Poemas a um Poeta Olavo Bilac
A opção política não faz um
ser humano pior ou melhor.
A opção política como meio de avaliação de uma pessoa faz com
que tenhamos julguemos de maneira equivocada o próximo.
Cuidemos com a construção
da nossa visão com base em clichês e rótulos.
Enquanto a liberdade não
vem para um General preso
injustamente por uma falsa
acusação de instigação
a rebelião e para uma tropa
em igual política prisão,
Desde o dia treze de março
do ano de dois mil
e dezoito tenho
escrito este poemário.
Não pertenço
ao continente e a essa
região de indiferentes
inundada de prisões
políticas intermitentes.
Não pertenço
ao continente e a essa
região de indiferentes
que se esqueceram
que o Sol da Venezuela
nasce no Esequibo,
e que ali fica a nossa
dupla fronteira
venezuelana e brasileira.
Sem nenhuma perspectiva
de justiça e uma suposta
notícia de mudança
para o cárcere de Yare,
O velho tupamaro
em greve de fome resiste.
Não pertenço
ao continente e a essa
região de indiferentes
que se cala para
os cinquenta imigrantes
mortos encontrados.
dentro de um
caminhão no Texas.
Eu sou brasileira nacionalista
e filha da América Latina
vibrante pela própria Soberania,
e por cada restituição
histórica nutro a estima.
Levaram preso
um jovem
sob alegação
de ameaça,
Mas no fundo
só pode ter
havido pirraça,...
Enquanto houver
juventude sempre
haverá contestação,
não querer entender
é cruz invertida,...
E quando houver
dificuldades
sempre haverá
rebeldia em prol
da transformação.
Pai, afasta de nós
esse TIAR que
dói, castiga e faz
guarimbas verbais,...
Porque
de guerra
já basta a de nervos
que todo o dia um
país inteiro consome,
O General está preso
injustamente há
mais de um ano,
não está mais
em greve de fome
e ele sequer viu
o sol da justiça.
Sem nenhum sucesso
e sem saber ao certo
o que está ocorrendo
na Pátria vizinha,
que por um bloqueio
vem sendo agredida.
O que faz falta ao povo
me preocupa,
e o que preocupa
me tortura e faz mal.
Em asas de corydon,
peleus, tucupita e ululina,
apoio minhas palavras
para contar histórias,
para não perder a rima
e pedir a libertação
de um injustiçado General.
Ele que há mais de um ano
se encontra preso,
está sem acesso a justiça
e nem da Mãe
permitiram receber a Bíblia.
Os Generais foram
torturados
pela revolução,
E um deles que
tenho confiança
que é INOCENTE
se encontra em
GREVE DE FOME
na prisão desde
o dia 8 de julho,
Parece uma história
sem solução;
A fronteira arde:
guerrilheiros
atacaram o posto
de La Mulata,
A tristeza do povo
que nunca passa
justamente porque
uns colocam política
em tudo que sempre
acaba aumentando
toda essa desgraça.
Um dos médicos
foi libertado,
Além de Marulanda
se me lembro
bem existem outros
ainda presos;
Para a nossa
perplexidade existem
uns desorientados
que optam pela via
que os consome,
que preferem
guerrear com
os doutores
e o povo,
E optam em deixar
de entrar em guerra
contra o bloqueio
e a maldita fome.
A história mesmo
em si pertence
aos jovens anônimos
da resistência
sem farda e com ela,
A maior glória
do mundo e a honra
inquebrantável
aos caídos que
pela liberdade
deixaram o legado
para que nunca
deixemos nos
dar por vencidos.
O tempo do político
não é a emergência
de todo um povo,
O relógio do tempo
dele sempre
marcará diferente,
Por isso nem insisto
em discutir com
esse tipo de gente,
Busco por mim mesma
fazer um mundo novo.
O som da clarinetista
ninguém ouve mais,
A Justiça está foragida,
e é a única verdade que
existe e me faz realista.
Tem gente tão obscura
como deixaram
as águas de Osorno,
Tipo aqueles dois
que foram capturados,
E o interminável
diálogo de Barbados
Sob a lógica de Oslo
e impronunciáveis
bobagens do Inferno
de cinco letras
que me pisoteiam
ofertando uma
sorte desgraçada
para quem
veste ou não farda.
Do General não se
tem uma notícia
de certeza física
desde o dia 28 de abril,
Dele só se sabe que
está em greve de fome
Este fato nos consome
fatalmente aos poucos
E quem tem o dever
de nos responder tem
feito ouvidos aos moucos.
Recordei de um
filho de Caxias
que era #pianista,
se sentia culpado
por aquilo
que jamais fez;
Na tristeza ele
vivia afogado,
Testemunhei
este triste fato.
Lembrei de uma
jovem #clarinetista
que já deveria
ter sido libertada,
E não sabemos
mais de nada;
Nada mais se
sabe dos presos
#DESAPARECIDOS,
E do General
que está em
#GREVEDEFOME,
Pois a omissão
nos consome.
O silêncio ferino
de quem faltou
com justiça,
e está faltando
com socorro
é a declaração
de quem não
pode se queixar
quando for
referenciado
pelo mundo
afora como tirania,
Não queria dessa
maneira falar,
Mas de silêncio
em silêncio sinto-me
obrigada a transbordar.
Bandeirante
Doçura do Meio Oeste
que tem como símbolo
o Ipê que une o país inteiro,
És um rincão precioso
do meu Brasil Brasileiro.
O teu povo alemão e italiano
fez deste solo a Pátria infinita
lutando na lavoura e fixando
bandeiras onde buscou viver
unidos com os irmãos gaúchos.
Semeando Tradições
vai mostrando nas danças
que o teu sangue e o peito
seguem nos ritmos do tempo.
Bem próxima da Argentina,
filha dos tempos doces
e de conversa macia,
Eu amo a tua gente guerreira
e me orgulho de ser brasileira.
Solidão na multidão
é o que enfrenta
uma tropa e um general
(prisioneiros de consciência)
por entregar as suas
vidas por uma Nação.
Relembrando
a amizade
com um filho
de Caxias,
Para acordar
que na Pátria
vizinha
tem gente
padecendo
a noite brumosa,
e a tropa
sofrendo
da mesma forma.
A devastação
do regime
do meu país
deixou mais
rastros nele
do que em
qualquer outro;
E se vivo aqui
ele estivesse
estaria em
desgosto só
de saber que
a história se
repete até
em outro país.
Desapareceram
com o General
e que estão
ocultando
isso há 73 dias,
e que todos
sabem que
ele foi preso
injustamente
e jamais fugiria;
A liberdade ainda
não chegou
para a juíza,
o jornalista,
os médicos
e tantos outros
que por motivos
diferentes
são vítimas
da mesma sina.
Um jovem perdeu
a visão por
perdigonazos,
Tu não sabe
o quanto a mim
me dói a notícia
de cada filho
ferido ou tombado.
Responder a um
cumprimento,
a um pedido
ou pergunta
é sinal de respeito:
Onde está o General?
Os calabouços
do Inferno
de cinco letras
seguem longe
das vistas,
e em especial
para duas visitas
foram encerrados.
Por favor,
me responda
se o General
Rodríguez Torres
continua vivo!
Os calabouços
do Inferno
de cinco letras
receberão
uma manifestação
de autoria
do autoproclamado,
Mais uma
trapalhada
para a coleção.
Não faz sentido
tanto silêncio
envolvido...,
Da mesma
forma tanta
austeridade
que chega
dar enjoo,
Há outros oficiais
forçosamente
desaparecidos,
E sobre o General
e todos eles
nenhum pio,
Tudo isso
só causa
mesmo é arrepios.
O filho de
um outro
General não
reconheceu
a voz do Pai
numa gravação,
Não entendo
como
conseguem
conviver
o tempo
todo com
a ideia
de conspiração.
Pais correndo
contra
o tempo
querendo
saber
do filho
há mais
de 8 semanas,
E eu escrevendo
e escrevendo...,
Ainda estou
tentando crer
que cada
palavra
minha cairá
no ouvido certo.
Do General
injustamente
aprisionado,
nada mais
sabemos
como tem sido
há mais de
dois meses;
E hoje pelo jeito
será um
dia a mais
que nada
saberemos mesmo.
América Latina
é um lugar onde
Pai e a sua filha
foram arrastados
pelas oligarquias
e afogados
pelas correntezas
do Río Bravo.
Todos nós não
passamos de
uns afogados
no oceânico ego,
E sem saber
que nele
já falecemos:
Viramos um
real cemitério
de gente viva.
Na Colômbia
virou corriqueiro
ter seus
líderes sociais
assassinados,
e ficar tudo
por isso mesmo.
Mais de um
imigrante haitiano
tem sido
assassinado,
Todo o dia
um venezuelano
se vê obrigado
a ir querendo
nunca ter ido,
e sem razão
nenhuma
sendo ofendido.
O General
que tanto falo,
Você sabe que
ele é inocente
e que já era
para ter
sido posto
em liberdade.
Falo de prisões
e de gentes
para pedir para
o além o auxílio
para que guarde
um General
que foi preso
de maneira
muito covarde,
E da mesma
maneira da tropa
e de outro
que dizem que
ele virou um
fantasma militar.
A nossa tragédia
imigratória
e as prisões
políticas não
nos comovem
como deveriam;
Vejo pessoas
em postos
importantes
em instituições
e que defendem
os DDHH de
forma seletiva.
E sempre fica
tudo por
isso mesmo,
Tudo vira safra
de sinais óbvios
que nós somos
o nosso próprio
perigo diários;
Cultivando
um novo tipo
de egoísmo
no cotidiano,
Optando por não
pensar como vício:
Chegaremos a um
ponto que seremos
desautorizados
a chorar as nossas
próprias misérias.
Ainda se fala
sobre o dia
mais sombrio
do Exército,
Todo o dia
tem sido levado
um General
para ser detido
sem explicação.
A História vem
se repetindo,
como vocês
não querem
murmuração?
O General foi
preso porque
deu opinião,
e sobre
o paradeiro
dele não há
nenhuma
explicação,
Há mais
de 50 dias,
E você em
silenciação.
O General foi
arrancado
no dia 13
de março
no meio
de uma
pacífica reunião.
Sob a mirada
de um dos 7
infantes de Lara,
O Comissário
libertado,
e o advogado
foi aprisionado.
Na lembrança
(o calendário),
No coração
(há esperança).
Dizem que
desde o dia
28 de abril,
Sobre o General
que ninguém
mais sabe,
e nem mais viu.
Na cabeça (a dúvida),
No lábio (a pergunta).
O velho sargento
infartado,
Este giro tem
causado um
total enfado,
Excessos contra
a tropa tem
causado um
incalculável
e brutal estrago.
Em reverência
ao legado dos
heróis da Batalha
de Carabobo,
É preciso dar
um basta de tanta
falta de respeito
com o povo;
É preciso recordar
as origens,
derrubar o bloqueio
e alçar a vitória.
Mística celebração
na madrugada em
busca de resgatar
a união cívico-militar,
É preciso a paz
e a justiça recuperar.
Como é terrível
não saber que
até agora não
há nenhuma
prova concreta
de vida do General,
que nem preso
deveria estar;
Se tiver sobrevivido
a todo o maltrato
e injustiça
dos calabouços.
Hoje não teve
desfile militar,
Um dia triste
como este
não há como
não lamentar.
Mesmo assim
poesia não
poderia faltar,
E doa a quem doer,
Não vou parar
de querer
saber como
está o General.
Não vou parar
de perguntar:
para onde é
que levaram
o General?
O grito do teu
silêncio infame
a mim soa
rude e gutural.
Faltando um dia
para completar
cinquenta dias,
Acompanhei
em mil orações
os passos
dos velhos pais
rumo ao quartel
em busca
do filho General
injustamente detido;
Sofro com eles
o silêncio
ensurdecedor
do inferno de cinco
e malditas letras,
para que
tu
não te esqueças: ...
a minha outra
parte também
é cigana e perdoa,
mas também pragueja,
Espero que ele
ainda esteja vivo; ...
da irmã ouvi
o desesperado grito,
O General para mim
continua desaparecido.
Manhã cor de gris
e de Greve Geral
contra a Reforma
da Previdência,
Tempo estranho
de um General
não tão conhecido
sendo julgado por
um tribunal civil,
Estamos vivendo
uma Torre de Babel,
Ex-Presidentes
presos e em exílio,
Não sei por qual
caminho andará
o continente,
Não quero perder
o leme e a rima,
O La Patilla
indenização
haverá de pagar.
Mesmo que
o mundo vire
de pernas
para o ar,
Deixe a Aporrea
se expressar,
As pessoas
têm o direito
de se informar.
Vários oficiais
incomunicados,
Disseram que eles
foram torturados,
Mais uma obra
bizarra do Inferno
de cinco letras
Contra homens
e mulheres;
Faço vergonha
espalhada para
que o mundo
jamais esqueça.
Pelo General
preso inocente
em Fuerte Tiuna
não vou parar
de pedir para libertar.
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