Poema Sobre Solidão
Aqui estou, perdido em meio à multidão, mas completamente sozinho. A mesa que me acolhe, com um copo de whisky como única companhia, parece ser o único refúgio onde posso esconder as lágrimas que não ouso derramar. As pessoas ao meu redor conversam, riem, mas tudo o que vejo são rostos indistintos, como sombras que não podem preencher o vazio que você deixou.
Lembro-me de cada promessa sussurrada, cada sonho que desenhamos juntos no horizonte do nosso futuro. O calendário ainda marca aquele dia, o dia em que você entrou na minha vida, trazendo consigo uma avalanche de emoções que, hoje, se transformaram em destroços.
O que aconteceu com os planos que fizemos? O que restou daquele amor que juramos ser eterno? Agora, sou apenas um homem que tenta se esquecer nas profundezas de um copo, que busca anestesiar a dor que não cessa. Cada dose é uma tentativa vã de apagar a lembrança de um amor que se foi, de um coração que já não bate com a mesma força.
Mas, mesmo assim, a esperança insiste em habitar nas ruínas desse sentimento. O amor, embora machucado, resiste, esperando o impossível. Porque, mesmo que eu finja que já não me importo, que a vida de um coração solitário e frio é o que escolhi, no fundo, ainda espero pelo dia em que você volte.
Até lá, sigo, vivendo essa vida bandida, onde o amor parece um sonho distante, mas onde a memória de nós dois é a única coisa que me mantém de pé.
Antes que a morte nos tome...
Quando a morte chega, fria e implacável,
E leva quem amamos ao reino insondável,
É então que o coração, em pranto se curva,
E entende o valor que a vida dali pra frente será oculta.
Em vida, deixamos passar o brilho no olhar,
O riso que encanta, o dom de amar,
Mas é na ausência, no vazio que se expande,
Que percebemos o quanto o amor nos prende.
Cada palavra não dita, cada gesto esquecido,
Transforma-se em lamento, em pesar contido,
A dor nos invade, o arrependimento persiste,
Por não termos amado com o fervor que insiste.
A morte revela o que a vida, em sua pressa, esconde,
Que o tempo é frágil, e o amor, que responde,
Deve ser vivido com toda a devoção,
Antes que a morte nos tome pela mão.
Ficamos com a lição, melancólica e severa,
Que o valor do amor só se vê quando a dor impera,
Aprendemos, tarde demais, na sombra que consome,
A dar valor à vida, antes que a morte nos tome.
Dedico este poema ao meu pai Waltairo Brumm , ao meu querido primo Marcelo e a tantos outros familiares e amigos que se foram.
Seca
...Hoje sou madeira seca
cortada pelo lenhador
Sou árvore velha
que morreu para virar tambor
Sou a pele do tigre que embelezou
a sala do matador...
Ó Deuses e Deusas, a se distrair com tudo que é humano,
Me vigiam? Me vigiam?
Meu coração está doendo. Devem rir enquanto eu choro.
Pobre de mim? Ou sou desgraçada?
Há alguém entre vós ao meu lado?
Alguém torce para que meu sonho se realize?
Ou estou sozinha?
Também contra todos os Deuses?
Há alguém no Céu? Um único Ser que apostou que eu não desistiria?
Há alguém no Céu que acreditou em mim?
Ou estou só com a minha teimosia?
Eu acreditei em mim...
Mas acreditar sozinha é tão triste.
Meus olhos são catadupas que embaçam minha vista e sentidos.
Sou cascata...
Sou sozinha...
Há um único Ser Celestial sequer que acreditou que eu não desistiria?
Me ajude.
Miro meus olhos e meu coração a Ti, estrela pequenina.
Estrela que há tanto não vejo de minha janela...
Estrela que me viu sonhar desde menina...
Sim! Eu te amei mais do que a Lua e ainda te amo.
Te amei mais do que a todos os planetas.
Apostaste em mim, Estrela preferida?
Por que eu não desisto?
Alguém além de mim acreditou que eu conseguiria?
Sim, eu sou suficiente.
Mas acreditar sozinha em mim mesma é tão triste.
Alguém apostou que eu conseguiria?
Meu coração está doendo.
Me deem forças. Me animem.
Começamos a morrer quando já poucos sentem a nossa falta, porque os que nos amavam já partiram, levando com eles um pedaço de nós.
Começamos a morrer quando nos olhamos no espelho e já não nos reconhecemos mais, mas sobretudo quando deixamos de nos sentir amados, quando se riem dos nossos sonhos mais básicos, inclusive banais, e tudo à nossa volta se torna imenso, vazio, denso e insignificante.
Não me sinto pertencente a nenhum meio, sempre que senti desalojado, sem entendimento do meu meio, sem reconhecimento que mereço e sem o sucesso que almejo, me sinto muito cansado de tudo, porque sei que infelizmente só eu me compreendo.
Quem às vezes se sente assim?
Sou eu, rodado pelo tempo,
Sem casa, sem chão, nem firmamento.
Caminho em estradas que o vento apaga,
Sem saber se sigo ou se volto à saga.
Não há onde pousar meu cansaço,
Nem braços abertos, nenhum abraço.
Sou eu, sem rota, perdido na estrada,
Só o silêncio, minha jornada.
Será que o destino me esqueceu,
Ou fui eu que de mim me perdeu?
Mas sigo, sem rumo, sem me encontrar,
Quem sabe, um dia, eu aprenda a ficar.
Sombras do Amor Perdido
Em meio à tempestade, meu arco-íris se esconde,
Pintando o vazio com cores que só o coração vê.
O céu, antes claro, agora está triste,
Mostrando a sombra da falta que a dor faz acontecer.
Talvez eu viva assim, mesmo antes do fim prevalecer
Pois o nada sem ti, começou existir, logo depois de você.
Entre trovões e nuvens pesadas, meu arco-íris se refugia,
Colorindo o vazio com tons que só o coração entende.
O céu, que antes brilhava, agora veste a roupa da saudade,
Revelando na escuridão a marca de um amor inconsequente.
Eloquente em meio ao coração de um homem lunático,
Que se apaixonou sozinho, mais na alma que na mente.
E, embora o lápis continue a desenhar memórias de um amor perdido,
Nem a maior das borrachas pode apagar o que o tempo levou.
As cicatrizes ficam, como um traço profundo,
Gravando na alma uma história lembrada pela dor.
Iludida pela árvore dos sentimentos,
Resolveu se apegar demais ao amor.
Olá, dor, minha antiga aliada,
Hoje, mais uma vez, você está aqui sentada.
Não veio com aviso, nem trouxe razão,
Apenas se instalou, silenciosa, no coração.
Ando por ruas que parecem desertas,
Onde as almas, invisíveis, estão descobertas.
Carrego nos ombros o amor do mundo,
Mas ele é um fardo, um grito profundo.
Eu vejo rostos que não enxergam,
Ouço vozes que em silêncio pregam.
Tento estender as mãos, mas elas não alcançam,
Minhas palavras ecoam, mas logo se cansam.
O altruísmo me corrói por dentro,
Ser empático é viver no vento.
Sinto a dor que não é minha,
Sinto o peso que nunca termina.
E mesmo por quem me fere, ainda choro,
Como se cada lágrima fosse um tesouro.
Me perco no som do silêncio,
Onde a alma grita em silêncio denso.
Mas por que o coração dói sem motivo?
Por que amar se torna tão corrosivo?
O vazio responde com seu abraço,
E o silêncio, se torna um eterno laço.
Sigo caminhando, sem destino certo,
No caos do mundo, meu peito aberto.
E o som do silêncio me envolve,
Como uma canção que não se resolve.
aMaria
.
Estou nela como for,
Num pensamento de momento
Onde afasto minha dor.
Estou nela como for...
Onde me caibo nesse amor.
.
Se não sou o teu destino
Eu me faço clandestino,
Pra andar os teus caminhos
Onde o amor nos possa achar...
.
Por um tempo ela foi,
Neste tempo ela é,
Amanhã ela será...
.
Quando em mim eu aprendi,
Que não há tempo
Que não me seja pra te amar...
.
Eu amaria, e amaria...
Como eu à aMaria
Eu somente aMaria.
.
Edney V Araújo
Amar-te
.
O que direi eu,
Do momento em que sou
Ao instante
Em que estou...
.
Sou eu amado amante
Que te ama assim em mim...
Sou dela
Que passou sem mim.
.
Ah! Eu quero, e como quero...
Desde o dia em que te espero
Neste tempo infindo assim,
Vivo eu de amar-te em mim...
.
Edney Valentim Araújo
Nas sombras do tempo, ele caminhava solitário pelas ruas de memórias desbotadas. Seu coração, um mausoléu de amor, guardava o fogo sagrado por ela. Ela, a musa imortal de seus sonhos, vivia na penumbra de sua ausência, uma presença tão vazia quanto as ruínas de um templo esquecido.
Anos haviam se passado desde que suas vozes se entrelaçaram em canções de promessas e suspiros. Anos desde que seus olhares se perderam nos labirintos da alma um do outro. Mas para ele, o tempo era apenas uma cortina fina entre o que foi e o que poderia ser.
Ela era como a névoa da manhã, presente, mas intangível. Ignorava-o como se ele fosse uma sombra indesejada em seu horizonte. Seu silêncio era uma sentença, sua indiferença, uma espada que dilacerava sua alma a cada dia.
Mas mesmo na morte ficta de sua conexão, ele persistia, seu coração como um farol na escuridão, esperando por um vislumbre da chama que um dia ardeu tão intensamente entre eles. Ele a amava além das palavras, além do tempo, além da própria morte.
Em seu amor, ele encontrava uma imortalidade que transcende os limites do mundo físico. Seu amor era uma epopeia, uma saga de esperança contra toda a lógica, contra toda a razão.
E assim, nas brumas do esquecimento, ele continuava a tecer os fios do seu amor, esperando pelo dia em que a morte ficta que os separava se dissolveria, e eles se encontrariam mais uma vez nos braços do destino, onde o tempo não teria poder sobre o eterno laço que os unia.
Em um instante de reflexão, um novo capítulo surge,
Um convite à mudança, onde a vida converge.
É hora de partir, deixar o passado para trás,
Abrir as asas, voar rumo ao que jamais se desfaz.
Uma nova vida desponta, como aurora no horizonte,
O sol da renovação brilha intensamente, forte.
Novos desafios se apresentam, como montanhas a escalar,
Mas com coragem e fé, prontos para superar.
A liberdade é a trilha que se estende à nossa frente,
Caminhando com passos firmes, sem receio, somente.
Se amar, se gostar, se valorizar no presente,
Descobrindo o poder de uma autoestima envolvente.
É tempo de se dar oportunidade, abrir o coração,
Deixar florescer a esperança, a mais doce sensação.
Levantar da poeira do ontem, como a fênix renascer,
Seguir em frente, sem olhar para trás, sem se deter.
Na solitude, encontrar a paz que mora dentro de si,
Explorar os recantos da alma, descobrir o que ali há para ser.
É a oportunidade de se encontrar, de se conhecer,
Um mergulho profundo no próprio ser, um renascer.
A vida é um poema em constante evolução,
Cada verso escrito com as escolhas do coração.
Então, sigamos adiante, com coragem e gratidão,
Em busca da plenitude, dessa nova vida em expansão.
“Todas as Noites”
Em noites frias, vazias
Imagino-te
E calorosamente, pleno
Espero-te.
Série Rascunhos
por Chris Gonçalves
Há dias que não sei se o sol vai aonde
Forçando o frio a me corromper
Há dias que o sol nem sequer se esconde
Mas o seu calor não chega a corresponder
Se é que me faço entender
Férias chegando!!!
Mais uma viagem solo!!
Solitude é o que temos!!!
Erro?! Acerto?! Não sei!!
Mas a solitude já está cansando.!!!
Sair para curtir à noite, de forma solo…
É.. já foi bom!! Hoje nem tanto!!
Logo mais estará um tanto ruim..
Viagem solo.. já foi bom!!!
Hoje.. me faz pensar..
Mas é o que tenho…
É o que me ocorreu..
Erro?! Acerto?! Não sei!!
Dúvidas profissionais e de escolhas na vida!!
Vem e vão!!
Férias chegando!!!
Mais uma viagem solo!!
Solitude é o que temos!!!
Aproveitar para colocar a cabeça em ordem.. e avaliar possíveis decisões!!
Se faz necessário!!
Erro?! Acerto?! Não sei!!
Solitude é o que temos!!
(By Rodger)
Refletiu em seus olhos o mar e as estrelas; lua prateada nasce sobre sua cabeça com digníssima beleza.
Seu olhar era o meu céu, o brilho neles provindo dos cosmos; quem entenderá o coração que veem com estranhos olhos?
Águas perturbadas, não cries ondas, sejas calma; meu amor por ti é brilhoso, da magnitude solar, e seu conforto, não que eu esteja errado, é frio e gracioso, ó lua nas espelhadas águas portentoso.
Tal como a água, que varre a terra, forte e impetuosa, me vens e vai-te quando retorna; foi-se também aquele olhar, a beleza que meus olhos desabam em pesar agora.
Ondas turbulentas, doces como és, por que me fazes sentir o salgado das lágrimas? Seca-me os lábios, alegra-me a face.
Noite após noite, seu espelho sereno me revela, brilha as estrelas, a lua, e nas águas, ela me será eterna.
Precisamos uns dos outros.
Esse é o único fato,
ninguém faz nada sozinho,
ninguém é feliz sozinho,
a solidão é o nada,
é a morte, é a agonia.
La Description du Poète
Um corpo extenso, tez alongada e alta,
E, homem, chorando vivo incessantemente.
Dos meus dez anos, na vida rude, a falta,
Perdi a mãe, talvez por desígnio da Mente.
A alma aparenta-se inclinada, cônscia
De dores maternais e tumultos extremos;
Em meu cérebro, a ideia, não vã, propícia,
De esperanças e triunfos supremos.
Nenhum livro me escapa ao ardor da mente,
Mas, ah! Conhecimento, que pura ilusão!
Nenhuma dor ou pranto silente,
Pode esconder-me o fúnebre caixão
Da triste esperança, eterna e persistente,
Nos olhos mortos do meu coração.
Um poeta, cujo olhar nos céus se encontra,
Reflete em nuvens sua ambiciosa visão;
Uma erudição que em vão se desponta,
E, em vasta escala, uma férrea solidão.
Poeta visionário, sem mente sombria,
Vislumbra o amor no mundo em sua dor.
Mas, em seu tempo, é uma alma vazia
Sem saber se é criatura ou criador.
Pra não dizerem que não fui mediocre - Ao meu amigo Alexandre
Tudo é podre no mundo. Que importa?
Se a ferida que tenho está morta
Maldito tédio; bates minha porta.
Ferida do tempo, ainda me corta.
A dor ao meu passado me transporta
O Peito bate mais do que suporta
E sinto explodir à minha aorta
Apenas minha fronte me conforta
Embora a coitada esteja torta
Vive presa e leve como esporta
Cai guardada, em um vaso de retorta.
Que à minha alma à distância exporta
Por isso o sofrimento me recorta
Como, na pior das safras, a horta!