Poemas a um Poeta Olavo Bilac
SUSPIROS (soneto)
Um pesar tão mais saudoso, assim não vejo!
Um vazio no silêncio, barulhento, sem pudor
De tão é a infelicidade, que terebrante é a dor
Que vagar algum pode ofuscar o tal lampejo
Dias rastejam, noites em romarias no andor
Da angústia, que enfileiradas num cortejo
Levam preciosos instantes, pra num despejo
Jogá-los ao luar, sem quer um pejo, amor
Ah! Que bom seria, eu ter qualquer traquejo
No dom da oração, e me ouvisse o Criador
Através do meu olhar, rogando por ensejo
Essa saudade tão mais triste, ainda é clamor!
Inda estão nos versos que no poetar eu adejo
Tentando recreio, para os suspiros transpor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho de 2016
Cerrado goiano
pacote
... cada ruga, um poetar do tempo. Envelhecer é o embrulho do viver. Use papel da gratidão, assim, terás mais o que ser... do que só se ver.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20/10/2019
Cerrado goiano
copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
MANACÁ DA SERRA NO CERRADO (soneto)
Plantei um manacá no cerrado
Para o chão ressecado florescer
Em flores bicolores, a irromper
Matizando o árido cascalhado
Já não me sinto só, o alvorecer
Tem um doce aroma de agrado
Com jeito de bafejo tão airado
Que abraçam todo o meu ser
O manacá da serra no cerrado
Trova com o vento um verter
Poético, se fazendo admirado
Árvore em flor, a transcender
O vazio num ato contemplado
Balsamizando os dias de prazer
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto, de 2016
Cerrado goiano
VITRAL, CERRADO (soneto)
O cerrado é tal um vitral multicor
Se olharmos do horizonte é sombrio
Se aproximarmos é denso e luzidio
Seivoso nas partes e cheio de fulgor
E, é assim no seu sagrado feitio
Ornado de diversidade, senhor
Desigual, mas nos causa ardor
Verão pluvioso inverno seco e frio
Cerrado, igual vitral, encanto maior
Vento ao vento orquestrando assobio
Súbito, misterioso, da flora mediador
Regulai os olhos, ao olhá-lo vadio
De repente é tudo aos olhos, sedutor
E ao encanto, presságio e arrepio
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
APENAS UM VERSO (soneto)
Enquanto o dia no cerrado embotava
Em mim cavava o emotivo submerso
Dos porões dos medos que eu meço
Nas incertezas, que dá sorte brotava
Na aridez da saudade, ali disperso
No soluço d'alma a sofrência rolava
E na linha da recordação eu deitava
Aí, o sertão se tornava meu universo
Neste vazio a solidão por mim urrava
O destino rimava quimeras no averso
Então o coração amortecido chorava
Assim, eu com um olhar transverso
Devaneava sonhos, e lacrimejava
Pedaços de mim, forjando o verso!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
Fotografia e lembrança
Um dia o hoje será um instante
Perdido nas lembranças do ontem
Os sonhos pareceram distantes
E o passado aquém...
Restaram os perfumes das flores
Da mocidade perdida no tempo
Em confusas paletas de cores
De um fado em seu andamento
Um dia fará falta e vira a solidão
Lá da porta onde vimos a vida passar
Os lamentos nos ouvidos secarão
E a saudade vai nos abraçar...
Um dia seremos fotografia e recordação!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano
Elevação
Chega um tempo, que as prioridades são outras
O beijo na boca, a paixão desmedida, é bom, mas a vida metamorfoseia
Os sacolejos, quedas, subidas, descidas, trazem ouras
Aí o silêncio, a cama redolente, a pegada na areia
São os reais sentidos
E este tempo, traz horas, eternidade
Amenizando os minutos feridos
De desigualdade
Então, só se quer pensamentos perdidos
Um abraço, o ombro simplesmente para chorar
Dando a alma sentimentos sem conflitos
Quietude
Sem dizer nenhum termo
Só querendo solicitude
Tal qual necessita um enfermo
Ter uma presença amiga
Com sorriso, neste momento ermo
O tempo de alguém nos presentear com uma cantiga
Musicando o inesperado
E neste apoio a vida prossiga
Com esperança, e não o sentimento de estar abandonado
Um gesto apenas
Um olhar, que diga, você é amado
Acariciando suas melenas
Ao seu lado
Chega um tempo, que o que vale são as afeições do céu e pouco as terrenas...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/04/2016, 05'30" – Cerrado goiano
Poeminha
Hoje te encontrei na saudade
Nas fotos no tempo amareladas
Que um dia se fez realidade
E as noites dores enrugadas
Eu te encontrei na saudade...
No varal do quintal pendurada
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de maio, 2016 – Cerrado goiano
tRECHO DE: UM POEMA DE AMOR"
Ah! Como eu queria que pudesse, mesmo que baixinho, e nem que fosse uma única vez, chamar-me de papai, mas se não consegue, não importa. O importante é que, apesar do seu silêncio, eu consigo escutar um voz mais baixa que o pensamento, me chamar.
Eu queria tanto que pudesse entender as estórias que lhe conto quando estamos sozinhos, ou que pudesse pedir-me para cantar uma canção de ninar para lhe fazer dormir, nas noites quando acorda sem sono. Talvez até queira e não consegue, mas não importa. O importante é que continuo a contar-lhe estórias e a fazer-lhe poesias, pois sei que um dia irá lê-las, então, se hoje elas falam de você para o mundo, amanhã falarão de mim para você.
Te amo, minha filha.
É impossível existir tanto amor e tanta felicidade, e no entanto existe. E o que eu posso querer mais ?
*****************************
Transcrito do livro : “O Diário de Déborah” Autor : Vaumirtes Freire
E-Mail= vaumirtes@GMAIL.COM
PENSANDO FORA DA CAIXA
Em um universo de bilhões de possibilidades, não haveria aí outros átomos, desconhecidos por nós, fora da já conhecida tabela periódica, com capacidade para fazer combinações muitos mais complexas, diferentes das quais conhecemos e que foge do nosso olhar, limitado ao que é palpável, ao que é físico?
"Nada se perde na Terra tudo se transforma", inclusive o corpo humano quando morre.
E a nossa consciência, que é a cereja do bolo, que anima o corpo, não poderia também ascender para outros planos, de energias mais sútil?
Os limites onde uma vida se ceifa e a outra começa, poderia ser sim uma boa estratégia do universo para dar uma nova oportunidade àqueles que não completaram seus ciclos aqui na Terra, ou todos serão condenados ao
" fogo do inferno" de seus próprios pecados?
É um assunto para se pensar.
No jogo para cada game over, existe um play again. Portanto tenhamos sempre um plano B, C e se preciso o alfabeto inteiro. Pois os planos que geram sucesso e frutos vieram de inúmeras tentativas. Tenha um plano, faça o seu mapa da mina e pressione a tecla play again novamente, dessa vez você já tem outras vivências e experiências para passar de fase e processo... Vá em frente...
(Adriano Santos)
Ser forte não é ter um corpo cheio de músculos, levantar pesos diariamente numa academia, ou se engrandecer de bens materiais. Ser forte é aguentar um não, é saber sorrir nas adversidades. Ser forte é mesmo em meio ao que possa estar perdido, ainda ter motivo de esperança. Portanto nunca desista ou se incomode por opiniões alheias o que importa é estarmos bem consigo. Quando estamos bem consigo mesmo o universo conspira ao nosso favor e sempre haverá a luz de Deus em nosso caminho.
(Adriano Santos)
AOS CÉTICOS
(PENSANDO FORA DA CAIXA)
Em um universo de bilhões de possibilidades, não haveria aí outros átomos, desconhecidos por nós, fora da já tão conhecida tabela periódica, com capacidade para fazer combinações químicas mais complexas, diferentes das quais conhecemos e que foge ao nosso olhar, limitado ao que é palpável, ao que é físico?
"Nada se perde, tudo se transforma", inclusive o corpo humano quando morre. E a nossa consciência, que é a cereja do bolo, que anima o corpo, não poderia também ascender para outros planos, de energias mais sutis?
Os limites onde uma vida acaba e a outra começa, poderia ser sim uma boa estratégia do universo para dar uma nova oportunidade àqueles que completaram seus ciclos de vida aqui na Terra e que não tiveram a oportunidade de conserta seus erros ou todos serão condenados para sempre ao "fogo do inferno" de seus próprios pecados?
Agora mesmo, os cientistas encontraram mais um elemento químico fora da órbita terrestre, o fósforo (P), que junto com outros elementos já descobertos aumentariam as possibilidades de existência de vida fora da Terra.
Será que para ter vida fora da Terra, essa precisaria necessariamente ser compostas dos mesmos elementos químicos que os nossos e suas respectivas combinações?
É um assunto a ser pensando!
Não creio se esses versos terão lugar em um livro,
ou se alguém irá lê-los um dia!
Mas, se alguém ler,
não imagine que eu sou poeta,
Porque, seguramente, eu não sou!
Sou somente alguém que pensa
e começou a escrever
por ter perdido a fé em tudo que acreditava.
Cumprimento todos aqueles que leem estas palavras
e se esforçam para entender a minha maneira de enxergar
tanto a vida quanto os sentimentos,
livres dos encantadores conceitos oriundos da poesia!
AVE DOLOROSA
Ave no peito num letargo
Que arde sem um fulgor
Postulo por rever o amor
Perdido no olhar amargo
O fado, ave negra de dor
Ajoelhada num embargo
Orada na fé sem ter argo
Duma crença sem clamor
Ave cheia da graça, Maria
Aos teus pés em romaria
Meu lúrido olhar, mendiga
Quero fé, mas não irradia
Ave dolorosa sem poesia
Deixe-me desta má figa!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
AMAR (soneto)
E agora! Eu quero ter paixão
E assim, poder ter um amor
Viver de amar num coração
Paixão de amor, aonde eu for
E neste encanto, ter emoção
Num doce viver, e ao dispor
Um romance de flor, de razão
Suspiros, com ar arrebatador
Então, beber de magos lábios
O afeto citado nos alfarrábios
D'Alma, que faz a gente sonhar
Para na sensatez dos sábios
Mostrar e sem ter ressábios
Que bom, é ter e poder amar!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
VECCHIO POEMA
Amor medido, eternamente
Se dentro vive, comedido
Explode um dia certamente
Não mais sós, mas repartido
Nos tantos presságios, a mente
No constantemente é ungido
Sente-se frágil, estranhamente
No ato de se querer admitido
Sem eira nem beira, facilmente
O vecchio amor, de novo indo
De novo vindo, rapidamente
Como se não fosse ferindo
Ah! Se abarcasse unicamente
Um amar, com ele teria partido
Num vecchio poema, sutilmente
Assim escrito, e o teria vivido!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Cada qual trilha o tempo
no tempo e intento que lhe prover.
Escolhas, um direito à vida,
de um qualquer.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Não desdiga o meu afeto de predileção
Pois no meu amor só se tem um aclamo
E é singular a minha poesia ao coração
Cada rima, garbosa, só há um eu te amo
E na constância dos versos, una inspiração.
Luciano Spagnol
Final de maio, 2016
Cerrado goiano
Eu sou o que fui, mais no que serei
(pelo menos tento),
Um matuto que no cerrado deixei
Na diversidade sou igual ao vento
Sem visibilidade, mas com percepção
Brisa e vigor. Se assim eu não contento
Sinto muito, sou eu: amor, letra e canção.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp