Poemas a um Poeta Olavo Bilac

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VERSOS DE AMOR

Você é tudo aquilo que desejei
tudo que sonhei
e que me faz viver
me faz sorrir, ao te ver...
Com você,
não penso em mais nada
a vida é uma só estrada
você! Afeto tão amado
sonho tão sonhado...
Este teu jeito leve me fascina
teu carinho, meiguice, uma sina
com beijos quentes, me delira...
E nos teus braços ouço a lira
da paixão, tocando pra nós
embalado por tua doce voz...
O toque de sua mão
acelera o meu coração,
o teu cheiro é de terno sabor...
Sem duvidas, és o meu melhor.
Poetados nestes versos de amor.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto de 2018
Cerrado goiano

Não te rendas, não cedas
ainda que o sonho te queime.
Aprendas a apagar as labaredas,
do fado. Insista, queira, teime...
A vida tem curvas e alamedas.
Veja a cor do por do sol, diversidades.
Adoce as frutas azedas.
Viver tem sempre possibilidades.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano

pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela

à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...

durmo neste ritual!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro

a chegada

já a quarta estação me rodeia
tece sua cadeia de flores
as trepadeiras na ameia
da temporada dos amores
florescendo toda a aldeia

cada canto, todas as cores
no cerrado o ar perfumado
em um festival derredores
coroando o ciclo propalado
ameno, pintado, amadores
de um tempo dulcificado

mais que bela, quimera
com seus abraços, laços
em botões em espera
da diversidade em maço
a chegada da primavera!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro

FISIOTERAPEUTA,

Doutor do movimento,
auxilia na dor, no alívio, alento,
mãos que tocam manobra,
atento.
Ao aflito: regente, presente.
Profissional da saúde,
do amparo, da evolução,
o que está ali em plenitude,
no socorro da superação...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro
Cerrado goiano
dia do fisioterapeuta

(en)canto

no cerrado canta a cigarra
quer o (en)canto dum par...

canta, numa tal algazarra
até o teu peito estourar...

e neste som de guitarra
baila, seduz, sem parar...

de carência ou garra
a cigarra quer casar...

é sofrença ou farra
ou carma a carregar?

neste mantra se agarra
até a lua raiar...

é fanfarra
é verão à anunciar...

então, canta cigarra
a vida tem de continuar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
Cerrado goiano

TUDO LONGE (fado)

Tudo longe, tudo vazio, tudo sem encanto
do teu canto, teu olhar, no peito no entanto
que se põe a suspirar... as tuas lembranças!
Que são lágrimas em rodopios e em danças
na minha saudade. Você está ausente!
Só o cheiro dos teus beijos nos lábios presente
Insistente: - num poema, num verso, num canto
uivando o acalanto, tanto, me jogando num canto
Nem o teu calor, o teu amor, aqui posso tocar
Você está longe... como nostálgico não ficar?
Ai está dor, este pranto, este manto, ai...ai... ai...
não me deixes tão distante, solidão... vai... vai...
A dor do amor sozinho, é tristura grande
que invade a alma, de quem é amante
Tudo tão longe, tão grande, tão emudecido
aqui neste gemido em sofrido alarido...
Me ponho ao vento por ti clamar:
- como é bom poder te amar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23 de agosto de 2019
cerrado goiano

Súplica

Queria poder enxergar
Só com os olhos da alma
Sem o habitual criticar
E agradecer a oferta alheia
Poder ter a sabedoria
De só espalhar alegria
Sem presunção
E o orgulho de boa ação
Suplico um coração sem tristeza
Que a vida só me dê clareza
Aos sonhos ilusões de amor
Aos atos semear valor
Aos amigos mais amigos
Entes queridos os inimigos
Sem ser rastejante diante dos fortes
Nem gigante diante dos fracos
Quero aprender o dom de perdoar
Longe o desejo de vingança ficar
Alongando os dias de realizações
Encurtando as noites de angústias
Trazer justiça aos momentos de astúcia
Alicerçando o desejo na divina fé
Tão necessária para poder evoluir
Na grandeza de homem existir
No coração o amor então construir.

© Luciano Spagnol
20/11/2007 - 05’ 30”.
Dia da consciência negra.

QUASE REVELAÇÃO

Deixa que o rimar da poesia enfim devasse
A tua emoção tão íntima e tão sem enredo
Que terias posto de lado, se, mais cedo,
Toda covardia que sentes se revelasse...

Chega de ilusão! Pronuncie-as sem medo
As tais prosas, já tão visíveis em tua face
Deixadas em teus passos por onde passe
Marcadas, e tão apontadas com o dedo.

Então: não posso mais! Chega de rodeio
Estou cheio, em devaneio, e tenho fome
No coração, aprisionado, e tão imerso...

Escuto o dito nome, o amor, leio e releio
E já fatigado, que no peito me consome.
Que quase confesso neste patético verso!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Vem a tarde, chega à noite valsando em melancolia
Onde o vento entre as secas folhas no tardar rodopia
E o tempo e saudades no peito se fazem em sinfonia
Pra haver outra tarde, outra noite, haver outro dia...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

FOGO-FÁTUO

Cabelos brancos! Dá-me calma no espanto
A esta tortura de sonhador, tolo e sofista:
No tempo o desdém ao tempo, veloz tanto,
E assim perdido pelo mais que não exista;

Tal fogo, que no espírito me é pranto
Me enregela e logo encalma, sou artista
De quimeras, reveses, e que no entanto,
Deste fado, que ao criar tenho luz à vista:

Dando a melancolia remédio de alegria,
A razão saudade, e a loucura esperança
Assim, ardendo no peito a doce fantasia;

Se absurdo, absurdo é não ter teimosia
Pra fugir com a ilusão onde ela alcança
E então, ter a realidade cheia de poesia...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

DESEJO

O silêncio que brada, desnorteado
No cerrado, que a chorar me vejo,
O peito na dor que sofre, separado
Do outrora, na saudade me protejo.

Não me basta saber do passado,
Se, se amei ou fui amado; desejo
Mais que afeto simples e sagrado,
Quero olhar, laço e um doce beijo.

Ao coração que tolera, só ousadia
Não me acanha: pois maior baixeza
Não há que paixão sem ter o calor;

É a justa ambição que eleva a poesia
Ser poeta sempre e, na sua pureza,
Deixar seus versos cheios de amor.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

REMORSO

Hoje, eu sei, a contrição com a dor
Te beijei na saudade, e assim ando
Forjando e padecendo, até quando
O teu cheiro será o meu condutor?

Às vezes, eu me vejo te chamando
Nas lágrimas versadas sem expor
Da alma, me calo, e torno sofredor
Cansado, neste tal sentir nefando...

Sinto o que no tempo desperdicei
Choro, no início da minha velhice
Cada seu, que eu não aproveitei…

E nesta ilha de suspiros e de tolice
No teu breve adeus, tarde cheguei
Sem que desta falta remorso visse!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, fim de setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

VERSOS DE AMAR (soneto)

O poetar que sofre, desgarrado
Da emoção, no exílio sem pejo
Da inspiração, ali tão separado
Calado, e sem nenhum desejo

Não basta apenas ser criado
Moldado na doçura dum beijo
Nem tão pouco ser delicado
Se o cobiçar, assim me vejo

O poetar que tolera, e passa
Sem se compor com pureza
Não há quem possa ele criar

E mais eleva e ao poeta graça
É trazer na poesia a grandeza
E a leveza dos versos de amar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Onde passamos.
Alguns deixam vaidade...
Outros deixam pegadas, eu...
deixo amizade...

Parabéns!

Parabéns queria lhe mandar
Procurei...
Palavras rebuscadas pra enfeitar
No dicionário, no vocabulário
Nada foi suficiente para te igualar
Queria ser pioneiro, certeiro
Na mensagem
Ser diferente, presente
Amigo
Do meu coração falar contigo
Trazer abraços verdadeiros
Te presentear
Com o brilho das estrelas
Com a paz da noite de luar
Com expressões nunca faladas
Nem pronunciadas...
Vendo que é só ilusão
Não tendo como fugir do chavão
Tudo que for dito
Alguém já disse primeiro
Vou cair no popular
Palavras mesmas
E lhe desejar:
- saúde
- realizações
- harmonia
E muita, muita alegria,
no seu novo itinerário...

Feliz Aniversário!

Uai sô! Cumé que ocê tá?
Vim pra ti desejá
Filiz Niversário!
Arreda tudim de ruim dôcê
Com trem bão nosóio
Amo, saúde no seu vivê
Felicidade purdimais...

Parabéns para você!
Com jeito mineiro de ser...

Hoje, o olhar materno da Santíssima Virgem Maria voltou-se para você
Que você sinta neste olhar a certeza da proteção carinhosa, e constante da Mãe de Deus, de todos nós...
Que está proteção lhe acompanhe por todo este novo ano que se inicia
Que não nos deixe sós...
Que o Divino Salvador, fonte de todo o bem, torne o seu dia repleto de harmonia, amor e felicidade...
Na fé operário!

FELIZ ANIVERSÁRIO!

Pedaços

Parte de mim tem medo
Parte coragem no enredo
Da vida, pois quero arte
Na alma em total parte

Se da fala eu faço grito
Do silêncio eu faço rito
Palavras, poesia, frase
Ora calado, ora quase

Nos meus falantes pedaços
Sonante é o amor, os abraços
Pedaços que contudo acredito
Todos juntos num só infinito

Pra estes sonhos em devaneios
Peço desculpados aos alheios
São apenas pedaços de emoção
Expelidos do poético coração

Ambição está, fatiada em pedaços
Nunca em nó, e sim suaves laços
Distante, perto, chegada ou partida
Os pedaços juntados são guarida

Sou parte dos pedaços num todo
Que tento transformar em denodo
De anseios e de boas lembranças
E nestes pedaços pouco fui usanças

Pedaço de mim é poesia
Escritas em pedaços de vigor ou melancolia
Pedaço de mim é paixão
Nos pedaços do afeto onde sempre fiz alusão
Pedaço de mim é dor
Antagonizada nos pedaços da alma em louvor

Sou pedaços, parte, um todo no amor

Coisas de amor

O amor nunca cala
Pode haver carquilhas
Pode haver muita fala
Ter poucas maravilhas
Ou ser pompa e gala
Amor é feito solene
Na alma tem escala
Ao coração infrene
Aos românticos poesia
Ao tempo indene
Faz juras de alegria
Amor ao amado, perene
Um amor não se adia
Vive-se!
No presente
Fiel e ardente
Verdadeiramente