estrofes de amor,
sou palavra que sente, transforma e tem cor.
Rua
Rua escura, sem saída
Sombras se movem na sarjeta
Um grito ecoa na noite
Um corpo é arrastado
Rua fria, sem alma
O vento sussurra segredos
Um choro é ouvido ao longe
Um espírito vaga
Rua perigosa, sem vida
O crime impera na esquina
Um assassinato é cometido
Um cadáver é jogado
Rua macabra, sem esperança
A morte é o único destino
Um funeral é realizado
Um caixão é fechado
Rua tenebrosa, sem futuro
O medo é o único sentimento
Um pesadelo se torna realidade
Um terror sem fim
O MENINO NOVINHO DA MINHA RUA
O menino novinho da minha rua,
de passos leves, sorriso no olhar,
tem a inocência que o tempo cultua
e o jeito doce que faz encantar.
Corre descalço, liberdade em brasa,
brinca com o vento, desafia o céu,
o dia é palco, a calçada é casa,
na vida simples, reina o troféu.
Os olhos brilham, reflexo do sonho,
o futuro é vasto, um mistério a se abrir.
No agora, tudo é riso risonho,
é puro, é leve, é de nunca partir.
E assim ele segue, na rua, menino,
sem pressa, sem medo, dono do instante.
Na dança da infância, encontra o destino,
e cada passo é um passo vibrante.
' COMO A LUZ DA MINHA RUA '
Em noites sob a luz da lua prateada,
a relembrar o brilho dos olhos teus,
No firmamento, estrelas sagradas,
Embala o amor que um dia foi meu.
Enquanto estrelas saúdam bailando,
A esse amor que tanto feliz me fez,
Assim a lua prateada vai cantando,
Até que a aurora chegue outra vez.
Queria ver pelo avesso esse amor,
Se por dentro, é cintilante como vagalume ...
Prazeroso seria conhecer seu interior,
Só para saber, se é brilhante como a luz da lua,
Ou se é fraca, como a luz da minha rua,
Ou se brilha mesmo com tanto esplendor .
Maria Francisca Leite
Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.
Eu torço pra não fazer Sol, eu torço pra não chover, eu torço para acordar no meio do dia, eu torço para o dia acabar logo. Eu torço para ter alguma coisa que me faça torcer, que me diga que eu ainda sei torcer por algo mesmo sem torcer pela gente.
Minha grande altivez: prefiro ser achada na rua. Do que neste fictício palácio onde não me acharão porque – porque mando dizer que não estou, “ela acabou de sair”.
Todo esse meu comportamento estranho e sem compreensão
De todos que fazem parte da minha vida nesse momento obscuro que me encontro
É só o reflexo do medo de ser entendido como alguém que já não sou
Mas dentro de mim ainda vive um ser esperançoso que ainda acredita que irei vencer
Mesmo que todos duvidem, mas ainda assim tenho fé.
Me identifico literalmente com os seus poemas e pensamentos.
Mais uma vez
Achei que isso não aconteceria
Escrever tal poema
Desperdiçando rimas
Amando esses versos
Que só me lembram você.
De novo sofri
Sem motivos
De novo amei demais
Mas mais uma vez...
Não julgo o que você fez.
Diz que me ama
Diz que ainda sente algo
Que te mostro o que fiz em minha vida
Fiz poemas
Mas não temas, nem todos são de amor
Alguns são de dores
Dores de seus amores.
O sol bate na solteira de minha porta,
iluminam-se os meus passos...
Caminho na relva, tropeço nos sonhos...
Vago sem rumo e o que encontro é teu olhar a me fitar, sorrateiramente...
De pés descalços,
solto nas nuvens...
Me perco ao te procurar,
te rubricando com meu desejo,
meu alento.
Perdido no imaginário,
transeunte da solidão...
Poema desnudo em versos,
verbo que me simplifica e te descobre...
O querer que aflora e te desmistifica, apenas!!!
20.09.2013
JRicardo de Matos Pereira
Este silêncio
Ah, este silêncio!
Aflora minha solidão.
Mas, confesso
Que há um gosto de sol da tarde:
Perto do amanhecer noturno
Que me agrada a alma
Que me ilumina à luz ao ser renascente
Do que leve se torna opaca
Ao que foi instaneamente
Meu.
E de instante e distante,
Neste exato momento, nada me importa;
Talvez a saudade me consola num violão
Em tons de lágrimas de notas ausentes.
27092013
Eduardo Pinter
Faça as pazes consigo
Consigo fazer contigo
Se não fizeres comigo
Não concedo minha paz para contigo
Se há consenso há abrigo
Se há abrigo assedo é alívio.
Cânticos matinais à luz do campanário
Novos campos viçosos e orvalhados
Acalanto de minha alegria plena
Poemas, poesias e orquidários
Risos no infinitivo
Namorado definitivo...
Tudo muito preciso.
Por fazer verificação com a minha mão na tua mão
Meu olhar dentro do teu
Assim pude constatar a interligação.
Poemas inacabados - 1
Emiliano Lima de Araujo
Resumo:
Poemas que em outro momento da minha vida desejo terminar.
Nesses dias nublados em que o coração acorda atordoado,
Onde o medo toma conta e o futuro nos desespera,
Nesses dias eu rezo e peço pra que aja da forma correta.
De forma a concretizar nossos planos, nossos sonhos.
Quero refletir nos sorrisos o bem que você me faz.
Conquistar nos desafios as metas que nos aproxime sempre mais
Meu mundo pode ser do formato que for, desde que você, meu amor
Não esteja mais distante, à não sentir seu calor.
Nossas vidas se uniram, criamos raízes e florescemos.
Somos parte de um mesmo inteiro, frutos do mesmo sonho.
Meu amor quero erguer à sua volta uma realidade digna,
Pra deixar pasmos os mais loucos sonhadores.
Ah meu amor, só você me faz tão bem
Desperdício
Eu podia estar rimando
Compondo meus poemas
Mas me vejo aqui tramando
Pra desconstruir esquemas
Ops, rimei.
Desculpe-me o deslize.
É difícil me conter...rs
Ficou com a pulga atrás da orelha?
Por que tua cara está tão rubra?
Diga-me em quem você se inspira?
Será que ainda há uma faísca?
Percebeu a artimanha?
Quantas rimas desperdicei?
Pra não perder a manha:
Eu bem que te avisei!
Gosto de brincar com as palavras...
Trocar “rubra” por “vermelha”
“se inspira” por “se espelha”
“Faísca” por “centelha”
E pronto... garanti minhas rimas.
Enfeitei minha poesia.
Mas deixei a pulga no mesmo lugar.
Que estripulia!
O que não gosto é de com sentimentos brincar...
De fazer malabarismo com corações alheios
Iludir os outros com os meus devaneios
Confundir aventuras com meros passeios.
No princípio era o verbo, no fim, o adjetivo.
Mas entre um e outro, o mistério subjetivo
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp