Poema sobre Comida
A melhor lembrança gastronômica que tenho vem da infância: Comer acaçá na cidade de São Félix (BA) no dia de Cosme e Damião. Acaçá é feito de milho e enrolado em folha de bananeira.
A rápida migração do rural para urbano apagou memórias e tradições. Hoje, poucos sabem o que é acaçá. Eu não sei onde tem. E quem sabe?
Mineiros não dizem "eu te amo", fazem café fresquinho e assam pão de queijo! Para os nascidos nas 'Terras Gerais', palavras nem sempre expressam a verdade de um coração, mas quitanda e prosa boa são declarações de afeto genuíno.
Então tem também a pressa de mulheres e homens que saem, exaustos, depois de um dia inteiro de trabalho, com as compras necessárias, rumo à escuridão. São heróis, dando os passos que faltam para a linha de chegada sabendo que estão sempre em último lugar. Uma corrida olímpica que acontece todos os dias em direção à linha de chegada. E a linha de chegada é uma bandeja de comida em frente à TV.
Eu quero ficar vivo. Eu quero mesmo ficar vivo. Eu não quero ser confundido com um petisco. E não quero mesmo ser comido por eles.
A coisa mais sagrada que faço é cuidar e prover os meus funcionários. Dou dinheiro a eles, dou comida a eles. Não diretamente, mas, através do dinheiro, eu curo eles.
(Michael Scott)
Existem muitas comidas brasileiras, mas nenhuma tem raízes tão profundas quanto as do Nordeste. São alimentos que resgatam a originalidade de uma gastronomia que formam os pilares da nossa cultura.
O temor sempre fizera parte da vida das pessoas. Por causa do medo, elas construíam abrigos, buscavam comida e plantavam hortas. Pelo mesmo motivo, armazenavam armas, precavidas.
A vida é como um salgado com caldo de cana. Você come o salgado e fica triste, mas lembre-se: ainda tem o caldo de cana.
A árvore de Natal decorada custou mais que o prato de uma família passando fome. É porque seu Natal não sabe a diferença entre valor e preço, coisas de valor e o valor das coisas...
Salve a República Federativa do prato feito, do marmitex, dos bandeijões e das quentinhas - os verdadeiros "pães nossos" de todo santo dia brasileiro
Não quebre todos os copos enquanto houver água para beber. Não espatife todos os pratos sempre que existir comida para consumir. Fragmente suas angústias e lamentações quando estiver extremamente hidratado e alimentado.
Eu quero que você esteja aqui deitada do meu lado assistindo aquele filme que você gosta, ouvindo aquela música que você canta no chuveiro, preparando aquela comida que você repete o prato sempre. Mas, o meu outro ''eu'' não vai deixar isso acontecer.
Quem pensa de barriga cheia e filosofa empanturrado após uma boa refeição faz declarações que nenhum faminto poderia digerir.
Muitas pessoas levam pitzzas e coca-cola às reuniões da igreja, ignorando o poder do Evangelho como principal fonte de sustentação dos pecadores.
dividir o pão ao meio não significa solidariedade, muitas vezes é exatamente ao contrário, lhe será roubado a manteiga, o queijo, para o recheamento desse pão que será devorado pelo outro.
A humanidade urbana hoje gritam aos brados pelas cidades, salvem as indefesas baleias, protejam as sacrificadas "elefantas" mas não podem ver ao lado, uma pessoa obesa, que generalizam de gulosas, indisciplinadas, mórbidas, preguiçosas e doentes. A empatia selvagem, distante da verdadeira realidade é bem mais prospera aos que vivem em rebanho.
Consigo lembrar de todos os pratos gostosos que já comi, mas, não consigo lembrar do que continha sequer em um saco de lixo que joguei fora.
