Poema Via Láctea
A honra da Fé
A honra da Fé, mui gloriosa, não é imediata. Via de regra, sempre demorada. Ela é futura. Toda aparente perda, em nome da Fé e, por causa dela, é sempre recompensada, no futuro. A honra da Fé é sempre futura.
Quanto mais se renunciar em nome dela e por sua causa. Quanto maior o sofrimento causado por circunstâncias inerentes a ela, tanto maior também, no futuro, será a glória reservada. É por isso que todo viandante precisa entender que toda e qualquer perda por causa da Fé, na verdade, é uma perda APARENTE. Pois sempre, na realidade, é, GANHAR, tudo o que se perde, em nome da Fé!!!
Às 15h47 in 12.01.2024
Da Doutrina Sobrenaturalista
Definirei como aquela em que, via de regra, só acontece ou acontecerá algo de sobreexelente no ministério de alguém, após um evento PRETERNATURAL de intensidade até então nunca conhecida, vista, sentida ou presenciada, num nível completamente incomum. Ou se se preferir, numa manifestação à nível Bíblico, na vida de um indivíduo. Caso contrário, sou peremptoriamente do parecer que, em não havendo tais manifestações em tal nível, ter-se-á um ministério abaixo da média ou ao que se possa comparar com algo insatisfatoriamente MEDÍOCRE! Não é sem razão que os grandes e incomuns, isto é, que os grandes ministérios acima da média popular, só tiveram aquele brilhantismo monumental ou seu devido preciosismo, após uma aparição indizível do Eterno!
Moisés, depois do episódio da sarça! Jó, quando através de um sobrenatural redemoinho, O Todo-Poderoso lhe apareceu, e conferindo-lhe porção dobrada de tudo quanto antes possuía, ao final. Saulo transformado em Paulo, quando recebeu uma visitação esplêndida do Senhor. Eliseu, quando recebeu porção dobrada do espírito do Profeta Elias, depois que o viu subiu estando encima de uma carruagem de fogo através de um redemoinho. O poderoso Rei Salomão, após o Senhor lhe ter aparecido através de um sonho e tantos outros... Por que, tais ministérios tiveram tamanha proporção, exatamente após manifestações Divinas, naquela intensidade?
Porque, penso, é a única forma de se ter um ministério acima da média, e de proporção extremamente Bíblica.
Às 12h16 in 16.07.2024
"Induzir jovens a entrar em contendas intelectuais é matar as suas inteligências e, por via de conseqüência, atrofiar a vida moral deles. Fazer isso é inviabilizá-los, torná-los – a médio e longo prazos – incapazes de perceber as verdades mais sutis e decisivas, tanto no âmbito da razão prática, como no da especulativa.
Em suma, oferecer narcóticos utopistas a discípulos inexperientes é condená-los à imaturidade e à esterilidade. Portanto, o professor que enche de caraminholas quixotescas a cabeça dos seus jovens alunos é réu de crime de lesa-inteligência. Platão – o pagão Platão! – dizia que a boa formação consistia em estimular os mais capazes a adquirir, a partir dos 20 anos, uma visão de conjunto (σύνοψις = sýnopsis) da ordem do ser; a fazer, a partir dos 30, o trânsito do sensível ao inteligível; e a contemplar, a partir dos 50, a Idéia de Bem, modelo das discussões dialéticas e das decisões de Estado.
Cabe, sim, matizar e fazer algumas correções a esta doutrina, mas o espírito prudencial que a conforma é acertado.
Górgias e seus companheiros de travessuras sofísticas, que deram de ombros a esta lição, desencaminharam – e continuam a desencaminhar, no decorrer dos séculos – inúmeros incautos, às vezes em nome de Deus."
SONHEI
Quando criança sonhei...
Sonhei em ser piloto,
Caminhoneiro me tornei.
Sonhei em viajar o mundo,
De certo modo realizei.
Sonhei em ser famoso,
Aquela troca de luz e aceno do colega na estrada me faz sentir.
Sonhei ter grandes aventuras,
Com a Proteção Divina, de algumas enrascadas me livrei.
Tive tantos sonhos...
Sonhei, acordei, ri e chorei,
A estrada, na pista e na vida, por onde passei, deixei um pouco de mim, aprendi e ensinei.
(Gilmar Árion)
Esse dia vai chegar
Brotou felicidade.
Ela chegou via zap e aos poucos foi me contaminando com sua graciosidade,
Acordar e dormir pensando, ou ficar ansioso pela próxima mensagem e imaginar momentos juntos são sintomas de algo novo e bom acontecendo no coração, corpo e mente,
Os dias ficaram mais deliciosos, a intimidade começou a fluir nas nossas conversas, os sonhos com ela se tornaram mais frequentes, isso era um sinal verde, dizendo pode seguir,
Me apaixono a cada foto vista dela, delirei ouvindo a voz via áudios, não vejo a hora de encontrá-la pessoalmente, para eu dividir meus sentimentos e espalhar o meu amor.
A vida é via de mão dupla. Logo, o vai e vem de respeito, lealdade e parceria, deve ser constante.
Quando a coisa se torna unidirecional, ou seja, no instante em que só uma das partes age com correção, a coisa certamente vai morro abaixo.
Isso para TODO tipo de ralação!
SUBTERFÚGIO
Um dia, meus olhos estiveram fixos no mar, era fuga.
Via beleza, grandeza e perigos, mas também refúgio.
Era só, tímido e apaixonado, lágrima que o tempo enxuga.
Via as ondas, o vento e a poluição, na cadeira do bar fechado, subterfúgio.
Ao toque da sirene, fim de intervalo, caderno, rabisco, ninguém ouve se eu me calo.
A aula, contabilidade, indiferença e cálculos, saldo?
Desamor e desigualdade.
A sala refletia o mar brigando com o vento, só provocando ondas. Inequanime com barcos pequenos, favorecendo os grandes, maldade. Eram coisas que eu não podia mudar, independente de meu esforço, era só observação.
Assim foi com o céu, o vento e as estações do ano.
Até eu me interessar por pessoas, admirar o adestrado, criticar o inconsequente e entender a rebeldia do cavalo.
A possibilidade de equanimidade é ínfima, mas porque se pode mudar, eu não mais apenas escrevo.
Eu olho, aponto e falo.
Embora exista no povo, exatamente o mesmo que existe no mar e na aula de cálculos, o mar não tem ouvidos.
Eu parei de me importar por quem finge escutar .
Sergio Junior
MELHOR SE EU CHORASSE
Acompanhei-lhe todo o sofrimento.
Vi-a morrer tranqüila, como santa
Que entrega a Deus a alma, no momento
Em que a força da vida se quebranta.
Tentei chorar. Foi vão o meu intento...
Muito embora a vontade fosse tanta,
O choro não me veio, e um nó cruento
De dor ficou-me preso na garganta.
E se manteve assim por várias horas,
Até que, bem baixinho, ao meu ouvido,
Alguém me perguntou: - Por que não choras?
- Ah! Bem melhor seria se eu chorasse,
Pois dói bem mais o pranto reprimido
Do que o que jorra, em lágrimas, na face.
Escutei um dia
Uma história linda
De um menino que corria.
Pela savana, disparava
Quando via
o carro que a trazia.
Só pra ter
o sorriso da menina
O menino corria.
Ela ainda não sabia
Mas o sorriso ...
Ah! isso "ela tinha".
Tantos verões
Vieram, virão
Muitos viram.
Mergulho no lago
Peixinho no mar
Destinos selados.
Momentos festivos
Encontros furtivos
Um beijo furtado.
A menina do sorriso
No lábio que selou
O sorriso do menino.
Do menino que corria
Sempre que queria
O sorriso da menina.
Escutei um dia
Do menino que corria
Essa história linda.
ÁRVORE SECA
Ao vê-la, estarreci.
Ainda ontem
Do antes de ontem
De há três dias,
Eu vi-a;
Parecia-me salva
À luz da alva,
Daquele passado dia.
Hoje, mesmo agora,
Olhei lá fora:
Estava já mirrada,
Seca, num esturricado
Como torresmo queimado.
Quis regá-la,
Refrescá-la,
No pé do tronco a morrer.
Só então me lembrei
E pelo que sei,
Não adianta em desnorte,
Querer vencer
Sem poder,
Aquilo que já é morte!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-04-2023)
SE OS MEUS OLHOS
Ai, se os meus olhos dissessem
O que viram quando eu via,
As coisas sacras e profanas
Das procissões das vaidades
E cortejos de perversidades…
Nos convívios só de apelido,
De carneirinhos em sentido
À espera da ordem mestra
De chefes, gente que não presta,
Sem carácter nem humildade.
Era assim na mocidade
E hoje também não falha,
Nas feirinhas desta canalha
Velha, sem idoneidade.
Ai, se os meus olhos dissessem
O que viram quando eu via,
Outro galo então cantaria
Mesmo que mordaças houvessem.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-10-2023)
Um barco com 7 velas
Ontem se via um barquinho,
um barquinho com sete velas.
E nele eu sempre revia
minhas poesias e novelas.
Um dia, o barquinho afundou,
e nesse dia o sol não brilhou.
Mas ainda estava claro...
Claro, o dia raiou.
O barquinho branco era pequeno
para carregar as sete velas.
Nele, eu costumava acender
outras chamas para iluminar o dia.
O barquinho, a cada dia,
navegava sozinho no escuro.
Por setenta anos à deriva,
parado, mas com destino,
viajava em seus lindos encantos.
Ele via alegria, mas sentia tristeza
Perguntavam se estava tudo bem, e ele dizia que sim
Sentia desânimo, tentava se animar, mas nada o motivava
Não sentia mais esperança, mas relutava em afirmar que havia
Chegou então a conclusão
de que fez tudo que era pra ser feito
e já não fazia falta pra ninguém
E aí em paz e silêncio, desejou morrer
Caminhos da escrita
Conheço milimetricamente o itinerário da esccrita na qual faço as minhas viagens. Percorro todo o vale da subjetividade até atingir o pico da objetividade. Nesse habitat é onde me sinto bem, as palavras germinam naturalmente sem o esforço demasiado da mente.
190123
'ESSA SEMANA'
Vi um rosto que não via há anos e bateu uma saudade no peito rasgando todo o tempo perdido.
Pitada de esperança em revê-lo,
abraçar-lhe e falar dos anos escorregadios na qual passamos juntos...
Presenciei uma idosa correndo atrás de dinheiro desesperadamente,
igual a uma criança, correndo atrás de pipas, sem conseguir ter paradeiro para suas refeições diárias.
Fiquei meio intrigado com isso...
Abracei um problema que não era meu.
Mas o fiz por entender que o próximo é a nossa mais fiel semelhança.
Temos muito de congênere,
comportamentos parecidos,
mas análises e ponto de vista diferentes...
Era para ser uma semana normal.
Mas atrasei-me ao buscar o filho na escola.
Não conversei habitualmente com algumas pessoas como de costume.
Fui 'duro' com algumas pessoas e não abracei meu cão...
A semana passa rápido após os quarenta.
Essa foi de nostalgia,
algumas pessoas 'partiram' de súbito,
Não tiveram oportunidade de pedir perdão,
ou despedir-se carinhosamente da mãe,
dos irmãos,
amigos...
A semana finda,
e com ela,
tantas desesperanças...
Pra refletir ..
A vida é uma via de mão dupla.
Tudo que vai também volta.
Já fiz questão de muita coisa .
Hoje só faço questão de quem também faz.
O BOM CRÍTICO, VIA DE REGRA, DEVE SER ALGUÉM PERITO NA ARTE QUE CRITICA.
Interessa-me a opinião, apenas de alguém, que assim como eu faz da literatura seu macro ofício....
É muito comum ouvir homens que não são caçadores explicarem a melhor maneira de se pegar um animal, com armadilha X ou Y. Como também outros que nunca pescaram falarem sobre a emoção do pescador quando fisga um peixe grande.
Neste parecer, digo que as iscas foram lançadas, se não peguei nenhum peixe a culpa não é do pescador. A CULPA foi da apatia dos peixes, que não reconheceram a boa porção de carne gorda a eles oferecida.
OUTRORA TIVE MEDO DA GUERRA
Outrora tive medo da guerra
Pois lia nos livros, via nos filmes. Quão desesperador era fazer parte dela, fosse como vítima ou agressor.
A guerra é o último estágio da bestialidade humana, conclusão de que o embrutecimento não é animal e sim humano.
Animais não jogam bombas letais sobre os filhos dos seus irmãos.
A guerra é obra prima do espírito egoísta, que faz morada
na consciência dos homens.
Outrora tive pavor da guerra, contudo sempre achei que não veria, com mesmos próprios olhos seu avanço sobre os inocentes..
Cheguei a duvidar dos livros e dos filmes, onde ela me parece tão cruel e desnecessária.
A guerra, às vezes até parece poética, quando os heróis nos conquistam com discurso de bravura e nacionalismo.
Mas a guerra existe fora dos livros e dos filmes, hoje vejo em alta definição sua força e realismo, sua estupidez sobre as crianças da Ucrânia.
A guerra é real, ela acorda pais e mães para fugirem dos ataques noturnos, a guerra é hoje nosso maior enredo de uma epopéia trágica e realista .
Evan do Carmo
Essa noite eu tive um sonho
Onde eu via seu olhar vindo até a mim
Onde eu sentia o seu abraço tão forte e apertado
E ao acordar, com os olhos abertos te busco como nos meus sonhos
Mais não te encontro
Quero saber quem é você
Será que você só faz parte dos meus sonhos
Será que um dia você também ira fazer parte da minha vida
Quero sentir seu beijo
Quero poder sentir seu abraço
E saber que não estou mais só
Então me ajude a te encontrar
Me guie atravéz do seu olhar
Para que eu possa adormecer nos seus braços
E enfim poder olhar no fundo dos seus olhos
E te dizer o tão sonhado
Eu te amo
Nathalia Conde
“ Os traços perderam-se no caminho
posto que no começo era forte o tom
ao final, via-se apenas o pergaminho
e foi apagando também a saudade
antes raridade, brilhante
agora apenas um eco distante
seus aços mataram tudo
os passos o seguiram
até o horizonte desaparecer
o seu cheiro foi sumindo,
quase sem querer
morreu dia após dia, sentimento e paixão
semelhante aos compassos finais da música
definharam
os traços hoje são inexpressivos
apenas deixaram a dúvida do que realmente se viu
se tudo fora miragem
ou faltara coragem
de entender que você nunca chegou,
nem partiu
e na verdade foi apenas um sonho
que nunca existiu…
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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