Poema Sobre Solidão
"Nada na mente trancada
Nenhum pensamento bobo
Ninguém na memória vazia
O sótão silencioso
Na casa forte da mata
Finalizo o que foi meu jogo
No nada enfim eu me isolo
Amigável como um lobo."
LORI DAMM - AMNÉSIA
Quando lhe perdi!?
Quando os meus beijos perderam o sabor pra você?
Quando lhe perdi?
Quando os meus toques perderam o encanto?
Quando lhe perdi!?
Quando os seus olhos pararam de brilhar ao olhar nos meus?
Quando lhe perdi?
Quando passou a está tão longe, mesmo tão perto?
Quando lhe perdi!?
Quando a minha chegada passou a não mais valer a pena à sua espera?
Quando lhe perdi?
Carta aberta ⚠
Cara dor que sinto em meu peito, já não pensa que está a tempo demais comigo?
Naquele dia em que a vi a primeira vez tão amarga e solitária se fez presente em meio a fraqueza me fazendo acreditar que havia transformando-me em um mostro ferido.
Sensatamente, lidar com você não tem sido fácil! Nossa amizade nunca deu muito certo mesmo. Toda às vezes em que esteve perto me fez sucumbir em lágrimas, fazendo acreditar que não havia saída. Tem me feito negar quem sou, mostrando meu lado mais triste. Sinceramente, não sei o que tanto esperava! Talvez que fosse passageira como os outros [...]
Porém, tem me surpreendido e muito, se revelou fiel até naqueles que parecem ser os melhores .
Tenho que me despedir, peço singelamente no qual se possível atirar-se para longe de mim!
Tragar para tentar fazer que o que está em sua mente saia com a fumaça.
Os sentimentos que com ela *vão*, *voltam* com a respiração do ar novamente em seus pulmões.
K.B
Digressão
Estou envelhecido de viver. – Para mim, a vida basta!
A minha alma é um relógio sem cordas
Cuja única função é a de marcar lamentações
Semelhante a um cachorro, repouso ao pé da cama
Deitado, eu ouço a chuva como quem ouve a um trovão
Todo homem deveria ter a sensibilidade auditiva de um cachorro.
Certa vez, conheci um homem que me ensinou sobre a velhice Por horas, tentou convencer-me de que era bom envelhecer Eu dizia-lhe: Desejo viver até os meus setenta anos e me basta! Viver até os setenta é doloroso, quando se tem sessenta e três. Desejar isto aos vinte e seis é simples! – Tudo é filosófico.
Se eu tivesse uma filosofia de vida: Seria a de não ser filósofo.
Faria tudo pela aptidão de não se ter instinto algum.
Impulsionei-me para a inspiração de nunca se ter sido nada.
Por isto nunca tive nada e para todos sempre tive o que não tinha.
Mas quando precisei do que não tinha: Abandonaram-me.
Tenho sido eu um declínio temporal de idéias!
Tenho andado na mesma direção que circula a moral
E tenho circulado na mesma direção aonde se perde a razão.
Sou um barco resignado, olvidado ao mar.
Perculso pelo vento: Sempre a seguir!
Entregando-se por completo ao nada
Esquerda – Direita! – Avante!
Navego como o tempo em minha vida.
A que preço estaria eu liberto?
Deixo-me quedar-se na beleza de quem não sou.
Enquanto as minhas flores embelezam a morte.
Eu me embelezo na vida distraída de tudo quanto amei.
Sempre sozinho: Familiares? – Nunca soube o que é isto.
O meu espírito esta perculso e a minha alma conspurcada.
A certa altura, depois de muito sacudir.
Desço da cadeira e decido partir para o universo.
Levo comigo alguns versos, que não são versos.
E antigas idéias de se construir novos versos.
Os Homens
Jamais enxerguei a vida como os outros.
Não ter pai e mãe, é como ser um cego.
Desenvolvi sentidos que os outros não desenvolveram.
Mas estamos todos no mesmo barco.
Os homens precisam entender o que é que estão a fazer aqui.
A heautognose é uma faculdade reservada inteiramente a Deus!
O igualitarismo é um escárnio à inteligência.
O homem é a fagedênica mortífera da humanidade.
A hierarquia não risível é a de que o homem nasceu para amar!
Mas não é forte para mergulhar na própria realidade.
Os mares da vida trazem insondáveis turbilhões.
Aos fracos, resta acreditar que tudo anda sempre belo.
O destino é aquilo que acontece.
Não é aquilo que está predestinado a acontecer.
O destino dos homens será sempre a solidão.
Ao fim, estaremos todos sozinhos e abandonados.
A vida é um teatro com atores magistrais.
O exímio será sempre o que melhor fingir!
Eu só queria a veracidade das palavras proferidas pela magia da sabedoria, que atenderia meu chamado e enterraria minha dor.
Em meio a personagens da vida me sucumbo a ser aquele que não exerce afeto, não por falta de tentar mas por falta de receber.
Aquele que almeja o melhor para os outros, é carinhosamente rejeitado por palavras proféticas ou mesmo amaldiçoadas.
A razão de ser o que esperam é clara, não seja mais do que eles merecem, pois na tua ausência não choram por ti, mas na tua queda fingem ao menos um choro esquecido em meias verdades, já esquecidas na memória ilusória da afeição.
Ilusão achar que estão aí, no choro mudo proferido por ti a mania de querer ser, já não é escutada por tuas entranhas
O resto de esperança que existe no teu coração vai sendo dissipado na ausência da palavra do teu irmão, estar só é uma reciprocidade entre coraçõesperdidos..
Silêncio
Silêncio o mais rude dos tormentos
O que mais dói na emoção da gente
O que sente o vazio, tristes lamentos
A imensidão do sentimento ausente
Silêncio é viver sem os momentos
É privação, é ter uma dor ardente
Deixar-se levar pelos aflitos ventos
Da solidão, ir morrendo lentamente
O silêncio, inquieto numa despedida
É uma alvorada de clarões diversos
Um misto entre os suspiros da vida!
Ele tem tudo... reunido, e nada tem!
E não há se quer poética nos versos
Que suavize a alma, sem um porém!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 novembro, 2023, 13’03” – Araguari, MG
Penso, logo existo, dizem os sábios, mas contigo, não sinto a essência,
Sem ti, minha existência desvanece, rumo à decadência.
Sou apenas um eco das tuas escolhas, um mero consentidor,
Tuas atitudes, teus conceitos, são compassos que me levam ao delírio, ao torpor.
Não posso apenas chorar ou me calar, é preciso falar, protestar,
Reclamo porque me importo, por ti, pela vida que tento moldar.
Alegrias e evoluções, contigo encontro, mas no sofrimento também há lugar,
Você não captou este poema, então, serei direto, sem hesitar.
Não permanecerei imóvel nesta corda frágil, nos últimos suspiros,
Seu nome ecoará, em meio às lágrimas e aos suspiros.
Um homem que amou incondicionalmente uma mulher. Seria capaz de dar a própria vida pela dela. Agora foi abandonado e vive em um abismo sem fim. Sem rumo na vida. Uma parte de mim se foi com ela.
Talvez seja a melhor lição que a vida poderia me dar. Talvez outros caminhos apareçam. Ou talvez nada aconteça. Só sofrimento, só lágrimas.
"Toda vez que eu vejo a sua face, eu fico tentando encontrar ao menos um único centímetro de defeito, mas eu sempre acabo me perdendo na infinidade da sua perfeição.
Até hoje, tudo o que me causas, não tem noção.
Eu sou seu curador, curo tristeza, ausências, até mesmo, depressão.
Às vezes, eu queria ter até três, mas às vezes, me dá vontade de não ter coração.
Companhia é boa, ótimo é solitude, melhor? A solidão.
Eu tento lhe revestir, com o manto do perdão.
Mas só me existe o ódio, rancor, perdição.
Sua face, meu amor, cada centímetro do seu corpo, eu sei, é perfeição.
Eu tento, rogo, imploro, por um único beijo, um momento contigo, mas tudo é em vão.
Entre viver uma vida vazia, meu amor, eu prefiro viver, cada centímetro, da sua perfeição..."
"Talvez, não deveria ter sido.
Deixe-a ir embora, como as ondas do mar, como as águas de um rio.
O que mais eu poderia ter oferecido?
Amor e paixão, foi tudo o que me restara e dei-lhe tudo o que sobrou comigo.
Se em seu peito, ousar me matar, peço-lhe que me enterre, na curva do seu sorriso.
Que minh'alma, pela eternidade, faça do seu abraço, um abrigo.
As vezes, me pego rogando aos céus, implorando pra que tudo seja apenas um delírio.
Amar-te é meu martírio.
Essa solidão é o meu calvário e não sou capaz de suportá-lo, invejo o próprio Cristo.
Hoje, já não existe mais eu, não existe mais nós, o que farei com os apelidos?
Onde jogarei tudo o que fora vivido?
Dai-me pai, um alívio.
Dessa profundidade, um respiro.
Fito as estrelas, lembro o seu nome e faço um pedido.
Duvido muito que o céu atenderá meu pedido.
Mas tudo bem, estou tranquilo.
Talvez, não deveria ter sido..."
Triste fim
Um dia vou jogar no mar minha vida.
É o mar minha única saída...
Tentei viver uma vida normal...
Mas estou tão imersa em minha dor
Que mato todo sinal de amor...
que de mim se aproxima.
Triste mesmo esta minha sina.
Tenho meus segredos.
Tenho meus planos.
Tento viver meu lado mais humano...
mas meus atos são sempre tão desumanos.
Hoje não está nada bem.
Trovões e solidão povoam meu coração.
Um dia eu mato essa dor.
quem não me conhece, talvez vá chorar...
vai pensar: 'por que será que ninguém fez nada pra ajudar?'
É... ninguém fez...
ou... fez sim...
quem podia ajudar me empurrou ainda mais para esse triste fim.
E fim!
DIAS FELIZES
Dias felizes ao teu lado se tornaram um abismo escuro e sem esperança.
Dias felizes ao teu lado se tornaram a lágrima fria escorrida pelo rosto, pálido e sem sentimentos.
Dias Felizes ao seu lado se tornaram o motivo de me olhar no espelho e ver refletida a solidão.
Hoje, os dias felizes se tomaram um poço de saudades, escuro, vazio e sem cor.
E, na minha mente, me encontro sozinho novamente, sem saber onde estou, triste comigo mesmo e sinto rancor de mim próprio por não ter mostrado a tempo o meu verdadeiro amor.
POR QUE?
Por que me maltratas com a dor da tua ausência?
Por que me deixas em profunda solidão à tua procura?
Porque me zombas se tudo que te dei foi amor?
Me digas por que te amar se tudo que ganhei foi desprezo e solidão.
Às vezes não entendo o porquê de me crucificar tanto por ti.
Será que é o medo de amar novamente?
Chega de noites solitárias
Você é a luz que me guia
Dia ou noite, estou sempre lá
E não irei embora até que você me diga
Não, eu nunca irei embora
É como se eu fosse um homem solitário, observando a vida passar de longe, que anseia por conexões que a distância impede. Seus olhos capturam momentos distantes, mas seu coração anseia por toques próximos, buscando uma intimidade que as distâncias geográficas teimam em negar. Cada suspiro é um eco da saudade que transcende a vastidão entre ele e o mundo que deseja habitar mais de perto.
Parece que o meu 1% aventureiro foi domado pela força do amor.
Uma força tal, que conduz os olhos dos heróis para além dos seus emblemas.
Dominação plácida, pouco agressiva.
Do tipo que se nota, as vezes até se teme, mas não o suficiente pra correr em direção oposta.
Se irrite comigo não tá
Enviar essas mensagens pra você.
É o mais próximo que posso ir.
Da coisa mais autêntica que já senti
Queria poder falar cara à cara, frente à frente.
Queria perder o sono e ao dormir poder sonhar com você.
E não ter a sensação que devo um pedido de desculpas por ser invasivo.
Queria tanto alguém aqui
Pra dizer tudo ou talvez nada.
Me sinto abraçado as vezes.
Mas é um abraço frio.
Aperta o peito abate a alma
O corpo só reclama saudade.
A vida sem ter amor
É triste melancolia
É um circo sem palhaço
Sem um truque de magia
É brasa que se apagou
É fogueira sem calor
Apagada em noite fria
Resta o versejar para alentar a gente
Escrevo os versos meus, na saudade
E sensação abafante, a cada instante
Meus versos, dum sentimento errante
Suspira, senti, padece e, então, brade
Ando tão descontente, vago no infinito
Um delírio inquieto nos confins da vida
Sangrando na poesia, tão árdua ferida
Da solidão... Ó escrito frenético e aflito
Repiso as dores que em mim fincaram
Levo no canto as notas que deixaram
Porque o poeta é um genuíno sofrente
Pois, cada verso vertente, nele temos
O diário de tudo, o que, então fizemos
Resta o versejar para alentar a gente.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 novembro, 2023, 16’02” – Araguari, MG
E cada dia mais a vida vai se tornando solitária, com breves momentos de intervalo.
Como um dia nublado que, ora ou outra, deixa passar uma réstia de sol.
Home office, dia-a-dia, decepções, perdas, parece que potencializam uma certa preguiça social.
E assim a vida continua, como o mar que cresce em volta de uma pequena ilha chamada EU.
