Poema Quase de Pablo Neruda
Somos o futuro
Mais uma noite acaba
Mas não acaba o sentir
Um sentido quase raro
A novidade está por vir
Todo dia é um novo ar
Alguma coisa pra respirar
Estando nessa plenitude
Na eminência de atitude
É claro que haverá então
Outra paisagem lá fora
Somos o futuro, irmão
Quer mesmo dar o fora?
Opto por prosseguir aqui
Um tanto longe de mim
Ainda refletindo comigo
Motivado, mesmo sem ti.
O furacão
Furações passam o tempo todo. Quase sempre são previsíveis, logo, todas as pessoas já tratam de se proteger quando eles se aproximam. Mas naquela noite foi diferente. Apesar de toda segurança interior e certeza de que poderia ser só mais um, foi tudo diferente. Ele veio, passou e bagunçou demais. Eu não estava preparado. Ela tinha cabelos castanhos, macios e cheirosos. A pele dela era lisa e firme. Seu sorriso, ousado e sedutor. Seu olhar encantador e misterioso. Sem querer me deixei levar e ele balançou demais, me deixou desnorteado. Encostou em um músculo que a muito tempo só servia para bombear meu sangue. E me fez lembrar como era sentir uma paixão. E como todos os furações, ele se foi. E eu fiquei aqui olhando ele ir embora, e ao contrário de todas as outras pessoas que sofreram com fenômeno parecido, no fundo fiquei desejando que retornasse, para que eu pudesse mais uma vez me lançar no seu interior e deixar que balançasse mais um vez minha estrutura por inteiro.
ja tentou correr contra o vento? dificil nem?
ja tentou nadar contra a corrente ? poxa quase impossivel...!
ja tentou andar apressado na direção oposta a uma multidão? pois é angustiante e parece que jamais sairemos de la..!
ja tentou ir contra a opinião de um monte de gente? pior, mas experiente que vc?
nossa dificil não? "chega a ser impossivel" diriam alguns..!
ERRADO
dificil é, mas não impossivel..! pois digo-te que muitos serão os que se levantarão contra, e sera como correr contra o vento , nadar contra a corrente , fugir da multidão e verdadeiramente ir contra a opinião de muita gente mas "o mundo pertence a quem se atreve e viver é muito pra ser insignificante"...!!
A sua voz era como um som estridente querendo me salvar. Com um barulho quase ensurdecedor ela queria salvar-me não do mundo enem das decepções, mas de minhas escolhas. Pois por meio delas decidi me afastar. Não atentei, pois estava sempre ocupado ou tinha outras prioridades, que so agora vejo, que não eram tão prioritárias ou urgentes assim.cansada de gritar por mim a voz se calou. E eu estou aqui até não sei quando. Sinto falta daquele berro melodioso gritando pelo meu nome e agora entendo; que não eram criticas que me fazia, era uma simples forma de dizer: eu acredito em você! Não quero que você se perca por tão pouco. A voz era uma motivação e só que não entendi. Olhei tanto pra mim que esqueci de olhar tudo de bom que tinha ao meu lado.
Um dia vi o portador da voz abraçar uma outra pessoa senti um vazio sem par.
Numa ocasião a voz me perguntou: por que você odeia esta pessoa que nunca te fez mal? Respondi não a odeio e sim a mim mesmo, por deixar que ela usufrua de um bem querer que era meu, e que por pura vaidade desprezei.
Quase sobreviventes de nós mesmos
por um passado que já
não nos habita mais,
mas que nos invade sem pedir permissão.
Assombrados pela sua falta
e a necessidade de um recomeço.
Se perde no mesmo momento
em que se permite ser achado.
Pelo medo.
Pela necessidade.
Acordar de um sonho
e voltar à realidade.
Fugir do que insiste em existir,
buscando uma unica oportunidade
pra descobrir o minimo vazio,
o tomando como moradia.
E vive,
por um único aviso e certeza:
Ainda somos quase sobreviventes
de nós mesmos.
Minha estrada teve obstáculos quase que impossível, mas ainda estou de pé!
As minhas lutas foram um tanto seleta as minhas perspectivas, mas ainda estou de pé!
E as dificuldades me derrubaram, porém com as minhas capacidades ainda estou de pé...
Provei a mim e a qual quer um que duvidou das minhas superações que eu poderia está de pé;
Não penduro as minhas luvas de guerra
Mas sim dou-a um descanso merecido, no qual...
Esteja pronta para outras batalhas da vida;
Obrigado Dilma,
Você conseguiu despertar as chamas que estavam quase se apagando nos corações Brasileiros!
Mês de Junho do ano de 2013, O Brasil acordou !!!
"... foi desajeitado, meio descompassado, e ele subitamente a laçou em seus braços, e quase fez dela em pedaços."
[MOURÃO, Natália Lemos in "No laço do teu abraço"]
Hoje quase
Hoje quase. Embarguei a voz ao falar da solidão.
Sorri para o ar, e chorei por dentro.
Para acompanhar a solidão, a lágrima veio, chegou na beirada do olho e decidiu voltar, pois nao queria ser sozinha.
A saudade dói, a falta dói, mas a ausência do que está presente, dói ainda mais.
Contei para a Lua, segredos meus. A Lua, sem poder fazer mais que isso, brilhou. Iluminando meu caminho, mostrando como usar toda a bagagem à meu favor.
Ser humano é difícil, o fácil mesmo, seria se eu fosse ignorante.
Ignorância: sinônimo de felicidade.
PRESENÇA DE NATAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Você trouxe fogueira quase santa,
E no fundo queimou, mas com leveza;
Uma voz que a garganta não explica,
Mas expõe a beleza deste mundo...
Sua grande paixão verteu de leve,
Uma clave de sol de aurora mansa,
Que me deu esperança e fez sonhar
Sem aquele temor de anoitecer...
É verdade que a vida impôs limite,
Cerceou a versão da eternidade,
Pra deixar a visão do paraíso...
Guardarei a profunda recompensa;
Você trouxe a presença mais bonita
Que um afeto sincero tem pra dar...
O MEU VARINO
Ao Dr. Francisco Ferreira Neves
Gabão, varino de Aveiro,
quase sexagenário,
tem sido meu companheiro,
com vigor extraordinário;
O alfaiate Gafanha,
autor do risco e do corte,
deu-lhe rigeza tamanha
que tarde verá a morte;
Estaria como novo,
se não surgisse a desgraça,
o descuido, que reprovo,
de defendê-lo da traça;
Acalenta tronco e pernas,
é completo agasalho;
tem o ar das coisas eternas,
no inverno de ele me valho;
Protege cabeça e rosto,
a ser cantado tem jus,
a ser em relevo posto,
seu altaneiro capuz.
Que boa fazenda aquela,
já se não vê no mercado!
Não entrava a chuva nela,
nem o vento mais danado!
Ficou por onze mil réis,
nos tempos que já lá vão,
em que eram outras as leis,
o meu valente gabão.
«Precisa o senhor Roberto»
disse o Diretor, com tino,
para meu Pai, e deu certo,
«de abrigar-se num varino».
Ele deu esta sentença
justa e mui sensatamente,
porque de séria doença
me achava convalescente.
Agora está interdito
vir à rua em tal farpela,
pois o automóvel maldito
quer pressa, tudo atropela.
Mas em casa, no sossego
que não tem tal desatino,
me agasalho, me aconchego,
me envolvo no meu varino.
Gabão, varino de Aveiro,
é trajo tradicional
e português verdadeiro,
mas do antigo Portugal.
Meu gabão dos tempos idos,
dos tempos de colegial,
estamos envelhecidos,
fora da moda, afinal!
Porto, Portugal, Maio de 1963
É quase fim de tarde,
E tudo continua como começou.
O dia fora esplendoroso,
Os acontecimentos nem tanto,
Mas na perspectivas de um olhar,
Tudo fora gratificante e encantador,
Os encontros,as rizadas,as histórias...
Oh ! vida malvada
Falou-me de amor,
Quando era odiado,
Falou-me de fidelidade,
Quando a infidelidade,
Era festejada.
Que mundo é esse ?
Se os valores estão invertidos,
Pela justiça injusta
A bem da verdade protegidos.
Não posso mudar e nem devo,
Mas posso não aceitar
Tamanha insensatez
Aonde vamos chegar...
Será no porto do conformismo,
Ou abrir a boca e gritar?
Clamando por socorro...
Sem ter quem nos ouvir.
De plantão só os que,
Querem nos aprisionar,
Sem direito a fiança
Aguardando só o momento
De nos condenar.
Quando criança, assim como quase todas as crianças, desejei profundamente alcançar as estrelas. E isto era tão forte e imperativo, tão mágico em mim.
Em meio há tantas, apenas um pequeno brilhinho em mãos já seria o suficiente...
Mais tarde, com os estudos de Física, descobrir que aquele brilho ao longe, na verdade, é de uma estrela que nem sequer existe mais... Confesso, perdeu-se um pouco do encanto.
Mas... que nada! Fechei os olhos e percebi: estavam todas em mim, infindável via-láctea em meu coração!
COCOON
gosto do som dessa palavra em inglês
mas em português
é só um casulo,
nulo
quase como esconderijo
quimera fosse abrigo
pro meu coração pupa
TROVA JUSTA
Quase nunca elogio a beleza, a honestidade, o bom gosto.
Quase sempre critico a torpeza, o errado, o mau imposto.
Pois o certo já nasceu perfeito, não é preciso vangloriar...
Enquanto o transviado, com jeito, ainda se pode consertar.
Aquele olhar me da uma frio na barriga
Sinto o coração bater na garganta
As pernas tremem
Quase nao posso mais andar
Engulo seco e desvio o olhar
Nao sei o que fazer
Nao sei como agir
Vou andando sem rumo
Pensando naquela cor brilhante
A cor clara e venenosa
Penetrante e afiada
Entra rasgando pelo meus olhos
E estraçalha minh'alma
E me deixa aos pedacos
Imaginando como seria bom
Bom ter voce ao meu lado
Ja nao sei mais o que dizer
E so posso olhar para o horizonte
Esperando um dia diferente
Esperando um dia poder ler sua mente
Sinto aquele frio na barriga ate para falar tudo isso
Tento pensar em outras coisas
Quase desvio o pensamento
Mas você se conjumina aqui dentro
É a peça principal de tudo
A liberdade mesmo, se instala nas coisas mais alcançáveis da vida, talvez por isso quase ninguém é livre.
O humano paradoxal.
Eu sou assim,
Um pouco de nada,
Quase nada de tudo,
Grande por fora ,
Pequeno por dentro,
Nada de especial ,
Mas especialmente simples,
Meio que doido ,
Inteiramente louco,
Verso e reverso de min mesmo,
Para alguns sou o sinônimo,
Para outros totalmente antônimo,
Mas seu que sou simplesmente
Singular, mas nao insubstituível,
sou eu Muitas qualidades , acompanhadas de defeitos.
( marcos paulo capote)
Sou o suficiente para min
Um exagero para outros
Quase nada para alguns
Um amor para poucos
Sou a sorte de uma vida
O pecado para tolos.
(marcos paulo capote da siva)
O CASO DO ESPELHO
Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata.
Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos: – Mas o que é que esse retrato de meu pai está fazendo aqui?
– Isso é um espelho – explicou o dono da loja.
– Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
– O senhor. . . conheceu o meu pai? – perguntou ele ao comerciante.
– O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era somente um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
– É não! – Respondeu o outro. – Isso é o retrato de meu pai. É ele sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
– O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho.
Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando.
No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
– Ah, meu Deus! – gritava ela desnorteada. – É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp