Poema Rir de Charlie Chaplin
Virose
O poema é o vírus
de recolher o espírito,
porque é o prazer de soltá-lo
como escrever um espirro.
Poema explicativo
Como poeta não me cabe
dizer o que é o poema
mais do que já nele fale.
O poema não pretende
nele mesmo esgotar-lhe,
porque s’eu digo
num poema, igualdade
e o leitor é de direita
o lerá legalidade:
de súbito se percebe
que há mais que a minha verdade.
Imita a vida – o poema
como possibilidade.
Poema do ansioso (c)
O poema que escrevo
é sempre o próximo
que tributo à este.
Sinto o que é próximo
e nunca este.
O poema que escrevo
é sempre o próximo
e na fôrma este.
Pois que será o próximo
senão este?
Poème de la vie
Poema da Vida
Por Chicogeografia (João Costa)
Iluminado dia, viestes ao mundo.
Desde cedo, buscou;
Desde cedo, mudou;
Desde cedo, transformou.
As agruras te fizeram que és:
Mulher, dama, senhora, mãe.
Em algum momento definiu, sentiu;
As refletâncias dos espelhos e das faces da vida te dirigiram, te orientaram, te consolaram.
Palavras e atos amorosos surgiram.
Alegrias apresentaram, tristezas construíram mas,
A sabedoria também se apresentou, te modelou, te reparou.
A força das águas te abraçaram, te consolaram, te reforçaram.
Em teu coração, a Grande Mãe se alojou, te completou, te contemplou.
És tu, oh! Filha das Águas,
A que guerreia no dia e na noite, sem parar seu curso.
A que abraça e abranda suas crias,
A que muitas vezes vive em prol dos demais.
És tu, Força Geradora, orientadora, salvadora.
És tu, Dona de teu Mundo.
POEMA
Naquele lindo poema que te recitei
neles todos os meus sentimentos coloquei.
Para que sempre possa se lembrar
dos belos momentos que juntos viemos a traçar.
Do meu amor por ti jamais deve esquecer
pois em meu coração ele sempre estará dedicado a você.
Apesar dos desafios que estão por vir
meu amor por ti jamais deixará de existir..
Sou verso de uma canção triste, estrofe de um soneto só.
Sou música que fala da saudade, sou poema que canta a
dor... dor de um amor não vivido, não dividido...sou só
sentimento, que te revela quem sou !
Poema:Respirar
Podemos mergulhar em emoções.
Emoções fortes.
Assim como o amor a vida.
E ela, é como o mar.
Com ondas fortes.
Encontramo-nos nadando.
É possível mergulhar e submergir,agir,respirar...
E respirando, você a toma como sua.
Assim como o amor a vida.
As pessoas, os animais, a natureza.
É respirando que tudo é possível.
Reinventar, mudar, transformar...
E então...
Você abandona todos os sentimentos ruins.
E renasce.
Como a força das ondas.
Outrora forte.
E agora mansa.
E então, você acredita.
Embala emoções vivas.
A vida então fica divertida.
Com brilho eterno.
POEMA LIVRE
Sidney Santos
P OETA LIBERTÁRIO
A LMA DE CANTADOR
L IVRE NO SEU PENSAR
M UITO E REAL VALOR
A MOR SEMPRE PRA DAR
S AUDADES DO SEU AMOR
Eu queria ter feito um poema diferente...
Diferente de todos que já li.
Queria ser poeta não para dizer o que já vivi,
Mas para falar de sonhos sem pressa,
Fazer um retrato da alma,
De uma alma que não pertence a um dono
Mas integra-se na natureza,
Dilui-se no mar...
Queria cantar sentimentos
Que me brotassem na alma e
Trouxessem a calma perdida...
Queria ter escrito um poema
Mas fiz rabiscos sem rimas,
Brinquei com as palavras,
Depois fiquei tão cansada
Que adormeci sonhando contigo.
Descobri fechando os olhos que
A poesia não estava na letra morta
Mas no cheiro do teu corpo ao meu lado...
Poema do Desalento
Quando o começo e o final se encontram, quando a vida retoma um ponto de chegada que deveria ter se encerrado em fase vencida.
Quando o tempo que passa vai revelando a face mortal e dura da falta de perspectiva, quando o sentido de ser e do ser se perde na imensidão de um nó atrelado a garganta.
Quando o fulgor das sensações é substituído pela frieza e inenarrável descrição do desalento.
Quando a busca pelo caminho definitivo e derradeiro, anseado e aguardado, ao se fundir com o efetivo trilho de sua extensão, se mostra asfixiante e impraticável.
Quando a medida de equilibrio e a serenidade vislumbrada são na realidade a beira do precipício, a insanidade declarada, o desequilíbrio e o descontentamento.
Quando o encanto de dias idos, a promessa de afetos, afagos e amassos apresentam-se na forma de desamor, desesperança e destemperança.
Quando o visso, a busca, a conquista, o sonho e o amor viram sumiço, letargia, derrotas e pesadelos.
Quando a vida , a alma e o vigor se tornam sombras de sua própria figura, num passado não distante, mas infinitamente irrecuperável…
Pelo que vale sonhar ou lutar? Não seria mais apropriado apagar, cerrar, encerrar?
Fugir pela lacuna existente de uma vida interrompida e mau vivida…
Pequeno Poema á Dois (As Acácias)
Receba Essas Flores vindas dos poetas mortos
São pétalas de Acácias
colhidas com amor
trazidas do jardim da alma
Coloridas e sedosas
Molhadas Pela “tez” Da Manhã
Conhecida do excesso a solidão dos dias
Vestidas de água
Banhadas com Sedução
Sobre Um Encontro de dois apaixonados
Queres meu infinito perfumado
No leve vazio da Eternidade,lá estão eles na retidão do Paraíso
Como belos quadros de Matisse Bonitos e Singelos.
Testemunhado cores e tons PSICODÉLICOS
Em seu Ardor de Fêmea em Disposição a mãe natureza
Vida, Pura, poesia e arte!
Quando estou natural - Poema de Lupe Cotrim
Quando estou natural
é que posso sentir-me
intimamente ligada
à vida.
Quando estou desprevenida,
- pés de água e de terra -
o corpo todo em contato
a caminhar erguido
e penetrado na atmosfera.
Compreendo, porque sinto
e depois penso:
- Não corrijo as sensações -
apenas as configuro
e lhes dou sentido.
Nenhuma vastidão me estreita
ou intimida;
com o natural em tudo,
numa entrega sem medida,
nos meus pés de água e terra
no meu ser de amanhã
- Eu existo a minha vida.
Poema: a culpa de um prédio
Sejam todos bem-vindos ao poema: a culpa de um prédio.
Sou um prédio cinco estrelas.
Perdão um hotel cinco estrelas.
Todos usufruem, desfrutam da minha beleza.
Não há quem resista aos meus confortos.
Aqui já desfrutaram as mais belas celebridades.
Sou o melhor, o mais sofisticado prédio que já existiu.
Mas o que ninguém sabe é que, culpo-me todos os dias.
Tudo que se pode imaginar nos solos hoje em dia é somente concreto.
A floresta não existe mais,
As pessoas também.
Todos que me admiravam não estão mais aqui.
Estão desprovidos de vida.
Eu continuo belo, com um pouco de poeira.
Mas do que adianta ser o mais belo para si mesmo?
Sem poder compartilhar o melhor de si?
Pena que não pude falar,
Pois fui destruído por máquinas enormes.
Ainda tenho medo de elas um dia me derrubar.
Queria saber de onde elas vieram.
Mas só vim acordar quando já era um prédio.
Sinto falta dos seres humanos,
Pois tenho a certeza que eles não iriam permitir
As máquinas fazerem o que fizeram conosco:
Toda uma floresta tornou-se concretos.
Caso existir alguém vivo ai
Venha-me visitar, pois estou muito solitário.
Voltem sempre.
Carta de Março - (Poema Patético)
É estranho, mas hoje olho para o passado e vejo um fato interessante.
Em toda a minha vida, muitas juraram amor por mim, mas em nenhuma delas eu acreditei.
Eu no entanto...
Imaturo, imbecil e idiotamente poeta que sou; Jurei amor a apenas uma...
O que isso me ajudou no futuro????
Ajudou em nada...
Alias! Ajudou sim...
Serviu para mostrar que o futuro é feito de uma balança onde pesamos tudo que assimilamos em nossa existência.
Hoje, olho aquelas juras de amor que durante a vida recebi e vejo que eram mentirosas.
Hoje, percebo que não deveria nunca ter jurado olhando nos olhos este único amor que eu tive.
Pois, deveria sim, ter ficado calado, guardando-o apenas para mim.
Mas, Imbecil, idiota e imaturo que poeta sou.
Joguei o meu amor único ao vento e ele feito areia se dissipou...
Sábio ditado popular...
"Em boca fechada, não entra mosquito."
Infelizmente na balança da vida as juras mentirosas sempre vencem.
Neste caso o melhor a fazer é economizar o latim.
Pois, o que me resta deste amor único são poemas patéticos...
Patéticos como toda jura de amor...
Mesmo, sendo os feitos para um amor único...
Insônia Poética...
É a perda de sono, causado na maioria das vezes por um verso ou poema em formação numa cabeça poética...
É um poema indeciso... Não sabe se nasce ou se fica maturando...
Então eu pergunto:
Por que não me deixa dormir...
Poema Noturno
Me encanto pela noite...
A velocidade dos carros...
Calçadas vazias...
A agitação nos bares e botequins...
O brilho nos olhos marejados pelo cansaço...
Me encanto pela sensualidade da noite...
A solidão em meio a multidão...
Onde muitos se esbarram sem ao certo se conhecer...
E no final...
Já solitário e exausto...
Desmaio...
"Poema sem nome"
Levo comigo a poesia...
O sorriso mais sincero...A pureza das crianças...
A amizade verdadeira dos animais...
Levo comigo a gentileza... E a educação...
A sabedoria dos mais velhos...
Levo comigo a loucura... E a genialidade dos malucos...
Levo comigo a saudade...
O sabor de todas as bocas já beijadas...
O perfume nobre e vulgar que meu olfato já sentiu...
Levo comigo a memória... Das geografias femininas já dedilhadas pelos meus dedos...
Levo comigo a solidão...
As noites frias... Os pesadelos... E as noites de insônia...
Levo comigo a poesia...
A união das letras em formar as palavras...
A união das palavras em formar meus versos...
A junção dos versos em formar meus poemas...
Levo comigo o amor que neles deixo exalar...
Levo comigo o perfume suave das rosas...
E a saudade que elas florescem em mim...
Poema sem nome
Já tive todas as bocas que um homem imagina beijar...
Já tive todos os corpos... Já tive a santa...
E também a devassa...
Mas...
Na mão de todas...
Escorreguei feito areia entre os dedos...
Dentre todas...
Apenas uma...
Despertou meu encanto...Conquistou meu coração...
Levou-me à terras... Nunca antes exploradas...
E...
Com o passar do tempo...
Escorregou...
Feito areia...
Entre os meus dedos...
Missão Poética
É a eterna busca do poema perfeito...
Buscar no universo de cada sonho...Sonhos bons e os ruins...
As respostas do mundo...
A missão de um poeta é árdua...
Unir as palavras em frases...
Destas frases formar os versos...
E assim expressar o mundo em linhas tortas...
Tortas iguais ao mundo onde vivemos...
Um poeta nunca é perfeito...
E quem neste mundo é....
Na poesia escrevo o mundo...
Bonito e feio...
Gentil ou agressivo...
Na poesia escrevo sobre tudo...
Escrevo sobre o meu maior amor...
Escrevo sobre a minha maior dor...
E assim continuo a caminhar...
Palavra por palavra...
Verso por verso...
Até o dia que encontrarei o poema perfeito...
O poema final... Onde encontrarei todas as respostas...
Ou morrer com todas as dúvidas poéticas...
Poema Triste
Covarde são aqueles... Que não lutam pelo amor...
As consequências desta covardia...
Corações gélidos... Sorrisos gélidos...
E com o passar do tempo... A morte da alma...
Os poemas perdem o encanto...
Os corações diminuem de tamanho, ritmo e calor...
Os sorrisos ficam falsos e sem brilho...
E as almas perdem-se na escuridão do não amor...
E os poetas ficam tristes...
Pois solitários, continuam o trabalho de formiguinha...
De não deixar o amor morrer...
Ou perder o seu encanto...
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