Poemas Bonitos
A indiferença não grita, não sangra, não arranca — ela corrói em silêncio. Vai tirando aos poucos a cor dos sentimentos, o brilho dos olhos, o calor dos gestos. É uma tortura sem ferida visível, mas que fere fundo, porque o que machuca de verdade não é o que se diz, mas o que se deixa de sentir.
A distância, por sua vez, parece às vezes o único caminho possível. Um remédio amargo, sim, mas necessário quando o coração pede silêncio e espaço. Só que, como todo remédio forte, é preciso cuidado com a dose. O que foi receitado para curar pode, em excesso, se tornar veneno. E assim, entre ausências e silêncios, o que poderia se transformar em cura vira luto.
O amor não morre de repente. Ele vai se apagando entre olhares que já não se encontram, entre palavras que já não vêm. Primeiro esfria, depois adormece. Até que um dia, sem que se perceba, deixa de existir. E tudo o que sobra é um eco do que um dia já foi vida pulsante.
Relacionamento também precisa de manutenção.
O homem precisa entender que, assim como o carro dele não anda sem combustível, uma mulher também não segue sem ser cuidada.
Amor exige investimento diário — atenção, presença, afeto.
É preciso regar, alimentar, olhar nos olhos e perceber os detalhes.
Não é sobre grandes gestos, é sobre os “bobbos” que fazem toda a diferença.
Ele quer retorno? Então precisa investir.
Quer intensidade? Então alimente o desejo com admiração, com toque, com cuidado.
Porque uma mulher feliz, segura, vista... entrega tudo.
Entrega corpo, entrega alma.
Mas quando o combustível acaba, o motor para.
E ele não vai poder dizer que não foi avisado.
A mulher, assim como um carro, vai dar sinais.
Vai mostrar que está esgotada.
E se ele não cuidar...
Ela vai parar.
De repente.
Silenciosamente.
E quando quiser reacender o fogo, talvez já nem haja mais faísca.
Se a mulher é o carro que precisa de combustível, cuidado e manutenção diária para continuar funcionando com beleza, força e entrega…
o homem também tem seu motor interno — e ele precisa de abastecimento emocional.
O combustível do homem é a admiração.
É se sentir necessário, valorizado, reconhecido.
É saber que sua presença tem impacto, que seus gestos não passam despercebidos.
Ele funciona com respeito, com apoio silencioso que dá força,
com a leveza de um lar emocional onde ele não precisa vestir armaduras o tempo todo.
Ele precisa de espaço para ser vulnerável sem ser diminuído,
de uma mulher que o inspire a ser melhor, não pela cobrança, mas pela confiança que deposita nele.
O homem precisa sentir que é desejado, sim —
mas também que é importante, que é essencial na vida da mulher que escolheu amar.
Quando a mulher abastece com admiração e acolhimento,
e o homem abastece com presença, atenção e cuidado,
os dois seguem na estrada, intensos e inteiros.
Porque amor não é só sobre andar junto.
É sobre saber abastecer um ao outro, todos os dias.
Sou grata a Deus que me brinda com o sol logo ao bocejar das manhãs.
Me apresenta o céu num olhar grandioso de quem quer muito viver.
Me prendo, me moldo nessas peculiaridades simplórias,
porém, meigas e ternas que a vida tem.
Um laço de fita, um ramo de flor, um aperto de mão, um amor.
Um carinho, um cuidado, uma lembrança, por menor que seja, é curativo pra alma, é estímulo à vida.
Me abro ao universo com a missão de viver cada dia com o coração sorrindo,
navegando na paz, sentindo Deus serenando as horas, nos permitindo a vida.
O diálogo é, antes de tudo, um pedido sutil de cuidado. Mesmo quando parece banal ou corriqueiro, há entrelinhas pedindo presença, escuta, consideração. Quando o silêncio chega, ele já não é mais paz — é ausência. É o eco do que foi ignorado, negligenciado, esquecido. O silêncio, nesse contexto, não é escolha, é cansaço. É o ponto final de muitas vírgulas não lidas. Ele sinaliza desistência, mostra que o outro já não enxerga sentido em tentar se fazer entender.
E quando isso acontece, você começa a perder. Perde o vínculo, perde a confiança, perde a chance de fazer diferente. Porque quem cala já gritou demais por dentro. E aqui, neste ponto, deixo de cuidar. Não por falta de amor, mas por amor próprio. Deixo de cuidar de quem não soube cuidar da minha tentativa de permanecer.
Rabiscos...
Quando escrevo meus rabiscos
sai da minh' alma uma vontade
de pintar as cores do amor.
É o que flui por entre as linhas
tão bem traçadas em uma folha em branco sem vós e sem vida.
São rascunhos das lembrança e momentos
resgatados do baú de um tempo passado,
que renasce cantando poesias e abraçando o coração.
___Eliani Borges.
A Unidade e Deus
O texto sagrado indiano Upanishads usa uma bela imagem para se referir a unidade do homem com a Criação. Ele diz que somos fagulhas de uma grande fogueira cósmica, e cada fagulha contém em si a intensidade da Luz Divina. O filósofo britânico Martin James (1803 - 1882) completa o mesmo tipo de pensamento: "Não existe um reino de Deus e um reino da Natureza; o que chamamos de matéria é apenas a porção visível do espírito. Estamos o tempo todo no paraíso, e o paraíso está em nós". Imaginem, isso é só um pouquinho do que Deus nos deixa perceber... Qual é a verdade absoluta? Ela existe? Exercitemos a Liberdade de Pensamento!
Incrível !!!!!
Como as pessoas são materialistas, quando falamos em recompensa, não quero dizer que tudo o que se faz de bom ou de bem nesta vida, devemos receber algo material em troca... Quando falo em recompensa, tento expressar como faz bem bem termos a recompensa no tracto psíquico, neurológico. Se fazemos algo de bem ou de bom, passamos a nos sentir melhor pelo fato de produzirmos hormônios e enzimas que nos trazer a homeostase, ou seja, o equilíbrio emocional e/ou orgânico. Nosso organismo produz endorfina, que nos acalma; ocitocina,o hormônio do amor(leia-se aumento da libido),acetilcolina, que nos relaxa; entre outros. Que pena enxergar tão pouco, né?
Insano
Marco como Hoje minha Historia de Vida Feita um Jogo,"Isso Na Minha Mente Sou Insano Por Insano e Oque Mim Define, Insanidade do Meus Templo", Feita Como Hoje Aguardo A Minha Morte, Porque Meus Pensamentos Fruir em Minhas Arte De Agora, Sou O Fruito Cerebral do celebra pra acabar o Amor e Gera a Paz em Busca Da Verdade embora , Sou Isso Insano No Tempo Da Verdade no Futuro Do Tempo da Lei Da Arte, essa E Minha Insanidade ,da luz do tempo do agora sou a verdade da paz, do futuro esse e meu verbo futuro
“Às 4 da manhã, assusto com você gritando: Ara, achei! Sagarana! Como ficamos alegres Esse viver ninguém me tira.” Aracy para Guimares Rosa
Estava numa palestra na qual não conseguia entender nada... Estava “quase tendo um infarto”. Saí correndo. No meio do caminho... Não havia uma pedra no meio do caminho: Resplandecente, havia um cassino no meio do caminho. Ó! O negócio é tão bom que até faz Drummond rimar melhor. Ainda... Minha esposa não tava lá pra me encher o saco!
Havia um cassino no meio do caminho
E eu estava sozinho
Só apostava nove linhas
No caça-níquel do cachorrinho
“Cachorrinho”?! É... Existe um caça-níquel que tem um cachorrinho puxando um diamante. Aqui no Brasil, você vai achar nuns buteco fuleiro por aí, “escondido” atrás de um biombo. Era nesse que eu tava brincando: Coloquei 50 dinheiros... Fui socando nove linhas...
100... Bônus... 150... Jackpot!!! Aquela gritaria na máquina... 200. Cheguei a 300 dinheiros! A sorte, claro, mudou mas... Outra história.
Amanhã
O amanhã virá ? não sei,
Ninguém sabe...
Eu queria que o meu viesse cheio de transformações com, desejos realizados, milagres na saúde. Muitas mudanças, alegrias, empatias das pessoas, amor, abraços, perdão, danças e risos muitos risos
viver sem medo de amar
porque esse, como dizia Drummond ficou mais abaixo dos subterrâneos, ele e rouba os sonhos.
não quero reticências, não quero meias verdades, quero ser forte e de decisões acertadas, estar a frente, ir a luta e cair na "folia"
Mas e o seu amanhã como será?
Ceia para mim ou ceia para você:
Então é natal
E o que você fez?
Mais um ano banal,
miserável outra vez
No dia vinte e quatro,
Nobres se presenteiam
No dia vinte e cinco,
Pobres se angustiam
A Coca-Cola mente,
Diz que o Natal é para todos
Mas coloque em sua mente,
São os maiores engana bobos
Drummond procura alegria,
Você procure uma planta que semeia,
Numa mala vazia
embarcando sorrisos em ceia.
Poesia de Mulher
Ela é como poesia
Cada verso seu
É como um enigma
Não é qualquer um que entenderia
Precisaria de muita sabedoria
Sua complexidade
É como literatura barroca
Às vezes meio louca
Suas curvas exalam perfeição
Parece até obra parnasiana
Me deixa completamente insana
Mulher, você não me engana
Pois há mais de uma semana
Ando vasculhando seu sorriso
Tentando desvendar
Seus segredos e medos
Mas, como Drummond já havia dito,
Havia muitas pedras no caminho
Mesmo assim me aventurei
E no fim desse poema
Por você me apaixonei.
Quando paramos de pensar sobre as implicações da existência e não existência de Deus, entretanto, assumimos qualquer posição sem ao menos refletir, fazemos do tema algo meramente irrelevante. Sua existência ou não, pouco importa!
Para uma vida sem busca por propósito, só lhe resta a máxima de Sartre, "a realidade nua e crua, a realidade sem valor da existência".
A reflexão faz-nos ir além de pressupostos. Ela eleva a nossa mente em um patamar no qual podemos vislumbrar à essência de cada um de nós. Parafraseando Kant, "Ouse saber!", ou melhor, ouse conhecer quem é você.
Queria eu, ser o Rei do Mundo, baixaria um decreto: inspire o mundo, desvendando as aspirações que existem no profundo.
Lendo Drummond de Andrade.
No meio do caminho havia uma paixão
Havia uma paixão no meio do caminho
Havia uma paixão
No meio do caminho havia uma paixão.
Nunca me esquecerei desse encontro tão evitado
Na vida de minhas rotinas já tão decepcionadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Havia uma paixão
Havia uma paixão no meio do caminho
E eu tive que decidir se parava ou prosseguia
Afinal meu caro Drummond...
Havia uma paixão no meio do caminho
mas isso não quer dizer que eu tinha
Paixão não é pedra Drummond
Você pensa que tem e descobre que só havia.
Mas havia uma paixão no meio do caminho.
E como não é palpável como pedra
Segui meu caminho de rotinas decepcionadas
Nunca me esquecerei desse encontro inesperado
Havia uma paixão no meio do caminho
E eu não paguei pra ver se a tinha.
OSTENTAÇÃO É UMA MERDA
Isso de mostrar teu ouro
Esfregar na minha cara teu luxo
O vazio do seu caviar
Ao seu Porsche
É imenso e gritante.
É coisa ridícula.
Pendura no teu pescoço
Um livro de Drummond,
Um livro de Dostoiévski.
Recita pra tua morena
A poesia mais luminosa.
Ela vai amar o que você
Carrega por dentro.
Não essas coisas
Externas e breves.
Ao lado de uma boa companhia, na inércia inanimada, lê-se poesia...
comentário ao monumento de Carlos Drummond de Andrade, Rio de Janeiro.
Todas as faces de uma poesia anacrônica
De qual poesia estamos falando?
Da sua, da minha ou da de Drummond?
A qual classe social pertence os teus versos?
Pois se falas de um sobrado com vistas para o mar,
a poesia é uma.
Se falas de um puxadinho a beira córrego,
a poesia é outra.
Se escutas o estampido seco dos disparos ao longe,
mas não vês a cor do sangue que pinta a calçada de vermelho
e o choro triste da mãe que escorre em silêncio de seus olhos avermelhados
e envolve o corpo morto de seu filho, ainda (adolescente), caído na sarjeta
a poesia pode até te dizer algo, talvez, não te diga tudo.
E o mais provável é que não te diga mesmo tudo!
Mas dirá algo com toda certeza.
Mesmo que pense, (in)conscientemente, não ter mais nada a ser visto.
Se não vês o sangue urdir a tua consciência
e tomar-te de indignação por completo
de certo, talvez até critiques o que lê.
Pois não sabes de que poesia se está falando.
Não sabes de qual estética poética falo
e eu de certo, na mesma medida que ti,
não faço ideia de que versos você se veste
quando investe sua ira contra mim.
De quem é a poesia?
De quem a escreve,
de quem a lê,
de quem?
Dizem que a poesia não tem classe social, gênero, cor, raça, etnia, religião...
Tudo mentira!
A poesia é pretensiosa, escolhe e se faz escolher, manipula.
A poesia se disfarça e se versa em faces diversas,
só para manter o disfarce, da grande farsa que somos todos iguais.
Inclusive quando escrevemos versos.
Eu minto, tu mentes, ele mente...
Drummond, não.