Poema Via Láctea
Milagre da Fé...
Meu destino erá via traçada
Nos idos de Janeiro de 1961
Partir, levando meu filho desejado
Em parto esperado, mas fora do prazo
Meus gritos não eram de dor
Eram de uma mãe que queria ter
Nos braços a vida evoluída
No ventre, até o momento do nascer
Mas vieram-me as intempéries
Tanto tempo antes do tempo certo
E sangrei, sangrei tanto e muito
Que se precipitava a vida romper seu fio
Tocou-me a face um calor de amor
E pude ouvir ao longe uma voz serena
Que me consolou e deu esperança
Reavivava na Fé, boa lembrança
Por um instante, deixei meu corpo
Ao lado do leito, fim de meu tempo
Em pé, tomada de luz, ditosa e grata
Ouvi:"devolvo te a vida e a de teu filho!"
A nau e o sonho...
Era tudo um imenso breu
Nada se via além da vante
Nada se ouvia, calmaria, fé e desejo
Eu, um Orfeu sem guerras
Em pequena nau adaptada para pesca
Buscava nas cordas arpejos esquecidos
Iscas alçadas em anzóis, adormeciam nas águas
À espera dos peixes, sempre bem vindos
Justaposta para o prazer da pesca
De nada carecia: vinho e amor havia
Para a aventura sonhada e de valia
Coragem habitava o peito: tudo se podia
Eu te dei abrigo quando a chuva chegou
Eu te dei beleza quando você só via dor.
Eu te amei quando ninguém mais te amou.
Eu fui paz quando a guerra te alcançou.
Eu fui proteção quando o mundo te atacou.
E quando eu mais precisei,
Você me desabrigou
Você me deu dor
Você não me amou
Você infernizou
Você me atacou.
Você acabou com o amor que eu te dei,
Com a confiança que em ti depositei.
Mas a errada foi eu
Por achar que existia gratidão em quem gosta de destruição.
E de repente eu me vi assim
Em um lugar escuro
Só com minha luz pra iluminar
Não via muito a minha frente
Vi muitos caminhos
Mas não tinha nenhuma direção
Vi muitos problemas
Por todos os lados que eu apontava minha luz
Mas nesse momento
Em que me encontrava em desespero interno
Em silêncio me pus a pensar
Pensar em uma solução
Pra me achar em meio a desventura
Então apaguei minha luz
Respirei fundo e sorri
Ao levantar a cabeça
Achei minha direção
Pois só se pode ver estrelas
Em extrema escuridão
Via Postal
Mantenho teu rebates atravessados.
Assim em quantias, jamais entendes.
Do amor, tantos segredos guardados.
Quando a minha infelicidade distende.
Tenho um coração, sonhando calado.
E parado diante, do verdadeiro amor.
Tão tristonho, maior dos desprezados.
Porém pulsando, com brilhante fulgor.
Tenho também, tão poucos amigos.
Aquilo quando me soa, um estranho.
Mas nesse bem, meu mundo persigo.
Um contemplar, um acreditar tamanho.
Tenho estrelas fotografadas na janela.
Sempre ditando, encantadoras poesias.
Quando eu acordo, as minha sentinelas.
Copiosas no céu, e silenciosas sinfonias.
Tenho meu amor velado, pequena flor.
Pendurada, em um coração de varanda.
Uma carta soletrando uma palavra amor.
Via postal, vindo do Universo em ciranda.
TRÁGICO CAPÍTULO
Andaste errante na terra
Enquanto andavas consumiste o melhor dela
Via o desconhecido e não fazia guerra
Pois que é que existe qué melhor do que ela?
Possuiste tamanha grandeza
Para do nativo te esqueceres: índio, negro, mulato
Pois como é que é fácil consumir toda sua riqueza
Criando por onde passa pobreza. Oh, homem ingrato!
Quando valorizarás o que é teu, o que te foi dado
Não acostume-te apenas com a nobreza
Humilha-te em teu seio, nobre bastardo
Terra. Globo universal, mãe natureza
Homem. Alheio, estranho, esquisito
Profanaste toda a tua beleza.
22/03/2018
Eu sempre fui diferente
sempre via um pouco a frente
e sempre observava os demais
com um pé na frente e outro atrás
Viver Com Qualidade!
A vida é uma via de sentido único onde não há atalhos.
Siga em frente, supere os obstáculos e sejam felizes!
"O Oitavo Pecado"
Eis que surge mais um vício capital...
Quando criança, me via aflito
E aquela que eu mais amara vivia aos prantos.
Foram raros os momentos que me lembro de vê-la sorrindo.
Me perguntava se por dentro ela estava chorando.
Aquela que eu mais amava se afastou de mim.
E eu queria rever seu rosto, até então normal...?
Então me diz qual filho exitaria, em visitar sua mãe no hospital ?!
E de repente...
Disseram-me que você se foi...
E até agora eu tô sem reação,
Dos cincos estágios do luto, desde que te perdi, nada mais vi, parei na negação.
Os seus antigos sonhos, atualmente passaram a ser o meus, pequei por amar demais, e o meu maior pecado foi negar a Deus.
Jamais me conformarei com o fato de que "Ele" a levou, pois se rezar não foi suficiente, creio que "Ele" nos abandonou.
Pequei por amar demais, queria tanto ainda tê-la ao meu lado, pois sinto dor
A sua partida me deixou sequelas, pois represento o mais novo pecado... "O Amor".
A via da vida
havia na vida uma via
eu a via na via
mas a mim não via
Que via infeliz
Só queria o que eu via na via
Mas a via a mim proibiu
ter o que eu via
Libertação
Em uma alma perdida
Só se via a escuridão
Com vários tormentos
E com muitas angústias
A alma queria ver alegria
Mesmo com algo novo
Ele não sentia-se bem
Porém durante o nada
A paz acalmou o perdido
Mesmo momentos ruins
O vício da tristeza foi-se
O iluminado sorri novamente
Apesar de lágrimas voltarem
Relacionamento é uma via de mão dupla. Cada um deve fazer o seu papel, caso contrário só haverá um grande congestionamento na vida do casal.
*Paulo Ricardo*
Na rua,
um barbudo me deu ódio
Ele nem
me via.
- Qualé a sua?
Dei-lhe um tapa no bigode.
Pogonofobia
Bálsamo
A poesia é como
um bálsamo
que traz o conforto
nos momentos difíceis...
Ela faz viajar,
caminhando nas palavras,
que deslizam leves
por sobre os dedos,
sem ao menos sair do lugar...
Acalenta o coração,
ilumina os caminhos
com sua luz reveladora!
Oh! A poesia...
Como ela me completa
fazendo parte da minha vida...
Ela me instiga,
quando, através dela,
consigo me conhecer melhor
e enxergar a vida
de uma forma diferente...
Que bom que ela existe!
P[R]O[BL]EMA
nenhuma técnica/método
receita bulário
segunda via feita a papel carbono
xerox reconhecida em firma
rúbrica a punho
sequer ensaio para a cegueira
qualquer poliqueixa minha
qualquer cólera
qualquer resultado
não é mais que
poema
único num
teorema do exercício de ser
todo dia um poeta que firula
a inquietação
condicionado à metáfora
programado em rima
aos vocábulos que rodeiam:
sou quase todo ilha
Era a via
Uma estrada sem sentido
Sempre de partida
Quando houver sentido, de ida
Era a trilha a caminhar
Encontrar e perder a razão
Pisar o chão
Ter o mundo aos seus pés
Uma mera ilusão
Que se vive
Ao invés de viver a vida
A magia
A alegria
Que te corta que nem adaga
A luz que te vem e que alumia
Se lhe apaga, opção que lhe cega
Origina e germina
À semente que foi plantada
Era uma via onde se vai
Que depois que se foi
Perdida
Era a lágrima escondida
Que se vê
A folha não escolhe cair
Mas se escolhe ser folha
Ela cai
Era a tarde que passa
Onde um Sol que se punha
Sereno
Era lenha a queimar
Quase nunca por inteira
Nem plena, nem toda vida
Era apenas vida
Quase sempre pequena
O alento, lugar distante
Um olhar ao longe
Era noite, era manhã
Mocidade
Sonhar era um sonho
Uma folha morta
Era o Sol que se apaga
Ter o mundo aos seus pés
Ilusão que te mata
Que te corta que nem adaga
Era sempre uma partida
Perdurou por instante
Só o passado há de ser eterno
O presente era vida.
Edson Ricardo Paiva.
GUERRA ENTRE ESCRAVOS
Depois que os sábios via Facebook descobriram a arena medieval a guerra entre gato e rato está cada dia mais hilária.
A malandra e estratégica definição dos gladiadores se divide entre o fanatismo ideológico e os torcedores que não entenderam a regra do jogo, sujo por sinal.
Felicidade alheia
Via ele ao lado externo das casas, pelas janelas de vidros, sorrisos, amores e emoções.
Desejava como nunca desejou, viver o que outros viviam pois ali poderia estar sua felicidade.
Mal sabia ele, que enquanto ele via através da janela, perdia o mundo que estava a sua mercê, a suas costas.
muita hipocrisia
para onde pouco se via
o saber que se extinguia
a ardente hipocrisia.
hipócrita aquele que acha
que devemos tudo realizar
sendo que o mesmo
já não se sai do lugar
exige de mim
algo que a ele não se encaixa
mas isso terá um fim, sim
pois a hipocrisia,
que já não se via
que já não nos perseguia,
virou nossa parceira
do dia a dia
SOMOS LIVROS
Na Via Látea
(uma das biblioteca do universo)
todos somos livros.
Guardamos nas páginas do inconsciente
mágoas e arrependimento
paixões inconfessadas
e amores que venceram o tempo.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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