Poema Rir
Nesse tempo surreal
Em que não se vive o real
Preocupa-se apenas com o virtual
É uma trama matinal
Perde-se o sinal
Fica em estado terminal
A juventude perde o essencial
O contato social
Ficam presos em um ‘looping’ temporal
Sem visão de nada legal
Apenas sobre uma lembrança colossal
Do que poderia ter feito de fraternal
O que tem de intelectual
Em contato superficial
Onde está o radical
De um contato sentimental?
Ainda há tempo para ser humilde
A vida e um grande passatempo
em que nos entretemos com algo
para esperarmos o tempo chegar.
Esperamos que nos busque
enquanto isso passamos o tempo:
com a nossa comida preferida;
com a nossa cama macia;
com um papo divertido com a família.
Enquanto isso fazemos amigos...
e eles, às vezes, passam por nós
outras vezes ficam
e podem sorrir ou chorar conosco.
Às vezes, vemos um filme na TV,
fazemos uma viagem,
vamos ao cinema...
O trabalho é muito importante
a carreira é uma vitoriosa conquista
os bens são as recompensas.
Tudo nos parece tão importante
e tantas pessoas inteligentes
tantos avanços tecnológicos
e ainda temos que ter sucesso!
Sem o chamado "puro sangue"
é apenas cavalo "sem raça"
e tudo que "galopeia" passa inútil...
E daí o tempo passa
e sem querer descobre - se
que todos estão passando o tempo
e a vida é o nosso passatempo.
Pode ser que seja tarde para a igualdade
mas, talvez haja tempo para ter humildade!
E quando isso acontecer
é hora de curvar - se diante de Deus
mesmo que se julgue um puro sangue!
Amigo
Amigo de momento
A muito tempo
Em silêncio
Em partida
À distância
Desde a infância
Amigo, só se tiver relevância
Sou como o brilho da estrela do céu
Sou o mistério da estrela do mar
Minha vida tem sabor de mel
Sou um ser vivo que vive para amar
Uma versão de mim diz que sou do mau
A outra diz que sou forjada
Mas, não sou mais que mortal
E um por cento declara que sou invejada
Sou um átomo vindo do universo
Tudo sobre mim é puro poema
Sou apenas um pequeno verso
Metaforicamente, sou o que chamam de dilema
Vou voar pelo mundo
Vou voar com minha casa pelo mundo
para conhecer todos os lugares
nem que seja com balões pelos ares!
Vou voar com minha casa pelo mundo
para conhecer todas as pessoas
nem que seja por um segundo!
Vou voar com minha casa pelo mundo
espalhando cores pelo céu
nem que tenha que levar o meu pincel!
Vou voar com minha casa pelo mundo
para provar muitos sabores
nem que tenha que pagar horrores!
Vou voar com minha casa pelo mundo
para conhecer todos os picos
nem que encontre alguns carrapichos!
Vou voar com minha casa pelo mundo
para conhecer todos os mares
nem que tenha que parar em alguns bares!
Vou voar com minha casa pelo mundo
nem que seja por um segundo
porque se vôo posso conhecer o tudo...
Admiro a pureza de todas as coisas
De todos as coisas bonitas no mundo
admiro a pureza de todas as coisas:
porque um sorriso puro é bonito;
porque um gesto puro comove;
porque a sinceridade não fica esquecida!
O bom humor por certo é puro;
a compreensão é com certeza,
o amor também tão sublime...
nos é a pureza mais aquecida!
A humildade faz a leveza
a compaixão do espírito faz a grandeza
e a doação tão grande gentileza!
Se forem assim todos tão puros
iriam cair todos os muros
e veríamos mais flores,
veríamos mais sorrisos!
E iríamos caminhar livremente
iríamos nos olhar com carinho;
iríamos abraçar com afeto
e nunca estaríamos sozinhos!
Então sejamos puros no nosso coração;
sejamos puros nas nossas ações
sejamos puros nas nossas atitudes
e de repente o mundo inteiro tão bom
seria somente de solidariedade...
Seria o universo tão cheio de verdade,
e por certo haveria mais tempo
para ouvir uma canção...
Haveria mais sorrisos
e sentir o perfume de uma flor
seria um instante maravilhoso
porque sentir a suavidade
seria sentir a leveza de Deus em nós
e de repente ser flores sob a lua e as estrelas!
Poemas
Na minha opinião os melhores poemas jamais são os meus, mas sim aqueles no qual eu tanto me identifico que queria eu ter escrito.
na vida as vezes é bom
virar tudo ao contrario,
desligar a razão e ligar o coração
acreditar nas novas oportunidades,
ser fiel ao que sentimos
e aceitar quem somos.
Tristeza
Há porta da mente soa a galopes fortes
Todos os pensamentos afoitos
Abrem espaço para ela que carrega pinturas de todas as sortes, estritos nos seus trotes meu nome permanece, Não lembro de ter pedido mas sempre esteve comigo. Hóspede permanente e companheira impertinente, guia minha mão aos velhos golpes de sua missão, fazer de mim seu eterno campeão.
Paz!
Momento sublime que nos redime
aos pés do Criador
Enquanto infantes, das reais diretrizes
Meros aprendizes
Refletindo em contemplação
o equilíbrio da ação, no existir
e sempre e sempre, persistir!
Quem vota por ódio no ódio permanece.
Quem tolera o intolerável, na verdade o deseja.
Quem pensa apenas em si próprio, padece.
quero acordar com um simples bom dia,
abrir o coração e deixa o dia entrar,
quero viver todos os dias sem contar os dias,
pra semana quero amor, luz e muita paz.
Você não ama ninguém
Não diga eu te amo
Se estiver mentindo
Se com a intenção de me enganar
Não diga eu te amo
Se estiver me usando
Se assim te servirá
Mas dirá
Assim dirá
Devagarinho
Baixinho
Para me machucar quando eu descobrir
Porque você só precisa do meu eu te amo
Não
Você precisa da minha atenção
Você não me ama
Você ama me usar
Ama me fazer sofrer
Você não ama ninguém
a coitada
fui ali na janela
ouvir a chuva
magricela
tão turva
ela estava chiando
ai, como sussurra
fica só reclamando
da secura, e hurra
e empurra a poeira
do telhado
escorre pela beira
da rua, e desanuviado
refrescado, na sua eira
ah! feliz, está o cerrado...
e numa tranqueira enleada
a chuva desce a ladeira
a coitada!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2919
Cerrado goiano
Ao Mestre, com carinho
Tudo ao Mestre, que merece tudo...
numa sala de aula, se desdobra;
as lições para a vida, sempre ensina!
nem imagina que talvez um dia, nada sobra!
Vai caminhando o Mestre num tortuoso caminho...
no labor nada fácil de ensinar o bem...
sofre muitas vezes, e sem lamentar,
entende que o saber ajuda e judia também.
Confronta-se o dedicado Mestre, na seara;
entende, mas nem sempre, a realidade...
e segue, às vezes, sem qualquer esperança,
à procura da luz da verdade.
Assim é a vida do Mestre,
na luta do quotidiano...
o ganho é muito relativo, e trabalha com amor.
Sem nunca se queixar, cada passo é seguro!
O Mestre sabe reconhecer bem o seu valor!
JAIRO DE LIMA ALVES - 13/OUTUBRO/2019
Meu corpo trêmulo
Minha mente incurável
Sinto que nem dentro de mim queria estar meu coração acelerando.
A incerteza do incerto
Talvez eu seja imaturo de mais para entender a maldade;
Talvez eu seja pequeno demais para entender o que é ser grande;
Talvez eu não entenda o passado como compositor de um futuro;
Talvez eu não compreenda a necessidade do homem por atenção;
Talvez eu seja inseguro para olhar nos seus olhos;
Talvez eu não consiga ser eu mesmo por fingir ser outra pessoa;
Talvez eu não seja eu mesmo por não saber o que é isso;
Talvez a dor do meu peito seja um pouco de saudade;
Talvez certo por incerto, tudo seja incerto;
Ou talvez não.
Louco ou Gênio
Ouvi uma teoria a algum tempo, dizia:
O louco está fora da redoma dos costumes da sociedade
O gênio é aquele que está na beira da redoma, observa com desejo a loucura de se arriscar, mas convive na sociedade preenchendo os deverem sociais obrigatórios.
Será?
O louco pode ser de fato alguém atormentado, mas como um trunfo ele está acima de nós em uma decisiva questão...
O louco é imprevisível e isso o torna perigoso aqueles que coordenam e instituem a barreira da redoma...
Pois bem, neste sentido não seria a própria imprevisibilidade do louco onde se encontra sua genialidade?
E não é todo gênio, um louco enrustido?
E não é você arrogante ser superior que não encontrou ainda a genialidade da loucura?
Quando penso nesse mar de ilusão
Quando vejo eu perdido em mim
Tenho para mim que a lua se afastou
Tenho para mim que a luz do sol sucumbiu
Se a vida que levo não se mostra nesse ápice
Se não vivo em uma louca euforia
Num pequeno quarto, no fim de um agosto frio.
Vejo pela janela alguns pássaros a voar
Tendo para mim que a liberdade é um privilégio
Enquanto os mortais procuram um sinal de alegria
Tenho se juntado a eles.
Mas dessa vez, não cai nessa, não sou mais um mero mortal
Sou um pássaro que voa nos pensamentos,
Livre em pequenos e grandes vislumbres imaginários
Num pequeno quarto no fim de um agosto frio
Não tem limites nessa hora, a solidão da alma se vai para longe
Pois todos estão juntos e estamos sós nesse universo
Somos pequenos e grandes como o universo de uma célula
Iludidos imaginando, que por um acaso o sistema
Nos reserva algo maior
Mas dessa vez, não cai nessa, não sou mais um mero mortal
Sou um pássaro que voa nos pensamentos,
Livre em pequenos e grandes vislumbres imaginários
Num pequeno quarto no fim de um agosto frio
Aaahh, como eu queria ser um pássaro
Livre e solto nessa imensidão
Nesse céu azul tão grande e calmo
Nesse universo ao alcance de minhas mãos
Mas dessa vez, não cai nessa, não sou mais um mero mortal
Sou um pássaro que voa nos pensamentos,
Livre em pequenos e grandes vislumbres imaginários
Num pequeno quarto no fim de um agosto frio
ASPEREZA DO CERRADO
Ai a aspereza do cerrado
Não a entende ninguém
É sublime o céu encarnado
E são encantados também
Traz na secura do teu ar
O empoeirado vai e vem
Do vento nas folhas a chorar
E as estrelas no céu além
São versos ao poeta poetar
Que nunca será um porém
São feiticeiras noites de luar
Que ao olhar nos faz tão bem
Só quem embala na emoção
Entende a alma que aqui tem
Está matuta e rude vegetação
De flores, e trovadores também
Ai a aspereza do meu cerrado
Que nunca nos trata como refém
Chão que chora o amor e o amado
Na viola que do cancioneiro provém
Ai a aspereza do tortuoso cerrado
Impregnado aos que aqui vivem...
E aos poetas também!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
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