Poemas com Rimas de minha Rua

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⁠Sem perceber
sou o próprio Mamulengo,
sou que nem Babau
com o bloco na rua
com a minha cara de pau
para mostrar o quê
eu quero é porque
você também está querendo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Mais uma vez

Achei que isso não aconteceria
Escrever tal poema
Desperdiçando rimas
Amando esses versos
Que só me lembram você.

De novo sofri
Sem motivos
De novo amei demais
Mas mais uma vez...
Não julgo o que você fez.

Diz que me ama
Diz que ainda sente algo
Que te mostro o que fiz em minha vida
Fiz poemas
Mas não temas, nem todos são de amor
Alguns são de dores
Dores de seus amores.

Inserida por onirico

Tive vontade de sentar na calçada da rua augusta e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos.

O enterro de meu pai. Lembro que atravessamos a rua e entramos na casa mortuária. Alguém dizia que meu pai tinha sido um bom homem. Me deu vontade de contar a eles o outro lado. Que ele era um homem ignorante. Cruel. Patriótico. Com fome de dinheiro. Mentiroso. Covarde. Um impostor. Minha mãe só estava há um mês debaixo do chão e ele já estava chupando os peitos e dividindo o papel higiênico com outra mulher. Depois alguém cantou. Nós desfilamos diante do caixão. Talvez eu cuspa nele, pensei.

Este desejo de elevar o mais possível a pirâmide da minha existência, cuja base me foi dada e me domina, ultrapassa qualquer outro e mal me permite um instante de esquecimento.

Se eu tivesse de escolher entre trair a minha pátria e trair um amigo, esperaria ter a coragem necessária para trair a minha pátria.

Na minha opinião, escrever e comunicar significa ser capaz de fazer qualquer pessoa acreditar em qualquer coisa.

Por minha própria natureza, não estou longe da dúvida mesmo sobre as coisas consideradas indubitáveis.

Tenho a certeza que, desde que pude fazer pleno uso da minha razão, nunca mais ninguém me ouviu rir.

Se te possuir em sonhos és minha, pois não há prazer que não seja representado.

Quantos anos tenho?... É evidente que um homem, na minha idade, não pode ter mais do que isso.

A história é uma grande loja para a minha fantasia e os sujeitos devem adaptar-se e tornar-se nas minhas mãos o que quero que eles sejam.

A minha suspeita é de que o universo seja não apenas mais estranho de quanto supomos, porém mais estranho do que podemos supor.

Moço continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com a minha imaginação, nada mais ambiciono.

Bem comido, a minha alma de nada quer saber. E nem os maiores desgostos a conseguem comover.

Se eu tivesse encontrado mais dificuldades na minha juventude, eu teria conhecido mais alegrias.

⁠A minha namorada,
É a mais bela da rua.
A mais bela da quadra.
A mais bela do bairro.
A mais bela da cidade.
A mais bela do estado.
A mais bela do país.
A mais bela do mundo,
O meu amor caiu nas suas mãos e então
é bem zelado.
Muito obrigado só por existir e ter me mudado.
Viveria eternamente te amando do outro lado desse mundo!

Uns milhões na minha mão

I

Cansada de ver a rua adormecida
Dos trapos ali, escondendo gente!
Idealizei nas entranhas da razão,
Para este problema uma solução!

Estas cápsulas fez logo inspiração:
Imaginem um grande espaço vazio...
Faça logo este tipo de acomodação
Para que durma longe do triste frio,

Um grande refeitório com comida,
Tipo do Bom Prato é muito bom
Os banheiros com chuveiro coletivo,

A lavanderia também neste conceito!
O refeitório serve para por neles razão:
Palestra, oficina, orientação pra crescer!

II

Isso parece coisa de poetisa que sonha,
Mas, se não houver ampliação do conceito
Este país pode ter milhões de: -Eu quero!
Isso tudo vira nada e o tudo vira passado!

É preciso mudar o conceito, a forma
Porque do jeito que está, tudo deforma
Parem de empurrar com o egoísmo
Alimentando maldito paternalismo!

Coloquem a vergonha pra funcionar
Chegam de patinar na lama de falar
E não fazer nada pra mudar de vez!

Necessitamos de políticas públicas
Eficientes, urgentes e concretas,
Não adianta só mostrar e sonhar!

III

Quando se constrói ou se reforma
Nós sabemos fazer orçamento
Daí, vem os bilhões para as casas
Do projeto: Minha casa minha vida!

Amplia o conceito da egoísta casa,
O individual é só o espaço onde dormir
O restante pode ser coletiva disciplina,
Discipline o povo e não sofrerão!

O Brasil só fica a patinar!
Já tenho mais idade desde o dia que nasci!
E não vi nada mudar!

Põe aí uns milhões na minha mão
Que aquele problema dos desabrigados
Tiro de letra, resolvo ele pra Nação!

Inserida por marialu_t_snishimura

Crônica: Ailton sapateiro e a rua do socorro.

ALGUÉM AQUI LEMBRA DE SEU AÍLTON SAPATEIRO DO SOCORRO EM TIQUARUÇU?

– Oi, de casa! – gritávamos pela janela que dava para a rua.
– Instante só – vinha uma voz de quem parecia tirar um cochilo em outro canto da casa.
Estávamos de frente para a casa e ao mesmo tempo oficina de seu Aílton, sapateiro que há décadas se instalou na rua principal do povoado do SOCORRO, em Tiquaruçu, sua casa, continuava com o mesmo aspecto tosco de antigamente. A única que não recebia nenhum tipo de pintura ou reforma no meio das casas do lugar. Mas também um local onde funcionava o atelier de um grande artista.
Sapato todo esfolado, sem sola, com costura arrebentada? Seu Aílton tinha a solução. Bolsa de couro rasgada, sem presilha? Lá estava ele dizendo que dava um jeito. Quantas vezes vi seu Aílton resolvendo o que parecia ser impossível. Os sapatos chegavam em frangalhos e, dois dias depois, pareciam novos. Era trabalho feito com detalhe e precisão. E também alívio para clientes que resistiam a abrir mão de velhos e confortáveis calçados.
– Pois não, em que posso ajudar?
Era assim que sempre nos recebia seu Aílton!

Inserida por adeniltoncerqueira

⁠Título: Um carro na minha lua.

Ouvi o som das rodas a cantar,
Olhei a rua… nada por lá.
Um novo barulho no céu a soar,
E me pergunto: como pode falar?

Observo de novo, um riso a pairar,
Percebo que estou louco… e nada há
Por cá…

Inserida por Zeta

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